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Reeducado Por Ele - Volume 2

1. Capítulo

...Reeducado Por Ele II...

Chamo-me Guilherme, tenho 26 anos. Sou o sobrinho do Victor, um homem conhecido por nunca ter superado o melhor amigo, Valério. Como ele, a minha vida não é composta por paz ou amor verdadeiro descoberto e tão pouco cuidando do meu coração quebrado tantas vezes por homens que só queriam uma prova minha em suas camas durante a noite.

Cara, eu nunca gostei de baladas e de nada superficial, mas isso era o que eu sempre atraia e segundo a minha amiga era por conta da minha beleza física. Já o meu irmão sempre me disse que era porque a minha carência não me deixava seguir o ritmo. 

Meu irmão e eu nos damos muito bem, mas eu penso que ele também não tem razão na sua opinião, eu posso ser meu solitário, mas nunca carente ao ponto de me deixar levar por pessoas que não me querem de verdade. 

Victor foi exemplo o suficiente para que eu não fique mendigando amor de homem nenhum, mas ainda assim, eu confesso que gostaria de um parceiro no lado vazio da minha cama que sempre me incomoda quando me deito para dormir à noite.

A minha amiga que é sonhadora me pede todas as vezes para sair do aplicativo e ir à encontros com homens que marcam eventos em uma página de uma rede social, mas eu não acho que vou encontrar um príncipe lá.

O homem para me atrair não tem que ser cheio dos títulos ou do corpo definido, ele só precisa ser atencioso e bastante paciente para me aguentar quando dou um de louco.

Agora, se ele gostar de livros tanto ou mais do que eu, isso já me ganha para um tarde em uma cafetaria para um café, assim como uma música perfeita da Taylor Swift. 

Meu irmão e eu moramos sozinhos em um apartamento afastado do centro e meu lugar de paz para ler os meus livros é nessa cafetaria, onde eu também pude encontrar o homem que desejava logo acima. O nome dele é Ian e nós estamos namorado a alguns meses.

Ian não demorou para ser aprovado pelo o meu irmão e depois pelos meus pais, menos para o meu tio que sempre me diz que devo tomar cuidado nesse relacionamento. 

Acho que talvez seja porque Ian é dez anos mais velho e tem a mesma profissão que Arthur tinha quando o Valério e ele os conheceram. Espero muito que ele mude de opinião sobre ele, ainda mais agora que eu estou a dias sonhando com um pedido de casamento. Porque eu o amo e também porque não vejo a hora ter minha casinha.

Minha mãe sempre me disse que eu vou ser um ótimo dono de casa e meu pai que eu terei que tomar conta de casa, mas não desistir do meu sonho de se formar na faculdade. 

Há, tem alguns dias que sonho com um futuro onde sou casado com Ian e que temos um filho e como eu acredito em sonhos se tornando realidade, acho que muito breve vou me tornar o senhor Alves.

Outros meses se passaram e eu estava com o meu sonho realizado. O único problema era que não era tão perfeito quanto eu pensava. Ian exigia que eu trabalhasse e que deixasse a faculdade para trás, ele também fez muitas decisões sozinhas como desistir de ser pai e também começar a me agredir. A minha história não é um romance como pensei que seria e sinto que terei que escrevê-la para escapar sem o amor que sinto pelo o monstro que o meu marido se tornou após o “aceito.” 

2. Capítulo

Não é uma tarefa fácil esconder as marcas que Ian me deixam, marcas que ninguém pode saber por puro medo que sinto por dentro.

A família de Ian que sabem desse comportamento dele, me pedem para ter paciência e torcer para que ele melhore, seja um homem melhor para mim.

Penso que eles acham que eu devo merecer todos os maus tratos que passo nas mãos dele. Posso contar nos dedos os momentos que ele me tratou do jeito que um marido trata seu esposo e isso chega ser triste.

Domingo passado, minha família quiseram almoçar conosco, mas Ian me fez inventar uma mentira para não recebê-los e tudo porque queria ver futebol na televisão sem ninguém além dele e eu na casa.

As minhas lágrimas já secaram e eu só consigo lidar agora com a falta de sentimento que sinto, com a frieza que sinto ao percorrer o meu corpo e o vazio que está me tomando.

Não pense que eu já não pensei em escapar, porque eu tentei, mas Ian foi atrás de mim e me prometeu mudança, eu como um bobo acreditei que isso iria acontecer e agora eu me encontro redondamente enganado.

Sinto-me em um escuro onde todos os meus sonhos não conseguem ter forças para serem mostrados para mim. Tenho dias que não durmo a noite e dias que não sei o que é tomar um banho tranquilo porque até lá ele me segura e decide o tempo que me banho.

Pensando nas inúmeras besteiras que já vi sair por sua boca, eu consigo tirar sarro de uma que é fato dele acreditar que ainda o amo. Agora eu sinto apenas desprezo por ele. O medo que me deixa como prisioneiro.

Nas poucas vezes que ele me deixava sair era quando tinha que ir com ele ao hospital ou ao supermercado e foi no hospital que eu conheci o Isaque, um médico que sempre que pode né oferece um sorriso e um “Bom dia.” 

Já tem dois anos que vivo o que chamo de inferno, me vejo queimando aos poucos toda noite em que Ian decide me tocar. Todas essas vezes são contra a minha vontade, é muito humilhante para mim que tenho que fazer o que ele manda e fingir que estou gostando.

Segunda, ele tem uma viagem para fazer e estou torcendo para que meu visto não chegue para que eu não tenha que ir com ele. Seria minha oportunidade de tentar me escapar novamente, mas ainda não sei se isso se tornará uma realidade, a que ando pedindo.

Tem um tempo já que não compro uma roupa nova e que tenho que usar as que ele acha que não marque a minha bunda ou que mostre muito os meus músculos e isso é horrível. 

A segunda então chegou e eu pude fazer o que tanto queria e dessa vez com coragem, o visto chegou, mas eu arrumei um jeito de sair daquela casa minutos antes de Ian acordar, eu estava sem nada e com um chinelo que arrebentou no meio do caminho, mas ainda assim, corri e corri até que parei na frente de um carro e me ajoelhei para suplicar por ajuda. Pela minha surpresa, o condutor era simplesmente Isaque que não pensou duas vezes em me colocar em seu carro e me levar para um lugar seguro. 

3. Capítulo

Isaque não só me ajudou a escapar de um relacionamento abusivo, mas também me ajudou a voltar para o mercado de trabalho me ajudando a entrar no quadro de funcionários do hospital em que ele trabalha. 

Neste hospital, eu pude conhecer muita gente bacana e muitos esnobes também. Esses de nariz pra cima me faziam lembrar de Ian que essa manhã faz duas semanas que. Ao me procurar, não sei onde eu descobrir.

Cara, Isaque me ajudou tanto a sair da escuridão para a luz que sem percebermos desenvolvemos um relacionamento que nos levava todo dia uma sala do hospital para se pegarem e se pegarem com vontade.

O meu jeito descarado deixava Isaque vermelho e isso era lindo de se admirar. Quero dizer, um homem como ele sendo meigo era tudo que eu sempre desejei. 

Infelizmente, eu também desenvolvi interesse por outro homem também do hospital,mas não deixei acontecer nada e nem vou deixar agora que sei que são melhores amigos. 

Breno: Você já tomou café essa manhã? — Breno segura um copo que tenho certeza que é um com café e eu não pensava em não aceitar.

Guilherme: Não, obrigado por trazer essa maravilha até a mim. — Pego o copo de sua mão e beijo o seu rosto dourado. 

Breno: E você vai fazer alguma coisa essa noite ou posso lhe convidar para comer tacos perfeitos na barraca da minha amiga? 

Guilherme: Você quer mesmo me levar para sair? Eu não sei se sou uma boa…

Breno: Por favor, não termine essa frase. 

O bipe de Breno o chama para o serviço e eu fico encantado encostado na parede, eu nunca tive a oportunidade de conhecer homens tão maravilhosos como Isaque e Breno.

O problema era que uma colega não pode vir e acaba que eu tenho que ficar no lugar dela. Breno que não vai ficar de plantão vai embora e me deixa na companhia do Isaque.

Isaque: Você sabe que ele tem mais de 49, né?

Guilherme: Sim e também sei do quanto estou me envolvendo com o sr. Ciúmes. 

O clima do lado de fora volta a fechar e não tem jeito, tempos assim me faz lembrar da noite tempestuosa na qual eu tive coragem para me livrar do Ian, nunca vou esquecer disso e sempre serei grato a Isaque por isso.

Isaque: Não é ciúmes, mas ao invés de sair com ele. Você podia sair comigo amanhã que estou de folga. Não aceito não como resposta. 

Não era como se eu estivesse dividido, mas eu bem sabia que ficar no meio de dois homens maravilhosos era bom para mim.

No fim do expediente, eu estou tão cansado que a única coisa que sei fazer é deitar na cama adormecer ao sim de Danna Paola.  

Quando eu acordo, ouço vozes vindo da cozinha. Levanto da cama e vou até o cômodo onde eu encontro Isaque, Breno e uma senhora com cara de ser mãe do Isaque. 

Eu me aproximo e me apresento a essa senhora que sequer pense na minha mão. Sento então em uma cadeira vaga e me sirvo com um pouco de café para me fortalecer já que ainda tenho que voltar para o trabalho. 

Isaque: O papai, mãe? 

Mãe: Ele não vem, sinto muito.

Fico observando os dois conversarem até que a companhia toca e eu vou atender. 

Bianca: Olá, aqui é a casa do Isaque? 

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