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Casamento Por Conveniência

1. Capítulo

...Cinco Anos Depois ...

Era uma manhã fria, céu cinzento, ventos que deixaram todos os vidros da casa abafado. Antes um dia assim era dor de cabeça para mim, mas agora, esse clima é um lembrete do dia em que fui livre. Mariano chegou a me procurar por longos duros anos, para me escapar dele de uma vez, eu aceitei viver um déjà vu da vida em que vivi ao lado de Eduardo. Por isso, aceitei me casar com o Ceo mais rico e bem sucedido do momento, Edgar Sanz, acreditei que ele fosse me salvar de cair nas mãos de Mariano, mas acontece que Edgar me fez passar por uma grande e difícil seleção, quer dizer, muitos jovens como eu queria se casar com ele, mas depois de três outros longos anos, eu havia sido escolhido, no caminho até aqui, eu tive oportunidade de conhecer um pouco de Edgar e ele me pareceu um cavalheiro, mas com um ar arrogante. Sabe aquele galã de filme metido? Então, este era ele, eu não sabia diferenciar um ato de cavalheirismo de um exibicionismo, já que acontecia bastante disso, pelo menos, eu sentia que era assim. Nesse tempo também, eu ganhei status e todo mundo queria conhecer o homem, cujo noivo era o dono da empresa La Frontera - uma empresa de tecnologia de ponta.

Xavier: O grande chegou, você vai se tornar o marido do homem mais cobiçado do país. O que está sentindo? Você se tornou rico com esse contrato.

Leandro: Ainda estou me acostumando com tudo isso.

Xavier: Então se acostume andando, pois estamos atrasados.

Leandro: Mas foi você que perguntou…

Rodeado por seguranças, eu caminho até a igreja, Xavier, do meu lado, não sai do celular - parece que foi encarregado para não deixar que nada dê errado nessa cerimônia. Já eu, dou passos lentos, preciso fazer uma reflexão rápida de tudo que aconteceu recentemente. A igreja estava lotada e os paparazzi estavam por todos os lados, registrando cada detalhe, no altar, Edgar com um sorriso de comercial no rosto e um terno com cara de caro. Respiro fundo e mantenho meus olhos no padre.

Um casamento tradicional, onde os noivos precisam se ajoelhar em um altar na frente do padre, Edgar de preto e eu de branco, por escolha dele, precisei usar véu. 

Depois do sim, Edgar se levantou e me levantou em seguida, na frente de todos, me deu um beijo de cinema, fazendo inveja em todos que participaram na disputa para esta aqui no meu lugar. O padre parece não aceitar a nossa forma de amor, mas Edgar lhe deu um dinheiro muito bom para ele não negar.

Passando pelo o corredor, eu preciso sorrir para todos que vieram, mas por dentro, eu estava mesmo era imaginando o casamento que tive com Eduardo e de como eu fui infeliz, me sinto com uma má sorte danada por precisar casar novamente para fugir desse tipo de homem.

Leandro agora tem 29 anos, além de entregador, ele também é gerente de loja, no momento, o rapaz está desempregado, era meio que uma forma de se livrar de qualquer rastro que Mariano pudesse encontrar. Leandro está de volta por obrigação com mais um casamento por contrato, entretanto, ele torce para que este sim dê certo.

Edgar Sanz além de ser um Ceo mais rico do momento, também é um homem caridoso, gosta de todo ano fazer uma doação para diversos hospitais do país. Seu defeito é que tem um vício por sexo e com isso atrai tudo que tem a ver, até a infidelidade, Leandro não sabe, mas o seu mais novo marido tem dificuldades em ser fiel.

Herdeiro de vários milhões de dólares, Edgar se sente dono do mundo, por isso, costuma tratar os amantes como objetos. 

Edgar tem origem italiana, mas sua família o levou muito pequeno para São Paulo, onde o rapaz com o auxílio do seu pai levantou o seu então império. No currículo do rapaz, tem uma história cabeluda com o seu primo, tal primo que não aceita perder o caso que tinham porque Leandro entrou no caminho. 

2. Capítulo

...Alfaville...

No caminho para casa, percebo que Edgar não sai do celular, meu olho espião e descobre que ele está apagando conversas de um aplicativo de mensagem.

Ao chegar naquela casa, eu me deparo com todos aqueles seguranças todos cercando exatamente tudo. 

Yan: Bem vindo, meu senhor. Sou Yan, o seu consultor e assistente.

Leandro: Será que preciso disso?

Edgar: Sim! e isso é indiscutível. 

Leandro: Então é um prazer.

Logo na entrada, a decoração da casa me deixa de boca aberta, quer dizer, nada que eu tenha visto antes se compara ao que admiro agora.

Yan: Essa casa pode ser um verdadeiro labirinto e eu estou aqui para te guiar, caso perdido, lhe encontrar, caso confuso, lhe orientar e claro, caso "fora do eixo" estou aqui para lhe lembrar que assim como Edgar, o senhor é dono dessa mansão.

Edgar: Está vendo? Você precisa de um consultor, já que é muito grande para uma babá.  Eu… tenho muito trabalho e quase não vou por aqui.

Edgar se afasta e parece ir para o seu escritório, bom, eu costumo conhecer as mansões e sei que o escritório costuma ficar não tão distante da sala. 

Quer dizer, costumava. 

Yan: Vem, quero lhe mostrar cada detalhe.

Leandro: Ok! 

Tudo era tão precioso…

Yan: O que achou? 

Leandro: Eu realmente adorei tudo, mas não é muito grande para nós dois? 

Yan: Quem lhe disse isso? Seus sogros moram na parte de trás.

Leandro: Isso, fora da casa? 

Yan: Sim.

Leandro: Aí graças a Deus, quer dizer, que bom.

Yan me deixa sozinho para que possa conhecer sozinho o meu quarto. Quarto que vou usufruir sozinho, como em todo casamento por contrato, o marido precisa dar um tempo para o esposo, não é como o tradicional.

Sento na cama e me deito um pouco na cama, estou tão cansado desse dia que fecho os meus olhos e torço para que ele acabe logo, mas aí eu me lembro que preciso me garantir de que Edgar vai me proteger caso Mariano retorne, mas não sei como pedir algo assim para ele, quer dizer, me sinto sem direito.

No banheiro, eu me encaro no espelho. 

O que você está fazendo? — é o que eu me perguntei.

Quer dizer, que categoria de louco aceitaria passar de um homem para o outro assim, tão rapidamente?

Colocando a mão no rosto, eu me lembro da agressão que sofri de Nicolás, quer dizer, eu nunca havia sido ofendido daquela forma e bem lá no fundo, eu tenho medo da mesma cena se repetir com Edgar, queria pelo menos ter pedido algo que impeça isso no contrato. 

Yan: Senhor?! Está tudo bem aí? Vim trazer a sua mala e também uma revista.

Leandro: Uma revista?! Por que, uma revista?

Yan: Bom…

Yan me explicou que eu deveria mudar o meu estilo agora que estou casado com Edgar, que como a Imprensa vive em dele, eu devia me "refinar" 

Leandro: Isso é realmente necessário?

No jantar, eu descobri que sim, a mesa enorme nos separando um do outro e o cuidado do Edgar com os talheres e com a comida me comparam que sim. 

Ele se levantou assim que terminou e me ignorou totalmente ali sentado.

No quarto, eu me sinto ofendido, novamente. Quer dizer, porque ele me escolheu então? Isso, nós, não passamos de um contrato? Isso é bom? Isso é ruim? 

3. Capítulo

...9 da manhã ...

Me levanto e vou para o banheiro, tomar um banho e escovar os meus dentes.

No andar de baixo (cozinha)

Yan: Bom dia, senhor. Vim lhe trazer o cartão de crédito que Edgar separou para o seu uso pessoal.

Leandro: Pensei que eu não teria direito a esse benefício, quer dizer, ele já pagou muito caro por mim.

Yan: Não, se enganou. O senhor tem sim e aqui está. 

Pego o cartão e saio para dar a minha caminhada.

Dua Lipa nos ouvidos, me deixando tão forte e passando o pano na poeira em cima do meu amor próprio, tomo a decisão de arrumar um emprego e deixar o cartão de Edgar como está, intacto de uso. Eu não preciso dele mesmo.

Restaurante: A Moça 

Tini: Você quer emprego agora que casou com o homem mais rico de todos? Ah, amigo conta outra.

Tini por mais que desacreditou da minha necessidade para trabalhar, me deu um emprego, uma oportunidade para não ficar preso naquela mansão o dia todo.

Leandro: Obrigado! Às 10h estaria aqui.

Tini: Sim, sem atrasos.

Em casa, eu fico meio nervoso de dizer para Edgar que conseguir um trabalho e que vou trabalhar, eu nao sei se ele quer me vê trabalhar.

Pelo o medo do que ele iria achar, passei de canto e deixei o resto do dia passar tranquilamente. 

9 da manhã (Dia seguinte) 

Assim que acordo, ao invés de Yan, eu vejo Edgar lá parado com o seu café e o seu jornal.

Edgar: Bom dia! 

Leandro: Bom dia.

Me servi de um pouco de café e me sento ao lado dele na mesa pequena que tem na cozinha. 

Edgar: Algum plano para hoje? 

Leandro: Oi? 

Edgar: Perguntei se tem algum plano para hoje.

Segurei o meu medo e o joguei no ar, abrir a minha boca e disse sobre o meu trabalho. 

Edgar: Tudo bem, se você quer. Entretanto, vai precisar de um dos meus homens lhe levando e lhe trazendo, você agora é esposo de alguém importante, não sabe o número de pessoas que gostaria de lhe machucar para me atingir.

Leandro: É? Não, ok. Eu aceito. 

Edgar: Hoje eu te levo, ok? 

Leandro: Você?

SIM! Ele que me levou para o restaurante e por sorte, o local atingiu o gosto requintado dele, assim que o viu.

Só que…

Edgar: Quem era aquele homem que estava conversando com você na saída? 

Edgar foi me buscar na saída também e me viu conservando com um colega de trabalho.

Leandro: O Luca? Ele estava apenas me passando o dinheiro da condução. 

Edgar estava obviamente com ciúmes de mim, parecia fofo, mas tão muito, quer dizer, é um ciúmes bobo, sem um verdadeiro motivo.

Edgar: Você não precisa de uma merda da dinheiro da condução. 

Leandro: Mas é obrigatório, sei que não preciso, estava até pensando em passar em uma igreja amanhã e fazer uma oferta ou em um hospital de crianças com câncer. Eu não iria ficar com ele.

Edgar: Pois bem, faça isso e tambem se mantenha distante daquele idiota, pois marido meu não fica de papo furado com outro homem não.

Leandro: Ok! 

Em casa, eu vou direto para o meu quarto e deixei o jantar para depois, quer dizer, não queria jantar com ele irritado, ainda mais sem motivo, não tenho tempo para esse tipo de bobagem de casal.

Olhando novamente para o espelho, eu retorno a falar comigo mesmo.

Pelo menos ele não foi agressivo – Disse com o olhar triste e confuso.

Há um bater na minha porta, saio do banheiro e vou atender, abrindo, o vejo lá parado.

Edgar: Não vai descer para jantar? 

Leandro: Estou sem fome.

Edgar: Mas não é certo dormir sem jantar.

Leandro: Não seria a primeira vez.

Edgar: Mas não vai ser uma na lista.

Edgar me pega pelo o braço, depois no colo e me leva para a sala de jantar.

Leandro: Vai me obrigar a me alimentar? 

Edgar: Se for preciso, sim, eu vou lhe obrigar sim. Quer ficar fraco? 

Leandro: Não, Quero que a minha decisão seja respeitada.

Edgar: Hoje não! 

Edgar pega o prato que chega e com toda gentileza vai me convencendo de aceitar o alimento e eu não queria mais fazer birra. 

Mais tarde no meu quarto, Yan veio me mostrar uma roupa que Edgar me comprou.

Leandro: Porque ele mesmo não me deu? 

Edgar: Acho que porque eu nao tive tempo, quer dizer, você fez sua cena com a comida.

Leandro; Por que você fez primeiro com o seu ciúme sem fundamento. 

Yan: Bom, eu vou deixar vocês às sós. 

Leandro: Olha, obrigado por me comprar essa roupa, mas não precisava.

Edgar pega a roupa e me coloca na frente, observando como ficaria no meu corpo.

Edgar: Mas você ficaria muito bem nela. 

Leandro: Isso eu vejo outra hora, agora você pode sair? Eu gostaria muito de descansar um pouco. 

Edgar me olha dentro dos olhos e acaba saindo, obedecendo o meu pedido.

Edgar no corredor para e ainda me olha na porta.

Depois que entro e fecho a porta, eu nao posso conter  vontade de correr para a roupa jogada na cama e sorri jeito uma criança, quer dizer, eu gosto de atitudes fofas e ele comprar uma roupa linda dessa para mim, com toda a certeza é uma atitude fofa.

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