15 anos antes…
Ana Clara sempre teve uma infância boa e tranquila no morro do Alemão. Seu pai trabalhava em um escritório e sua mãe trabalhava com confeitaria em casa mesmo. Mas o seu sonho era abrir sua própria loja de doces e bolos.
Ana Clara é filha única, seus pais nunca quiseram ter outros filhos, pelo simples fato de que colocar criança no mundo não é fácil e muito menos barato.
Um belo dia seu pai chegou da empresa muito animado devido a uma promoção que ganhou no trabalho.
A promoção consistia em trabalhar no exterior, para receber o triplo do seu salário. Teria todas as despesas pagas para ele e sua família, escola para Ana Clara e casa mobiliada para morar. Eles não precisaram se preocupar com nada.
A mãe de Ana Clara ficou um pouco preocupada sobre essa promoção. Mas o seu esposo a tranquilizou bastante ao dizer que se não desse certo, poderiam ficar na casa de sua irmã, já que a cidade onde a empresa abriria uma filial, era ao lado da cidade onde sua irmã mora.
A mãe de Clara ligou imediatamente para a cunhada e contou sobre o emprego do seu esposo. Ela ponteou os prós e contras dessa mudança repentina, mas sua cunhada super apoiou o irmão e disponibilizou a sua casa para hospedar a família caso algo desse errado.
Depois de tudo conversado com a tia de Ana Clara, chegou a hora de conversar com ela e explicar tudo direitinho para que ela não se sinta mal. Ao se sentarem na mesa para jantar, eles iniciam a conversa.
Eliana: Filha, precisamos conversar com você.
Clara: Eu não fiz nada, mãe!
José: Não é isso, filha. Precisamos falar algo muito importante com você.
Eliana: Clara, você já tem 10 anos e precisa entender que mudanças as vezes são necessários para o nosso bem.
Clara: Não tô entendendo..
José: Eu vou simplificar para você, filha. O papai recebeu uma promoção no emprego. Onde eu vou ganhar muito mais. Porém, como tudo na vida, temos que sacrificar algumas coisas para receber coisas melhores na nossa vida.
Clara: Parabéns pela promoção, pai. Mas onde o senhor quer chegar com isso?
Eliana: Filha, nós teremos que sair do morro do alemão.
Clara: O que? Pq??
José: Pq a minha promoção consiste em me mudar para outro país. E na verdade eu acho isso ótimo para você.
Eliana: Sim filha. Você poderá aprender outro idioma, fará novos amigos, e até neve você vai conhecer.
Clara: Não, mas e os meus amigos?? A Madu e o Cadu? Minha escola? Não podemos ir e deixar tudo para trás.
Eliana: Filha, não podemos levar tudo e todos. Será só nos 3. E lá você vai poder reencontrar sua tia. Poderá ficar com ela.
José: Ana Clara, sei que isso é um choque para você. Mas se serve de consolo, não iremos agora agora e nem amanhã. Já que o ano está terminando, vamos esperar você terminar as aulas e nas férias de Janeiro iremos.
Clara: Mas só tem mais dois meses! -chora triste
Eliana: Teremos tempo para regularizar nossos documentos para a viajem e você poder se despedir dos seus amigos com calma.
José: Por favor filha nós entenda. Estamos fazendo isso pelo seu bem. Não quero te ver triste.
Clara: Tudo bem!!! Posso ir pro meu quarto?
Eliana: pode sim. Descansa essa cabecinha e amanhã conversamos mais.
Ana Clara vai pro seu quarto e chora na cama. Ela não queria ir embora e deixar sua vida, seus amigos, sua escola para trás. Ela ama o Brasil e o morro do Alemão, onde ela viveu desde que nasceu.
Seus pais continuam conversando na sala e concordam que realmente é melhor ir, ja que a violência na comunidade está ficando cada dia pior e eles temem pelas suas vidas.
No dia seguinte, Clara encontrou os gêmeos Madu e Cadu na escola. Eles são seus melhores amigos e estudam na mesma sala que ela.
Durante o intervalo Cadu nota que ela está quieta, ele então a questiona
Cadu: O que você tem Clarinha?
Clara: Preciso contar algo para vocês.
Madu: Seus pais brigaram de novo com você?
Clara: Não… É mais sério.
Clara então conta sobre a noite anterior e Cadu e Madu choram juntos dela. Eles tmb não quererem que ela vá embora, mas não podem fazer nada, já que são apenas crianças.
Enquanto sofrem por antecedência, os meninos de outra turma começa a implicar com eles, fazem voz de choro debochando da dor dos 3. Cadu até tenta defender sua irmã e sua amiga, mas os meninos são maiores e para que ele não se encrenque com a direção da escola, Ana Clara e Madu tiram ele de perto do meninos e vão para o outro lado do pátio.
Durante uma conversa, Madu sugere que ela peça para sua mãe ficar com Clara, mas ela diz q não vai adiantar nada, pois seus pais não irão deixar. O melhor a fazer é se conformar.
Cadu fala que nunca vaí esquecer dela e que quando crescer, vai até o EUA ver ela.
E assim foram os dias dos amigos. As vezes tristes pela viajem, as vezes felizes por saber que nunca serão esquecidos.
O temido dia da viagem chegou. José e Eliana venderam a casa para um casal recém casado. Venderam com tudo dentro e apesar de ser no morro, eles conseguiram vender por um valor razoável. Daria pra se virar nos primeiros dias no novo país.
Clara, Cadu e Madu passaram a manhã toda chorando e se despedindo. Eles compraram um colar para ela com três peças que juntos se formam um coração escrito “Best Friends”. Cada um colocou uma parte e depois se abraçaram novamente.
Chegou a hora de da tchau aos amigos.
Ela entra no táxi e senta olhando pra trás, ela da tchau aos seus amigos pelo vidro e os irmãos choram abraçados na sua mãe. Era muito triste ter que partir.
Horas de voo se passam e eles finalmente pousam na Califórnia. A sua tia Jane, irmã do seu pai, foi buscá-los e os levaram para sua casa. Pois José só iria trabalhar no dia seguinte.
Apesar de está triste, Ana Clara não deixa de notar as belezas do lugar. Era tudo muito bonito, totalmente diferente do Brasil e agora esse seria seu novo Lar.
Aos poucos Ana Clara foi se acostumando com a sua nova realidade. Logo ela começou a estudar na escola que a empresa do seu pai a matriculou, que inclusive era uma escola Brasileira, o que a ajudou demais com a comunicação com os professores e as crianças.
José estava muito feliz pelo emprego e cargo novo. Eliana logo conseguiu um emprego numa cafeteria e por ser brasileira, foi contratada para trabalhar na cozinha e assim ela pode colocar seus dotes culinários em prática, o que a deixou muito feliz..
Ana Clara nunca esqueceu seus amigos e falava com eles pelo menos duas vezes na semana pelo computador do laboratório da escola. Ela sempre sabia das novidades do Morro do Alemao, e tmb contava sobre tudo que aprendia, incluindo o idioma.
Aos poucos ela foi se adaptando a nova vida e rotina e por incrível que pareça ela já gostava do novo país.
10 anos antes…
Quando a filial que seu pai trabalha completou 5 anos, a empresa resolveu fazer uma festa para comemorar.
Ana Clara acordou com um sentimento ruim e não quis ir nessa festa. Sua mãe insistiu muito, mas ela estava tão mal, que até vomitou.
Porém ela não quis prejudicar a noite dos pais, e por já ter seus 15 anos, decidiu ficar em casa conversando com seus amigos de escola pelo grupo do WhatsApp.
Eliana não queria deixar sua filha em casa sozinha, ainda mais passando mal, mas por insistência de José e da própria filha, ela foi.
Ela avisou que a geladeira estava recheada de coisas gostosas que trouxe da cafeteria, que atualmente é gerente, e avisa que se passar mal novamente é para ligar que eles voltam imediatamente.
Ana clara tanquiliza a mãe e pede que ela se divirta bastante, pois ela merece.
Antes de sair, os pais de Ana Clara vão até o quarto dela e lhe dão um beijo de boa noite e se despedem com um “Eu te amo” e saem.
Ao ouvir o barulho do carro, Ana Clara vai até a janela do quarto e o ver saindo. Ela sente um aperto no peito e segura o pingente de coração que foi dado pelos seus amigos do Morro.
Ela deita novamente e para destrair a mente ela conversa com seus amigos da escola.
Ana Clara acaba dormindo com a tela do celular acesa, mas durante a madrugada ela recebe uma ligação do número do seu pai.
Clara: Pai?? Tá tudo bem? Já chegou?
Homem: Olá, aqui é o ***, eu achei esse telefone caído perto do carro.
Clara: caído perto do carro? Cadê o meu pai e a minha mãe? Quem é você?
Homem: Calma… Houve um acidente agora mesmo na estrada, o carro capotou algumas vezes e o casal que estava dentro está sendo levado agora mesmo para o Hospital Central.
Clara: Não não não não não.. não pode ser.. meus pais morreram!! Não pode ser verdade.
Homem: Olha, eu não sei se eles morreram, mas estão indo pro hospital, se você puder ir até lá.
Clara: Sim sim. Eu vou. Obrigada por avisar.
Clara joga o telefone na cama e vai se trocar. Ela pega o telefone novamente e liga para sua tia, mas ela não atende.
Ana Clara então sai correndo de casa e vai até a casa da sua amiga de escola Ayla.
Os pais de Ayla acordam assustados e vão ver o que houve. Ana Clara pede que a levem para o hospital, pois essa hora não conseguirá táxi e explica o que houve com seus pais
Rapidamente eles se trocam e a levam. Ayla vai junto na tentativa de consolar sua amiga.
Eles chegam no hospital, Ana Clara corre antes mesmo do carro parar. Ela entra com tudo chamando pelos pais. Um homem que está sentado numa cadeira vai até ela.
Homem: Oi, você é a Ana Clara?
Clara: Sim, sou eu.
Homem: Foi eu quem te ligou. Eu que chamei a ambulância pros seus pais.
Clara: Obrigada. Você Já tem alguma notícia deles? -pergunta chorando
Homem: Ainda não. Mas o melhor a fazer agora é esperar um médico.
Ele a leva até a cadeira e pega água para ela. Sua amiga Ayla entra acompanhada de seus pais e vai até ela.
O homem explica tudo que houve pro pai da Ayla e eles entendem a gravidade do acidente.
Quase duas horas depois um médico vem até a recepção.
Médico: Família do Sr e Sra Aguiar?
Clara: Eu.. eu sou filha deles. Onde estão os meus pais? -fala desesperada
Médico: Me perdoe, mas fizemos tudo que podíamos. -fala triste
Clara: não não não não não, não pode ser. É brincadeira, né? É mais uma das brincadeiras chatas do meu pai. Tenho certeza.
Ela rir de nervoso e sai correndo pelo corredor do hospital, ela abre porta por porta até encontrá-los. E ela os encontra.
Os enfermeiros estavam limpando os ferimentos de seus pais, tirando as máscaras de oxigênio e desligando as máquinas.
Clara: Não… não desliguem isso -vai até os enfermeiros-
Eles precisam disso para viver. Não tirem nada, deixa aqui -coloca a máscara na sua mãe.
Médico: Menina, não tem mais o que fazer… eles se foram.
As palavras do médico invadiram seu coração como uma porrada. Ela caiu ajoelhada perto da cama de seu pai é só então sua ficha caiu…
Clara: NAAAAAOOOOOOO!!! Grita chorando
Ayla corre até sua amiga e abraça. Ela tenta de todas as formas consolar Ana Clara que só sabe chorar e repetir a palavra “não”.
O médico não ver outro jeito a não ser aplicar um calmante nela. Ele olha para um dos enfermeiros da sala é só com o olhar o homem sabe o que fazer.
O enfermeiros aplica a injeção no braço de Ana Clara e ela se debate não querendo dormir. Mas é tarde, já fez efeito.
O médico e o enfermeiro colocam ela numa maca e os pais de Ayla ligam para Jane pelo celular da Clara, que só atende a ligação depois da quinta vez.
O pai da Ayla conta por alto o que aconteceu e Jane sai correndo pro Hospital encontrar sua única sobrinha.
Ao saber de tudo que aconteceu, Jane fica desolada. José era seu único irmão e agora ela só terá Ana Clara de família.
Quando acordou Ana Clara se deu conta de onde estava e lembrou do que aconteceu na madrugada. Ela chorou alto, chamando a atenção de Jane, que correu até ela e abraçou:
Jane: Calma meu amor, vai passar. Essa dor vai passar. -a abraça
Clara: Eles não podem me deixar, tia. Eu não quero ficar sozinha.
Jane: Você nunca estará sozinha. Eu sempre estarei contigo. E pode ficar tranquila que eu cuidarei de tudo.
Ana Clara só sabia chorar.
O laudo médico acusou um grau elevado de álcool no organismo do José, e provavelmente ele dormiu no volante, fazendo assim perder o controle do carro, bater em uma árvore e sair capotando pela pista. Infelizmente os dois morreram não só pela imprudência ao volante, mas por tmb não estarem com seus cintos de segurança.
O enterro foi dois dias depois da morte dos pais de Ana Clara. Ela não tinha mais forças para seguir em frente. E antes mesmo do enterro encerrar, ela desmaiou e foi levada às pressas para o hospital.
Sua tia passou um tempo na casa de Ana Clara para ter certeza que ela ficaria bem, mas com alguns dias ela precisou voltar a trabalhar, e só ia lá 1x ao dia.
E mesmo dizendo que estava melhor, cada dia ela estava mais magra e com cara de doente.
Com um mês pós morte dos pais, Ana Clara foi diagnosticada com anemia profunda por não se alimentar adequadamente. Foi então que sua tia a levou para sua casa para cuidar melhor da sua sobrinha.
Ela passou o resto do ano sem ir à escola. Ayla sempre levava as matérias para ela, mas ela mal pegava no caderno e no lápis.
Foi então que Jane a colocou para fazer terapia. Pois ela já temia pela vida da sobrinha.
Com as terapias, ela foi diagnosticada com Depress@o e ansiedade. Mas fazendo as seções regulamente, seu quadro começou a mudar. Ela voltou a sorrir, mesmo que por um instante. Ayla sempre ia na casa da Jane e levava para sair… cinema, sorveterias, parques de diversões, circos e mais o que tivesse para fazer.
A sua amizade e lealdade foi essencial para sua recuperação. Ela voltou pra escola já com 16 anos, e por sorte não repetiu de série pq os diretores e professores entenderam o caso dela e seria injusto ela perder o ano por falta, sendo ela uma das melhores da classe.
Dia após dia, ela foi levando sua vida. Entre uma seção de terapia e outra, ela foi tomando gosto pela profissão e começou a pensar no seu futuro.
Antes de terminar o ensino médio, ela fez uma inscrição para uma bolsa de estudos na melhor universidade do mundo, Harvard. Ela queria cursar psicologia e ajudar as pessoas, assim como ela foi ajudada.
Quando terminou o ensino médio, ela começou a trabalhar na mesma cafeteria que sua mãe era gerente quando morreu. Ela era uma das garçonetes, mas estava muito feliz por conseguir um emprego.
Um belo dia após o exaustivo dia de trabalho, ela chega em casa e sua tia está eufórica.
Jane: Filha, chegou isso pra você. E se for o que eu tô pensando, você conseguiu o que queria.
Ana Clara pega o envelope da mão da sua tia, ela olha e ver que é da universidade de Harvard. Seu coração acelera, ela abre o envelope com as mãos tremendo. Na folha diz que se ela realmente quiser a bolsa, ela terá que escrever uma redação explicando o pq ela quer e precisa dessa bolsa de estudos.
Apesar de não ser muito boa em redação na época da escola, ela se dedicou ao máximo para escrever a melhor e mais emocionante redação para a universidade.
Na redação, Ela contou sobre sua história de vida e o pq ela quer essa bolsa. Sua missão é ajudar outras pessoas que passam pelo o que ela já passou na vida.
Ela envia a redação por e-mail e espera por um mês até que recebe outra carta e dessa vez para sua felicidade, ela foi aprovada.
Como Harvard fica longe de onde morava, e mesmo tendo economias, já que ela recebeu pensão da empresa onde seu pai trabalhou até os 18 anos, ela decidiu morar numa república perto da universidade. Era de graça, pois quem é bolsista e faz intercâmbio pode ficar lá, e ela poderia economizar ainda mais com transporte, alimentos e hospedagem.
Sua tia apoiou ela em tudo. A ajudou com tudo que pode, inclusive a levou até a universidade no dia da entrevista e quando foi de vez.
Na faculdade, ela fez muitas amizades e inimizades tmb. Ela namorou um rapaz muito bom pra ela. Ele cursava direito, e se chama Josh.
Eles namoraram dos 20 aos 22 anos. Ele foi o seu primeiro em tudo, na vida, no amor e no sexo, que a propósito ela detestou, mas ainda sim se manteve com ele até que finalmente noivaram.
Porém ela o pegou na cama com sua pior inimiga. Pois Diana sempre quis ter o popular Josh ao seus pes, mas ele só tinha olhos para Ana Clara e com isso planejou droga-lo e o levar para a cama, onde ela sabia que Ana Clara iria ver. Na mesma hora que viu a cena, Ana Clara terminou a relação e seguiu sua vida.
Dois anos depois, Ela concluiu o curso e se sentiu a melhor pessoa do mundo.
Sempre que ela ia visitar sua tia, elas iam no cemitério e ela ficava horas lá conversando com as lápides de seus pais. Ela contava sobre tudo, sua rotina, suas frustrações e decepções, seus dias bons e ruins tmb, até pq nada na vida é fácil. Mas ela sempre soube que a força que ela teve para enfrentar tudo veio dos pais dela e da força de vontade de deixá-los orgulhoso da filha.
Após terminar a faculdade, ela começou a trabalhar num consultório de um dos professores. Ele a ajudava sempre, pois via que ela era esforçada e queria muito fazer isso.
Mas quando fez seus 25 anos ela começou a sentir que aquele lugar não lhe pertencia mais. Ela queria explorar novos mundos e fazer mais pelas pessoas.. foi então que ela tomou a decisão.
Ana Clara: É hora de voltar às origens. É hora de voltar pro morro do alemão!
Ela falou muito decidida do que quer.
Ao conversar com sua tia sobre sua decisão, mais uma vez foi apoiada. Porém Jane não iria voltar ao Brasil. Para ela não faz sentido sair da onde ela é estabilizada e feliz para voltar a morar em comunidade.
Ana clara não ficou triste pela decisão da sua tia, pelo contrário, ela agradeceu por tudo que ela fez por ela e prometeu visitá-la sempre que puder.
Depois de falar com sua tia, foi a vez de falar com sua amiga Ayla..
Ayla depois do ensino médio fez alguns cursos de moda e abriu sua própria loja de grife com a ajuda de seus pais. Hoje a loja é uma das maiores do país e com muitas filiais espalhadas.
Ana Clara conta para sua amiga sobre sua decisão e ambas choram pois não queriam se separar assim. Mas Ayla entende sua amiga e sabe que isso a deixará feliz.
AnaClara: Não esqueça que sempre que precisar de uma psicóloga estarei a disposição.
Ayla: Com toda certeza que ligarei. Não ficarei sem minhas seções grátis.
Ana Clara sorrir e abraça sua amiga. Elas passam o dia juntas conversndo sobre tudo, inclusive a viajem.. Após conversarem bastante na loja da Ayla, Ana Clara saiu de lá e foi ao último lugar que faltava.. o cemitério.
Ela sentou em frente as lápides, olhou para as minis fotos deles e deixou uma lágrima escorrer.
Clara: Já fazem 10 anos que vocês se foram. 10 anos sem ouvir a voz de vocês, 10 anos sem ver os sorrisos, 10 anos sem as brincadeiras sem graça do meu pai..
Você devem imaginar como está o meu coração hoje. Feliz por ter vencido até aqui e triste por já fazer tanto tempo sem vocês ao meu lado.
Sei que Deus está cuidando de vocês aí em cima, mas aqui embaixo a saudade é grande.
Eu tomei uma decisão e vocês já sabem qual é. Queria tanto um sinal de vocês para saber se estou fazendo a coisa certa. Queria poder ter certeza que esse é o caminho, mas eu creio que Deus e vocês irao continuar cuidando de mim aí de cima. Eu amo vocês, meus pais. E prometo sempre vir visita-los!
Ela limpa algumas folhas de cima do túmulo e de repente uma chuva forte cai. Mas o dia não estava nublado, pelo contrário, está lindo e com um belo arco-íris no céu
AnaClara: esse é o sinal… Eu amo vocês!
Ela sai do cemitério muito feliz com essa chuva. É como se eles concordasse que ela está no caminho certo.
Ela vai pra casa imediatamente e começa a arrumar suas coisas. Logo em seguida ela compra a sua passagem para o próximo domingo de manhã.
No dia da viajem, sua tia e sua amiga preparam uma pequena comemoração na hora do café da manhã.
Ana clara estava feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por finalmente voltar pra casa e triste por deixar sua vida americana para trás.
Após o café, elas foram para o aeroporto. Antes do embarque, mais choro das 3. Ayla prometeu cuidar de Jane e qualquer problema ligaria.
Jane está triste por ter q se despedir da sua única família, mas sabe que é para o bem dela.
Ana Clara embarca as 10:00 da manhã. Previsão de chegada é as 18:00, então ela aproveita para vê se encontra as redes sociais de seus amigos de infância. Já faz alguns anos que eles não se falam. Perderam o contato devido a faculdade e trabalho. Mas ela nunca os esqueceu. Eles sabem da morte dos pais Ana Clara, pois assim que houve o enterro ela entrou em contato e lhes contou sobre. Mas depois de um tempo perderam contato
Ela acha a rede da Madu e ver o quanto ela está linda, porém ela não encontra as redes de Cadu, mas não tem problema, logo eles vão se encontrar e matar a saudade.
Ela segura o seu pingente de metade do coração, pois ela sempre estava com ele. O colar original ate arrebentou a uns anos atrás, mas logo ela colocou outro e ele ficou ainda mais lindo.
Enquanto não chega, Ana Clara resolve dormir, pois a sua ansiedade para chegar logo está lhe matando. Ela prefere dormir para passar o tempo.
18:30 o avião pousa no estado do Rio de Janeiro. Rapidamente ela pega sua bagagem e pega um táxi, ela fala para onde quer ir e o motorista até tenta dizer que não faz viajem para la, mas ela com seu poder de persuasão consegue convencê-lo, mas ele só irá até a entrada da comunidade, pois não poderá subir. Ela aceita a proposta é assim ela vai pro Morro do Alemão.
Ana Clara Aguiar, 25 anos. Psicóloga recém formada!
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