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Mais Que Um Favor, Um Amor

Capítulo 1 - A Descoberta

O que aconteceu? Cadê meu pai?

Perguntou Rayssa aflita.

- Ray, amiga, calma.

Dizia Clara com a cara nada boa.

- Como me pede calma, Clara? Você me liga, dizendo que meu pai tá no hospital, e quer que eu pense o que?

- Ray ..

A amiga tentava controlar as lágrimas, o que era em vão. - Eu não queria te dizer isso. - disse com os olhos fechados.

- Clara..

Dizia com os olhos se enchendo de lágrima.

- Ele.. morr..

Não conseguiu terminar a frase.

- Sim Ray.

Respondeu chorando.

- Não Clara!

Exclamou descontrolada.

— É mentira, me diz que é mentira?! É mentira ..

Rayssa disse l tentando se convencer de suas próprias palavras.

Rayssa e Fausto nunca tiveram uma relação para de pai com filha muito boa, pois Rayssa culpara a vida toda seu pai pela morte de sua mãe Blanca, naquele acidente de carro á exato cinco anos atrás.

Flashback On:

Se lembrara muito bem de seu pai, embreagado pela festa de vinte e cinco anos de casamento dos Rubbens, dirigindo em alta velocidade em uma estrada movimentada e ainda mais em um dia chuvoso.

Via como se ainda fosse hoje de Blanca nervosa pedindo para ele parar o carro.

- Fernando para essa carrro. -dizia nervosa. - Antes que aconteça algo pior, homem.

Fausto não deu ouvidos a sua mãe e continuou a dirigir o carro, até que o que era temido por Blanca acontecesse, o carro da família chocou-se de frente com um caminhão.

Blanca morreu na hora de traumatismo crâniano, Fernando assim como Rayssa sofreu alguns ferimentos, mas nada de muito grave. Desde então esse dia, Rayssa culpara seu pai pela morte de sua mãe e a relação dos dois era horrível, gostava de fazer tudo ao contrário do que seu pai desejava, por pura birra.

Uma atitude infantil, de criança talvez? Não importava para Rayssa, a única coisa que queria era confrontar o pai. Começara a viver sua vida em meio a festas, as compras, a gastar o dinheiro do pai e nada fazer da vida, viver realmente uma vida estilo Las Vegas. Mas apesar de tudo, amava muito o pai, afinal era a única família que tinha e não queria que nada lhe acontecesse.

Flashback Off

- Senhorita Rayssa?

Perguntou um rapaz alto e moreno.

- Sim? - virou-se para encarar o rapaz.

- Bem, em primeiro momento queria dar minhas condolências, pela morte de seu pai.

Rayssa apenas assentiu e virou-se para ver a imagem do túmulo do pai.

— E bem, como sabe Sr. Fausto possui muitos bens, como a empresa de cosméticos Lins..

Foi interrompido.

- Quer falar sobre o testamento, não?

Perguntou secando uma última lágrima.

- Sim.

- Pois bem ..

O encarou esperando que ele lhe disesse seu nome.

- Ricardo Costa, advogado de seu pai.

- Rayssa Lins como você já deve saber.

- Sim, a Srta. me acompanharia para poder fazer a leitura do testamento?

- Para quê? Se já sabemos o óbvio eu ficarei com tudo e sinceramente não estou com cabeça para pensar em nada agora.

- Sim, de fato você é a herdeira oficial, mas há uma cláusula.

- Cláusula?

Franziu o cenho.

- Sim.

- E que cláusula ser essa?

- Se me acompanhar na leitura do testamento, creio que saberá.

- Se não há outro jeito, mas pode ser outro dia? realmente não estou com cabeça para nada agora, acabei de enterrar meu pai.

- Tudo bem. No escritório de seu pai amanhã, as oito horas em ponto, pode ser?

- Por mim, está tudo bem.

*

Como havia combinado no outro dia, as oito horas estava no escritório de seu pai, ansiosa ou melhor digo curiosa para saber qual séria a tal clausula.

- Vejo que é pontual, Srta. Rayssa Lins!

- Sim, gosto de pontualidade, podemos começar logo? - perguntou rispida.

Logo Ricardo começou com a leitura do testamento:

"Bem como sinto que não estou mais com a saudade tão boa assim como eu haveria de ter quando era mais novo, decidi por fazer meu testamento particular. Se você está lendo isso minha querida filha é por que provavelmente eu já devo ter morrido, e se morri sem ter a chance de me redimir com você pela morte de sua mãe queria que você soubesse que eu fui completo idiota, aquela noite e que apesar de tudo ninguém sofre mais do que pelo o ocorrido, pois todo dia me martilio por ter matado minha esposa querida que eu amo muito e que me trouxe você a vida.

Minha querida Ray do papai, embora passamos muito tempo separados e quando estamos juntos é sempre rodeado por alguma briga, e apesar de todas as coisas que digo, sei que não sou um bom pai para você, mas saiba que eu lhe amo muito minha filha e penso sempre no seu bem e pensando nisso, decidi colocar uma clausula para que você possa tomar posse de todas as minhas heranças e territórios que por direito são seus.

Sei que você poderá me odiar por isso, mas levando em conta a vida que leva, e como penso em seu futuro e dos meus netos que você um dia irá de ter, digo lhe que só poderá tomar posse de tudo se estiver casada e para isso terá um prazo de um mês, e se não se casar, deixo tudo para sua Tia Carmem, embora nunca fosse de meu desejo deixar tudo que levei duro a vida toda para conquistar deixar para ela, mas tirando você é a única família que temos.

Atenciosamente por Fausto Lins."

Rayssa estava incrédula como seu pai poderia fazer isso com ela? Não queria se casar, mas também não queria deixar tudo que seu pai sempre batalhou duro para conseguir a sua invejosa Tia Carmem, mas casar-se não estava em questão.

- Não tem nenhuma maneira de mudar isso, por favor, me diga que tem.

Suplicou.

- Sinto muito, mas não tem.

Como iria se casar em um mês?

Sendo que não tem namorado e muito menos está ficando com alguém, e não poderia se quer conhecer uma pessoa em um mês, namorar com ela e então lhe pedir em casamento?

Seria muito absurdo e se a pessoa aceitasse séria por motivo óbvios de interessante, e não queria se casar com ninguém por interesse e sim por amor.

- Tem que ter.

Resmungou.

- Queria mesmo que tivesse Rayssa, pra poder te ajudar, mas infelizmente não tem ou você se casa ou a herança de seu pai fica toda com sua tia Elvira e você não tem direito a nada.

- Eu não posso simplesmente entregar os bens de pai de mão beijada a essa mulher invejosa e que nunca ligou e muito menos teve contato com nossa família.

Suspirou passando a mão nos cabelos.

Outra eu não tenho profissão.

- Então sugiro que se case.

Rayssa Lins, 19 anos

Clara Ribeiro, 20 anos

Ricardo Costa, 29 anos

Capítulo 2 - Casar Com Quem?

“Então sugiro que se case" como se fosse fácil arranjar um marido em um mês, e ainda por cima alguém que lhe ame, sim o que Rayssa mais desejara em sua vida inteira era, se casar por amor e não nas condições em que se encontrava.

Oh céus, que raiva estava sentindo de seu falecido pai nesse momento. Despertou de seus pensamentos com seu celular tocando.

- Com Licença.

Disse para o advogado antes de sair da sala e atender ao celular.

📱

- Oi, Caio!

Respondeu fitando o chão.

- Erh .. Ray, eu nem sei o que dizer .. Eu só fui saber hoje o que aconteceu com o tio Fausto senão eu teria ido no enterro e .. -

Foi interrompido.

- Não se preocupe tá tudo bem.

Garantiu.

- Mesmo? Digo ele é seu pai e não tem como você estar bem, eu .. sinto muito menos pequena.

- Eu sei ..

Disse tristonha

Mas a vida é assim né ..

- Olha eu cheguei hoje na capital, gostaria de me encontrar com você, para conversarmos, pode ser?

- Sim .. por mim tudo bem.

- Olha Ray, eu tenho que desligar agora, mas pode ser naquele restaurante de sempre?

- Sim por mim.

- Ok, então a gente se ve lá daqui a duas horas. Tchau, beijos pequena.

- Beijo.

📱

Ficou mais alguns momentos parada no mesmo lugar pensando em que rumo levaria sua vida. Só então resolveu ir a sua casa, chegando lá Clara já estava a sua espera.

- Amiga.

Disse abraçando calorosamente Rayssa.

- Oi Clara!

Se soltou de Clara e sentou-se no sofá acompanhado da mesma.

- Tudo bem? Parece que aconteceu alguma coisa ..

- Sim, meu pai me largou uma querida bomba, sabia?

Falou irônica.

- Bomba? O que?

Perguntou sem entender.

- Acredita que bem ele deixou todos os bens dele pra mim ..

Foi interrompida.

- Isso é óbvio, você é a herdeira legítima dele, mas por que isso ser uma bomba?

Perguntou rindo.

- Eu só posso herdar tudo se em um mês eu estiver casada!

Clara fez um semblante não acreditando.

E se eu não me casar tudo fica pra interesseira da minha tia Carmem. Vê se pode isso?

- Nossa o tio Fausto mesmo depois de morto surpreendendo.

Riu.

Mas o que pretende fazer ?

- Não sei ..

Respondeu sinceramente.

- Não quero me casar e também não quero deixar tudo que meu conquistou para aquela velha, o que acha que eu devo fazer?

- Ora, o que mais pode ser case-se, Ray!

"Case-se Ray"

Ora, será que ninguém à entende? Será que é tão difícil compreender que não é tão fácil assim, case-se e pronto.

- Não é fácil assim.

Retrucou.

- Claro que não, eu posso ser loira mas não sou burra assim, bom um pouco talvez.

Conseguiu arrancar um sorriso de Rayssa.

Mas é a única coisa que você tem que fazer.

- Eu sei .. mas Clara, como eu vou arranjar um marido em um mês? Como? Me responde.

- Aqui olha..

Disse entregando a Rayssa uma agenda, com uns números de WhatsApp.

- Tem nomes de vários gatinhos, tipo olha esse aqui o Ricardo é lindo e tudo mais, mas não é tão bom amante .. erh melhor não, mudamos pra esse o Júlio, é lindo perfeito e maravilhoso tudo de bom, mas ah esqueci tá namorando .. Bom mas tem o ..

Foi interrompida por Rayssa.

- Valeu pelas sugestões Clara, mas não obrigada. Bem erh vou tomar um banho, vou almoçar com o Caio hoje.

- Isso!

Gritou na hora.

- Que foi? Sua Louca? Quer me matar do coração?

- Não .. case com o Caio.. hora ele é seu melhor amigo, vai entender e vai adorar te ajudar.

Céus, Clara era louca só pode.

Sugerir que Rayssa se casasse com seu melhor amigo. Santa Estupidez.

Nunca iria pensar em tal ideia e outra coisa, Caio nunca aceitaria tal coisa.

- Clara deixe de viajar, mulher.

- Não é nenhuma idiotice Rayssa.. e também seria um casamento de fachada, ele vai entender que vai estar te ajudando. Não custa nada tentar.

- Não Clara, já disse que não.

Saiu e foi em direção ao seu quarto.

Céus, Casar com Caio?

É definitivamente Clara estava com parafusos a menos na casa, mais que o normal. Sem chances. Com esses pensamentos tomou seu banho.

Capítulo 3 - A Proposta

Rayssa chegou ao restaurante onde havia combinado com Caio, como costume ele a esperava sentado em uma mesa de fundo, perto da janela que tinha uma linda vista.

- Oi Freitas

Cumprimentou-o com um beijo no rosto e logo se sentou.

- Oi Rayssa .. e mais uma vez sinto muito mesmo.

- Tudo bem, mas por favor, não vamos mais tocar nesse assunto?

- Como quiser.

Não demorou muito para uma garçonete dotada de um belo corpo cheio de curvas, cabelos castanhos sedosos amarrados em uma bela cola em cima da cabeça, e maquiagem leve, chegou e anotou os pedidos e se retirou.

- Huuum, fazia tempo que eu não vinha aqui mesmo.

Disse com os olhos vidrados na garçonete.

- Caio!

Repreendeu-o

- Não perde o jeito nunca, né? - riu.

- Não, mas querida Ray você que eu me lembre também não é nenhuma santa.

- E eu to dizendo que sou por acaso?

- Não .. mas enfim.

Mais rapidamente os pedidos chegaram e para lamentação de Caio não foi a garçonete que os trazia, e sim um garçom dessa vez, magricelo de cabelos pretos e nada atraente.

- Ah, preferia a garçonete.

Resmungou.

- Depois você vai e fala com ela, se aguente Homem.

- Sem Graça.

Mudou rapidamente de assunto.

- Mas me diz aconteceu alguma coisa?

- Como sabe?

- Sou teu melhor amigo Ray, te conheco muito bem.

Se explicou.

- É, aconteceu assim.

Lamentou.

- O que?

Perguntou dando uma garfada.

- Tenho que me casar em um mês se eu quiser ter minha herança.

- Nossa, não consigo te imaginar casada.

Brincou.

- Nem eu .. mas eu vou ter que me casar.

- E quem vai ser o castigado?

Zombou.

- Haha, muito engraçado.

- Tá falando sério, vai se casar com quem?

- Não sei, não to namorando nem nada.

- Hum ..

- E também tem que ser uma pessoa de confiança, por que qualquer outro se casaria por muito interesse.

- Isso é verdade, além de confiança, o que mais vossa excelência exige?

- Hum, tem que ser bonito não posso me casar com qualquer cruz credo né? De preferência saiba falar bem, seja legal comigo, alguém que eu sei que vai me fazer bem, alguém que eu possa dividir todas as coisas, alguém que tenha relações públicas, acho essencial. Alguém.. alguém como ...

Lembrou das palavras de Clara, embora não quisesse admitir a amiga tinha razão.

- Alguém como você!

Disse por fim.

Caio quase se engasgou com o alimento.

- Eu?

Disse tossindo.

- Sim a Rayssa tinha razão, embora eu não goste de admitir.

- Como? Rayssa? Você está bem?

- Sim e então como vai ser?

- O que?

- Casa comigo?

Perguntou rindo.

- Tá louca, só pode.

- Quem dera, embora eu não quisesse admitir isso e muito menos me casar com você, mas a Clara tem razão você é o marido ideal, além de ser meu melhor amigo, iria me ajudar né?

Perguntou rindo.

- Primeiro normalmente o homem que pede a mulher em casamento e segundo eu recuso o pedido.

- Qual é Freitas? Você sabe como o quão humilhante, isso tá sendo pra mim, te pedir em casamento?

- Não, Rayssa! Eu não vou me casar com você.

- Rayssa você pirou só pode .. sempre soube que a Clara não fosse uma boa companhia pra você.

- Caio por favor.

Suplicou

- Eu não quero me casar com qualquer um. E aí, Freitas eu estou desesperada, não dá pra mim arranjar em um mês um marido, por favor me ajuda!

Só faltou se ajoelhar em frente de Caio.

— Freitas..

Sua voz saiu num fio.

- Não e acho que já deu desse almoço, desculpa. -

Saiu deixando Rayssafalando sozinha.

- Idiota.

Resmungou.

Que maravilha! Queria matar Clara, resolveu seguir seu conselho e bem o que conseguiu?

Um marido? Não.

Perder a amizade do seu melhor amigo?

É provavelmente sim.

Ótimo, estragou tudo. Idiota. Ah como era idiota, pensou!

Caio Freitas, 26 anos

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