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RENDIÇÃO - SANTINI

|Ironias da vida

...SEJAM BEM VINDOS CAROS LEITORES!...

...Esse romance contém linguagem imprópria, Hot explícito, intriga e Linguagem obscena e eu ja falei Hot?...

...Então se não for o tipo de leitura que aprecie procure outro livro!...

...Não esqueça de apoiar... É muito importante para o autor que aqueles que estão lendo deem o feedback. Assim podemos saber se estamos no caminho certo! E tambem construir a história junto com vocês!...

...**Ao começar a ler esteja ciente que esse livro ainda esta em desenvolvimento. Mas atualizarei todos os dias. Conforme conseguir. Quem ja leu outros livros sabe que eu me esforço para atualizar todos os dias. Então valorizem essa aspirante autora......

...** Espero que gostem da história!...

Outras considerações: cada autor tem um estilo de escrita. Quem já leu os meus outros livros sabem que não costumo usar linguagem neutra para expor a minha perspectiva. Gosto de criar histórias fortes e com linguagem forte. E nesse não será diferente. Dito isso... Se desejar continuar: Seja bem-vindo!

....♤....

A vida é cheia de ironias. E isso eu posso provar.

A minha mãe morreu cedo. O primeiro luto que tive que enfrentar. Eu tinha apenas sete anos. Depois disso eu que já era retraído,tornei-me ainda mais introvertido.

Meu pai, um militar disciplinado e rígido, nunca aceitou nada menos do que a excelência, e cobrava de mim a perfeição. Se é que ela fosse possível alcançar, visto que cada vez que eu pensava ter alcançado surgia uma meta nova. Acredito que eu nunca tenha deixado meu pai satisfeito e orgulhoso. E chegou um ponto da vida que eu simplesmente desisti. Desisti de conviver com quem apenas me cobrava.

Voltando, desde a maneira de dobrar as roupas, até as minhas notas. Tudo deveria ser excelente. E nada menos que isso.

Um dia você vai entender ele dizia. E caso não saísse como ele queria, haviam disciplinas e correções,um militar da patente dele conhecia inúmeras disciplinas.

Não havia espaço para brincadeiras ou coisas de criança. Apenas exercícios para atingir a perfeição que o meu pai tanto queria.

Foi assim que ele conseguiu me mandar para um internato na inglaterra. E nesse internato conheci Henrry Toffel.

Nos tornamos amigos desde então. Henrry era dois anos mais novo, porém a "vida" o fez amadurecer antes do tempo.

Compartilhávamos do mesmo sentimento que permeava a nossa existência: A vida era uma constante ironia.

Havia levado pessoas doces como as nossas mães, que só conheceram o fel, e em troca deixou pessoas amargas e sem escrúpulos como os nossos pais.

Apesar do berço de ouro, sua história era terrível. E era outra coisa que tínhamos em comum.

Henrry foi embora algum tempo depois, quando a sua mãe faleceu. Mas matinhamos contato.

Quando atingi a maioridade cortei laços com o meu pai. Comecei a trabalhar na empresa do pai do Henrry, Já estava quase me formando na faculdade. Henrry tentava a todo custo fazer seu amigo " engomadinho, inho, inho" como ele me chamava, ter a mesma vida denegerada dele. Henrry era um canalha com escrúpulos. Nunca abusou de ninguém. Sempre deixava claro suas intenções para as mulheres a sua volta.

Dois anos depois, Henrry também se formou. E quando o pai dele faleceu, ao invés de lágrimas ele suspirou aliviado. Foi ao enterro apenas para manter as aparências da "familia Toffel", já que uma familia como a dele estava sempre nos holofotes da grande mídia.

O seu pai havia deixado um mau exemplo e um império que Henrry não apenas assumiu, mas fez se tornar a maior e melhor empresa de tecnologia. Ele era brilhante.

E eu estava ao seu lado. Ele gostava de dizer que só tinha um amigo e uma pessoa em quem confiava.

Me tornei o segundo a comandar as empresas de Henrry. Era um trabalho que preenchia o vazio da minha existência vazia e complexa.

Decidi fazer uma pós em ciências da contábeis.

E nesse dia ao chegar na faculdade atrasado, pois havia acabado de sair de uma reunião com gerentes de filiais, uma louca esbarra em mim. Derrubando todas as coisas dela em cima de mim.

Bella: Oh! Estou muito atrasada. -Diz o desastre ambulante.

Santini: Certamente. Artes cênicas é do outro lado do campus. - Eu ajudei a moça a se levantar. Ela tinha uma boa aparência, um ar jovial e leve. As suas roupas eram largas e folgadas, e passavam um ar de desleixo com as normas de etiqueta.

Bella: E o que fez você pensar que eu curso Artes cênicas? - Eu olhei ela de cima a baixo a arqueei as sobrancelhas. Ela fixou os olhos em mim e entendeu imediatamente o que o meu olhar quis dizer.

Eu apenas me virei e quando ia sair ela segurou meu braço. - Ciências contábeis. - ela disse me mostrando um papel de transferência. Quase dei risada. Mas achei impróprio. Ao invés disso revirei os olhos ao ver em seguida que ela estava na mesma sala que eu.

Santini: Ali, a direita. Segunda porta. - Ela saiu correndo como um furacão e foi até a sala. Arrumei meu terno e fui para a sala.

Quando eu entrei ela estava sentada bem do lado que eu costumava sentar. Me senti ligeiramente irritado pela desorganização dela. Mochila jogada no chão, notebook torto,e lápis espalhados.

Quando ela me viu foi a vez dela revirar os olhos. Podia jurar que ouvi ela resmungando "ótimo, não acredito nisso". Fiquei tão irritado ao longo da aula com os trejeitos dela que me mudei de lugar tentado prestar atenção na aula.

Quando acabou, arrumei minhas coisas e sai da sala. Fui para meu apartamento. Ignorei as ligações de Henrry. A esse horário a única coisa que o faria ligar para mim era o convite para uma dessas baladas. Coisa que eu detestava.

Depois de pedir algo para comer, eu organizo minhas atividades do dia seguinte.

Assim que termino de comer, lavo o prato que sujei organizo a pia e jogo o lixo fora.

Vou para o quarto e depois de um banho eu me deito e durmo.

|Santini

...Santini Lacerda 28 anos...

...(Ps. Santini já havia sido apresentado no livro Rendição. Permanecerá a mesma foto.)...

** Foto retirada da Internet.

....♤....

O despertador havia acabado de tocar. Levantei e me alonguei.

A minha criação me fez ser extremamente metódico. Gosto da minha rotina bem estabelecida. Gosto de previsibilidade. Você pode achar monótono. Eu gosto da sensação de poder que isso me dá. Tudo anda perfeitamente como deve ser, e nada se desvia do seu curso.

E como em todos os dias, após me alongar, faço as minhas higienes, troco de roupa e faço um café. Café preto, sem frescuras, que eu tomo olhando as noticias na televisão.

Arrumo tudo e abro a porta. E ao sair meu primeiro stress do dia começa. Uma bagunça enorme em frente ao meu apartamento. Ao sair rapidamente esbarro num vaso que cai e quebra.

Santini: Mas que merda é essa? - Eu falo alto.

Bella: Não acredito que destruiu a urna do meu pai. - Eu paralisei. Não sei o que me chocou mais, ter violado uma urna com restos mortais ou descobrir que a minha nova vizinha é o desastre ambulante. A minha cara era de desespero. Ela começa a rir desesperadamente. - Precisava ver a sua cara! - Ela começa a rir sem parar. Me deixando muito irritado.

Santini: Não sabia que alugavam apartamentos para menores de idade.

Bella: É o melhor que pode fazer? - Ela da risada. - Sorria senhor certinho. A vida fica mais leve.

Santini: Não deveria ter ocupado o corredor com a sua mudança. Principalmente ter colocado as suas coisas nas portas dos outros. - o meu celular começou a tocar no bolso. - De qualquer forma espero que quando retornar as suas coisas já não estejam aqui. E depois me passe o valor do vaso. - Era Henrry ao telefone. Desligo e aguardo o elevador.

Bella: Meu nome é Bella senhor certinho! - Ela diz rindo e voltando para dentro de casa.

Reviro os olhos e entro no elevador. Era só o que me faltava "Sorria, a vida fica mais leve", que porr@ de frase de para-choque de caminhão é essa?

Ao chegar na empresa a secretária do Henrry disse que todos já estavam na sala de reuniões. Mas ele estava me esperando na sala dele.

Vou direto para lá. Achei que Henrry queria passar algo sobre a reunião de hoje.

Henrry: Bom dia Santini. Só falta o Major Colson. - Me sentei na frente do Henrry e liguei o notebook. Estávamos prestes a alavancar as ações da empresa, numa jogada de fornecer novas tecnológicas para o exército. - Hoje é sexta-feira Santini. Vai sair comigo. - Ele nunca pergunta nada, simplesmente avisa.

Santini: Sabe que não. Henrry, foque na reunião. Isso é mais importante que qualquer coisa.

Henrry: Que é importante eu sei. E sei que o negócio ja esta fechado.

Santini: Prepotente.

Henrry: Chame do que quiser. Você vai. - Ele diz com ar de prepotência.

Santini: Nem fod&ndo.

Henrry: Falando em fod&r... - Eu olho para ele e reviro os olhos. Só podia ser a porcaria de um passatempo me irritar. - Recentes pesquisas mostram que sabe... se não usar o...

Santini: Sério Henrry?

Henrry: Diminui. - Ele diz rindo da minha cara.

Santini: Agora o tamanho do meu p@u se tornou preocupação para você?

Henrry: Você tem que curtir a vida Santini. É todo quadrado e cheio de manias.

Santini: Eu curto a vida. - Eu olho para ele. - Do meu jeito.

Henrry: Bem deprimente por assim dizer.

Santini: Não estou me lamentando. Você diz que curte tanto a sua vida, e está aí preocupado com a frequência que eu uso o meu pinto.

Henrry: É que eu quero te apresentar alguém.

Santini: Estou fora.

Henrry: Vamos as 20h.

Lara: Sr. Henrry, o Major Colson já chegou. Esta o todos aguardando. -Ela diz depois de entrar na sala.

Henrry: Vamos Santini. Fechar mais um contrato.

Ele se levanta e pega uma pasta. Nós saimos juntos.

O desgraçado estava certo. Vendia o peixe muito bem. Tinhamos os melhores desenvolvedores de softwares e outras tecnologias, era impossível concorrer conosco. Os projetos vão sendo apresentados pelos engenheiros, até que chega a parte de dados financeiros - eu sempre fico com essa parte. - E logo estávamos apertando as mãos e apenas esperando nossas ações dispararem.

Henrry: Eu disse. - Ele olha para mim antes de sair da sala, com uma postura de vitorioso. - 20h Santini.

Não falo nada. Era muito provável que se eu não fosse, ele mandasse me buscar a força. Reviro os olhos.

Vou até a minha sala, e passo o restante do dia entre planejamentos financeiros e organização de dados e planejamentos estratégicos.

Quando olhei o relógio ja passava das duas da tarde. Fiquei tão envolvido com o trabalho que esqueci de almoçar, até que batem a porta.

Santini: Pode entrar.

Grace: Sr. Santini, percebi que não almoçou... Eu trouxe isso para o sr.

Santini: Muito trabalho. Obrigada Grace, foi muito gentil. - Ela deixa uma bandeja em cima da mesa, e sai em seguida, topando com Henrry na porta. Ela sai quase desnorteada. Henrry tinha uma postura muito imponente e intimidadora. A maioria das pessoas não imaginava que por baixo dessa "capa" existia um homem muito marcado.

Henrry: Sabe que ela nem é desse departamento não é?

Santini: Você e suas insinuações.

Henrry: Ela quer dar para você. - Ele diz se sentando na poltrona. - Salmão? Eu diria que o caso dela é urgente.

Santini: Você não presta Henrry.

Henrry: Olha... tem um papel ali. - Eu olho. Era o número pessoal dela em um guadanapo. - Chame ela hoje.

Santini: Sabe minha politica Henrry. Sem envolvimentos no âmbito trabalhista.

Henrry: Fora daqui ela não é empregada.

Santini: Fala como se ela fosse fragmentada. Para mim é a mesma coisa. Se a conhecesse la fora e descobrisse no dia seguinte que ela trabalha aqui, eu não me envolveria. Cada coisa em seu lugar.

Henrry: Tem certeza que você tem 28 anos porr@?

Santini: Não tenho culpa se você parou de evoluir quando parou de usar fraldas.

Henrry: Sabe que um salmão não sai de graça não é?!

Santini: Você não tem uma reunião agora não? Nesse momento? Me deixe em paz.

Henrry: De fato eu tenho.

Santini: Então some. - ele se levanta e sai em seguida. Eu guardo aquele papel no bolso. Não que eu ligaria. Mas acho deselegante demais retribuir essa gentileza jogando o papel no lixo.

|Bella

...Bella Holf 27 Anos...

....♤....

Quem vê o meu sorriso e a maneira leve que eu levo a vida nem imagina.

E como poderiam?

Aprendi sobre resiliência na pele. Vivendo processos de perdas e lutos, decepções e frustrações.

Bom... Não conheci minha mãe. Ela morreu durante o parto, e a figura materna que eu tive foi a Diná. Que me criou desde que cheguei em casa, com um pai que não sabia o que fazer com uma recém nascida, e que sequer conseguia olhar direito para quem havia destruido a familia.

Apesar das aparências, meu pai inconsientemente me culpava pela perca da minha mãe. Ao longo da vida o vi passar pelo vicio do cigarro e da bebida, certa vez ele chegou bêbado em casa, e jogou um cinzeiro contra mim, afirmando que eu era a culpada de tudo.

Meu pai perdeu tudo que nossa familia tinha no vício de jogo. Éramos pessoas estruturadas financeiramente. Cresci com certos privilégios, porque de fato todo excesso esconde uma falta. Já que ele não podia me dar afeto, cobria isso com o que o dinheiro proporcionava: estudei em boas escolas, e tinha um fututo promissor.

Mas a algum tempo meu pai vinha mantendo apenas as aparências. Logo as coisas se tornaram um caos. Funcionários que não recebiam, a empresa da familia declarando falência, processos e hipotecas chegando a nossa porta.

Tudo ficou insustentável. Quando completei dezoito anos ele me expulsou de casa. Diná abriu as portas da casa dela para mim.

Eu trabalhava o dia todo e fazia faculdade a noite.

Meu pai disse: "Você já nasceu fazendo tudo errado. Nada vai dar certo na sua vida". Mas o que mais doeu foi "Deveria ter sido você". Foi cruel. Doloroso.

Trabalhei muito. Me esforcei. Diná foi a força motriz que me impulsionou a não deixar as palavras de um velho amargurado me paralisarem.

Ela uma mulher simples, que me criou como filha, muita das vezes terceirizando os cuidados dos próprios filhos e que não pensou duas vezes em me estender a mão, me fez entender que a podemos sair das dificuldades mais fortes.

E foi isso que eu fiz. Me dediquei, fui atrás dos meus sonhos. Comecei como assistente em um escritório de contabilidade. Fui crescendo até chegar ao nível de abrir o meu próprio escritório aos vinte e cinco anos. Que cresceu. Cresceu muito.

Pude retribuir parte do que Diná fez por mim, seus filhos estudavam e estagiavam no meu escritório.

Quando tudo estava se encaixando a vida tirou Diná de mim, minha referência materna, a única pessoa que eu tinha no mundo.

Dois anos depois eu resolvi abrir uma filial do meu escritório em NY. Aonde eu também terminaria a pós em ciências contábeis. Deixei Lauri e Oliver cuidando do escritório em New Jersey e sai em busca de novas aventuras.

Aluguei um apartamento. E descobri que minhas coisas só chegariam um dia depois. Fui direto para a faculdade. Estava atrasada.

Acabei esbarrando em alguém por acidente.

E quando disse estar atrasada, o arrogante olhou para mim e disse : Certamente. Artes Cênicas é do outro lado do campus.

Ele havia deduzido isso pela minha aparência. Me julgou em alguns segundos.

E depois que finalmente cheguei na sala, quem entra? Sim... Aquele que sabe o que você faz com apenas um olhar. Sinistro!

Ele revirou os olhos, e do nada se mudou de lugar. Tão receptivo!

Ainda bem que só precisarei suportar esse poço de arrogância aqui.

Quando a aula termina eu decido ir jantar. E depois sigo para o meu apartamento novo. Era lindo. E era a prova de que eu daria certo sim. Eu faria dar certo.

No dia seguinte a campainha tocou cedo. Deixaram minhas coisas no corredor. Não acredito!

Comecei a levar pouco a pouco as coisas para dentro. Levaria dias para organizar tudo.

Quando ouço algo se quebrar seguido de um longo "Merda"

Olhei para fora e vi que meu vizinho era meu arquinimigo da faculdade.

Diná disse que eu tenho um senso de humor duvidavel.

Quando disse para ele que ele havia quebrado a urna do meu pai, a expressão dele congelou. E eu simplesmente tive uma crise de riso. Ele estava apavorado! Eu no entanto estava amando ver o desespero dele.

Sorria senhor certinho, a vida fica mais leve. - Eu disse.

Ele me deu um sermão, e saiu irritado.

Eu passei parte do dia trazendo as coisas para dentro. E foi tudo o que eu fiz. Já estava atrasada para uma visita com um corretor para ver o espaço do novo escritório.

Me arrumo rapidamente e saio. Era sexta feira. Hoje não teria aula.

Eu sei... Não deveria procrastinar a arrumação do apartamento, por que certamente eu vou ficar enrolando e essas coisas vão ficar fazendo aniversário nas caixas. Mas uma sexta rm NY? Como negar?!

Depois de resolver tudo que precisava vou para casa, tropeçando nas caixas, e abrindo tudo para encontrar algo para vestir, consegui deixar tudo ainda mais bagunçado. Mas sem neura... Amanhã é outro dia.

Me arrumo rapidinho e vou jantar fora. Quem sabe depois uma balada? Nunca se sabe o que pode acontecer. E a graça é essa. Não ter muito controle sobre nada e estar aberto as possibilidades. A vida tem seu próprio curso. E a graça é essa.

Deixo o carro e vou de táxi até um restaurante que vi mais cedo. E depois de jantar e olhar no relógio, vejo que ainda dava tempo para alguma diversão na pista de dança.

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