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Meu Destino É Te Amar

Draminha novo no pedaço

Olá querido leitor, vem aí mais uma história cheia de dramas, romances, trechos hot, momentos fofos... Um casal que é pura explosão. Vem curtir essa história junto comigo?

Vale lembrar que eu amo quando comentam na web novela, adoro saber o que estão achando da história, então, aguardo muitos comentários.

Boa leitura!

Capítulo 1

O tempo estava feio, a chuva batia na janela do pequeno quartinho, assustando a menina de três aninhos. Clara se agarrava a sua mãe com medo dos trovões, Rafaela cantava baixinho acariciando os cabelos negros da pequena.

— Medo mamãe... — Disse Clara com os bracinhos em torno do pescoço da mãe.

— A mamãe está aqui, meu amor. — Disse Rafa dando um beijo na filha.

Aos poucos a chuva foi passando, e logo Rafaela ouviu uma batida na porta.

"Com toda a certeza se trata do senhor Maurício".

— Boa tarde, senhor Maurício. — Disse ela com a filha agarrada a sua saia.

— Boa tarde Rafa, como está a sua pequena guerreira? — Perguntou o velho barbudo a garotinha.

-Oi... — Disse Clara tímida.

— Estamos bem agora...

— Rafaela, preciso do quartinho desocupado até o fim da semana. — Disse o senhor direto.

— Senhor Maurício, eu sei que não pago o aluguel como devo, mas, não tenho para onde ir nesse momento, os meus pais moram em outra cidade e não tenho condições de viajar agora... — Disse ela desesperada. — Eu só preciso de mais um tempo...

— Rafaela, eu dependo disso para viver, se você não paga o aluguel, eu não tenho comida em casa, e por mais que eu goste de vocês, não é essa a questão agora. — Disse Maurício sério.

— Senhor Maurício, amanhã já é quinta-feira eu não posso arranjar um lugar para mim e a minha filha tão rápido. — Disse Rafa pegando à pequena no colo.

— Está na hora de você procurar o pai da Clara, Rafaela... — Disse Maurício antes de sair.

"Não, eu não vou atrás dele, eu prometi a mim mesma que não voltaria atrás dele, por nada".

A três anos atrás, Rafaela deixava a vida interiorana para viver na cidade grande, os pais a apoiaram ajudando nas despesas da viagem, sempre mantinha contato com eles por cartas, enquanto começava a fazer o curso que sempre quis, veterinária. Tudo estava indo muito bem, até bater de frente com ele, Igor Valastro, o médico mais novo e bem conceituado da capital, exigente e sedutor, ele não poupou esforços até conseguir o que queria, levar Rafaela para uma tórrida noite de paixão. A ingenuidade a cegou e ela entregou-se de corpo, alma e coração. Depois da noite mais feliz da sua vida, nada foi como antes, Igor a dispensou, Rafaela descobriu que estava grávida, e acabou perdendo a bolsa de estudos, devido às faltas. Trabalhou e morou de favor na casa de uma bondosa senhora, mas, quando Roberta nasceu teve que procurar outro lugar para viver. Os pais não aceitaram a gravidez, e não responderam mais às cartas da filha. Agora com os seus 25 anos, Rafaela não era mais a mesma, a alegria e a vivacidade ficaram no passado, estava magra e abatida, os cabelos castanhos agora sempre presos, estavam sem brilho, às roupas surradas a faziam parecer mais velha. A sua única razão para viver, era a pequena Clara.

— Mamãe não chola... — Pediu Clara alisando o rosto da mãe.

— Mamãe não está chorando anjinha... — Disse Rafa forçando um sorriso. — Que tal se fossemos brincar de arrumas malas. — Sugeriu ela, vendo um sorriso doce surgir no rosto da filha.

— Oba! — Gritou a menina pulando.

Clara era muito parecida com o pai, tinha os cabelos negros e os olhos azuis, carinhosa e brincalhona, encantava a todos a sua volta. Depois de "brincar" de arrumar as malas, Rafaela deu banho na filha e a agasalhou, colocou um conjunto de moletom e pegou o pouco do dinheiro que tinha.

— Mamãe vamos no paquinho? — Perguntou Clara mexendo nas traças.

-Não meu amor, vamos procurar um lugar novo para morar. — Disse Rafa calçando as botas na filha.

— Vamos molar com o meu papai, mamãe? — Perguntou a menina sorrindo.

-Não minha querida, o seu papai não mora aqui na cidade... — Mentiu ela acariciando o rostinho da filha. — Vem com a mamãe... — A pegando no colo.

Rafaela pegou o ônibus em direção ao centro, Clara ficava encantada com tudo que via, não era uma criança pidona, mas, como toda criança de três aninhos, tinha vontade de comer as coisas que via. Após andar a procura de um quartinho pequeno e barato, Rafaela foi ao último lugar que viu no jornal.

— Boa tarde gostaria de saber sobre o quartinho que vocês têm aqui... — Disse Rafa observando a loira que abriu a porta.

— A sim, bom é um quarto pequeno, não está num ótimo estado, mas, está um pouco conservado. — Disse a mulher sorrindo. — O meu nome é Júlia, e o seu?

— O meu é Rafaela, e essa é minha filhinha Clara. — Disse ela beijando o rosto da filha.

— Olá Clarinha, tenho uma coisa pra você... — Lhe entregando um pirulito colorido.

— Bigadu... — Disse ela sorrindo. — Olha mamãe, palece um acoilis... — Disse contente.

— Sim, querida parece muito. — Observando a felicidade da filha.

— Porque não entra um pouco Rafaela, você parece cansada. — Disse Maite observando o rosto dela.

Rafaela pensou em recusar, mas, precisava de um copo de água e um pouco de descanso também.

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No hospital particular da cidade, a correria era o dia todo, mas, para o médico Igor Valastro as coisas não eram assim, ele só precisava mandar e qualquer pessoa o obedecia. Como dono do hospital, não precisava fazer nada, só assinar papeis e atender um ou outro paciente muito exigente.

-Oi amor... — Disse a ruiva entrando sorridente e dando-lhe um beijo na boca.

-Oi Carla, o que faz aqui a essa hora? — Perguntou Igor sério.

— Queria ver você amorzinho, eu fui agora mesmo com mamãe dar uma olhadinha nos vestidos de noiva da...

— É mesmo? E com quem vai se casar? — Perguntou ele sem tirar os olhos do notebook.

— Igor, você não acha que já está na hora de pensarmos no nosso futuro? — Perguntou ela tirando os óculos de sol.

— Carla, eu nunca prometi a você casamento, nos damos tão bem assim... — Disse ele com um sorriso de tirar o fôlego.

— Eu sei, mas, estamos a tanto tempo juntos, e você nunca...

— Carla, gatinha tenho uma emergência agora, compre um vestido bem sexy, a noite vamos jantar juntos. — Lhe dando um beijo rápido e saindo.

— Ai, ele é tão lindo... — Colocando os óculos. — Vamos às compras... — Saindo rebolante.

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Rafaela contou a Júlia um pouco de tudo que ocorreu na sua vida, se sentiu muito a vontade com a ela, Julia tinha a mesma idade que ela e um marido atencioso, Cristian.

— Eu tenho um papai que mola longe daqui... — Disse Clara mexendo no cabelo da mãe.

— Clarinha vem com a tia Júlia assistir desenhos na TV... — Levando a menina para o quarto e ligando a TV.

— Ela fala muito do pai... — Disse Rafaela séria.

— Eu sei que não tenho nada com a sua vida Rafa, mas, quem é o pai da Clara? — Perguntou Júlia séria.

— Igor Valastro, o médico de 28 anos mais rico e influente da cidade. — Disse Rafaela abaixando os olhos.

— Igor Valastro... — Disse Júlia perplexa. — Rafaela, o homem tem dinheiro suficiente pra você e Clara viverem sem fazer nada a vida toda... — Disse Júlia arregalando os olhos.

— Não quero procurá-lo Júlia, não quero nada que tenha a ver com ele. — Disse Rafaela nervosa. — Se a minha vida está do jeito que está, a maior parcela de culpa é dele.

-Acontece que sua filha fala dele, ela precisa dele, e ele precisa saber dela. — Disse Júlia séria.

— Não Júlia, eu agradeço sua preocupação, mas, preciso ir embora... — Disse Rafa pegando a bolsa.

Igor Valastro

Rafaela Martin

Clara Martin

Júlia Sanches

Fabiana Valastro

Cristian Sanches

Capítulo 2

-Calma... Pelo que me disse, não tem muito tempo pra arrumar um lugar pra ficar, quero que você e Clara fiquem no apartamento ao lado, o tempo que precisarem. -Disse Júlia sorrindo.

-Não posso aceitar Maite, o quartinho já seria bem difícil pagar, um apartamento então é impossível. -Disse Júlia apreensiva.

-Vamos fazer o seguinte, eu trabalho em um salão de beleza bem próximo daqui, e estão precisando de uma faxineira, se você quiser posso dar seu nome. -Ofereceu a morena.

-Está falando sério Júlia? -Perguntou Rafaela sorrindo.

-Eu nem sei como agradecer... Mas, não tenho com quem deixar Clara... -Disse Rafaela um pouco triste.

-Bom, tem uma creche aqui pertinho e ela pode ficar lá. -Sugeriu Júlia.

-Clara não está acostumada a ficar sem mim, mas, vou conversar com ela, explicar... -Disse Rafa sorrindo.

-Obrigada Júlia, eu nem sei como agradecer... -Abraçando a mulher.

-Não precisa Rafa, eu tenho certeza que vamos nos dar muito bem. -Disse sorrindo.

Rafaela se despediu das pessoas que a ajudaram no bairro e partiu rumo a seu novo lar. Era um apartamento pequeno de um quarto, sala cozinha e banheiro, cômodos bem pequenos.

-Mamãe, quelo a foto do meu papai aqui... -Disse Clara, tentando colocar o porta-retrato encima da mesinha.

Era uma foto em que Igor aparecia com seu sorriso mais lindo, Rafaela recortou da revista e colocou no porta-retratos. Nunca escondeu da filha quem era seu pai, mas, não tinha intenção de dizer a ele que tinha uma filha.

-Tudo bem meu amor, vamos deixar aqui... -Colocando na mesinha. -A mamãe precisa conversar com você agora minha anjinha... -Disse Rafaela sentando a filha em seu colo.

-Tá blaba comigo mamãe? -Perguntou a garotinha de cabeça baixa.

-Não meu amor... -Disse Rafaela dando um beijo na filha. -A mamãe não está brava com você... A mamãe conseguiu um trabalho. -Disse Rafaela sorrindo.

-Obá! Quelo aquela bonequinha que toca musiquinha mamãe... -Pediu Clara com os olhinhos brilhando.

-Quando a mamãe tiver o dinheiro ela compra pra você... -Acariciando os cabelinhos loiros. -No lugar que a mamãe vai trabalhar, você não pode ir meu amor... -Explicou Rafa séria. -Por isso a mamãe vai te deixar num lugar bem legal, cheio de crianças e brinquedos.

-Não mamãe... -Disse Clara apertando a mãe. -Quelo voxe... -Disse a menina chorando.

-Meu amor, não chora... -Disse Rafaela chorando e apertando a filha. -É rapidinho, e a mamãe vai buscar você correndo...

-Não mamãe... Eu pometo não bincar na água mamãe... -Pediu Clara com os braçinhos em torno do pescoço da mãe.

-Olhe pra mamãe, Clara... -Pediu Rafa segurando o rostinho da filha. -Escute o que a mamãe vai dizer minha querida... -Começou ela enxugando as lágrimas da menina. -Se a mamãe não trabalhar, não vamos poder ter uma casa grande e bonita com um cachorrinho, e nem aquela boneca grandona que você viu na loja... -Explicou olhando fundo nos olhos azuis. -Vai ser bem rapidinho minha pequena, a mamãe vai voltar de tardinha pra buscar você... -Abraçando a filha.

-Mas, quelo voxe... -Disse Clara se aconchegando a mãe.

-Eu sei a mamãe também quer muito você... -Balançando a filha. -Mas, você promete tentar? -Perguntou sorrindo.

-Pometo... -Disse antes de fechar os olhinhos.

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Depois de um longo e entediante dia de trabalho, Igor foi ao restaurante onde ficou de se encontrar com Carla, lá estava à loira com um vestido verde super provocante. Ela e Igor vinham saído juntos durante muito tempo, mas, isso não impedia Igor de procurar outras mulheres.

-Oi amor... -Disse Carla lhe dando um beijo.

-Boa noite Carla, e então você vai mesmo viajar com sua mãe? -Perguntou Igor sorrindo.

-Vou sim... -Pedindo um champanhe. -Porque, vai sentir saudades Igor? -Perguntou à loira colocando a mão sobre a dele na mesa.

-Claro que sim chaveirinho... -Disse ele com um sorriso irônico.

-Odeio esse apelido, Igor... -Disse ela virando o rosto.

-Mas, é carinhoso querida, você é meu chaveiro preferido. -Disse ele bebendo um gole de vinho.

-Deve ter tantos, não é Igor? -Perguntou Carla enciumada.

-Eu não fico perguntando a você, quantos machos esconde debaixo da cama... -Disse ele sorrindo com deboche.

-Você é tão rude às vezes... -Se queixou ela.

-Se não gostasse, já tinha dado no pé... -Disse ele sorrindo. -Vamos ao que interessa, eu marquei esse jantar pra esclarecer algumas coisinhas...

-Esclarecer o que? -Perguntou ela desconfiada.

-Não vai haver casamento, Carla. -Disse ele direto.

-Igor, eu sei que não é o momento agora, mas...

-Nem agora, nem nunca, eu não tenho o menor desejo de me atar a uma mulher a vida toda, não quero uma mulher me vigiando o tempo todo, chega a me dar alergia pensar nessa prisão que é chamada casamento... -Disse ele se coçando.

-Igor isso é uma doença...

-Talvez seja mesmo, então procure alguém que queria se algemar a você Carla. -Disse ele sério.

-Está querendo dizer que está tudo acabado? -Perguntou ela pasma.

-Não está tudo acabado... Porque nunca começou. -Disse ele olhando direto pra ela.

-Eu me recuso a aceitar isso Igor, porque estou presa a você a exatos três longos anos... -Disse ela zangada.

-Presa a mim... -Disse Igor rindo com desdém. -Não me diga, que nunca esteve com nenhum outro homem durante esse período?

-Não foi isso que disse...

-Pois deu a entender... -Deixando o dinheiro na mesa. -A gente se vê por ai...

-Igor, não acabou ouviu... -Disse a loira se levantando.

-Nem começou chuchu... -Lhe dando um beijo e saindo.

-Mas, nem começou mesmo, Valastro... -Disse a loira o vendo ir embora.

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Na manhã seguinte Rafa arrumou a mochila de Clara, e as suas coisas para o primeiro dia de trabalho. Deu um banho na filha e a arrumou com um conjuntinho bem gasto, mas, limpinho. Fez trancinhas nos cabelos dela e lhe entregou sua boneca preferida.

-É aqui Rafa... -Disse Júlia em frente à creche.

Era organizado e colorido, algumas crianças já brincavam no parquinho. Uma loira sorridente se aproximou delas.

-Bom dia, posso ajudá-las em alguma coisa? -Perguntou a mulher.

-Sim, eu gostaria de saber o valor da mensalidade, pra que minha filha fique aqui durante meu período de trabalho. -Disse Rafaela com a filha no colo.

-Bom, nossa creche não é paga, ela é comunitária... -Disse a loira sorridente. -Meu nome é Fabiana, sou fundadora da creche. -Se apresentou sorrindo.

-Meu nome é Rafaela e essa é minha vida, Clara. -Disse ela beijando a filha.

-Olá Fabiana, eu sou Júlia, Rafa vai trabalhar no mesmo lugar que eu, e nosso expediente termina às 15h da tarde. -Explicou Maite.

-Nós fechamos a creche às 7 horas da noite, você só precisa deixar as roupinhas dela, e nós a deixaremos arrumada pra hora que você chegar. -Explicou Fabiana.

-Não quelo mamãe... -Disse Clara se agarrando na mãe.

-Vem com a tia Fabi, Clarinha, vai ser bem legal... -Tentando pegar a menina.

-Não! Ahh... -Começando a chorar.

-Tudo bem... Tudo bem meu amor... -Acalmando a filha.

-Não vai ser nada fácil. -Disse Júlia séria.

-Eles sempre choram muito na primeira vez, ela mora com o pai e a mãe? -Perguntou Fabiana.

-Não Fabiana.

-Pode me chamar de Fabi. -Disse sorrindo.

-Está bem, Fabi.

-Clarinha, solte a mamãe. -Disse Rafa se abaixando na frente da filha. -Pare de chorar... -Pediu ela enxugando o rostinho da filha. -Você prometeu pra mamãe que ia tentar meu amor...

-Mas, eu quelo ficar com voxe... -Disse a garotinha voltando a chorar.

-Eu sei minha anjinha, mas, a mamãe está bem pertinho de você... -Disse acariciando o rostinho dela. -Você vai ficar com essa correntinha da mamãe. -Entregando a correntinha a filha. -E quando sentir saudade, vai segurar bem forte e fechar os olhinhos... -Apertando a mãozinha dela. -A mamãe vai sempre estar bem pertinho de você...

-Voxe pomete? -Perguntou ela tristinha.

-Eu prometo minha gatinha. -Abraçando a filha. -Me dê um abração e um beijão agora... -Apertando a filha. -Te amo filhotinha...

-Amo voxe... -Beijando a mãe.

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