E os lábios carnudos de Bonnie estavam preparados para sentir a boca de seu marido, mas Jordan não parecia muito interessado. Claro que o dia tinha sido cansativo em seu trabalho, havia sido até o tema na hora do jantar. Bonnie como toda esposa dedicada, havia preparado o prato preferido dele, risoto com almôndegas ao molho sugo. Um vinho tinto acompanhou, adoçando o paladar do casal, finalizando com maestria todo o trabalho dedicado da mulher.
Ouvir o desabafo de Jordan, que reclamava veementemente de seu chefe, não era nada demais para Bonnie. Ela sabia que tinha que ser o ponto de equilíbrio, ainda mais quando sentia que o trabalho de alguma forma estava afetando a vida sexual do casal. Havia descoberto que estresse e tensão não eram as combinações ideais para seu marido e que no fim da noite, a única coisa que conseguiria era ouvir os roncos ensurdecedores de Jordan.
Mas disposta a não deixar o trabalho que teve ser em vão, vestindo uma bela lingerie vermelha, totalmente depilada da cintura aos pés, merecia um agrado e carícias do marido. Estava disposta a quebrar a rotina agridoce a qual estava presa. Então ao perceber que seus lábios não teriam os de seu marido, ela resolveu agir.
— Amor. Não vai querer a sobremesa? — Sua voz soava sexy.
— Agora que você me avisa, Bonnie? Deixa pra amanhã.
— Estou falando de outro tipo de sobremesa. — A voz da mulher era cheia de intenções.
— Como assim? Qual outra sobremesa?
— Um pêssego muito saboroso.
— Você sabe que não gosto muito de pêssego.
— Estou falando desse pêssego aqui. — Bonnie pega a mão de seu marido e a coloca no meio de suas pernas. — Viu como está quente?
— Esse pêssego eu gosto. — Jordan pela primeira vez sorri.
— Não parece. Você já estava preparado para dormir.
— Você sabe, Bon. Muito estresse no trabalho. Realmente não tive cabeça para isso.
— Eu sei. Por isso quero relaxar você, assim você irá acordar bem disposto amanhã. — Bonnie passava a mão no peito de seu marido.
— Gostei dessa ideia. E como você fará isso?
— Relaxe e deixe meus lábios lhe mostrarem.
Bonnie se curvou em direção a boca dele e suavemente começou a beijar seus lábios. Era um beijo suave e molhado que com o passar dos segundos foi se tornando mais quente e mais molhado. Não demorou muito para que as mãos de Jordan começassem a tocar o corpo de sua esposa, principalmente na cintura. O que fazia Bonnie beijá-lo ainda mais.
— Estou sentindo tanto a falta disso.
— Disso o que? — Perguntou Jordan interrompendo sua mão boba que seguia o caminho entre as pernas de sua esposa.
— De nós assim, disso tudo.
— Eu também, mas já falamos sobre isso e…
— Cala a boca e me beija logo, Jordan.
Fazendo inicialmente um olhar de surpresa pela expressão de sua esposa, Jordan fez o que ela mandou e beijou sua boca, dando continuidade a sua mão boba que agora podia sentir como estava quente e úmido sobre a calcinha de sua esposa. Fazendo pequenos gestos de contorção, Bonnie beijava ininterruptamente a boca do seu parceiro intercalando com pequenas mordidas nos lábios. Seu olhar de desejo mostrava o quanto ansiava por aquele momento. Suas partes íntimas estavam completamente molhadas e a cada dedada de seu marido, ela soltava um pequeno gemido.
Se havia uma coisa que Bonnie gostava e muito, era das preliminares. Então gentilmente ela mostrava o caminho ao seu marido, fazendo sua boca e língua deslizarem pelo seu queixo até chegarem aos seus seios, esses que como forma de boas vindas, estavam duros e prontos para sentirem a boca do homem, o que ele não demorou a fazer. Despindo a parte de cima da lingerie e a jogando longe da cama, Jordan calmamente começou a massagear os generosos seios rosados de sua mulher. Sua boca parecia um pequeno barco num oceano insaciável de desejo e tesão.
Enquanto Jordan literalmente mamava os seios dela, Bonnie colocou a mão direita dentro de sua calcinha e começou a se tocar. O mel que escorria deslizava entre seus dedos e seu clitóris. Ela desejava mais e percebendo que seu marido demoraria para seguir o caminho natural do prazer, novamente ela mostrou o caminho, fazendo Jordan descer com sua língua pela sua barriga. Esse sentimento a fazia se excitar mais e a cada centímetro que se aproximava do meio de suas pernas, mais molhada e com tesão ela ficava.
Quando finalmente Jordan alcançou o clitóris, começou delicadamente a massageá-lo, lambendo para cima e revezando com pequenas sucções que causavam pequenos espasmos na mulher. Ficando cada vez mais quente, ela sentia a língua penetra-la e assim soltou gemidos mais altos. Segurando o cabelo de Jordan, ela empurrava em direção de sua vagina mostrando a intensidade que queria.
— Não para, amor. Vai! Mais rápido. Quero gozar!
Sua voz saia ofegante. E um calor enorme crescia no meio de suas pernas. Ela queria soltar tudo aquilo que estava preso a alguns dias. Ainda mais ofegante ela falava quase gritando:
— Chupa assim. Vai! Desse jeito. Não para, mais rápido, vai! Vou gozar! Ai que delícia. Vou gozar!
Jordan obedecendo sua esposa, sugava a vagina sem hesitar, sentindo o clitóris enrijecido. O movimento de sua língua estava intermitente e cada vez mais rápido. Ele sentia que se ela não gozasse nos próximos segundos sentiria uma câimbra. Determinado a fazê-la gozar rapidamente, ele aumentou o ritmo, onde percebeu que estava no caminho certo, pois Bonnie gritava de prazer. Então, depois de vários espasmos e mexendo suas coxas sem parar, Bonnie soltou uma sequência de gemidos agudos seguido de um último grito, mostrando que tinha atingido o clímax.
Ainda ofegante, ela sabia que aquela era só a primeira parte. Queria mais. Faltava agora sentir o membro de seu marido dentro dela. Com um sorriso safado ela se aproximou do ouvido de seu marido que estava deitado ao seu lado e falou:
— Agora eu quero sentir você dentro de mim.
Certa de que seria atendida, Bonnie foi se posicionando de lado, esperando que seu marido fizesse o mesmo e a abraçasse, deitados de lado. No entanto, sua surpresa foi grande quando percebeu que ele não havia se mexido e ao se virar, viu a cena inacreditável dele deitado, virado de costas para ela. Sem entender o motivo daquilo, uma Bonnie furiosa chacoalhou o braço do homem, fitando-o com um olhar incrédulo.
— Mas que merda é essa, Jordan?
— O que?!
— Como assim, o que? Tá achando que sou palhaça?
— Você não queria gozar? Fiz o meu trabalho.
— Como você é um cretino! Eu queria transar com você. Isso é pedir muito?
— Eu estou cansado. Estava quase dormindo quando você começou isso.
— Olha! Tenho sido muito compreensiva. Tento ser uma esposa dedicada. Preparei um jantar especial para nós. Vesti uma lingerie que você gosta. Fiz tudo para poder ter um momento íntimo com você e você vem dizer isso? Tenho que te implorar que me coma?
— Não é isso.
— Então, o que é? Me diga… Estou curiosa em ouvir. Está tendo um caso, é isso?
— Pare de loucuras, Bonnie. Não tenho tempo para você, quanto mais para ter um caso. Eu só…
— Você… Vai, diga logo!
— Estou cansado e estressado com o trabalho.
— Eu sei disso. Por isso preparei tudo isso. Pra você relaxar. Para eu e você gozarmos. Não te excito mais, é isso?
— Sim e não.
— Jordan. Ou é sim ou não. Não existe meio termo.
— Quer a verdade? Então pronto. Você não vem se dedicando igual o início do casamento. Deixou de ser sexy. Não se veste sexy.
— E o hoje? Não fiz tudo o que você queria? — Algumas lágrimas queriam sair, mas ela as conteve.
— A questão não é hoje, mas sim os outros dias.
— Nenhuma mulher consegue ficar sexy todos os dias a todo o momento.
— Não foi isso o que eu quis dizer. Ah! Esquece. Não era para ter tocado nesse assunto, mas você me obrigou. Como sempre faz com tudo. Ou é do seu jeito ou não.
— Realmente você acha que eu sou a culpada? E você que até hoje não me deu um filho. Nunca te culpei por isso. — Bonnie soltou as palavras com amargura no coração.
— É isso o que pensa? Ok. Já falei, Bonnie. Esquecemos isso e vamos dormir. Combinado?
Jordan aceitou o silêncio de sua esposa como um sim, virando-se em seguida para o lado. Bonnie mantinha seu olhar perplexo e buscou forças para não chorar na frente dele. Apenas deitou e também virou de costas. O que era para ter sido uma noite de prazer acabou se tornando uma noite triste e broxante. Por mais que ele fosse o culpado pela situação desagradável, Bonnie se perguntava se havia feito algo errado. Ela era uma mulher insegura, desde jovem isso a atrapalhou muito. Lutou para conseguir superar esse problema. Pouco a pouco e passo a passo, conseguiu. Viu como uma vitória pessoal, mas ela sabia que ao menor deslize, tudo cairia sobre si como uma avalanche. Agora essa insegurança queimava dentro dela. Sentia arder seu rosto que provavelmente já até estaria vermelho.
Mas ela não podia chorar, não agora. Tinha que ser forte. Já fora outras vezes. Era uma luta antiga. Vitórias e derrotas eram parte desse jogo de sentimentos, emoções e inseguranças. Ela sabia o que precisava ser feito, bastava apenas fechar os olhos e dormir. Quando acordasse seria outro dia, novas possibilidades e novos problemas para resolver. Então Bonnie fechou os olhos. Pensou no filho que poderia ter tido, pensou num casamento melhor, pensou no que poderia ter sido e sem perceber, adormeceu.
Acordou com um raio de luz incomodando seu olho. Esfregando as mãos nos olhos, despertou e apesar de um pouco confusa, ainda estava fresco na memória a noite anterior. Ergueu a cabeça e virou para o lado. O lugar onde dorme seu marido estava vazio, sinal que ele tinha ido trabalhar. Sentindo um pouco de alívio por isso, Bonnie deitou a cabeça no travesseiro e começou a olhar para cima. Seus pensamentos eram confusos. Ainda tentava entender o que aconteceu na noite passada. Ela era uma mulher bonita e suficientemente sexy. Seus cabelos compridos ruivos, seus seios fartos e sua cintura não muito grande demonstravam isso.
Era difícil entender o motivo da rejeição de seu marido. No início do casamento era tudo tão diferente. Jordan tinha um apetite insaciável. Transavam quase todas as noites. Na cozinha, no chuveiro, no sofá da sala assistindo filme.
Claro que com o passar do tempo foi diminuindo. Depois da promoção no trabalho, Jordan foi ficando sem tempo, se estressando mais e mais. Bonnie também sabia que seu sonho de ser mãe atrapalhou um pouco.
Mas era o sonho de toda mulher, não era algo impossível. Porém, à medida que os meses e depois anos foram passando, a pressão de não engravidar foi se tornando imensa. Triste por não conseguir, Bonnie começou a procurar um culpado. E enquanto essas lembranças passavam em sua mente, mais culpada ela se sentia.
Incentivada por sua mãe, Susan, Bonnie levou dias para convencer Jordan de que precisavam buscar um especialista. De fato, era difícil para Jordan ter a confirmação de que ele poderia ser o motivo de não poderem ter filhos.
Para seu âmago masculino, ser infertil era fora de cogitação. Pior ainda seria demonstrar seu medo. Um dos pilares do casamento estava em xeque, caso fosse confirmado que ele fosse o motivo de não conseguir ter uma família, Jordan não conseguiria conviver com isso. Imaginando isso, Bonnie tentou acalmá-lo, mostrando que independente de quem fosse o problema, que como um casal, iriam resolver juntos.
— Amor, precisamos buscar um especialista. Um ginecologista especialista em fertilidade poderá nos orientar.
— Para que? Para mostrar quem de nós dois é o culpado?
— Claro que não, amor! Dependendo do motivo, podemos fazer um tratamento. Ainda não sabemos de nada, por isso não podemos tirar conclusões precipitadas.
— Não sei… E se depois isso virar um problema?
— Já é um problema. Você não quer ter um filho?
— Claro que sim! Você sabe disso, Bon.
— Eu sei. Mas é fato que já estamos a quase dois anos de casados e até agora nada. Já tentamos de tudo. Todas as posições, simpatias e até remédios caseiros. Só nos resta esse caminho.
— Tem certeza, Bon? Que isso não vai causar problemas entre nós?
— Tenho tanta certeza assim como eu te amo.
— Obrigado. Eu também te amo!
Essas últimas palavras ecoam em sua mente. Onde eles haviam errado e se perdido no caminho? A resposta gritava na cabeça de Bonnie como marteladas em uma parede. Então, repetindo em voz alta para si mesma ela soltou o que estava preso em seu interior:
— Eu sou culpada!
Repetindo várias vezes isso, ela começou a sucumbir e finalmente chorou. Ali deitada na cama sozinha ela podia chorar sem ninguém ver. Era ela e somente ela. Não precisava mais ser forte, podia desabafar sem ser questionada, sem ser interpretada mal, era ela, a cama e seu quarto. Alguns minutos depois, Bonnie se sentiu melhor.
Começou a criar ânimo e levantou da cama. Fez suas higienes e em seguida foi até a cozinha e preparou seu café da manhã. Sozinha, sentou-se na mesa e começou a comer. Seu pensamento estava longe. Tentava achar uma saída, um novo caminho para novamente colocar o casamento de volta nos trilhos.
No fundo, desejou que isso partisse de Jordan, mas conhecendo o marido que tinha, seria algo improvável. Bonnie passou o dia pensando, pensou e pensou. Como não conseguia pensar em nenhuma boa ideia, resolveu distrair um pouco a mente. Ligou a TV e sentou-se no sofá.
Zapeando os canais, resolveu deixar em um filme que passava. Aparentemente bobo, ele foi se mostrando interessante aos olhos dela. Algumas cenas quentes foram a deixando excitada. O casal do filme na tentativa de esquentar a relação começou a fazer coisas nunca antes pensadas por eles, como transar em um lugar público e realizar outros tipos de fetiches e fantasias.
Bonnie de repente se viu dentro da história, de certa forma aquele filme resumia seu casamento. A cumplicidade do casal do filme era tamanha, que acabou fazendo ela se pôr no lugar da mulher e Jordan no lugar do homem.
Quando percebeu, sua imaginação estava controlando seus dedos que agora queriam brincar, a incentivando a se masturbar. Então como num estalo, ela teve a resposta que procurava. E repetindo em voz alta para si mesma ela falou:
— Por que não apimentar a relação com coisas diferentes?
Bonnie sentia um novo ânimo correr por suas veias. Aquelas poucas cenas a tinham feito sentir algo que a muito tempo não sentia. Se tocar imaginando Jordan foi uma experiência que nunca havia experimentado.
Ela riu de si mesma por achar a situação absurda e enquanto lavava a louça ficou com isso na cabeça, pensando bem não seria algo tão estranho. Desde que o intuito fosse aproximar seu marido, achou razoável, no entanto só havia um pequeno problema, ela não fazia a menor ideia do que fazer ou como fazer.
Era estranho como muitas vezes boas ideias vinham junto de diversos problemas, mas talvez ela tivesse a solução.
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