Disse que seus poderes estão crescendo rápido demais. Tanto poder assim pode se tornar um perigo não só para a terra como também para o mundo inteiro.
- Quer dizer que não vou mais voltar?!
- Infelizmente não.
- Não! Eu não vou aceitar isso! Por favor, tem que ter outra alternativa.
Modu caminha na direção que Valmon com uma expressão séria e assim que fica de frente para ele, coloca sua mão no ombro dele enquanto diz:
- Relaxa, garoto. Eu estava brincando. Existe outra alternativa.
- Ufa! Você não sabe o alívio que senti agora.
Olhando para Valmon, Modu apenas sorri enquanto diz:
- Só que vai depender do seu esforço.
- É só me dizer o que eu tenho que fazer - Disse Valmon com um olhar de determinação.
- Vou criar barreiras psíquicas em sua mente para reduzir seu poder e assim diminuir os riscos ao mundo. Porém, não posso fazer isso para sempre já que seu poder continua a crescer e não parece ter fim. Então eu preciso que você aprenda a controlar seu próprio poder algum dia.
- Certo. Não deve ser tão difícil assim.
- Não é tão simples como pensa. Principalmente para alguém sem experiência como você. Se bem que não está demorando para você recuperar suas habilidades e descobrir como elas funcionam.
- Alguns são bem mais fáceis do que pensei, como o teletransporte. Eu só preciso pensar no local que eu quero ir e pronto, simplesmente apareço lá. Só preciso ter uma lembrança real do local para onde quero ir ou pelo menos ter alguma pessoa que esteja lá para servir de referência.
- O meu também funciona assim. Na verdade, isso é comum entre todos os usuários desse habilidade.
- Entendi. Bom, agora eu tenho que voltar para casa. Poderia me levar de volta ou você prefere que eu volte usando meus poderes?
- Tanto faz. Só preciso criar as barreiras psíquicas antes de irmos.
- Tudo bem.
Modu fecha seus olhos e se concentra para entrar na mente de Valmon. Em seguida, os olhos de Valmon brilham verde e logo voltam ao normal.
- Pronto.
- Já terminou?!
- Claro. Não é difícil quando se faz isso em uma mente enfraquecido.
- E quantas barreiras você criou?
- Apenas 90. Por enquanto essas já são mais que o suficiente para manter seus poderes controlados por enquanto.
- Então quer dizer que estou apenas com 10 por cento do meu poder?
- Pode até parecer pouca coisa, mas você já faria um estrago enorme caso resolvesse usar esse poder para o mal. E como eu tinha dito seu poder continua a crescer, então terei que criar mais barreiras quando a situação sair do controle.
- Tudo bem. Agora posso ir? Tenho escola amanhã e minha mãe pode acordar a qualquer momento.
- Claro. Até mais! Sempre que precisar de ajudar é só me chamar.
- Sim, senhor!
Valmon sorri enquanto presta continência a Modu que apenas acena com sua mão.
Uma aura verde surge em volta do corpo de Valmon e logo em seguida Valmon aparece em seu quarto.
- Como é bom estar de volta!
Saindo de seu quarto e descendo a escada até a sala, Valmon percebe sua mãe sentada no sofá assistindo a televisão e parecia estar surpresa com algo enquanto assistia. Ela estava assistindo o canal de jornalismo do estado de Quantum.
- Mãe?
A mãe de Valmon se vira em direção a ele ao ouvir sua voz e logo se levanta do sofá enquanto diz:
- Onde você esteve esse tempo todo?! E que droga de fantasia é essa?!
Assim que Valmon olha para o relógio na parede da sala, ele vê que são 8 horas da manhã.
- Merda... E-Eu posso explica--
- Vai para seu quarto! Está de castigo!
- Castigo? E como é que fica a escola?
- Você não vai para a escola. Ninguém vai... Está acontecendo de novo...
Valmon fica confuso com as palavras de sua mãe e pergunta:
- Do que é que a senhora está falando?
Sentando no sofá, ela diz:
- Há 30 anos atrás, não tinha outro assunto a ser comentado por todos a não ser sobre os Deuses do Caos. A luta deles só durou alguns minutos, mas foi o suficiente para causar incontáveis mortes e destruição de estados e cidades em todo o lugar desta terra que você pode imaginar. Após essa luta, eles desapareceram e com o passar dos anos a humanidade foi esquecendo aos poucos da ameaça que eles foram. Havíamos colocado na cabeça que nada assim voltaria a acontecer e que não era necessário passar esse evento para as gerações futuras. Queríamos evitar que o medo de algo assim voltar a acontecer tomasse conta da humanidade. Esse foi o nosso erro.
Valmon fica pensativo enquanto olha para sua mãe.
- Modu não me disse nada sobre isso. Por que esconder isso de mim? - Disse Valmon em pensamento.
- A senhora disse que está acontecendo de novo. Quer dizer que eles voltaram?
- Veja você mesmo.
A mãe de Valmon aumenta o volume da televisão onde o jornal estava falando sobre um assunto urgente.
“A Nasa está preocupada com o ocorrido de ontem no espaço. Para aqueles que não sabem, parece que os mesmos seres que apareceram na terra há 30 anos atrás voltaram para causar mais destruição e morte. Recebemos algumas imagens de um dos satélites da Nasa e se vê claramente um garoto usando algum tipo de traje azul voando para cima e depois de alguns minutos caindo de volta em direção a terra” - Diz o Apresentador do Jornal.
Assim que a mãe de Valmon vê o rosto do seu filho na televisão, ela simplesmente não acreditou no que seus olhos estavam vendo.
- Que?! Que merda é essa, Valmon?! É uma brincadeira sua?! Isso não faz sentido...!
- Mãe, eu posso explicar. A senhora só precisa confiar em mim, tudo bem? Não fiz aquilo de propósito.
- Então quer dizer que você realmente fez isso?! Eu não entendo... Desde quando você tem poderes?! Qual sua relação com esses seres?!
- A senhora poderia falar um pouco mais baixo? Assim os vizinhos vão escutar.
- Eu não me importo se eles vão escutar ou não. Quero que me responda, agora!
- Se me permite, eu gostaria de explicar no lugar dele.
Uma terceira voz é ouvida naquela sala. Valmon e sua mãe se viram em direção a voz e avistam Modu deitado no sofá com as duas mãos atrás da cabeça.
- É uma prazer reencontrá-la novamente, Ana.
Ana da dois passos para trás enquanto se coloca na frente de Valmon a medida que diz:
- Como conseguiu entrar aqui e de onde me conhece?!
- Te conheço desde a sua infância, Ana. Sempre estive ao seu lado. Quando seu pai morreu, eu estive com você para te consola.
Modu se levanta do sofá e caminha lentamente na direção dos dois.
- Eu não sei quem te contou isso, mas com toda certeza eu não conheço você!
- Como eu havia dito, meu nome é Modu. Sou um desses deuses que causou a destruição e as mortes na terra.
Ao ouvir isso, Ana rapidamente segura a mão de Valmon e corre com ele para a cozinha. Logo em seguida, ela pega uma faça que estava na gaveta de talheres e aponta na direção de Modu que ainda estava na sala e começa a caminhar em direção a cozinha.
- Melhor se afastar de mim e do meu filho!
- Mãe, está tudo bem! Modu não vai nos machucar. Ele até me ajudou bastante consertando a lua que eu acabei quebrando.
- Você fez o que?!
- Seu filho é a reencarnação de algum deus antigo. No entanto, os poderes dele só despertaram agora. Para ele não ter lembranças de sua vida anterior, acredito que ele tenha usado a habilidade de reencarnar enquanto estava em suas últimas reservas de poder. Esse é uma das consequências em usar a reencarnação da maneira errada.
- Isso é sério? - Pergunta Valmon.
- É claro. Isso pode acontecer com qualquer um.
- Valmon! Pare de falar com esse demônio! Ele está querendo corromper você!
- Ana, eu fui um dos culpados pelas mortes e destruição no passado, eu assumo isso. Mas nós estávamos tentando proteger a terra da escuridão.
- Escuridão? - Pergunta Valmon.
- Sim. Eu e o Levi conseguimos aprisionar essa escuridão em uma dimensão isolada do mundo onde não existe meios de saída. Mas infelizmente Levi morreu como resultado da difícil luta. Só que antes de ir, ele passou sua função para uma garota humana muito próxima dele.
- Você não me disse nada sobre existir uma garota humana que também tem poderes assim como eu.
- Não achei que fosse relevante dizer naquele momento. Inclusive, ela não está aqui na terra também.
Ana continua apontando a faca na direção de Modu e assim que ele estende sua mão na direção dela, Ana imediatamente tenta esfaquea-lo. Mas como esperado, a faca não penetra a mão de Modu e entorta.
- Ana, não estou aqui para matar ninguém. Quero esclarecer suas dúvidas.
- Então eu quero uma prova de que está falando a verdade.
Modu toca na testa de Ana onde a mesma emite um brilho verde em seus olhos. Lembranças desconhecidas começam a aparecer na mente dela. Lembranças de um amigo de infância que sempre esteve ao seu lado.
- Por que...?
Lágrimas começam a escorrer dos olhos de Ana a medida que Modu olha para ela com uma expressão triste.
- Eu tive meus motivos...
- E quais foram esses motivos, Modu?! O que te fez querer apagar minha infância com você?!
- Olha, depois te explico tudo, mas agora temos coisas mais importantes a discutir.
- Não. Acho que você deveria primeiro dar uma explicação a minha mãe - Disse Valmon que olha para Modu com uma expressão séria.
- Você não entende. Os vizinhos já ligaram para a polícia e eles estão vindo atrás de você, Valmon. Agora você é visto como uma ameaça para a humanidade depois daquela transmissão - Disse Modu a medida que aponta para a televisão.
- Isso é um problema. E se eu apagar meu rosto da mente de todas as pessoas que me viram? Talvez isso resolveria o problema, né?
- Não exatamente. Seu rosto ainda poderá ser encontrado em páginas e sites da internet. Sem falar que são bilhões de pessoas. Essa notícia com certeza deve estar em todos os cantos já que foi uma catástrofe global na época.
- Acha que ele não consegue fazer isso? - Pergunta Ana.
- Não é questão de achar ou não. Só estou dizendo que não é uma boa ideia. Ele é capaz? Claro que é. Só que isso pode atrair mais problemas no futuro.
- E qual é a sua sugestão? Meu filho ser visto por todos como um demônio?!
- Minha sugestão é que nós deveríamos mostrar para todos que estamos do mesmo lado. Também seria bom formar uma equipe de defensores para proteger a terra. Só para que nenhuma tragédia como aquela de 30 anos atrás volte a acontecer.
- Gostei da sugestão! E a equipe será formada apenas por nós dois ou a garota que você mencionou também vai participar?
- Tentarei me comunicar com ela, mas é pouco provável que aceite tão facilmente. É mais fácil que a Kiruta Hagayomi aceite.
- Kiruta Hagayomi? Parece nome japonês - Disse Valmon.
- É um nome japonês e ela é japonesa.
- É sério?! Que irado! Sempre quis conhecer uma pessoa japonesa!
- Sério? Algum motivo especial?
- Você assiste animes?
Modu fica confuso com a pergunta de Valmon.
- O que é um anime?
Valmon fica calado por alguns segundos enquanto olha para Modu com um olhar vazio.
- Enfim, eu quero muito conhecer uma pessoa do Japão pessoalmente.
- Eu não entendi o que uma coisa tem haver com a outra, mas tudo bem. Vamos lá.
- De jeito nenhum! Valmon não vai para o Japão! - Disse Ana.
- Mãe!
- Sem insistência, Valmon! Você não vai e pronto!
- Deixa de ser rabugenta! Vamos lá, Valmon.
- Ei--!
Antes que pudesse falar qualquer coisa, Modu e Valmon são teleportados dali e aparecem instantaneamente dentro de uma casa tradicional japonesa.
- Minha mãe vai me matar depois que eu voltar, mas com certeza valeu a pena! Estou no Japão! Melhor ainda, em uma casa japonesa! O que estamos esperando?! Vamos conhecer a cidade e--
Valmon começa a andar em direção a cozinha da casa, mas é segurado no ombro por Modu que diz:
- Você é algum explorador por acaso, garoto? Não foi para isso que eu te trouxe aqui. Podemos fazer isso uma outra horo.
- Fala de minha mãe mas também é um pé no saco.
- Do que você está reclamando? Estamos na casa da Kiruta que uma garota japonesa, então isso conta, não é?
- O que faz aqui?
De repente, uma voz feminina é ouvida por Modu e Valmon.
Uma garota japonesa de cabelos longos e pretos, olhos azuis e vestindo um pijama de kung fuu aparece no meio da sala que fica entre a cozinha e o quarto da casa. Ela não parecia estar nada contente com a presença dos dois ali. Quanto a isso, Modu apenas sorri e retira sua mão do ombro de Valmon enquanto caminha na direção da garota.
- Já faz muito tempo que não nos vemos não é, Kiruta?
- E desde quando 3 dias é muito tempo?
- Disse Kiruta que olha sério para Modu a medida que cruza dos braços.
Ao ver Kiruta pessoalmente, Valmon fica surpreso e começa a ficar agitado.
- Espera, essa é a Kiruta que você falou e ela fala meu idioma?! Isso ta melhor do que eu pensei! Por favor, me deixa te dar um abraço!
Valmon anda na direção da garota de braços abertos e com um sorriso no rosto na intenção de abraçá-la. O que ele não sabia é que Kiruta odeia abraços.
Evitando facilmente o abraço de Valmon, Kiruta desfere um cruzado de direito em seu queixo que o faz atravessar o teto da casa e voar para acima das nuvens.
Kiruta recompôs sua postura e voltou seu olhar para Modu que estava olhando para o buraco no teto.
- Esse idiota aí é seu amigo?
- É sim. E pelo visto vocês vão se dar muito bem.
E então? - Pergunta Kiruta.
- E então o quê?
- Quero saber por que está aqui. Sempre que aparece é confusão na certa.
- Você sempre precisa ser tão cruel assim comigo? Eu tenho sentimentos, sabia?
- Aliás, você vai ter que pagar pelo meu teto.
- Você quem causa o buraco e eu que pago a conta? Que injusto.
Um som alto é ouvido pelos dois vindo do céu, e de lá, Valmon aparece descendo o buraco no teto sem nenhum sinal de danos ao seu corpo ou traje.
- Quebrando a barreira do som. Parabéns, Valmon! - Disse Modu.
- Obrigado. Também peguei o jeito de voar.
- Então você ainda está engatinhando? Que fofo - Disse Kiruta.
- Engatinhando?
- Não liga para ela não, Valmon. É uma exibida. Se acha a mais rápida que existe.
- É você sabe que não estou errada em pensar assim - Disse Kiruta enquanto esboça um sorriso.
- Aquele soco foi muito forte. Por mais que eu não tenha sentido nada, deu para perceber que você não é fraca.
- Não precisa me dizer o óbvio - Disse Kiruta.
- Me desculpe por tentar abraça-la de repente daquele jeito. Acho que me empolguei. Seu nome é Kiruta, né?
- Isso já não ficou claro? Modu acabou de me chamar por esse nome.
- Você é grossa, hein?!
- Pega leve com ele, Kiruta. Vocês vão se ver com muita frequência.
- E por quê diz isso? - Pergunta Kiruta.
- Vou recrutar você para nosso time de--
- Me recuso. Agora se me derem licença, tenho que resolver um assunto importante. E tratem de concertar o meu teto antes de saírem!
Kiruta desaparece da frente dos dois tão rápido que apenas seu vulto é visto por eles.
- Estou vendo. Com toda certeza ela é a mais fácil de aceitar a participar da nossa equipe - Disse Valmon.
- Vai debochar de mim agora? Ela só está se fazendo de difícil. Valmon, vai atrás dela, garoto!
- Disse Modu a medida que aponta o dedo na direção da porta de saída da casa.
- Pode deixar! Espera aí, ta achando que sou cachorro?!
- Relaxa! Foi só uma brincadeira. Mas é sério, poderia ir atrás dela?
Valmon olha para Modu com uma expressão séria por um instante, mas logo concorda.
- Tudo bem.
Valmon sai da casa voando através do buraco no telhado e avista Kiruta subindo o Monte Fuji em super velocidade com sua visão aguçada.
- Espera, ela mora perto de um vulcão? Que coragem. O que ela está tramando? - Disse Valmon em pensamento.
Valmon voa na direção a Kiruta em super velocidade.
A velocidade de Valmon vai aumentando mais e mais a cada instante. Ele está voando em uma velocidade tão elevada que em sua percepção tudo está parado no tempo. No entanto, Kiruta novamente surpreende Valmon mais uma vez. Onde assim que o mesmo chega perto o suficiente dela, ela rapidamente se vira para trás e desfere um chute para cima e acerta o pescoço de Valmon.
O impacto do chute foi poderoso o suficiente para criar uma forte explosão de ar que foram acompanhados por ondas de choque que percorreram todo o Monte Fuji e estava se direcionando as três cidades próximas do mesmo, porém, antes que as ondas de choque chegassem as cidades de Gotemba, Fuji-Yoshida e Fujinomiya, Modu aparece na frente da onda de choque que em sua percepção estavam em câmera lenta e com apenas um único estalar de dedos, essa pressão de desfaz completamente.
- Kiruta! - Disse Modu que começa a levitar e voa na direção da explosão de vento onde a poeira começa a baixa.
Ao chegar lá, Modu vê Kiruta saindo de uma enorme cratera feita no pé do vulcão com um único salto.
Olhando para Modu com uma expressão séria, Kiruta diz:
- Eu sabia que você tentaria me seguir!
- Não precisava exagerar, né? Você deveria me agradecer. Se não fosse por mim sua casa viraria entulho e todas as pessoas das cidades próximas iriam morrer. Se eu não te conhecesse bem diria que é um psicopata maluca.
- Achou aquilo exagerado? Você ainda não viu nada. Eu disse que não queria, não disse?! Aquele muleque não deveria ter te escutado.
- E onde ele está agora?
- Foi dar uma volta.
- Você precisa parar de ser tão estressada, sabia? O que vamos fazer se o garoto estiver morto depois dessa?
- O problema é seu! Ninguém mandou você ser tão burro ao ponto de mandar um aluno fraco pra cima de mim!
- Eu sou fraco?
Kiruta e Modu ouvem a voz de Valmon ao lado deles que estava em pé como se nada tivesse acontecido.
Kiruta fica surpresa e pergunta:
- Ainda está vivo?!
- Achou que eu fosse morrer com aquele chute? Não me subestime.
- Interessante... Parece que você não é tão fraco assim.
- Devo levar isso como um elogio?
- Esse é o trunfo dele, Kiruta. Ele tem uma resistência avassaladora. Mesmo com seu poder reduzido em 90 barreiras psíquicas, parece que nem mesmo você consegue feri-lo.
- Isso quer dizer que ele está apenas com dez por cento de sua resistência natural?
- É isso aí — Disse Modu.
- Isso é incrível...!
Kiruta observa o corpo de Valmon de cima para baixo atentamente.
- Vejo que você se interessou pelo corpo do Valmon.
Valmon fica vermelha assim que Modu diz isso enquanto Kiruta continua olhando para Valmon com a mesma expressão de surpresa.
- Você só fala besteira, sabia? E qual é dessa roupa dele? Não vai me dizer que é um cosplay.
- Esse é meu traje de combate - Responde Valmon.
- Por acaso você veio aqui na intenção de lutar? Coloca uma roupa normal.
- Olha quem fala. A garota do pijama indestrutível - Disse Modu.
- Diferente dele eu estava em combate a poucos minutos atrás.
- Tudo bem. Podemos voltar ao que interessa? - Pergunta Modu.
- Tudo bem, eu aceito - Disse Kiruta.
É sério?! - Perguntam Modu e Valmon.
- Na verdade, eu pretendo entrar se você concordar com algumas condições que tenho.
- E lá vamos nós... - Disse Modu.
- Se não quiser escutar, tudo bem. Me recuso a entrar na equipe.
- Fala logo quais são suas condições.
- Sempre que houver morte de alguma pessoa no Japão, quero que vocês usem seus poderes para trazê-las de volta. Essa é minha primeira condição. A segunda é trazer meus pais de volta a vida.
- Não e não - Disse Modu.
Depois dessa resposta, o silêncio toma conta do local enquanto uma brisa suave passa por eles ao iluminar da lua no céu noturno.
Kiruta fica irritada com a resposta de Modu e logo responde:
- E porque não?! Superestimei a capacidade de vocês?!
- Você é doida, né? Se fizermos isso a morte vai vir atrás da gente. Tipo, literalmente - Disse Modu.
- A Morte? - Pergunta Kiruta.
- Ele está certo. Morte virá atrás da gente se fizermos isso. Eu sei disso pois já conversei com ela.
Modu fica surpreso com a resposta de Valmon.
- Conversou com a morte?! Você é mais louco que essa garota.
- Então não tem como vocês conseguirem isso?
- Se você quiser morrer no lugar deles voltarem, mete bronca. Ou você acha que a morte não vai vir atrás de você também assim que descobrir de quem foi essa brilhante ideia - Disse Modu.
- Mais espera, Valmon conversou com ela, né?
- Ela ou ele? - Pergunta Modu.
- A voz é masculino. Então deve ser homem - Disse Valmon.
- E Morte tem gênero? - Pergunta Modu.
- Só quero dizer que se isso for verdade, significa que talvez ele consiga convencer ela ou ele a nos deixar pegar algumas almas do seu reino.
Isso seria desobedecer ao seu propósito existêncial. Melhor tirar o cavalinho da chuva - Disse Modu
- Eu até poderia conversar, mas não adiantaria de nada, Kiruta. Morte já me deixou avisado que se eu voltasse a tentar trazer uma alma de volta ao mundo, ele iria levar a minha no lugar. Tudo bem que criamos um tipo de amizade incomum, mas duvido que ele volte com sua palavra.
- Que amizade, hein? - Disse Modu.
- E se fizermos um acordo? Seva gente vencer, poderemos ao menos trazer meus pais de volta a vida.
- Vamos supor que Morte aceite esse acordo. O que acontece se a gente perder? - Pergunta Valmon.
- Suas almas pertencerão a mim.
Uma voz sombria é ouvida pelos três vindo de trás deles. Ao se virarem para trás, os três vêem Morte segurando sua foice de ossos enquanto uma fumaça negra começa a se espalhar pelo solo em sua volta.
- Essa será minha única condição para esse acordo. E então, vamos brincar um pouco?
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