Entre Flores E Espadas
O estranho
As asas bateram mas rápido que o vento em meio a tempestade. Seu instinto de salvamento angelical estava ativado fazendo seus olhos se moverem tão rápido como raios.
Anion
Onde está! ( Grito )
Um sussuro quase inaudível foi proferido em socorro, o suficiente para Anion localizá-lo.
Nazad
Me deixe em paz (suspiro), eu não fiz nada.
Anion
Está ferido, não se mecha! Vou chamar ajuda.
Anion
Matar? Está delirando, quem cortou suas asas!?
Havia terror nos olhos angelicais de Anion, o garoto encontrado não possuía asas, e se arrastava pelo chão tentando se afastar dele.
Nazad
Não se faça de bobo, me deixe em paz! É um anjo, vocês deveriam ter um pingo de misericórdia.
Anion
Está fora de si, não se mecha seu braço está sangrando.
O garoto sangrando desmaiou, Anion o ajeitou em seus braços levantando vôo para cima da montanha onde ficava sou casa.
Acordado
Sobre a cama bem ajeitada o estranho ferido começava a mostrar sinais de que acordava sem Anion perceber. O anjo havia colocado ataduras sobre suas feridas e deixado um prato de ervas medicinas próximas para que absorvesse o aroma benefício.
Nazad
" Como eu vim parar aqui?"
Nazad notou o aroma adocicado que o fazia ficar sonolento.
Nazad
" Isso é algum tipo de veneno? Acho que não, isso também não parece uma prisão. Onde está aquele garoto pálido?
Anion entrou abrindo a porta com cuidado para não acordar o paciente.
Trazia consigo uma variedade de frutas em um cesto muito bem trançado.
Anion
" Ele pareceu com medo de mim, não vou acorda-lo, prefiro que se sinta seguro e melhor antes de tentar contato novamente. Não tiro a razão dele, perder as azas deve ser a coisa mais horrível que pode acontecer, e ele é tão jovem."
Anion esfregou suas mãos uma na outra fazendo elas ficarem com uma luz levemente azul e quente. A luz de cura, um dom que ele não dominava muito bem mas mesmo assim tentava usar. Ele aproximou-se lentamente do ferido com as mãos estendidas.
Nazad
Vai me dar choques agora?
Anion
Não vai doer, não dominei bem mas vai funcionar.
Os olhos de Nazad se arregalaram, mesmo não confiando em anjos, era incapaz de acreditar que aquele garoto seria capaz de levá-lo até lá só para mata-lo. Seria mais fácil na floresta.
Anion
Por que eu faria algo assim? É meu dom de cura, vai ajudar a cicatrizar suas feridas.
Nazad
E por que você me ajudaria?
Anion
Porque o meu instinto fez com que eu o encontrasse.
Inimigos
Nazad cedeu sua confiança a Anion que encostou suas tranquilas mãos sobre um corte em sua mão.
O estranho fechou os olhos de leve com a sensação boa e quando abriu os olhos o corte estava fechado e o anjo aparentemente exausto.
A voz de Anion era pacifica e atenciosa, quase como se convidasse as pessoas a falar.
Nazad
Você deveria me odiar.
Anion
Ódio é um sentimento muito corrosivo e maléfico, dizem que pode levar seres a cometerem atrocidades. Não entendo porque devia odia-lo.
Nazad
Você pensou que eu tivesse perdido as asas.
Anion não queria falar sobre isso. Era muita maldade cortar as asas de um anjo e também era uma das penas mais horríveis a serem cumpridas. Mas não era aplicada a mais de duas décadas.
Nazad
E se eu não tivesse asas?
Anion se mostrou surpreso com a revelação.
Anion
Como poderia ir de um lugar ao outro?
Nazad
Do lugar de onde eu venho não precisamos voar.
Anion
Ilhas com nuvens densas são normais, existem algumas que até mesmo frutas nascem. Então você veio de longe?
Nazad
Não existem nuvens de onde eu vim.
Anion começou a ficar nervoso. Talvez aquele anjo fosse criado na terra, por mais que lá eles fossem constantemente confrontados.
Nazad
De onde eu vim, seres como você são inimigos.
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