Calábria, dezembro 2022.
— Achou que não iria te encontrar Marcos?
Rosnou Dante Mazzini um mafioso cruel, de apenas 30 anos, que estava a procura de don Rinaldi há quase seis meses, depois do seu cartel invadir o hospital e matar Ágata, esposa de Dante, após dar à luz ao seu primogênito.
O homem parado a frente dá janela quebrada, sentia o vento gelado bater em seu rosto durante a madrugada fria de inverno.
Dante se vira lentamente, seus olhos passavam pela pequena casa abandonada a qual os capangas levaram Rinaldi a força.
Seus passos lentos são cobertos pelo som da barra de ferro, em atrito ao chão a qual era arrastada.
— Achei que demorou mais que o necessário. — zombou Rinaldi.
Marcos estava sendo monitorado há quase um mês, quando um dos hackers havia descoberto seu paradeiro após fugir dá cidade.
— Vingança é um prato que se come fria. — declarou Dante próximo ao homem.
Marcos está pendurado por uma corda, seu rosto inchado denunciava as agressões recebidas pelos capangas de Dante.
— Você não passa de um verme miserável que não sabe perder a pørrä de um território.
Dante fala e bate com o barra de ferro na lateral do corpo do homem que tenta segurar seu gemido de dor.
— Não deveria ter feito o que fez com minha esposa.
Outra vez Dante bate agora na outra lateral do homem que dessa vez geme alto, em seguida ele dispara mais uma, duas, três vezes no mesmo lugar.
Marcos estava vestindo apenas uma calça de linho azul-marinho, seu tórax a mostra exibe os hematomas que surgia a cada golpe recebido.
— Antes de morrer ela disse que te amava. — Marcos levanta seus olhos e um sorriso maquiavélico surge. — Deve ser difícil carregar essa culpa de não conseguir proteger a própria esposa!
Dante bate com o ferro no rosto do homem que tira o sorriso do rosto após desmaiar.
— SEU FILHO DA PÜTÄ!
Dante já sem paciência retira sua arma do coldre, em seu tórax, e dispara nas pernas de Don Rinaldi que estava desacordado, ele acorda com a dor, porém, logo em seguida Dante joga álcool no ferimento.
— Aaaaaah! Seu filho da pütä! — Esbravejou Marcos.
Dante faz o mesmo com a outra perna após o tiro jogou álcool e o grito ecoava dentre o da casa.
— Está doendo? — Ironizou Dante.
Dante se afasta um pouco escolhendo em sua bancada, algum item a qual ele conseguiria torturar muito bem, aquele homem a sua frente.
Ele segura em sua mão direita um canivete e volta encarando o rosto com dor de Marcos. Dante aproxima e em um golpe rápido ele enfia o canivete no buraco que havia da bala.
O sangue que escorria pela perna de Rinaldi aumenta, fazendo o mesmo movimento na outra perna, mas dessa vez Dante faz uma força maior e puxa para cima rasgando a coxa do velho.
— Não deveria ter dado a ordem de matar Ágata, Marcos! — Rosnou friamente.
Dante se casou devido ao contrato que seu pai Giuseppe Mazzini fez para aceitar seu filho bastardo no cartel mais rico de Ndrangheta. Dante conheceu Ágata no dia do casamento, porém seu relacionamento deu certo e conseguiu formar a família que ele nunca pensou em ter, mas Marcos retirou tudo isso, agora era o momento da vingança de Dante.
Ele joga mais álcool no ferimento que faz o homem urrar com a dor. Dante se aproxima e passa o canivete na corda fazendo o homem cair no chão, sentindo a dor em suas possíveis costelas quebradas implorando pela sua vida.
— Misericórdia? O que isso significa? — Dante fala chutando o homem que estava no chão.
Ele volta para seus “brinquedos” e segura um alicate voltando para próximo do homem que estava com hematomas roxos espalhados pelo corpo.
Dante faz um sinal e dois homens altos, grandes e forte entram pelo pequeno espaço.
— Amarrem ele ali — disse apontando para uma cadeira suja ao canto da sala.
Após ser amarrado, Marcos demostrava seu medo para o homem que se aproxima com o alicate em sua mão.
Dante aproxima o objeto cortante no seu primeiro dedo fazendo Marcos gritar sentindo perder seu dedo, em seguida Dante faz o mesmo cortando novamente, e de novo, e outra vez por fim deixando don Rinaldi apenas com dois dedos em cada mão.
O homem frio e já sem paciência, bate com o alicate de corte no rosto de Rinaldi, que sente seu rosto sendo cortado e seu sangue escorrem.
— Poderia passar horas aqui te torturando, mas tenho um filho que você tirou a mãe para cuidar.
Rosnou Dante indo pela última vez até a bancada e pegando uma seringa. Ele puxa ar no objeto e sem dificuldade ele injeta ar na veia do homem.
— Em alguns segundos você vai começa a sentir uma dor forte em seu peito, uma tontura e em seguida todo o ar vai ser pouco para preencher seus pulmões, sem conseguir respirar você terá a sensação que a morte estará próxima, no entrando, ela não estará você ficará com essa sensação por quase meia hora até seu coração não aguentar e para.
Dante falava enquanto injetava ar lentamente, antes mesmo de termina Marcos começa a sentir as sensações que Dante havia narrado, o ar começa a faltar em seus pulmões, uma sensação de morte iminente, seu peito doía profundamente, sua boca se abre e lentamente tudo se escurece para don Rinaldi.
— Faça boa viajem!
^^^Calábria, atualmente.^^^
Dante mora em sua fortaleza com seu filho Romeu, de apenas sete meses, e sua governanta Dora, que criou na ausência de sua mãe que morreu meses depois do seu nascimento.
CEO no ramo de carros luxuosos, e filho bastardo de um mafioso. Dante se vê sem saída após a insistência de Dora para arrumar uma esposa ou uma babá que cuide de seu filho.
— Querido, já tenho quase setenta anos, não consigo mais cuidar de um bebê como Romeu. — Falou a senhora enquanto faz o menino dormir.
— Te entendo Dora. Porém, não existe possibilidade de arrumar uma nova esposa. Não depois dá forma cruel que perdi Ágata. — Falou firme.
A senhora encara ele com um sorriso doce antes de colocar Romeu no carrinho e se aproximar do homem.
— Eu sei que está recente, mas a vida tem que continuar, não pode mais ficar trancado nessa casa com Romeu, ele daqui a alguns meses irá precisar de alguém que faça o papel de mãe, que o ame e cuide. Dante — a senhora toca no rosto sem expressão do rapaz — Posso morrer a qualquer momento e quem vai tomar conta dele?
Dante a encara, um arrepio tomou conta de seu corpo, a única pessoa que ele tinha um carinho além de seu filho era Dora.
Ele se levanta, seus 1,90 de altura, torna a senhora ainda mais baixa, com o seu 1,58, ele a puxa para seus braços.
— Está cedo de mais para falar em morrer. Dora! — murmurou. — Preciso ir, tenho negócio para fechar essa noite.
Dante beija o topo da cabeça da senhora e se afasta subindo as escadas até seu quarto, depois de um banho ele estava pronto para ir até a casa noturna a qual iria fechar um acordo de exportação, um acordo que irá fazer ele faturar milhões.
Ele veste uma calça social preta com uma camisa branca e um casaco da Gucci, seus sapato e o cinto eram todos do mesmo tom da calça.
— Aproveite. — Falou Dora assim que ele passa por ela na sala.
— Irei a trabalho e não para curtir Dora.
Dante vai à garagem onde tem sua coleção particular de carros de luxo, assim que escolheu sua Ferrari SF90 Spider ele sai pelas ruas da cidade em alta velocidade.
Chegando a casa noturna, ele encontra Liam, seu irmão e braço direito, no escritório da balada.
— Vamos, eles estão nos aguardando.
Eles têm que atravessar próximo do bar para conseguir chegar ao camarote, mas no meio da pista de dança uma ruiva de 1,65 de altura da pela clara e um vestido vermelho justo chamava a atenção de quem estava por ali.
Dante a encara de longe por alguns segundos, seus olhares se cruzam e um sorriso misterioso escapa dos lábios da mulher, após três segundos ela se vira, volta a dança com a sua amiga e em seguida olhar por cima do seu ombro o vazio que Dante havia deixado.
Dante ao ver a mulher misteriosa lembra de sua esposa Ágata apesar dela não ter o cabelo ruivo, mas o rosto sim, esse era parecido. Se ele não tivesse a certeza que sua esposa estava morta, ele diria ser a mesma pessoa.
Liam chamou a sua atenção para andar até a parte superior da casa noturna onde alguns dos aliados estavam ali esperando por eles.
— Irmãos Mazzini!
Um senhor de sessenta e poucos anos se aproxima estendendo sua mão para cumprimentar.
Assim que os negócios já estavam certos ele vai até o vidro do camarote, sem perceber Dante estava fazendo uma busca pela ruiva, assim que a encontra fica observando todos os seus passos, isso toma muito do seu tempo sem ele notar.
— Se interessou por ela? — perguntou seu irmão.
— O que está querendo dizer?
Liam se vira encostando suas costas no vidro e fitando seu irmão.
— Está perdendo tempo de mais, observando a ruiva. Temos várias pütäs aqui e você está rejeitado todas.
— Você tem razão... estou interessado nela, mas não para isso que está pensando. Dora precisa de alguém que ajude a cuidar de Romeu, irei levar ela para esse serviço. Olha a semelhança dela com Ágata.
Antes que Dante possa falar mais alguma coisa, seu irmão interrompe achando essa ideia totalmente sem noção.
— Você deve estar louco?! Olha bem para essa mulher, você acha que ela tem cara de babá? Ela deve ... — Agora é a vez de Dante interromper seu irmão.
— Eu não quero saber do que ela tem cara.
O homem fala com seu tom sério e sai do camarote depois de alguns minutos ele estava próximo à pista de dança a procura da ruiva desconhecida.
Giovanna cursa o último semestre de economia e havia ido à balada em comemoração ao seu aniversário de 27 anos. A mulher estava próximo ao bar quando sente um corpo se aproximando do seu.
Gioh sente seu corpo se estremece com a sensação, um arrepio toma conta quando um sopro toca em seu ouvido, sua garganta seca, seus olhos se fecham, uma mão grande desliza subindo asperamente pelas suas coxas macia, seu corpo se enrijece ao toque dele, agora em seu abdômen subindo pelo vão entre seus seios, contornou a mama e deu uma leve apertada, devido à luz baixa ninguém poderia ver exceto Dante.
Assim que aquela mão grande se aproxima de seu pescoço e aperta. Giovanna já sabia de quem se tratava.
— Sentiu minha falta bonequinha?
— Sentiu minha falta bonequinha? — Lazzaro falou se aproximando ainda mais das curvas de Giovanna.
Lazzaro, um agiota a qual Giovanni teve que recorrer, após perder seu emprego de garçonete no café, próximo a sua faculdade, no final do ano.
Giovanni se viu desesperada, quando foi avisada que se não pagasse as mensalidades atrasada do seu curso ela teria que trancar a faculdade, foi aí que Alice apresentou Lazzaro a ela.
Sentindo seu coração acelerado, suas pernas não correspondiam o comando de seu cérebro, seu desejo era correr mesmo sabendo que aquilo poderia dar errado como da última vez, a qual Lazzaro já sem paciência agrediu ela fisicamente.
Gioh se vira assim que sentiu um alívio em seu pescoço, seus olhos assustados miram os olhos sombrios do homem que sorria malicioso para ela.
— Vem comigo!
Lazzaro fala e a puxa para fora da casa noturna. Os olhos assustados da moça cruzam com os de Dante que a observava atentamente de uma distância.
Ele tenta segurar seu braço, mas Lazzaro a puxa ainda mais forte, quase derrubando a garota no chão.
Os olhos de Giovanna fixa naquele homem, ela balbucia socorro mesmo sem som, ele havia entendido apenas em olhar para o desespero no rosto da mulher.
Assim que passou pelos seguranças, a qual ignoraram a forma assustada que Gioh estava, Lazzaro a puxa para uma rua escura na lateral da casa noturna.
— Não aprendeu com o nosso último encontro, bonequinha?
— Eu... eu... vou te pagar, só preciso de mais tempo. — Gioh fala com medo.
Lazzaro empurra a garota que bate suas costas na parede, ele sobe seus olhos por todo o corpo da mulher fitando o final do vestido que naquele momento mal cobria sua bunda.
Ao ver o desejo se estampar no rosto do homem, ela se encolheu e tentou cobrir a maior parte do seu corpo com aquele pequeno tecido.
Lazzaro sorri maliciosamente, com seus passos lentos ele se aproxima da mulher que sente seu corpo enfraquecer, suas mãos suavam ao imaginar o que aquele "cavaleiro" poderia fazer com ela.
Ao sentir a respiração dele tocar sua pele, Gioh sente um tremor em seu corpo. As mãos grandes dele se instala ao fim do seu vestido subindo lentamente.
— Já falei que pode me pagar de outro jeito, bonequinha?
Ele fala e leva uma de suas mãos para o rosto de Giovanna, forçando um beijo a qual ela se debatia na tentativa de escapar.
— Não, por favor! — Gioh choraminga — Eu... vou pagar.
— Tenho certeza disso. — Ele fala invadindo a roupa dela.
As mãos ásperas de Lazzaro se aproxima da sua intimidade, que sente sua visão se torna embaçada, uma palpitação toma conta de seu coração não devido ao álcool que ela havia ingerido, mas ao toque do cretino que não entende a palavra não.
— Por favor! Para! — ela implora angustiada.
Mesmo sendo ignorada e quase sem força, Giovanna tentava se escapar, mas o homem que era alguns centímetros mais alto que ela não se movia com os tapas que recebia em seu peito.
Lazzaro leva suas mão para o início do vestido e rasga deixando seus seios a mostra, seus lábios vão em direção aos seios da mulher que com muita dificuldade acerta um tapa no rosto do homem que se irrita e devolve com uma intensidade maior.
O homem abre sua calça e tira seu membro para fora e vira a mulher deixando os peitos nus dela encostado na parede áspera. Ele se prepara para invadir, quando escuta uma voz grossa vindo do escuro do beco.
— Solta ela!
Dante fala e com alguns passos se aproxima do homem e o puxa, afastando ele da mulher que estava com a visão embaçada.
— Sai daqui! A festinha e entre mim e a vädiä. — falou Lazzaro.
— Tenho certeza que ela falou não.
Dante rosna e dá um soco no rosto de Lazzaro que dá alguns passos para trás tentando se equilibrar. Após conseguir se colocar de pé, o agiota vai para cima de Dante, que se esquivava dos socos que Lazzaro dava em sua direção.
— SOCORRO! — Gritou Giovanna antes de cair desacordada.
Dante olha para a garota caída no chão imundo, mas uma dor inesperada é sentida próximo ao seu abdômen.
Lazzaro retira um canivete, que estava escondido em seu coturno, e golpeia Dante, que estava com sua atenção voltada para a mulher seminua caída no chão.
— Eu vou voltar. — Lazzaro fala e passa pelo homem que leva sua mão até o abdômen sangrando.
— Filho da pütä! Na próxima eu juro que te mato. — murmurou.
Dante retira seu casaco e cobre a mulher antes de a pegar em seu colo e a leva para o escritório da casa noturna, ele a deita no piso gelado e vai até um armário no fundo da sala e segura uma caixa de primeiros socorros.
Ele senta ao lado da mulher pegando um algodão e encharca com álcool e aproxima do nariz de Gioh que inala o cheiro.
Dante retira sua camisa e nota que o corte foi superficial ele pressiona o local, em seguida passa álcool sentindo todo seu corpo se enrijecer, seu ódio só aumentou ao relembrar das palavras de Lazzaro.
Devagar a mulher começa a retornar os sentidos, no entanto, ela permanece deitada devido à fraqueza que sentia em seu corpo ainda.
Ele estava finalizando o curativo quando escuta um sussurro quase impossível de ouvir.
— O que faço aqui? E quem é você?
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