- Maria\, o que você acha que está fazendo aqui? você quer me fazer perder o controle?
- Eu estou me divertindo\, igualmente a você;
- Você vai embora agora\, comigo!
- Não vou mesmo\, quem você acha que é para querer mandar em mim?
- Apenas seu marido! E tenho todo o direito de mandar em você\, você vai comigo agora e pronto!
Um ano antes...
- Maria\, minha filha me ajuda aqui por favor!
- Estou indo mamãe;
Me chamo Maria Alice, tenho 23 anos sou diarista, minha mãe se chama Maria Helena e tem 40 anos, minha mãe engravidou de mim muito nova, talvez por falta de informações, mas não estou aqui para explicar os motivos, mas a partir da minha gravidez minha começou o martírio de minha mãe, meus avós não aceitaram a gravidez de minha mãe e a colocou para fora de casa e meu pai foi outro, que não quis nem saber de nós duas e abandonou minha mãe assim que soube da gravidez, no começo ela foi morar na rua, até que uma tia dela soube da história e foi atrás dela e a ajudou, quando eu nasci, minha mãe me deixou com a tia dela e foi trabalhar para nos bancar, ela foi trabalhar de empregada doméstica e foi assim que ela me criou e cuidou de mim, meus avós nunca nos procuraram e meu pai eu nem faço a mínima ideia de quem seja, na verdade eu não faço a mínima questão de saber quem é, já que não me quis quando eu precisava dele, agora quem não quer saber sou eu.
Minha mãe vem lutando contra um câncer de estômago a alguns anos, no começo da doença, não parecia ser nada demais, minha mãe sentia alguns enjoos e muita azia, eu até brincava com ela dizendo que ela estava com sintomas de quem estava grávida e nós duas ríamos dessa situação, até que um dia minha mãe começou a sentir queimação e muita dor e vomitou um pouco de sangue, daí em diante nossas vidas mudou de cabeça para baixo.
Ela teve que parar de trabalhar para se tratar e eu tive que segurar tudo sozinha, na época eu fazia algumas diárias para completar a renda de minha mãe e como pobres, nós duas vivíamos bem, eu cursava letras e fazia um curso de escrita livre, pois é uma profissão que gostaria de me dedicar no futuro, eu quero ser uma escritora, tivemos que nos mudar de nossa pequena cidade no interior de Minas Gerais, deixando tudo que nós construímos com muito sacrifício para trás e começar tudo outra vez em outra cidade por causa do tratamento de minha mãe hoje nós moramos no Rio de janeiro, onde nós conseguimos tratamento, aqui nós alugamos um quarto com banheiro, aqui tudo é muito difícil, apesar do povo carioca serem um povo muito receptivo, tudo é muito caro, abandonei meu curso, abandonei minha faculdade e hoje me dedico apenas em cuidar de minha mãe, nós já gastamos praticamente tudo que nós duas tínhamos de reserva, nós vendemos nossa pequena casinha lá em minas e foi com esse dinheiro que viemos pra cá em busca de um tratamento para minha mãe e apesar de termos conseguido um tratamento, agora ela aguarda na fila de espera para operar, os remédios são bem caros, alguns nós conseguimos de graça, através do próprio hospital ou pela farmácia do estado, e outros eu tenho que comprar.
Logo assim que chegamos aqui, eu comecei a correr atrás de trabalho, mas sem experiência nenhuma foi bem difícil no começo, até que consegui uma vaga de serviços gerais no shopping, eu era uma espécie de faz tudo, mas não fiquei muito tempo, pois minha mãe passava mal e eu tinha que largar o expediente para socorrê-la, não importava a hora que fosse, a vizinha me ligava eu largava tudo e saia correndo pra casa e levava ela para o hospital, acabei não passando na experiência e fui mandada embora, fiquei mais um tempo nessa de procurar trabalho, até que um belo dia, a filha vizinha me pergunto se eu ainda estava procurando por algo e claro que eu disse que sim, e ela me explicou o que ela fazia e eu me interessei, e hoje no meu trabalho eu faço meu horário, trabalho apenas os dia que eu quero, e o melhor ganho melhor do que eu ganhava lá no shopping e ainda consigo conciliar o tratamento de minha mãe.
Eu sou diarista, trabalho cada dia em um lugar, tem dias que trabalho em duas casas diferentes e assim vou levando, como graças a Deus eu sou uma pessoa responsável, sempre tenho indicações para novos trabalhos, eu não imaginava que essa profissão pagava bem, claro você rala pra caramba, mas no fim vale muito a pena, eu consigo ganhar um dinheiro bom, eu queria muito retomar minha faculdade, mas no momento eu não tenho tempo, todo tempo que eu tenho é dividido entre meu trabalho e os cuidados com minha mãe, pois ela só tem a mim para cuidar dela, nossa tia liga sempre para saber notícias nossas, quando ela pode, ela nos envia algum valor para nos ajudar, meus avós quando descobriram que minha mãe estava doente, disseram que era castigo por ela ter desobedecido eles quando mais nova e desejaram que ela morresse, eles foram muito frios e duros, nem mesmo uma doença foi capaz de balançar aqueles corações gelado daqueles dois, no fundo eles nunca fizeram falta para nós duas, sempre fomos uma pela outra e não precisamos dessas pessoas agora, tenho disposição o suficiente para cuidar de minha mãe, e meus avós tem condições financeira boa, mas nunca foram capazes de nos estender a mão para nada, mas Deus sabe de todas as coisas e nunca nos abandonou, sempre esteve com a gente em todos os momentos e com muita dificuldade nós suportamos tudo e nos mantemos de pé.
Essa semana eu começo uma diária nova, minha patroa me indicou, ela me disse que são para 3 pessoas um casal e o filho, claro que eu aceitei.
Eduardo -
Não aguento mais meus pais me enchendo a paciência, toda hora me perguntando quando que eu vou ter responsabilidade, quando eu vou tomar vergonha na cara e virar homem, se eles soubessem como eu sou homem, quantas mulheres já passaram por minha cama, eles não falariam isso.
Eu me chamo Eduardo Lemos, tenho 25 anos, e faço faculdade de relações internacionais, mas não era bem isso que eu queria, mais meu pai exigiu que eu fizesse algo voltado para os negócios e a menos pior era essa, já fui reprovado em algumas matérias e com isso eu vou prolongando minha formatura, na verdade eu gosto mesmo é das festas da faculdade, eu estudo na PUC RJ, e vou te falar é cada mulherzinha gostosa que tem nessa faculdade que não dar vontade nenhuma de me formar.
Eu sou um cara livre que gosto de curtir a vida, ainda não decidi ao certo o que quero para minha vida, até porque eu sou muito jovem para pensar nisso, 25 aninhos de pura virilidade, antes de me tornar um cara responsável, eu quero curtir muito ainda.
Agora meu pai veio com uma história de que eu só irei tomar jeito quando me casar, agora ver, se eu nem namoro, porque gosto de ser livre, que dirá pensar em me casar, só nos melhores sonhos deles, agora ele está me obrigando a fazer meio período na empresa, a única coisa que gosto muito naquela empresa é a secretária dele, aquela gostosa, ela anda me dando uns moles, qualquer dia desses eu vou arrastar ela para um canto e vou pegar, eu não costumo deixar passar nada.
Meu pai disse que qualquer hora dessas ele vai acabar com minha farra, não sei como ele pensa em fazer isso, não tem como ele fazer isso, o que eles não entendem é que eu estou na flor da idade e só quero curtir a vida, tudo bem que eles que me bancam, mas eles precisam entender e respeitar o que eu quero.
Mário Lemos pai de Eduardo -
Esse moleque do meu filho não toma jeito mesmo, não sei mais o que fazer com esse rapaz, só vive dando dor de cabeça pra mim e para a mãe, sempre fomos bons pais, sempre teve do bom e do melhor, mas claro com responsabilidades, ele tinha que mostrar pra nós que era merecedor de tudo que tinha, ele era um menino de notas boas, tinha um ótimo comportamento, mas do ginásio pra frente ele mudou muito, quando entrou pra faculdade aí que a coisa desandou de vez, por mais que eu a mãe tente conversar, é como se falássemos com um bebezinho, pois entra num ouvido e saí no outro, é como se nunca tivéssemos falado nada e deixasse ele fazer o que quiser da vida dele, queria que ele tivesse estudado administração de empresa, ou econômica, mas ele preferiu relações internacionais, não sei o que ele pensa em fazer com isso, o que ele vai seguir com essa faculdade, mas para não contraria-lo aceitamos a decisão dele, mas foi a pior coisa que fizemos, o garoto já era pra está formado, mas repetiu algumas matérias e por isso ainda não conseguiu se formar, teve uma fase que nós achamos que ele estava usando drogar pois estava muito estranho, dormia muito durante o dia e a noite passava toda na rua, chamamos ele para conversar e decidimos que ele ia ter que trabalhar meio período para pagar pelo menos a faculdade dele, não dar para ficar bancando mordomia de um moleque que não quer nada da vida.
Eu comecei a falar nem ao menos me apresentei, eu me chamo Mário Lemos, tenho 56 anos sou empresário, casado e pai de Eduardo.
Natália Lemos mãe de Eduardo -
Eu me chamo Natália Lemos, tenho 52 anos, sou advogada e sou mãe de Eduardo eu atuo na área criminal, amo minha profissão, estudei muito para chegar no patamar em que me encontro hoje, eu cheguei num patamar que eu escolho meus clientes, pois me estabeleci nessa profissão e sou uma advogada bem conhecida.
Eu tenho um filho e é meu grande problema, Eduardo não quer saber de muita coisa a não ser se divertir, ele esqueceu que a idade de só pensar em diversão já passou e por mais que eu e o pai converse, não adianta muito, parece que ele não está nem aí, Eduardo sempre estudou nas melhores escolas e era um menino muito estudioso e com boas notas, mas foi só entrar na adolescência que começou os problemas, e por mais que eu e o pai tente ele não quer nos ouvir, o pai teve uma ideia de colocá-lo na empresa por meio período, mas ele sempre chega atrasado e não faz absolutamente nada do que é mandado e fica só de papo com as meninas, que já até reclamaram com medo de serem chamadas atenção, eu não sei o que esse menino está pensando da vida, eu e o pai não nascemos em berço de ouro, lutamos muito para chegar onde chegamos, e ele só porque sempre teve tudo nas mãos acha que pode fazer o que quiser, mas eu estou preparando uma boa pra ele, ele não perde por esperar, estou estudando dentro da lei pra poder colocar meu plano em prática, se depois disso ele não tomar jeito, eu largo de mão e ele que vá viver a vida dele do jeito que ele quiser, mas não com meu dinheiro e do pai.
Se ele quer ter uma vida de orgias e bagunças ele que banque essas farras, porque eu estou cansada dessas situações, aqui em casa eu sou mais brava do que o pai, não passo a mão na cabeça, se ele estivesse trabalhando em meu escritório ele iria ver o que é bom pra tosse, colocaria ele pra trabalhar pesado, mas ao invés disso o pai da umas molezinhas pra ele.
Maria Helena mãe de Maria -
Minha filha é o meu orgulho, essa menina faz de tudo por mim, largou a vida dela lá em Minas para vir pro Rio comigo para eu poder fazer meu tratamento, eu agradeço todos os dias a Deus por ter me abençoada com uma filha tão maravilhosa, ela largou os estudos, deixou tudo para trás sem pensar duas vezes, agora estamos morando aqui no Rio, praticamente estamos começando do zero outra vez.
Eu me chamo Maria Helena, tenho 4o anos, sou solteira e sempre criei minha filha sozinha, engravidei nova, estava completamente apaixonada pelo pai de minha filha e acabei me deixando me levar pela lábia boa dele, mas quando ele descobriu que eu estava grávida me deu um pé na bunda e falou pra mim me virar, porque ele não seria pai e nem me ajudaria em nada, eu voltei pra casa naquele dia desesperada porque tinha que contar para meus pais, chorei muito antes de tomar coragem de falar a verdade e para piorar a reação dos meus pais foram as piores possíveis, eles nem me deixaram eu me explicar e me colocaram pra fora de casa, mesmo sabendo que eu não tinha para onde ir e nem onde ficar e agora pior ainda com um filho na barriga, desde desse dia eu não os vi mais, fui pra rua onde eu dormi uns dias, até que uma tia minha de outra cidade veio e me buscou e me levou para casa dela e me ajudou e na verdade me ajuda até hoje, quando ele descobriu que eu estava com um câncer ela ficou desesperada até mais do que eu, mas eu disse a ela que vou me recuperar e vou voltar para ficar pertinho dela, e eu tenho certeza de que eu vou me curar e vou viver muito ainda.
Eu estou na fila esperando pra operar, tenho certeza de que dará tudo certo e minha recuperação ~está perto de acontecer!
Primeiro dia no trabalho novo
Maria Alice -
Cheguei ao endereço que minha patroa me passou, nossa aqui é lindo, mas é muito grande e bonito, que condomínio, me identifiquei na portaria e me mandaram entrar, nossa muitos seguranças pra tudo que é lugar, vou passando por várias alas, tem biblioteca, academia e os blocos de apartamentos são nomeados com nomes do bairro do Rio, eu vou para o do largo do machado, na verdade dar para se perder aqui dentro se não prestar atenção no caminho.
Cheguei e uma funcionária me recebeu, me levou e me mostro a área de serviço, aqui eu só vou passar roupa, ela foi muito simpática, mas disse que antes de eu começar a patroa vem conversar comigo, fico ali aguardando até que uma senhora bem-vestida, num salto lindo, muito elegante veio ao meu encontro, me levantei rapidamente, mas ela me pediu para me sentar novamente e assim eu faço.
- Maria\, prazer! Fala estendendo a mão e me cumprimentado;
- Prazer! falo apertando a mão dela\, que senhora bonita e elegante;
- Eu sou Natália\, então Marli já te passou tudo;
- Sim;
- Então aqui\, nós não temos frescura\, todos são tratados iguais\, Marli usa uniforme porque quer\, você pode ficar à vontade e qualquer dúvida pode falar com a Marli ou me procurar;
- Tá bom;
- Você concordou com o valor que a Marli te passou?
- Sim\, 500 reais por duas vezes na semana correto?
- Sim e com o tempo\, podemos renegociar esse valor\, aqui nós gostamos de ver todos trabalhando felizes e se sintam bem;
- Tudo bem\, então eu posso começar?
- Sim\, quanto aos dias você combina com a Marli\, foi um prazer! E espero que você goste de trabalhar aqui com a gente\, agora eu vou ter que deixar vocês pois preciso ir para o escritório;
- Obrigado pela oportunidade de trabalhar em sua casa;
- Você veio muito bem recomendada\, minha querida; ela fala se levantando e sumindo por um corredor.
- Sabe Maria\, dona Natália é uma patroa maravilhosa\, quando ela gosta de uma pessoa ela ajuda e acolhe\, assim foi comigo quando cheguei aqui a alguns anos atrás e pelo que eu a percebi\, ela gostou muito de você\, então aproveita essa chance e agarra com unhas e dentes;
- Eu vou aproveitar sim\, pode deixar\, agora me mostra onde eu posso trocar de roupa e guardar minha bolsa que eu vou começar meu trabalho\, pelo que vi tem bastante roupa pra passar;
- Sim\, mas calma\, antes eu vou lhe mostrar a casa e onde você vai guardar as roupas;
Marli me levou para fazer um tuor pela casa, que é enorme, me mostrou os quartos, onde eu vou guardar tudo, estou realmente encantada com tudo, eu já trabalhei em várias casas e apartamentos chiques, mas aqui é tudo muito lindo, os donos têm muito bom gosto e muito dinheiro também.
Voltamos para área de serviço, onde Marli me passou todas as coordenadas e me disse que separou um uniforme pra mim caso eu prefira, ela disse que é melhor do que gastar as minhas roupas e ela tem toda razão, e claro que eu preferi o uniforme, até porque é uma bermuda social e uma blusa também social e fiquei bem elegante e uma sapatilha, me senti muito confortável, ela me falou que se caso eu precise andar pela casa e tiver algum convidado eu vou me sentir melhor e realmente, já pensou eu andando de chinelos pela casa, acho que chinelos nem combina com essa casa, comecei a passar as roupas e tinha bastante acumuladas, vou precisar realmente de dois dias, como eu já combinei com Marli eu venho pra cá nas terças e quintas, acho que vou me sair muito bem aqui nesse trabalho, isso é o que acho.
Passei o máximo que eu pude e perguntei a Marli se eu poderia subir para começar a guardar pois já estava dando a hora do almoço e como todos vêm almoçar em casa e não quero ficar andando pela casa enquanto todos estiverem em casa, ela me libera e diz pra eu aproveitar já que ninguém chegou ainda.
Primeiro vou para o closet do casal, que é enorme, organizo tudo em seu lugar e desço para buscar a do filho, pelas roupas ele deve ser novo e andar bem despojado, subi com as roupas dele e comecei a guardar tudo no lugar, estou distraída que nem percebo quando alguém entrou no quarto.
- Quem é você? Porque está mexendo no meu guarda-roupas? Meu Deus\, quem é esse?
- É me desculpe, eu sou Maria a nova passadeira; falo meio que gaguejando e com a voz tremula, pelo susto que tomei, pois não estou fazendo nada além do meu trabalho para qual eu fui contratada, me volto para o guarda-roupas e término o que estava fazendo antes, mas percebo que a pessoa continua ali parado me observando.
Acabo rapidamente louca para sair daqui, pois já estava me sentindo constrangida com aquele olhar em cima de mim, mas assim que me viro me esbarro no homem, ele estava próximo a mim e nem percebi quando ele se aproximou, agora mais do que tudo eu quero sair daqui o mais rápido possível, mas ele se mantém parado em minha frente, parece está se divertindo com meu constrangimento, e tomo coragem e levanto meu rosto e olho diretamente nos olhos dele o encarando, ele sorrir por minha coragem de o encarar, ele parece que vai falar alguma coisa, mas eu sou mais rápida e desvio dele e saio daquele quarto o mais rápido possível, desci as escada numa velocidade que nem eu imaginava que tinha, passo pela cozinha e finalmente eu chego na área de serviço, não sei porque de eu ter me sentido dessa forma perto daquele homem, meu Deus que constrangimento, logo no meu primeiro dia de trabalho, mas quem será aquele homem, mesmo nervosa e constrangida uma coisa eu percebi muito bem, ele é lindo, e coloca bonito nisso, estou tão absorvida em meus pensamentos, que Marli está me chamando eu não percebi, até que ela tocou meu ombro.
- Oi Marli\, desculpa estava tão distraída que nem percebi você me chamar;
- Tudo bem\, quando você quiser pode ir tirar sua hora de almoço;
- Eu trouxe minha marmita\, posso esquentar?
- Que isso menina\, vem eu fiz comida fresquinha pra gente\, aqui você não precisar trazer marmita;
- É que eu pensei\, na verdade todos os lugares que eu trabalho eu levo meu almoço de casa;
- Mas aqui\, você não precisa se preocupar com isso\, os patrões fazem questão que nós nos alimentemos muito bem;
- Que bom\, então eu vou almoçar agora e aproveito para descansar um pouquinho\, antes de voltar para batente;
- Tude bem minha filha\, vai sim; Marli é uma senhora muito simpática e está me tratando muito bem desde que cheguei aqui!
Fui apara cozinha, e Marli arrumou meu prato e me mandou sentar na mesa, e assim eu fiz, ele me serviu também um copo de suco e eu comecei meu almoço, ela me disse para ficar à vontade eu disse que ia arrumar a mesa dos patrões, logo ela voltou, veio buscar alguma coisa que esqueceu e atrás logo em seguida entrou aquele rapaz que eu encontrei lá em cima no quarto, mas agora ele está vestindo um terno preto, está mais lindo do que a primeira vez, ele abraça Marli e a beija todo sorridente e ela sorrir de volta pra ela toda animada.
- E aí Marli o que temos para almoço?
- Tudo que você adora Eduardo; então ele se chama Eduardo\, bom saber\, esse deve ser o filho da patroa\, contínuo ali observando o carinho que ele tem com Marli\, eles sorriem e conversam animadamente\, ele pede para ela arrumar um prato para ele e vem em direção a mesa e puxa uma cadeira se sentando de frente pra mim e fica me olhando até Marli o interromper.
- Eduardo\, eu estou colocando a mesa na sala de jantar;
- Mas eu quero almoçar aqui com essa moça linda;
- Edu\, não começa com suas gracinhas\, deixe a moça em paz\, hoje é o primeiro dia dela você não vai constrange - lá;
- Que isso Marlizinha\, eu sou um homem de respeito;
- Sei bem como você é\, seu moleque; ela fala e os dois começam a sorrir\, eles têm uma interação tão grande\, achei isso bem legal.
Continuo ali em meu cantinho, bem quietinha comendo meu almoço, sem falar um aí, até que Eduardo voltou sua atenção para mim e me chamou.
-
Plano 1
Eduardo -
A nova passadeira até que é gostosinha, eu percebi que ela ficou toda sem jeito quando eu a peguei em meu quarto guardando minhas roupas, claro que fiz aquilo de proposito e percebi que ela ficou toda sem jeito, já gostei dela, mesmo ela corando na minha frente.
Eu não esperava que a nova empregada fosse assim tão ajeitadinha, eu esperava uma velha caindo aos pedaços como a última, não sei nem porque a velha foi embora, agora essa nova empregadinha eu pego a se eu pego, cheguei na cozinha e a vi ali sentada toda tímida almoçando e claro eu não vou perder essa oportunidade, brinco com Marli e com rabo de olho eu olhei pra ela ali com um sorriso tímido no rosto, em um dado momento me sento de frente pra ela e digo para Marli que hoje vou almoçar na cozinha, Marli até retruca mas eu insisto e continuo ali olhando pra ela e ela se mantém quietinha e disfarça ao me olhar, mas eu não me contenho e a chamo;
- Oi\, qual o seu nome?
- Tá falando comigo senhor?
- Senhor não\, minha querida\, só Eduardo;
- Eu me chamo Maria Alice;
- Prazer\, Eduardo! Eu falo estendendo a mão pra ela que retribui meio sem jeito e eu aperto firme a mão dela\, e que mãos macias;
Eu tento puxar assunto, mas Marli nos interrompeu quando voltou para cozinha, mexeu em algumas coisas e se voltou pra mim.
- Eduardo\, levante-se daí agora e Maria em paz\, vai almoçar na sala com seus pais;
- Eu não estou fazendo nada\, apenas tentando conhecer Maria\, melhor;
- Tome jeito sujeito\, eu te conheço muito bem\, deixe a menina em paz e vai saindo de minha cozinha garoto;
- Tá bom; eu falo me rendendo aos encantos da vassoura que Marli tem nas mãos que eu nem vi quando ela pegou aquela vassoura\, me levanto ainda olhando para aquele pitelzinho em minha frente e com um sorriso safado em meu rosto e com um aceno me despeço de Maria e vou pra sala me juntar ao meus pais que já estão na mesa.
Quando esse dois chegaram que eu não percebi, será que estava tão entredito com Maria que nem ouvi quando eles chegarem, me sentei e me juntei a eles e hoje eu estou mais animados do que nos outros dias, a nova passadeira me deixou bem animado, e sinceramente gostei muito dela e claro que vou dar uma investida ali, e se me der mole claro que eu vou pegar, não deixo nenhuma gata passar por mim assim batida.
- Tudo bem meu filho? Meu pai me pergunta;
- Tudo bem sim pai;
- Então filho eu conversei com seu pai e queria que hoje você para o escritório comigo e seu pai concordou;
- Como assim concordou? O que eu vou fazer no escritório de advocacia mamãe? Não tem nada ver comigo;
- Quanto a isso você não se preocupe\, porque o que não falta é coisa para fazer no escritório\, já que na empresa você fica mais conversando com as funcionárias do que trabalhando;
- Papai\, você não vai deixá-la fazer isso comigo né?
- Eu sou sua mãe e você fale direito quando se referir a mim seu moleque; E agora eu a deixei brava\, é melhor tentar focar em meu pai ou eu estou ferrado\, ela vai me colocar pra trabalhar de verdade.
- Eduardo eu estou tentando\, mas você não colabora\, agora você por conta de sua mãe\, eu te avisei; verdade\, meu pai me avisou várias vezes\, mas eu não quis ouvir\, agora estou lascado nas mãos da controladora e carrasca doutora Natália Lemos.
agora meu bom humor acabou de ir embora, minha mãe não é igual ao meu pai, ela não facilita a minha vida, ela vai me colocar para ralar de verdade no escritório dela, acabou minha moleza, porque eu não escutei meu velho, ele falou que iria me arrepender caso minha mãe intervisse, não estou acreditando nisso, escritório de minha mãe não.
- Olha só eu tive uma ideia\, eu estava querendo mesmo falar com vocês sobre essa minha nova ideia que eu tive\, eu venho pensando um tempo sobre fazer um curso fora do País;
- Pode parar por aí mesmo;
- Por quê?
- A Eduardo\, você não foi capaz de terminar nem sua faculdade\, você acha mesmo que eu e seu pai vamos apostar mais uma vez em suas mentiras\, vai tirando seu cavalinho da chuva meu filho\, você vai ficar aqui e vai trabalhar um tempo em meu escritório\, quando eu achar que você está preparado e apto a voltar para empresa de seu pai\, você volta\, mas agora é comigo; tentei jogando essa de curso fora\, mas não colou e minha mãe não caiu que raiva\, o que me resta é passar por essa tortura e ficar calado\, antes que eles cortem emu cartões;
- A e eu já ia me esquecendo\, a partir de hoje você está sem carro e sem cartões\, vai se virar com seu pagamento que você vai receber;
- Espero que esse pagamento seja a minha altura;
- Será o salário da categoria e vai ter carteira assinada como todo trabalhador do meu escritório;
- Nem sei o que é isso;
- Você vai descobrir fique calmo;
- E como eu vou pra faculdade e pro escritório sem carro?
- Passa ônibus na rua debaixo\, que te deixa bem próximo\, é só você ir até o ponto e pegar o que te deixa mais próxima;
- A senhora está brincando comigo né? Eu nunca andei de ônibus\, não sei nem como faz para pegar;
- Você vai aprender como se faz\, você é um rapaz bem inteligente\, aprende rapidinho; que vontade de xingar minha mãe agora com essa ironia dela;
- Mas eu não tenho dinheiro nem pra pegar um ônibus;
- Não se preocupe\, hoje você vai comigo e na volta seu bilhete de passagem vai estar na empresa para você pegar e voltar pra casa;
- Para! Falo num tom bravo\, sei que com isso eu acabei de me ferrar;
- Para você\, moleque! Até agora eu não queria me meter\, mas você está passando de todos os limites\, eu e sua mãe já tentamos de tudo e você não aprende\, então agora vai ser assim\, ou o caminho da rua fica logo ali\, se quiser eu posso abrir a porta pra você\, ou você vai andar dentro dos limites ou eu terei o prazer em te colocar pra fora de nossa casa e tenho certeza de que sua mãe não irá se opor a isso;
- Pode ter certeza\, que não irei me meter\, mesmo\, Eduardo nós só estamos tentando te ensinar o caminho certo a se seguir\, mas se você não quer aprender\, nós não podemos fazer nada\, basta você pegar suas coisas e ir viver sua vida louca longe de nós\, aí você pode viver do seu jeito\, com suas regras e sem ninguém para te mandar ou te controlar\, você acha que isso tudo aqui caiu em nosso colo do nada? Eu e seu pai viemos debaixo\, lutamos e estudamos muito para chegar nesse patamar que estamos hoje\, nada foi fácil para nós dois e lutamos muito por você\, para que nada te faltasse\, mas você não dar o mínimo valor a tudo que nós te proporcionamos e te demos;
Eu não respondo mais nada e prefiro ficar na minha antes que a coisa piore, agora viver com um mísero salário eles pegaram pesado, e essa história de me colocar pra fora de casa foi forte, isso realmente me colocou muito medo, eu não tenho onde cair morto, se eles me colocarem pra fora, estou lascado, não tenho um centavo no bolso, eles me bancam em tudo, como eu me viraria se tivesse que sair daqui, acabamos nosso almoço e minha vontade é de sair na frente dela, mas não tenho dinheiro nem pra tomar um sorvete, como eu vou sair na frente dela, como eu vou fazer para sair para balada sem meu carro, com ele eu pego um monte de gatinha, agora sem ele sou um cara simples, também estou sonhando porque se não tenho dinheiro pro táxi, como eu vou para balada, se as baladas que eu frequento só a entrada deve ser a metade desse salário que eu vou receber que merda isso sim, mas eu vou ficar quietinho se não a coisa pode piorar.
- Você entendeu tudo que nós falamos Eduardo? Minha mãe retruca mais uma vez\, que droga será que ela não entende que não quero mais falar nisso\, mas pelo jeito eu não tenho outra escolha a não ser aceitar;
- Claro que entendi; falei desanimado;
- Então vamos\, porque a partir de hoje começa sua nova vida\, hoje você inicia sua jornada na vida de adulto e sua jornada no trabalho também\, ande logo e pare de moleza que tenho muita coisa pra fazer hoje ainda;
- Eu já estou indo; e sigo em passos lentos atrás dela\, como se fosse um menininho que não quer sair de casa;
Fomos durante todo o caminho eu fui caladinho, ela me olhava de rabo de olho e eu disfarçava e olhava para fora pela janela, minha vontade era de falar um monte de merdas pra ela, mas é minha mãe e o pior dependo dela, então não posso me arriscar dessa forma, eu gosto da minha vida boa e não vou jogar tudo isso fora e sem contar que eu não levo jeito para morar na rua.
Chegamos no escritório e todo mundo me olhando e minha mãe me apresentando com maior orgulho e eu achando que ela não ia pegar tão pesado comigo, uma vez que ela mudou totalmente comigo, não sei se é porque estávamos na frente dos outros, eu já estava contando vitória por dentro, quando ela chamou todos e me apresentou e logo em seguida disse que eu era o mais novo colaborador e como eu sou o mais novo e vou ser uma espécie de faz tudo do escritório e quando acaba de falar segue para sala dela e antes de entrar se vira e me pede para levar um café pra ela, não estou acreditando no que acabei ouvir, meu mundo caiu de vez, eu Eduardo Lemos, servido cafezinho, a que ponto eu cheguei e agora sei que eu estou mesmo no fundo do poço e não vejo nem um jeitinho de sair daqui sozinho, dessa vez minha mãe pegou pesado comigo, se isso for uma espécie de castigo que termine logo por favor, pois não vou aguentar por muito tempo.
Passo o restante do dia pra lá e pra cá, sem conseguir me sentar nem um minuto, estou morto por volta das 18 horas minha mãe saiu da sala dela, toda rebolativa e passou por mim e me avisou para eu não esquecer de pegar meu bilhete de passagem se não vou ficar a pé, a mãezinha você não perde por esperar.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!