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A CAPITÃ DA MINHA VIDA

Capítulo 1 - Voltando para casa

Miguel

— Batalhão 01.

— Ambulância 13.

— Esquadrão 17.

— Viatura 25.

— Incêndio na rua 15 de novembro.

Hoje é o meu primeiro dia no Batalhão 01, estamos a caminho de um chamado para combater um incêndio em uma lanchonete.

O incêndio alastrou-se rapidamente, mas toda equipe trabalhou com muita atenção e dedicação para apagar o fogo e salvar a vida dos proprietários e seus funcionários.

— Tenente, está tudo pronto.

— Então podemos ir.

Após recolhermos todos os equipamentos voltamos para o Batalhão, aproveitei para conhecer o funcionamento e um pouco mais das pessoas que trabalham aqui.

Meu turno de trabalho é diurno, escala 12X36, faz onze anos que eu saí da minha cidade, fui embora para realizar o meu sonho que é ser bombeiro, meus pais vocês conhecem, o doutor Fernando e a Doutora Milene. No início foi muito difícil para eles aceitarem a minha escolha, mas hoje eles me entendem e respeitam.

Eu sou formado em fisioterapia e Pós-Graduado em Gestão de Segurança Pública. Cheguei a patente de Tenente após muito esforço e dedicação. Quando surgiu esta oportunidade de poder voltar, eu não hesitei nem por um instante, vai ser bom poder passar um tempo no lugar onde tive a minha infância e adolescência tão feliz.

Hoje é sexta-feira, minha mãe me convidou para um almoço amanhã em sua casa, mesmo meus pais insistindo muito para morar com eles, eu optei por continuar morando sozinho, eu comprei um apartamento que não fica muito distante do batalhão.

Acabo de dar a última garfada do meu almoço quando ouvimos um outro chamado.

— Batalhão 01.

— Ambulância 13.

— Esquadrão 17.

— Viatura 25.

— Acidente em uma obra na Rua: Independência, 88.

Esta adrenalina em poder salvar vidas é o que me move, é o que me faz querer ser um ser humano e um profissional melhor.

Chegamos na obra, foi fácil localizar o local do acidente devido ao grande número de pessoas aglomeradas.

— Licença, nos dê espaço.

— Licença.

Nos aproximamos da vítima e vejo um ferro transpassado no seu pé. Enquanto as socorristas trabalham para estabilizá-lo, nós estamos com a ferramenta para cortar a barra de ferro.

— Parabéns equipe! Podemos ir.

Ao chegar no batalhão, deixamos tudo organizado.

— Tenente tem um minuto?

— Claro chefe!

O sigo até a sua sala.

— Na segunda-feira a nossa capitã estará de volta, espero que vocês possam se dar bem.

— Farei o possível para isso.

— E mais uma vez, seja bem-vindo!

— Obrigado chefe!

Quero aproveitar que amanhã é a minha folga vou sair para curtir uma balada, eu sou moleque piranha, não me apego a mulher nenhuma, diferente dos meus irmãos que casaram cedo eu quero mais é curtir a minha vida, curtir com a mulherada, este negócio de amor não é para mim não, eu sou livre e gosto de ser assim.

Eu sempre converso, deixando bem claro para elas que eu não quero nada sério, as vezes acontece de eu ficar com a mulher apenas uma noite, outras vezes a química é gostosa e saímos por mais algumas vezes, mas quando eu percebo que elas estão começando a criar expectativas eu tiro o meu time de campo ou quando elas me dão fora.

Capítulo 2 -

Beatriz

01 ano antes

Hoje comemoro um ano de casada com o Lorenzo, nós últimos dias ele tem estado estranho. Estou chegando no apartamento da minha melhor amiga Paolla, vou pedir a sua ajuda para que eu possa preparar uma surpresa e reacender a chama do nosso amor.

— Amig...

Paraliso na porta ao vê-la nua junto com o meu marido, quer dizer agora ex-marido.

— Bia, não é isso...

— Para! Por favor, seja mulher e assuma seus atos.

— Amiga deixa eu explicar.

— Explicar o que Paolla?

— Você não é a minha amiga, eu jamais faria algo do tipo contigo, jamais!

— Você Lorenzo, não precisa mais pisar em casa, deixarei as suas coisas com o porteiro e pode aguardar que em breve o meu advogado entrará em contato contigo e fique tranquilo que eu não quero nada seu, absolutamente nada.

Saio correndo, não quero esperar o elevador, vou pela escada, acabo pisando em falso me levando a cair rolando pelos degraus, em questão de segundos uma escuridão preenche-me.

《...》

— Minha filha você acordou!

Olho em volta vejo a minha mãe, meu pai e os meus irmãos. Passo o olho em volta para saber onde estou e aos poucos vou me lembrando do que aconteceu.

— Faz tempo que estou dormindo?

— Tem dois dias filha!

O meu pai responde.

Vejo o pesar em seus olhos.

— Estava brincando de bela adormecida.

Consigo arrancar um sorriso deles.

— Vou chamar o médico para lhe atender.

Meu irmão Gustavo diz sando do quarto.

Evito fazer contato visual com a minha mãe, pois é perceptível a aflição em seus olhos.

Nós sempre fomos muito unidos, os meus pais sempre foram presentes, eu sou a mais velha com trinta anos, depois vem o Felipe com vinte e oito anos e o Gustavo com vinte e um anos. A minha família é a minha base, tudo o que eu sou e tenho eu devo a cada um deles.

Dias atuais...

Hoje faz um ano do fatídico dia em que encontrei a então minha melhor amiga com o meu ex, eu me permiti chorar uns dias, depois me recuperei e fui curtir a minha vida e até hoje é assim, saio com vários homens, mas não me apego a nenhum.

Hoje irei a recepção do filho da doutora Mili, sou formada em medicina, devido a minha profissão, sou Capitã do corpo de bombeiros, precisei ajustar os meus horários quando fazia estágio e residência, ela me ajudou muito, já que ela é proprietária junto com o seu esposo do Hospital HF, com isso acabamos nos tornando próximas.

Sabe aquela pessoa que você gosta logo de cara e tudo flui naturalmente, foi assim com a Mili. Não sei se as nossas histórias de vida por serem tão parecidas contribuiu para isso.

Meus pais me adotaram quando eu tinha nove anos, antes deles me adotarem eu sofri muito na mão do meu pai biológico, ficava sem comer, apanhava, ficava sem tomar banho. Depois que a minha mãe Kathe e o meu pai Tom me adotaram a minha vida se transformou completamente, eu nunca fui tão amada e tão bem cuidada quanto sou por eles. Sempre fui tratada de igual para igual em relação aos meus irmãos, confesso que as vezes fui e sou até mais mimada do que eles.

Capítulo 3 - A primeira vista

Miguel

《...》

A noite ontem foi muito produtiva, fiquei com uma mulher muito gata e inteligente, Isadora o seu nome.

— Oi mãe, oi pai.

Dou um beijo em cada.

— Oi Guel!

Eles respondem uníssonos.

O cheiro de churrasco está maravilhoso, eu amo churrasco.

— Pensando em que?

— Nada pai. Só que é muito bom poder voltar pra casa depois de tanto tempo fora.

— E aí mano.

— Oi Enzo.

Eu sou o mais novo com vinte e oito anos, o Enzo e a Mel que são gêmeo tem trinta e dois anos. Ao chegar na área da churrasqueira vejo a minha grande família reunida, ela aumentou um pouco mais. Enquanto recebo o abraço de um por um percebo o quanto senti falta disso tudo.

Saio em direção a churrasqueira.

— Surpesaaa!

— Davi!!!

O Davi e eu éramos melhores amigos, sabíamos tudo um do outro.

— Senti tanto a sua falta meu amigo!

— Eu também Guel!

Nos abraçamos novamente!

— Até que enfim você chegou Bia!

Ouço a minha mãe dizer.

Ao olhar para trás, um pequeno sorriso se forma em meu rosto. PQP! Que deusa! Eu nunca vi uma mulher tão linda quanto esta.

— Cuidado para não se afogar na sua baba.

A Mel diz ao passar por mim.

Eu ignoro e continuo a olhá-la, ela veste uma saia longa com um cropped branco, acho que é assim que fala. Ela é preta, alta, cabelos cacheados até a cintura, olhos castanhos, e um sorriso lindo. Eu preciso ter ao menos uma noite com esta mulher!

— Filho esta é a minha amiga Bia.

— Oi Bia.

Lhe dou dois beijos no rosto.

— Miguel, prazer.

Pisco para ela.

Beatriz

Chego na casa da Mili, ela pega levemente na minha mão, me levando em direção ao seu filho, sinto um calor no meu corpo assim que ele coloca seus olhos em mim. Eu nunca estive com um homem que me olhasse com tanta intensidade.

— Bia este é o meu filho.

— Oi sou a Beatriz.

Minha voz saí mais sensual do que eu gostaria.

— Prazer Bia, sou o Miguel.

Miguelindo que homem maravilhoso, suas covinhas lhe deixa com um ar de safado, seu sorriso é lindo, envolvente, ele é alto, preto, cabelo raspado, cavanhaque, olhos castanhos, seus lábios são desenhados, tenho certeza que se encaixariam perfeitamente nos meus.

— Fiquem aqui crianças, vou ali pegar um prato.

— Tem hora que eu acho que a minha mãe esquece que não sou mais criança, eu cresci e já faz um tempo.

— Cresceu maravilhosamente bem!

Ele arqueia a sobrancelha e dá um sorriso safado, o mais lindo que já vi.

— Licença.

Digo indo em direção a mesa preparar o meu prato, afinalme chamarampara um almoço. Passei um tempo conversando com a filha da Mili a Mel, olho no relógio e decido que já está na hora de ir embora.

— Tchau Mili, eu já vou.

— Ainda está cedo Bia.

— Estou sem carro, então prefiro ir.

— Eu te levo!

Olho para trás e o Miguelindo sorri maroto.

— Não quero atrapalhar.

— Não vai, fica tranquila.

— Sendo assim, então eu aceito.

Dou uma piscada para ele.

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