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Renascendo... (Cancelada, por enquanto)

Um mar violento.

Tudo na minha volta parece um mar, um mar barulhento e muito violento. Com ondas enormes e que matam quaisquer ser vivo que se aproximar demais. Tudo isso dói-me. Eu estou nesse mar deste que eu me entendo por gente. Ele está a tentar matar-me. O meu inconsciente diz para eu fugir e sai desse mar agressivo e assassino, eu estou tentando, MAS o meu corpo não me obedece.

Estou a morrer, alguém ajude-me, por favor.

NINGUÉM me escuta, ninguém me AJUDA.

Ninguém liga para uma simples bastarda analfabeta e feia. O meu corpo torturado pelas ondas violentas da vida, está repleto de cicatrizes horríveis.

Por que tudo e todos ao meu redor quer a minha morte? Por que ninguém me ama? Por que tudo isso? Quando essas ondas vão matar-me de uma vez por todas e tirar esse sofrimento de mim? Não há respostas para as minhas simples perguntas.

Estou a enlouquecer? Sim, eu estou. A sensação das chicotadas, lâminas e tudo mais, que era pra doer me até a alma... não é de dor. Eu não grito mais. Os gritos foram substituídos por risadas estranhas e altas. Os meus olhos não brilham e o meu choro é sem motivo algum. Pareço que não tenho mais motivos para chorar. Me acostumei com esse mar violento. Ele não me assusta mais. Ele não me assusta mais.

Eu já tentei nadar para longe do mar aberto, mas a correnteza não me permite tal coisa. Então, não há escapatória, eu apenas tive que me acostumar. O meu fim será aqui, nessa masmorra, nesse lugar sujo e nojento. O meu corpo será jogado em um canto e eles vão deixá-lo lá, apodrecendo e sendo comido pelos enormes e monstruosos ratos. NÃO ME IMPORTO MAIS, apenas esperarei a minha morte, esperarei o meu sofrimento acabar. Apenas esperarei a minha história terminar com um Adeus a tudo isso.

Eu chamo-me Alecsandra Madeleine ou apenas Line, se os senhores preferirem. Tenho, creio eu, 20 anos. Não tenho muito o que contar de mim, porque já já os senhores saberão a minha história, vão saber do início ao fim. Eu não quero que sintam pena ou que chorem por mim. Eu, Alecsandra Madeleine, não aceito tal façanha.

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Uma pobre alma vagava por uma floresta obscura, as árvores pareciam mortas, sem folhas e negras como a noite. Os corvos faziam um barulho insuportável e irritante. Ela não parava de correr. Ela não pode parar de correr. Eles a perseguem. Ela, com os seus demônios e mente conturbada pelo passado, estava tão cansada, mas ela não parava nem para respirar.

A noite caia e ela corria. Os pássaros da morte, esperavam o momento da sua morte, para se alimentarem. Quem era essa pobre alma? Por que corria tanto, sendo que nem seguida ela estava sendo? Simplesmente, as perguntas só serão respondidas ao decorrer da história. Mesmo que tudo se acabe, será que ela continuará correndo, sem rumo? Não se sabe ainda, será que um dia vamos saber?

Uma bastarda.

01/01/1203

Um homem nobre, cavalgava com os seus amigos por uma linda Aldeia de classe pobre. Eles debochavam, desprezavam e riam dos plebeus que por ali moravam. Todos eles eram nojentos, esnobes e medíocres. Um bando de egocêntricos, insuportáveis e burros. Ah, eles eram pior que burros, eram dementes e sem coração.

Esse nobre se chamava Mathel Drummond. Ele era General do exército real do reino Meliard e também Duque. Tinha longos cabelos castanhos escuros, uma barba rala, e um corpo clássico, cintura fina e ombros largos. Os seus olhos eram negros como a noite, não havia ser mais cruel.

Mathel tinha três filhos, duas meninas, Serafina e Gisela, duas mimadas que queriam tudo quando pedissem no minuto seguinte, e um rapaz, Mathias, o herdeiro de Mathel, ele era agressivo e tão cruel quanto o pai. Mathel era casado com Graziela, uma mulher vaidosa, egocêntrica, demente e corna. Sim, corna. Mathel traia ela com qualquer rabo de saia que via pela frente e ela, uma burra em forma de mulher, não desconfiava de nada.

Mathel olhava em volta, creio que estava a procura de mais uma mulher para a sua lista infinita.

Ele congelou, quando viu um ser perfeito e tão belo quanto um topázio. A sua pele morena escura, brilhava com o suo, os seus cabelos negros e encaracolados batiam no meio das suas costas, os seus olhos eram comparados com dois lindos topázios, eram âmbares. Ela tinha corpo magro, várias curvas pelo seu maravilhoso corpo e seios fartos. Tudo aquilo fizeram Mathel se encantar pela aquela linda Jovem, o seu nome era Helena. Ela também se encantou por ele, aliás, ela apaixonou-se por ele.

Começaram a ter um caso. Ele a tratava com puro carinho, mas com o tempo Mathel foi a mostrar a sua verdadeira face. Começou a agredi-la, a violentar a pobre e apaixonada Helena. Um dia, Helena contou a ele que estava grávida. Mathel ficou repleto de ódio. Só não tirou a criança do ventre dela, porque Helena já estava de cinco meses. Ele a aprisionou por quatro meses, quando a criança nasceu, ele tomou ódio da criança e a jogou nas mãos de um dos seus escravos. Helena entrou em desespero e o seu coração encheu-se de tristeza e isso a levou a óbito. A raiva de Mathel cresceu ainda mais.

Quando a menina, de nome Madeleine, fez exatos cinco anos, Mathel olhou para ela pela primeira vez. Madeleine era idêntica a Helena, a fúria o consumiu e ele espancou a pobre criança na frente de todos os servos. Graziela descobriu tudo, uma de suas servas contou-lhe. Ela exigiu que Madeleine fosse jogada no calabouço da mansão do Duque e assim Mathel fez. Madeleine sofria dia e noite. Passava dias e até semanas sem comer nada, dormia no chão duro, sujo e frio do calabouço. Ninguém tinha pena dela, ninguém a ajudava, apenas a desprezava e humilhava mais e mais. Com 15 anos, o seu meio-irmão, Mathias, foi até o calabouço.

Os olhos negros de Mathias faziam a Madeleine tremer e sentir um frio na espinha. Ele entrou na sua cela e sorrio, olhando para ela, para o corpo dela. Mathias se aproximou e a Madeleine dava passos para trás, trêmula.

Ela não imagina que aquele seria o pior dia da sua vida. Até acontecer. Nos dias seguintes, cenas daquele abuso vieram com tudo na sua cabeça. Ela se via gritando para parar, ela se via imobilizada pelos poderes de Mathias. Madeleine sentiu-se suja, ela não queria mais viver. Os seus demônios se multiplicavam e a atormentavam cada vez mais. Depois de Mathias, vários outros homens de empregados à escravos a procuravam para violentar ela. Não havia ser mais sofrido e sem esperança comparado a ela.

08/06/1224

-- Aquela bastarda nojenta e analfabeta tem que ser morta, Mathel.

Diz Graziela, furiosa. Mathel suspira fundo. Apesar de ser infiel, sempre satisfazia os desejos da sua esposa corna.

-- Graziela, já providenciei tudo. Não me atormente mais.

-- Quero que vários nobres constatem a morte dela. Só assim a minha honra será purificada novamente.

-- Eu já entendi, Graziela. Basta.

-- Ohhhh, meu bem.

Graziela se aproxima de Mathel e põe as mãos nos seus ombros, depois acaricia o seu pescoço.

-- O senhor nunca mais me procurou. Pergunto-me o porquê dessa distância que o senhor impôs entre mim e o senhor.

Mathel se sente enojado. Tinha mil motivos para ele não amar a esposa.

Esses são os principais motivos:

Primeiro: Ela era feia.

Segundo: Ele casou-se com ela, devido à herança que o avô de Graziela deixou para ela.

Terceiro: Ela tinha uma voz irritante que Mathel não suportava ouvir.

Entre muitos outros.

-- Ah minha amada Graziela, eu tenho muito trabalho para fazer. Eu tento dar do bom e do melhor para você e para os nossos filhos. Não tenho tempo.

Graziela já estava convencida. Ela põe a cabeça no peito de Mathias e sorri, sentindo o seu cheiro. Graziela o amava cegamente e Mathel se aproveitava disso.

Não irei morrer, sem lutar.

10/06/1224

Madeleine Narrando.

Sabe aquele sentimento... de que algo está prestes a acontecer?

Então, estou a pressentiar algo e não é coisa boa, não.

Eu sento-me no chão frio da minha cela. Olho ao redor. Escuto vozes e passos. E um tremor toma conta do meu corpo. Mathias aparece e o meu coração acelera na hora.

Por favor, que não seja aquilo de novo.

-- Oi, minha linda meia-irmã bastarda.

Ele sorri ao ver que eu estou muito assustada. Mathias e Mathel parecem amar ver-me como um bicho acuado e machucado.

-- Levem na para o campo e preparem tudo. A quero em meia hora lá.

Ele se vira para mim e diz:

-- É uma pena constatar uma beleza dessa virar carne viva.

Depois de dizer essas palavras, Mathias sai do calabouço, rindo.

O que ele quis dizer com isso? Eu não faço a mínima ideia.

A minha cela é aberta e um dos guardas me pega pelo braço e sai-me puxando da cela até as escadas.

O que está a acontecer? Estou com medo e esse pressentimento de que algo mau vai acontecer comigo só cresce cada vez mais. Parece que estou a ser levada para forca.

Pouco depois, chegamos ao campo e vejo muitas pessoas com vestimentas de luxo e bem feitas. Espera, são nobres. Os guardas me jogam no chão, de frente a eles. Mathias, Mathel, Graziela, Gisela e Serafina. A Família que deviam me amar, mas não me amam, eles me odeiam. Sinto uma queimação nas costas, e estremeço. Não irei gritar e alimentar a diversão deles em me ver sofrendo. Seguro a grama, com as mãos em formas de punho. Não irei gritar. Não posso.

-- Que comece a execução.

Escutar essas palavras saindo da boca do meu próprio pai, o homem que devia-me amar, fez o meu coração escurecer, doer, rachar e logo se quebrar em mil pedaços. Os meus olhos ficam marejados, e logo as lágrimas molham as minhas bochechas. E chego a uma conclusão.

Se é para eu morrer, eu vou morrer a lutar bravamente, até eu não conseguir mais, até os meus olhos escurecerem e eu ver o caminho da morte.

Me ajoelho e sinto duas chicotadas nas costas. Chicotes com espinhos. Sinto a minha carne rasgando e abafo o grito mordendo o lábio, o ferindo. Sinto o gosto de sangue na minha boca. Sinto mais e mais chicotadas, uma atrás da outra. Não sinto o meu braço esquerdo. Olho para ele e vejo apenas... um nada. Apenas uma poça de sangue na grama.

SE EU VOU MORRER, EU VOU LUTAR. LUTAR MUITO, ATÉ EU NÃO CONSEGUIR MAIS.

Com a ajuda do meu outro braço, eu levanto-me, com as pernas trêmulas. Dou uns passos, cambaleando. Eu sorrio, mesmo com o enorme corte no meu rosto. Olho ao redor. E olho para o céu, nublado.

-- Mesmo que seja o fim agora. O inferno se paga na terra. E vingança é algo que se paga uma hora ou outra, quando a pessoa menos esperar. A pressa é inimiga da perfeição. E eu não tenho pressa.

Dou uns passos em direção ao penhasco que há em um dos lados da mansão do Duque Mathel. Fico na ponta. Me viro e o olho.

-- Eu sinto muito por você, Duque Mathel. A sua hora vai chegar. A hora de todos vocês vai chegar. Isso não é uma ameaça, é um aviso.

Dou um passo para trás e sinto o meu corpo caindo. Fecho os olhos e deixo uma única e última lágrima caí. Esse é o meu fim. Sinto que a minha morte está vindo em câmera lenta, solto o meu último suspira e deixo o breu consumir-me.

Nada mais importa. O que importa é a VINGANÇA que a minha alma vai fazer? Sim.

Irei massacrar todos que me fizeram mau. Rezo para que a minha próxima vida seja completamente diferente dessa. E ela vai ser. Eu aprendi a voar e nenhuma queda vou sofrer no futuro.

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