JULIANA - Acorda mamãe.
REBECA - Oi meu amor, vamos nos arrumar, porque daqui a pouco a tia Paula vai vir nos buscar.
Dei um banho na minha filha, depois me arrumei e fui até a lanchonete perto da pousada que estava morando.
Enquanto tomávamos café, fiquei pensando na minha vida, e ficou revoltada comigo mesma, como deixei tudo aquilo acontecer.
Despertei de meus pensamentos, quando a Paula chegou e me comprimentou.
PAULA - Bom dia amiga.- Ela me deu um beijo, depois pegou a minha princesa e a ergueu de beijos.- Como você está meu amor?
JULIANA - Bem tia, é verdade que vamos morar com você?
PAULA - É sim, aliás Beca, eu preciso de um favor.
REBECA - Qual?
PAULA - Preciso que faça uma apresentação de dança hoje, será que pode fazer isso por mim?
REBECA - Claro, depois de tudo o que você anda fazendo por nós, pode pedir o que quiser.
PAULA - Obrigado.
REBECA - Tem certeza de que não iremos atrapalhar?
PAULA - Fica despreocupada, vai ser bom para mim e minha mãe ter mais pessoas em casa, agora vamos?
REBECA- Vamos.
REBECA
JULIANA
PAULA
Entramos no carro da Paula, e seguimos até a comunidade de heliópolis, onde ela morava.
Na entrada fiquei um pouco assustada, havia muitos homens armados, mais assim que viram a Paula, abaixaram a cabeça e permitiram a nossa entrada.
REBECA - Eles morrem de medo de você.
PAULA - De mim não, do meu irmão ele é o dono de tudo isso.
REBECA - Ele é o dono da p@rra toda?- Brinquei.
PAULA - Sim, ele é conhecido como "Soberano", por isso não tem que se preocupar com aquele assunto.
REBECA - Obrigado.
PAULA - Vamos para a minha casa, a minha mãe quer te conhecer.
Subimos até o topo do morro, e paramos em uma casa enorme e muito bonita.
Saímos do carro peguei a Juliana no colo e entramos na casa, seguindo a Paula.
PAULA - Mãe cheguei.
De repente uma senhora, desceu as escadas com um sorriso de orelha a orelha no rosto.
PAULA - Dona Vera, essa é a Rebeca, e a princesinha é a Juliana.
VERA- É um prazer em conhece-la, a Paula falou muito de vocês, me de ela, eu fiz uma bolo.
Dona Vera pegou a minha menina em seus braços, e deu vários beijinhos em minha filha, foi bom para ela, a avó verdadeira nunca se importou.
DONA VERA.
Após comermos quase todo o bolo, Paula mostro onde iríamos dormir, para minha surpresa, a minha amiga havia decorado um quarto para a minha filha.
REBECA - Paula, não devia ter gastado dinheiro com a gente.
PAULA - Precisava sim, depois de tudo o que passou, a menina precisa ter o conforto.
REBECA - Eu agradeço mais uma vez por tudo.- Não aguentei e comecei a chorar.- Se não fosse por você...
PAULA - Não vamos pensar nisso, vou mostrar o seu quarto.
Entrei no quarto, arrumei as minhas coisas e as da Juliana e fui ensaiar para a apresentação que faria a noite.
Sou dançarina, conheço todos os estilos de dança e no mínimo alguns passos eu sei.
As minhas favoritas são, balé e dança do ventre, e também gosto bastante do pole dance.
Mais como duvido que tenha um pole dance na associação, então será a dança do ventre.
A Paula me conseguiu um emprego na associação, eu iria dar aulas de balé e Rip-hop para as crianças.
Mais eu queria aproveitar a apresentação de hoje, para ver se consigo algumas aulas particulares, iriam me ajudar bastante.
Ensaiei por quase duas horas, depois eu decidi ir procurar a minha filha, já fazia tempo que eu não a via.
Tomei um banho e fui procurar por ela, a encontrei na cozinha com a dona Vera, fazendo pão.
REBECA - Olha só, está encomendando a dona Vera, você merece um castigo.- Disse, fingindo que estava brava.
JULIANA - Não mamãe, não coloca eu de catigo.
Fiquei com dó, peguei ela no colo e disse.
REBECA - Só se você me der um beijo.
Ela me deu um beijo e uma abraço bem apertado, me sentei com ela no colo e perguntei a dona Vera.
REBECA - Ela não está incomodando a senhora?
VERA - Que nada.- Disse amassando o pão.- Eu estou adorando ter companhia, eu sempre quis um neto ou uma neta, mais nem a Paula, nem o Guilherme param com uma pessoa só.
REBECA - Já que ela não está atrapalhando e que se não for abusar, a senhora poderia ficar com a Ju hoje a noite.
VERA - Claro, a Paula falou que você vai dançar hoje.
REBECA - Vou, quem sabe consigo algumas alunas.
VERA - Pode ser, hoje muitas pessoas estarão aqui no morro.
REBECA - O que tem hoje?
VERA - Todos os anos o meu filho faz uma apresentação para todos os aliados dele, mostrando as benfeitorias que faz na comunidade.
REBECA - Espero que ele goste da minha dança, se não, ele pode não deixar eu dar aula.
VERA - Não se preocupe a Paula disse que você é ótima, vai tranquila, eu fico com a princesa.
Fiquei um pouco com a Juliana, ela estranhou um pouco o lugar, claro era tudo novo, mais tanto a Paula, quanto a dona Vera foram muito acolhedoras com ela.
Após dar banho na minha filha, a dona Vera levou ela para o quarto, onde ficaram vendo filmes.
Depois eu voltei para o quarto, tomei banho, me perfumei e coloquei coloquei a roupa que iria dançar, e um moletom por cima.
Chegamos na associação, as apresentações já haviam começado, eu seria a última e já estava começando a ficar nervosa.
#SOBERANO#
SOBERANO - Orelha está tudo pronto?
ORELHA - Sim irmão.
SOBERANO - Todos os meus aliados estão presentes?
FERRUGEM - A maioria patrão, vieram ele a suas fiéis.
SOBERANO - Ok.
ORELHA - Patrão, mata uma curiosidade minha, a sua irmã disse que vai ter uma apresentação especial no fim, sabe o que é?
SOBERANO - Não, ela não me falou nada.
FERRUGEM - Também queria saber, ela falou com tanta empolgação.
SOBERANO - Vamos ter que esperar, vou subir até o meu camarote, quando o Guerreiro chegar, manda ele subir.
FERRUGEM- Sim senhor.
Fui para o meu camarote, onde já estavam os meus aliados com suas companheiras e acompanhantes, inclusive algumas, estavam se insinuando para mim.
Todas as mulheres dão em cima de mim, já f@di com muitas, mais não passa disso, pego elas em qualquer lugar e as deixo lá.
Nunca deixei nenhuma delas ir a minha casa, nunca assumi nenhuma e principalmente, todas as regalias que eu tenho, nenhuma delas pode usufruir.
Tudo o que tenho, será unico e exclusivo da mulher por quem eu me apaixonar, para essa sim, eu darei o mundo.
Passei o rodo em praticamente todas as p@tas da comunidade, mais nunca beijei nenhuma delas, beijo eu só vou dar a mulher que for dona do meu coração.
Apesar da vida que eu levo, eu sou um cara romântico, o meu pai me ensinou como se trata uma mulher de verdade, não essas p@tas, as nossas fiéis.
Cresci vendo como o meu pai tratava a minha mãe como uma rainha, ele a amou e se casou com ela, mesmo que ela já tendo o filho de outro.
Ele nunca fez distinção entre a Paula e eu, meu pai me amou como a um filho, é por isso que eu luta, para que de onde ele esteja me olhando, se orgulhe de mim.
Logo começou as apresentações, desde que o meu pai era o dono do morro, que tentamos proporcionar o melhor para os moradores.
Damos condições deles estudarem, principalmente as crianças, não é porque eu sou bandido, que quero que outras crianças sejam como eu.
A minha irmã é a prova disso, ela sempre estudou e eu dei um jeito dela estudar na gringa, hoje ela é doutora advogada, formada nos Estados Unidos, ela ajuda muito a comunidade.
As crianças cantaram, tocaram instrumentos e várias outras coisas, faltava a última apresentação, e eu estava preocupado.
A pessoa que iria fazer o enceramento, acabou ficando doente e a minha irmã arranjou uma substituta, só espero que ela não estrague tudo.
GUERREIRO - E aí patrão, o que manda irmão?
SOBERANO - Que história é essa, que você e a minha irmã, estarem saindo?
GUERREIRO - Eu sempre achei a Paula linda, e desde que ela voltou ela tem me atraído, eu juro, pelos nossos anos de amizade, que eu quero algo sério com ela, a sua irmã não é mulher de uma noite.
Senti sinceridade em suas palavras, mais eu tinha que deixar claro algumas coisas.
SOBERANO - Sabe que se magoar ela, você morre.
GUERREIRO - Não se preocupe, não estou muito afim de morrer.
Demos risadas juntos. O guerreiro sempre foi o meu parceiro, o conheço bem, e fico feliz que seja ele, o cara que a minha irmã gosta.
De repente as luzes se apagaram, só ficou uma luz acessa, a minha irmã subiu no palco e disse.
PAULA - Boa noite, infelizmente, a Andrea que iria cantar para nos, como faz todos os anos, ela acabou tendo um imprevisto, então, eu tomei a liberdade de pedir ajuda a uma amiga, tirem as crianças do recinto, pois essa mulher é fogo.
Novamente todas as luzes se apagaram, todos me olharam confusos, quando iria-me questionar, as luzes acenderam-se e C@RALHO.
Havia uma Deusa no palco, vestindo um pedaço de pano, que eu adoraria arrancar com os dentes.
Ela comentou a se movimentar lenta e sensualmente, ela era tão gostosa, que me fez pensar, Deusa?Ela estava mais para sereia.
Ela continuou dançando, super concentrada, como se não percebesse o efeito que causa nos homens.
A maioria dos homens tanto do camarote, quando da plateia, já estavam rendidos aos seus encantos, todos hipnotizados.
Eu já completamente duro, só de olhar para ela, e, ao mesmo tempo, com raiva e ciúmes, principalmente dos comentários do meus aliados.
ALIADO 1- Mulher gostosa da p@rra.
ALIADO 2- Já estou completamente duro.
ALIADO 3- Será que ela rebola gostoso assim no meu p@u.
Essa raiva estava aumentando, eu queria tirar ela daquele palco e leva-la a algum lugar onde só eu poderia vê-la dançar.
Não sabia porque eu me sentia assim por uma mulher que eu nunca tinha visto, só então, me lembrei das palavras do meu pai.
"Quando conhecer a mulher da sua vida, não precisará de dias, nem semanas e muito menos anos, assim que a vir, você saberá que ela é a certa."
Fiquei tão hipnotizado, que nem vi direito a hora que ela, terminou a dança, agradeceu e saiu do palco, ao som de aplausos, a maioria vindo de homens com tesão.
Continuei olhando para o palco como se ela ainda estivesse ali, e na minha mente estava, fiquei revendo cada passo dela.
GUERREIRO - Patrão, tudo bem?
Foi aí que eu voltei do meu devaneio.
SOBERANO - Desci lá, trás aquela dançarina até aqui?
GUERREIRO - No seu camarote? - Perguntou surpreso, claro como eu disse, nenhuma mulher entra no camarote da minha família.
SOBERANO - Sim, não escutou? Vai logo.
Guerreiro fez o que eu mandei, mais após alguns minutos voltou, pediu desculpas e disse que a minha irmã tinha levado ela embora.
No dia seguinte mesmo eu iria falar com a Paula, eu tinha que ver a minha "dama da noite" novamente .
#REBECA#
Assim que terminei a minha apresentação, fui para o carro da Paula e voltamos para casa.
Passei no quarto da dona Vera, encontrei as duas dormindo abraçadas, fui para o meu quarto, tomei um banho e cai na cama.
Na manhã seguinte, levantei, fiz a minha higiene matinal, coloquei um moletom, pois depois eu iria ensaiar e fui tomar café.
Desci as escadas, Juliana já estava na mesa toda arrumadinha e perfumada, dei um beijo em sua testa e me sentei.
VERA - Bom dia minha filha.
REBECA - Bom dia.
PAULA - Não vai me contar o que fez?
REBECA - Não fiz nada.
PAULA - Você enfeitiçou todos eles.
VERA - Parece que alguém agradou a comunidade, fui comprar pão e só se fala na misteriosa "dama da noite".
REBECA - "Dama da noite"?
PAULA - Já ganhou um vulgo, claro, depois de ontem.
REBECA-Não foi nada de mais.
PAULA - Está brincando? Você foi incrível, recebi algumas ligações de algumas amigas minhas interessadas nas suas aulas, eu mesmo quero aprender algumas coisas para impressionar o meu gato.
REBECA - Não sabia que você namorava.
PAULA - É complicado, eu sempre fui apaixonada por ele, mais ele nunca me enxergou, a alguns meses quando voltei, eu finalmente consegui a atenção dele, mas nos ainda nem transamos.
VERA - Olha a boca, agora tem criança aqui.
REBECA - Deixa comigo, eu vou ensinar algumas coisas que vão deixar ele de quatro por você.
PAULA - Eu vou gostar, e as aulas?
REBECA - Passa o meu contato, eu tenho interesse sim.
JULIANA - Vovó Vera, pode me dar mais bolo.
REBECA - Filha, deixa de ser abusada filha.
VERA - Sem problemas, eu amo ouvir ela me chamando de vovó.- Ela deu mais um pedaço de bolo a minha filha, que sorriu.
Gosto de ver a minha menina feliz, o que estava difícil de acontecer nos últimos anos.
REBECA - Conseguiu a vaga na escola para a Ju?
PAULA - Sim, ela começa segunda.
JULIANA - Eba! eu vou voltar a estudar.
Depois do café, deixei a Juliana assistindo desenhos na sala,com a dona Vera, que estava encantada com a neta.
Esperei alguns minutos, me alonguei, coloquei a música e comecei a preparar a minha aula.
Depois de testei alguns passos, que iria ensinar para as crianças, depois eu comecei o meu ensaio, coloquei um música bem lenta e comecei a dançar.
Me movimentei lentamente, eu gostava de danças sensuais, de explorar o meu corpo e tudo o que ele podia fazer.
Fiquei um bom tempo ali, teria ficado mais tempo, mais senti que estava sendo observada, peguei a caixinha de som e entrei, morrendo de medo de que algo amigo da dona Vera tenha me visto.
#SOBERANO#
Acordei extremamente duro, passei a noite sonhando com a "dama da noite", é assim que estão chamando ela.
Fui ao banheiro, tomar banho com água fria para ver se eu resolvo, essa situação.
Fiquei ali por um bom tempo e nada, ela se fixava em meus pensamentos, então me agarrei a eles, levei a minha mão até o meu p@u, e bati uma pensando naquela gostosa.
Continuei até chegar no meu limite, por hora estava satisfeito, mais eu sabia que em algum momento, ela voltaria aos meus pensamentos,então, tinha que falar com a Paula, o mais rápido possível.
Coloquei uma camisa e uma bermuda, coloquei a minha arma na cintura, e desci. Eu morava com a minha mãe, mais sempre dormia no QG.
O meu café já estáva ali, e como é raro eu ter uma manhã tranquila, logo o orelha apareceu com um B.O.
ORELHA - Patrão, um carregamento do senhor foi roubado.
SOBERANO - Como deixaram isso acontecer?
ORELHA - Pelas informações que recebemos, eles sabiam a data e a hora de tudo.
SOBERANO - Está querendo dizer que...
ORELHA - Podemos ter um X9 na quebrada.
SOBERANO - Prepara o carro, chama o ferrugem e o guerreiro, quero falar com o motorista, só vou passar em casa.
ORELHA - Sim senhor.
Alguns minutos depois, eu e os meus manos já estávamos em um carro, indo em direção a minha casa.
Logo estacionamos e todos saíram, se a minha mãe souber que, aquele bando de filho da p@ta, foi em casa e não pediu a benção, estamos f@didos.
Fui em direção a porta para destrancar, quando abri a porta, escutei.
ORELHA - Não é a gostosa de ontem?- Perguntou apontando para o jardim.
Assim que ele falou, olhei na mesma direção que ele, e lá estava a minha "dama da noite", dançando ainda mais provocante.
Ela não nos viu, mandei os três entrarem, após retrucarem um pouco, obedeceram.
Me aproximei um pouco mais, ela estava distraída, então não me viu. Fiquei escondido vendo ela dançar.
Ela passava a mão por todo o seu, provocante apesar de não ter plateia.
Ela subia e desci, balançava aquele corpo perfeito, que com aquela roupa, estava me deixando louco.
Derepente ela parou, pegou as coisas dela e entrou sem olhar para os lados.
Mais uma vez fiquei hipnotizado, e depois voltei a mim e me perguntei," O que ela fazia ali?".
Para mais, baixe o APP de MangaToon!