Hoje faz cinco anos que deixei o meu país e a cidade onde nasci.
Com os meus avós paternos, fui para um país onde fui recebida com carinho, e de braços abertos.
Onde estudei muito, preparei-me para retornar para o meu país, e assumir o que havia herdado.
E rever todos que deixei, os que estiveram comigo nas horas difíceis, e que sempre me ajudaram, e hoje eles têm um lugar especial no meu coração, principalmente o meu noivo que conseguiu este lugar no meu coração, esse noivado aconteceu meio que no susto.
Ele esteve comigo sempre que conseguia uma folga na empresa dele, ele voava e ficava comigo.
As vezes ele ficava um bom tempo gerindo a empresa da filial que ele tem na Alemanha, mas ele precisou vir antes de mim, já faz um mês que não nos vemos, eu morro de saudades dele.
Hoje embarcarei num voo, para o meu país e para a minha cidade natal, está previsto a chegada por voltadas onze da manhã, se não houver nenhum atraso, amanhã estarei em meu lindo país.
Eu só avisei a Adriana que estarei a chegar amanhã, ninguém mais sabe, nem o noivo, quero fazer uma surpresa a todos.
A minha amiga já preparou tudo, para minha chegada, vou ficar uns dias na casa que era da minha mãe, junto com meus familiares de coração, e depois irei morar com ela na cobertura, foi o que prometi a ela, pelo menos até casar, isso se o meu noivo ainda quiser se casar comigo.
Por que fiquei a enrolar ele, por ele já casara lá na Alemanha mesmo, vai que ele quer me enrolar agora como castigo, né.
Mas eu precisava era focar nos estudos, com muita relutância ele aceitou esperar.
Vou aguardar uns dois dias, para descansar da viagem e depois irei conversar com os meus dois avôs, e avós.
Que já estão na cidade onde a minha mãe nasceu, e daqui dois dias estarão na minha cidade natal.
Para me apresentar como herdeira dos dois agrandes impérios, os Grupo Martins e Grupo Becker.
É estou muito feliz em poder retornar, mesmo ficando muito nervosa, porque assumir esses dois grupos, e muita responsabilidade, mesmo sendo preparada, ainda assim fico muito nervosa.
Mas vou pagar para ver, já que não tem jeito, e hoje sou outra pessoa, bem diferente da Hannah que saiu a cinco anos atrás, aquela tinha marcas fortes da Alana Andrade.
Mas hoje uma Hannah com outra visão, e com mais autoconfiança, e capacitada para bater de frente seja lá com quem for, principalmente com aqueles que não mediram esforço para me humilhar.
Um pouco antes de vir embora com meus avós para a Alemanha, eu mudei o meu nome, Voltei a usar o nome que meus pais biológicos colocaram em mim, e deixei de usar o nome que meus pais adotivos colocaram em mim, que era Alana Andrade.
Bem já é hora de ir para o aeroporto, embarcar nessa viagem de volta.
Vou aproveitar esse voo, e contar um pouco da minha história.
Eu chamo-me Hannah Martins Becker, tenho 26 anos, um metro e sessenta e cinco de altura, tenho cabelos castanhos claros olhos verdes, sou filha biológica de Jordan Becker e de Alice Martins Becker, eles morreram num acidente de carro, onde eu também estava, mas devido a estar segura numa cadeira de carro, só tive uns arranhões devido ao vidro quebrado, nada grave, mas os dois morreram.
Eu estava para completar um ano, tinha onze meses, na época.
Fui colocada num orfanato, por não acharem nenhum parente próximo, onde fiquei alguns meses, depois fui adotada por uma família rica, que não tinha filhos, onde colocaram o nome de Alana Andrade.
O nome do meu pai adotivo era Mário Andrade, e Raquel Andrade.
Nos dois primeiros meses, fiquei num quarto que havia sido decorado para me receber, e onde fiquei.
Nesses meses fui cuidada por eles como filha, assim foi relatado para mim, não era o cuidado, mas se importavam comigo, se havia alimentado, se dormia, era pouco mais tinha um pouco de carinho.
Mas de repente, Raquel ficou grávida, ela tentava já há muito tempo, e acabou a conseguir, disseram que os dois ficaram muito felizes.
Para mim que não tinha noção de nada, eles pegaram o quarto que eu dormia, e reformarem para o bebé que iria chegar, e eu fui colocada num quarto que ficava no corredor dos empregados, era um quarto de empregado.
Naquele corredor tinha dois quartos pequenos, cada um com casa de banho, um, a empregada da casa chamada Luiza Melo, dormia, e eu ficava no outro, eu tinha roupas sapatos, que eles compraram quando cheguei, mas depois passaram a dar o dinheiro para Luiza comprar umas peças, e as vezes ela completava do seu bolso, as vezes ela comprava Fraldas para mim, ela era a minha mãe adotiva, apesar dela ser nova, cuidava muito bem de mim, ajudada pela Joana, que não dormia no serviço, todo o dia a tarde ela ia embora para a casa dela.
Luísa cuidava, dava banho, dava comida, fui crescendo, logo fui para a escolinha, onde Luísa me levava e buscava, eu era feliz por que tinha o carinho da Luísa e da Joana, eu chamava a Luísa de mãe lusi, e a Joana de tia nana.
Onde nené já havia nascido, me deixarão dar uma olhada de longe, e disseram para a Luiza não trazer mais essa órfã para a sala, que me manter-se na cozinha e na área dos empregados, que o meu lugar era lá.
Luísa, ficou triste, mas, era ordem e precisava obedecer, e foi o que ela fez.
Eu ficava brincado por ali com a tia nana, quando a mãe Lusi, fazia a limpeza na parte de dentro da casa, onde eu não poderia entrar.
O nome da bebê era Mariana Andrade, era uma bebê muito linda, mas não me deixarão mais vê lá, as vezes eu a via de longe, quando a babá levava para tomar sol, mas eu estava proibida de chegar perto.
Como não entendia nada tudo aquilo, era normal, eu tinha o carinho e o amor das duas que viviam comigo.
A noite luisa, lia para mim histórias até eu pegar no sono, me dava beijo de boa noite.
E o tempo foi a passar, eu crescendo, onde fui para a escola, sempre Luísa que ia-me levar e buscar, ela a nas reuniões, ela trava-me como a sua filha, e a mulher que no papel do juiz dizia mãe adotiva, trava-me como filha da empregada, e as vezes como se eu não existisse, como eu era muito magra, e Mariana já tinha quase o meu tamanho, por que a diferença de idade não era muita, mas por eu ser magra, e era mais fofa, as roupas que ela não queria mais eram passadas para mim, e serviam, os sapatos também, todos serviam.
Mariana e eu, não tiramos contacto, a mãe dela não a deixava chegar perto de mim.
Eu estava bem com aquilo era a minha vida, ela era a patroa, e eu a que vivia com as empregadas.
Não tinha noção que eu havia sido adotada por este casal, e seria irmã da Mariana, pelo menos no papel.
O tempo foi a passar, onde já havia entrado no primeiro ano escolar, eu já ajudava a Luiza em alguns afazeres da casa, como varrer o quintal, e a área de serviço, as vezes tia nana, falava que quando ficasse maior, ela iria ensinar-me a cozinhar, dizia que uma boa moça, mesmo que não queira se casar cedo, mas tem que saber cozinhar para si.
Eu falava, não iria casar cedo, ela sorria e dava-me um beijo, e concordava comigo.
É assim vivíamos nos três, sempre alegres, com elas eu era feliz, só ficava triste quando a Raquel vinha e falava, por favor Luísa, mantenha essa bastarda longe de mim e da Mariana.
Mas sabia que aquela Era a minha vida, e só quando crescesse, eu iria morar com a mãe Luís.
Os anos foram a passar, eu crescendo, já estava para começar o ensino médio, já estava liberada para entrar em outras partes da casa, por que foi dado ordens para eu ajudar na limpeza da casa, eu ajudava a Luísa, em tudo que eu podia.
Afinal era a mulher que mesmo com as suas dificuldades cuidou de mim, e deu-me carinho e não me rejeitou, e nos momentos que eu mais precisei ela estava ali.
Eu só ficava longe dela quando ia para a escola, ou na folga dela que era uma vez por semana, onde tia Joana ficava comigo.
Joana havia perdido o marido, e Luísa iria se casar, então foi conversado com a família, que assim que Luísa se casasse, Joana viria morar no serviço, e fazer companhia para mim, eu já era uma adolescente, mas com as conversas que tinha com a Luísa e a Joana, fui a entender o que eu era naquela casa, elas sempre me ensinaram tudo, até se comportar a mesa como uma dama, usar os talheres, como servir bem uma mesa como uma boa empregada.
A cozinhar, a fazer uma boa faxina, como fazer uma ótima maquinagem, as duas falavam pode não ser reconhecida como filha, mas vai ser muito mais feliz do que aquela patranhinha, que não sabe fazer nada na sua inútil vida.
Quando chegou o dia da mama Luísa, se casar eu não tive permissão para ir, mas fiquei muito feliz pela Luísa, e sabia que ela iria ser muito feliz.
Apenas fiquei triste que não lhe iria lá para fazer-me companhia nas noites daqui para frente, mas alegre que teria a Joana, daqui para frente seríamos companheiras, não só durante o dia, e agora também a noite.
Eu sabia que Luísa, não era a minha mãe verdadeira, e que fui adotada pelo senhor Mário e a senhora Raquel, e deveria sempre obedece los por que perante a lei eles eram responsáveis por mim.
E que os meus pais biológicos morreram num acidente de carro, quando eu era muito pequena.
Luísa sempre me falou tudo que ela sabia, e orientava-me muito bem em tudo.
Ela era de certa forma a minha babá, e eu amava como uma mãe.
Luísa foi viver com o marido, Joana veio morar no quarto que era da Luiza, durante o dia Luísa vinha trabalhar, a tarde despedimos-nos ela ia embora, e assim foi por um bom tempo.
Eu já cuidava de parte da casa, onde sempre encontrava Mariana, e ela sempre me humilhava, ela chamava-me empregadinha, e sempre achou um jeito de arrumar armadilhas para me colocar em situações que o senhor Mário e a senhora Raquel, brigassem comigo, ou colocassem-me de castigo, e eu havia perdido o nome, era sempre era chamada empregada nojenta.
Eu fui destruída a chamar o casal como senhor Mário, e senhora Raquel, e a Mariana de senhorita Mariana, quanto a mim, tinha vários nomes desde empregada nojenta, bastarda, órfã, morta de fome, e as vezes de inútil.
Assim eu era chamada, em qualquer lugar, eu estava tranquila por que ela estudava em escola particular e eu não, então não nos encontrávamos.
Eu ficava livre dela parte do dia, as vezes ela saia com a mãe dela, eu fazia os meus serviços tranquilamente.
Por que se ela estivesse, e quando eu ia lavar a casa de banho, ela achava até pelo em ovo, para fazer eu voltar e refazer as duas três vezes, só para mostrar que eu era uma empregada, que só serviria para limpar a casa de banho dela.
Isso irritava-me, muito, mas era o que eu era, uma empregada sem remuneração, ou ganho nenhum a não ser umas peças usadas que a senhora Raquel dava.
As vezes davam uns trocados para Luísa comprar umas peças de roupa, mas era tão pouco o valor dado, que mal podia comprar uma calça e uma camiseta, as vezes Luísa usava do seu salário, e comprava um ténis, ou chinelos para usar em casa.
Eu não gostava de usar as roupas que eram dadas para mim, por sempre era motivo para Mariana, falar que eu só tinha o direito de usar os restos dela, e isso dava-me muita raiva.
É sua mãe, escutava ela falando ou humilhando-me, mas Raquel sempre dava gargalhadas e não repreenda a filha.
Senhor Mário, também não ligava, ele sempre pegou Mariana ou Raquel, me humilhando, ele apenas saia de perto, como se aquilo fosse normal.
As vezes vinham visitas na casa, Raquel mandava não aparecer em lugar nenhum da casa, só poderia ficar na cozinha ou na área dos empregados, que era o meu lugar.
Não ligava, por que era onde eu me sentia bem com a Joana, então poderia sempre vir visitas que eu não ligava de ser mandada para a cozinha.
Teve um dia que apareceu uma peça de roupa da Mariana manchada, eu lavei a mão, fiz todo o procedimento necessário para ficar bem lavada, e não deixar manchar, mas depois que foi para o quarto dela ela manchou a peça, e disse a sua mãe que havia sido eu, sendo que eu lavei e deixei na cadeira no seu quarto, tudo era apenas para fazer-me ficar de castigo.
O Tempo passou eu sempre cuidei da casa como uma boa empregada, esforçava-me nos estudos, e fazia o melhor que podia para servir os patrões e a patroninha.
Eu não fazia parte da família, isso era bem claro como o dia, eu era mais como uma escrava que receberia a sua carta de liberdade quando completasse a maior idade.
Eu não podia sair a noite, só poderia sair se fosse para a escola, não tinha direito de trazer nenhum amigo da escola, e também não poderia ir à casa de nenhum deles.
Eu fazia de tudo para agrada los, por que sabia que se eles ficassem bravos iriam tirar a única coisa que posso e gosto de fazer, estudar.
Houve uma vez que em uma das armadilhas da Mariana, me deixarão de castigo uma semana sem ir para a escola, isso deixava-me muito triste.
Quando voltei para a escola, a professora perguntou se eu havia melhorado da gripe, eu não sabia o que dizer.
Por que essa foi a desculpa que deram, pelas faltas na escola.
A Mariana sempre convidava as amigas para estudar na casa, mas eu era chamada para servir a mesa, no começo, eu não sabia muito como servir, acabei a derrubar um pouco de suco na mesa, não chegou a molhar ninguém, Mariana fez-me pedir desculpas, e depois que pedi ela veio até mim e derramou um copo de suco na minha cabeça, e falou: vai para a cozinha a sua empregadinha inútil, e não saia de lá.
Todas deram risada, apenas uma abaixou a cabeça, elas estavam em quatro.
Assim que ela falou eu saí rápido, e acabei a receber três dias de castigo sem ir para a escola, isso deixava-me triste, por que eu não poderia sair para rua e ver gente diferente, e ficava com os trabalhos e aprendizados na sala de aula, tudo atrasados.
Por isso Que a Joana ensinou-me, como servir mesa, e como me comportar como uma dama.
A partir daí não causei mais acidentes, e procurei fazer cada vez melhor, e abaixar a cabeça, quando falavam algo para me humilhar, por que se eu abrisse a boca, receberia o castigo, e eles sabiam onde me atingir, por isso eu passei a fazer tudo o que pediam.
A Joana e a Luísa sempre me ajudaram em tudo, até nos dever de casa, que trazia da escola, um monte de exercícios para fazer, pós-castigo, Joana ajudava-me sempre, com muita paciência e carinho.
O tempo passou, sempre fazia o melhor para não deixar, eles causarem problemas para mim, principalmente nesse final de ensino médio, por que daqui uns meses faço dezoito anos, e tudo vai ser diferente.
Eu já estava perto da formatura do ensino médio, então era hora de preparar-me para ir para a faculdade, e ganharia a tão sonhada liberdade.
Passou uns dias o senhor Mário veio até a cozinha onde eu ajudava a Joana, e pediu para eu me sentar que precisaria falar comigo.
Eu assenti e fui até a mesa da cozinha sentei-me, ele sentou se a minha frente e começou a falar:
Olha Alana, eu conversei com Raquel e decidimos que vamos pagar a faculdade para você.
Escolhe em que área vai fazer, e se prepara para começar, contudo, eu não darei mais dinheiro para½ comprar as suas roupas.
Pode continuar a comer e morar aqui, como sempre fez, com os empregados, contudo, terá que trabalhar para pagar a sua faculdade.
Sei que trabalhou desde pequena, mas foi em troca da alimentação e roupas sapatos sabe que nada é de graça, então a faculdade não será diferente.
Se acaso não for fazer faculdade, então lhe pagarei um salário de empregada doméstica.
Isso é o melhor que posso fazer, escolhe, afinal será bom fazer faculdade, o que decidir para mim, não faz diferença.
Eu aceitei que ele pagasse a faculdade, por que me daria tempo de achar um emprego e alugar uma casa pequena, e sair desse lugar, aceitei.
Ele disse: e qual área vai estudar?
Eu falei a de administração de empresas, ou economia, gosto muito de números, ele assentiu e falou prepara o que precisar para a faculdade que farei o pagamento, avise-me, ok.
Levantou e saiu, com um ar de quem me fazia um favor, contudo eu seria cobrada a cada centavo, isso eu tinha certeza.
Eu passei a formatura em casa, não tive permissão de ir, por que tinham um jantar e eu precisava ajudar na cozinha, e depois servir os convidados.
Dias depois estava tudo resolvido sobre a faculdade, ele fez o que prometeu pagou três primeiros meses.
Logo chegou as festas de Natal e ano Novo, eu como sempre trabalhando, eu não podia sair por que até água eles, pediam para levar nos seus quartos, isso tarde da noite.
Eu ia levar, e voltava a dormir, Joana deitava cedo, eu ficava a ler até o sono vir.
Essa faculdade saía caro, mas eu concordara.
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Agora é fazer o que pedirem, as festas, sempre passei a trabalhar, quando pequena passava a dormir, não tinha noção de nada, nem de presente de Natal, ou Pai Noel, as vezes Luísa falava, que tinha papai Noel, contudo ele guardava todos os meus presentes, para quando eu crescesse, ele me daria tudo de uma vez.
Eu sempre acreditei nas suas palavras, e não ligava de não ganhar nada, a Luísa dava-me bichinho de pelúcia, ou boneca.
Joana sempre gostou de dar-me livros e incentivar a leitura, ela era para ser professora, porque sempre me ensinou tantas coisas, e continua ensinando.
E logo passou tudo aquilo de festas, já estávamos no ano Novo, onde logo eu estaria a começar a faculdade, eu estava eufórica para começar, e logo iria procurar emprego, para me ver livre daquelas amarras invisíveis.
Os dias passaram, o mês, e logo chegaria o primeiro dia tão esperado da faculdade, eu estava feliz, e havia escolhido fazer administração de empresas, seria de quatro anos, se depois conseguisse, um bom emprego, eu continuaria fazer faculdade de economia, mas por enquanto a de administração vai ser o início da minha liberdade.
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