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Ligação De Sangue

capítulo - 01 (Revisado)

Os pássaros estavam cantando uma linda melodia no lado de fora da janela, e pequenos fechos de raios de sol entrava pelas frestas das cortinas entreaberta, e despertava então do seu belo sono profundo.…

Bem…

E desta maneira que as pessoas esperam acordar, mas, a realidade era outra e muito diferente de uma ficção científica, um filme da Disney.

O ar em meus pulmões haviam desaparecidos no instante que um peso se alojava numa área específica da minha barriga e peito, com isso, surgindo uma dor aguda no local. E ao reagir ao impacto, arqueio as costas para cima, passando a ficar sentado sobre a cama, abri os olhos, olhando ao redor meio que desorientado e confuso.

— Porra! —Exclamo e respiro fundo, trazendo o ar de volta para os meus pulmões. — O que... ?

— Finalmente. — Exclamou aliviada. Mas aliviada, por que? — Você acordou, Sti!

Quando os meus sentindos retornaram, praguejei e olhei para a serzinha na minha frente, bufando sonolento ao me deitar sobre a cama novamente.

—Bom dia! Como vai? Dormiu bem? Ah, sim! Estou ótimo e dormi como uma pedra, muito obrigado por perguntar. — O sarcasmo pingava na minha voz. — Não tinha outra maneira de me acordar não? Seila, com mais gentileza...

Ela revirou os olhos, riu de forma baixa antes de se levantar e ficar em pé ao lado da minha cama.

— Da próxima vez, talvez o acordo com um balde de água gelada, pode ser? — Perguntou debochada.

—Aiii. — Me fiz de ofendido. — Que bela… — Fiz um trocadilho com o seu nome e continuei. — Consideração você tem por mim em.

— Mais é um palhaço mesmo. — Falou e soltou uma risada divertida, pegando uma almofada preta que havia na beirada da cama e jogou em mim. — Anda, levante -se, vamos nos atrasar para o seu primeiro dia de aula.

—Tenho que ir mesmo? — Perguntei desanimado, pegando a almofada com as mãos antes que ela colide com o meu rosto. — Belzinha...

— Nem vem com esse olhar e tom manhoso na voz, porque dessa vez não vai rolar Stiles. — Decreta firmemente, tentando não olhar para a minha carinha de cachorrinho que caiu da mudança. — Vá se arrumar, estarei te esperando no andar de baixo.

— Ok, você que manda Bells. — Falo, fazendo um bico infantil nos lábios.

— Se apresse! — Disse ela, por fim e se retirou do quarto.

Suspiro e encaro o teto, lembrando de como minha vida havia dado uma virada de eixo sem tamanho.  Por que num momento, eu corria junto aos meus amigos de Beacon Hills para proteger a cidade, que era uma farol sobrenatural e no outro, estava meu pai e eu na nossa sala de estar no meio de uma discussão.

— Chega!! — Gritou ele, mais preocupado do que verdadeiramente irritado — Não quero mais saber de você andando com eles, Stiles!

— Eles são os meus amigos pai. — Continuei em defesa deles. — Tenho que ajuda - los.

— POUCO ME IMPORTA! — Exclamou alto, e me assustando com o seu rompante. — O que importa aqui! E você se arriscando e voltando cada vez mais machucado...

— Mas pai...

—Não me interrompa. — Me advertiu e estreitou os olhos, era possível ver as veias da sua testa saltando. Ele estava muito nervoso . — EU NÃO QUERO VER O MEU ÚNICO

FILHO, MORTO E DENTRO DE UM CAIXÃO,  NÃO QUERO VELO ARRISCANDO A PRÓPRIA VIDA...

— EU NÃO VOU ME AFASTAR DOS MEUS AMIGOS E NEM PARAR O QUE

ESTOU FAZENDO...— Gritei o interrompendo, meu pai não percebia que o motivo que eu continuava fazendo essas coisas era mais para protege-lo? — Eles são os meus únicos amigos. — Sussurrei baixo, não me importava de parar com as coisas com o pack, até parava. — Não quero me afastar, tente entender… — Mas as minhas palavras iam morrendo conforme percebia os cantos dos seus olhos se acumularem de lágrimas não derramadas.

Seu olhar transmitia todo o seu medo e preocupação, e foi um dos motivos para eu não continuar lutando contra a sua decisão.

—Vai sim! —  Voltou a afirmar e continou. — Você vai morar com o seu padrinho em Forks, e não quero ouvir nenhuma reclamação — Decretou, não abrindo espaço para conversas. — Partirá amanhã cedo e se eles foram os seus amigos de verdade, iriam ententer e apoiar.

Eu o olho por alguns instante, iria recusar, falar com todas as letras que não aceitaria, que negaria até o fim mas paro, olhei para o meu pai atentamente. Aquela expressão me destruiu, porque foi a mesma que havia feito quando a minha mãe faleceu e saber que sou o causador dessas lembranças tão ruins, partiu meu coração.

Abaixei o olhar e suspiro me dando por vencido.

— Posso pelo menos se despedir deles? — Pergunto lutando contra a vontade de chorar.

— Não. — Foi tudo o que disse antes de respirar fundo e voltar a falar. — Eu tenho que concordar que apesar de tudo, eles são ótimos amigos e fiéis a você, então portanto, para impedir que eles bolam um plano para impedir a sua ida, vai ser melhor assim...

— Tá bom, pai. — Murmuro baixo, girei o corpo, pronto para subir as escadas. — Vou arrumar as minhas coisas, o que o papis falou sobre isso?

— Filho, eu não faria isso se não temesse mais que tudo em perder você. — Declarou emocionado. — E o Peter concordou com isso, ele acha também que será o melhor para você.

— Ah, pai. — Corri e me joguei em seus braços, chorando. — Isso nunca vai acontecer, você e o papis terão que me aguentar por muito tempo..

— Meu filho. — Choramingou, envolvendo seus braços em torno de mim, em um abraço apertado. — Não suportaria te perder, nem eu e nem o seu outro pai.

— Isso mesmo. — Reconheci a voz de Peter, e logo sinto o seus braços nos envolver, em um abraço triplo. —Te amamos muito filhote.

— Também amo muito vocês, dois. —Foi tudo que eu falei.

Naquela mesma noite e com um gesto de despedida, tivemos um momento em família. Conversámos como nunca havia feito, assistimos filmes, comemos, rimos e choramos até o raiar da madrugada. No outro dia, as minhas malas junto das caixas com as HQ's já estavam dentro do carro (Porsche) de Peter. Partiria no mesmo dia, rumo ao aeroporto.

Pela janela do carro, via as paisagens começando a se mover, as casas começando a ficar para trás e em um determinado momento, passamos de frente a pracinha ao lado da saída de BH e lágrimas deslizaram por  meu rosto ao ver todos os meus amigos reunidos, naqueles equipamentos de academia, rindo e se divertindo. E fiquei feliz por eles ao colocar a mão no vidro com gesto de despedida.

Scott farejou o ar e arregalou os olhos surpresos, vi que ele, pela leitura labial dizia "Stiles?" mas, já era tarde demais, por que saímos do seu campo de visão, rumo a rodovia.

Acho que cochilei porque quando acordei estavamos no aeroporto, suspirei, esticando o corpo, ouvindo e sentindo cada ossos das minhas articulações estalando, saí do carro, vendo os meus pais pondo as minhas coisas no carrinho.

— Filho, eu já ia te acordar. — Meu pai Noah falou vindo até mim e me abraçando. — Está na hora.

— Vamos? — Papis Peter perguntou. —O voo já foi anunciado.

— Claro. — Respondi.

Nós três entramos no aeroporto, indo em direção a área de embarque. Me despedir deles dois não foi uma tarefa fácil, chorei horrores, e depois de prometer várias e várias e eles dois que ligaria todos e dias e Peter me garantindo que mandaria o meu jipe para lá, finalmente pude embarcar no avião rumo a Seattle.........

Quando desembarquei em Seattle meu padrinho, Charlie e junto da sua filha Isabela, que acabou de chegar a uma semana atrás me esperavam.....

Suspiro e balanço a cabeça para afastar das memórias e a contra gosto, levanto da cama e caminho em direção ao banheiro de forma apressada, Bella era capaz de aparecer só para me puxar pelos cabelos com a minha demora. Começo a rir ao imaginar a cena, o que a tpm não faz? Apesar que ninguém superava a Cora nessa questão.

O banho foi um processo rápido, entre tirar e colocar roupas limpas. Nunca tinha sido adepto de seguir a moda mas hoje, só hoje me vestiria bem. Uma calça jeans preta, cueca box branca, blusa fina com gola em V cinza e o tênis Vans preto era agradável aos meus olhos quando olhei o meu reflexo, me sentia mais bonito como nunca. Mas para completar, minha jaqueta preferida, aquela que roubei do Derek Hale sem ele saber. Apesar que duvidava se não já soubesse, não iria devolver do mesmo jeito.

Com os perfumes passado, chaves e mochila em mãos sai do quarto, desço as escadas que ia diretamente para sala e encontro Bella me esperando.

— Vamos? — Pergunto, assim que me aproximei dela.

— Nossa! — Exclamou surpresa, examinado o meu corpo de cima a baixo. — Tá querendo arrasar com os corações logo de cara?

— Belzinha, eu sou Stiles Stilinski Hale. — Falei meio que envergonhado com as suas palavras. — E se não for para chegar lacrando, nem apareço.

— Que isso em. — Riu divertida. — Continue corando dessa forma sexy e fofa que logo terá um monte de urubus a sua volta.

— Bella!!! — Tampo o rosto para esconder a vermelhidão das minhas bochechas. —

Hoje não é dia de “Deixe o Stiles vermelho que nem pimenta ”

— E perder a oportunidade de ver esse seu lado fofo? — Perguntou risonha, achando graça do meu constrangimento. — Sim, é todo dia "Deixe o Stiles envergonhado ”

— Cruzes. — Exclamei indignado e olhei para o céu criando drama — O que fiz para merecer isso?

— Nasceu fofo. — Bella me respondeu e revirou os olhos para o meu Drama. — Agora vamos, se não vamos nos atrasar.

— Chata!. — Mostrei a língua para ela, num gesto totalmente infantil.

— Idiota. — Devolveu com o mesmo gesto, antes de rir. — Ah, teu carro chegou hoje de ma...

— Minha Baby! —  A interrompo mega animado, logo corro para fora mas parei na porta, bem surpreso. — Esse não é o meu jeep.

Por que estou surpreso? Era de se esperar que o papis Peter iria fazer algo assim, apesar de estar esperando a chegada no meu jeep azul antigo, foi amor a primeira vista. Tinha amado o carro no instante que o vi pelo anúncio que passava na tv, o novo jeep Compass 2020 e agora vendo pessoalmente me apaixonei por ele ainda mais.

Fiquei admirando por alguns minutinhos, até sentir um apertão no meu braço.

— Aiii. — Resmunguei, passando a mão no local que foi maltratado, Bella havia me beliscado — Agressiva!!

— Babe no carro novo depois. — Falou rindo da minha cara. — Vamos nos atrasar.

— Chata. — Falo, revirando os olhos. — Você vai comigo?

— Hã, não. — Recusou dando de ombro. — Não quero me arriscar com você no volante, vou no meu carro.

— Que calúnia, sou um santo dirigindo...

— E eu sou a Beyoncé querido...

— Ta, entendi. — Me rendi, dando uma risada. — Vai na frente que eu te sigo.

— OK.

Revirei os olhos e me aproximei do carro empolgado, olhei para bella, vendo entrar em sua picape antiga de cor laranja desbotada, devo admitir que tem um certo charme, entrei no carro, respirando fundo, sentindo aquele cheirinho de carro novo, olhei para o painel bobo, percebendo o quão moderno ele era, coloquei o cinto e apertei o botão de ligar, um sorriso feliz brincava no meu rosto ao apreciar o som potente do motor.

Engatei a ré, indo para trás, girei o volante para o lado esquerdo, fazendo que o carro fizesse uma curva até ficar de lado, rente com calçada. Bella buzinou,  indicando para mim a seguir e foi isso que eu fiz. Mesmo contra a vontade, eu ia numa velocidade moderada e a cada passar de árvore e o nervosismo tomava conta de mim,  quando finalmente chegamos em um agrupamento de prédio, que pude definir que era escola, respirei fundo para tentar me acalmar e entrei na área do estacionamento. Não havia muita coisa para impressionar porque os carros comuns era predominante, menos um carro, um volvo prata, mas não prestei atenção e ciente dos olhares sobre mim ou melhor no meu carro que deveras e chamativo, estaciono o Jeep numa vaga ao lado da picape da Bella.

Pego a mochila com a mãos e me preparo para sair, ignorando os estudantes que olhavam curiosos e eufóricos com a novidade, bando de velhas fofoqueiras. Abri a porta e sai, ouvindo os afares e murmúrios surpresos, idiotas,  tranquei o carro, ativando o alarme.

— Preparado? — Bella, perguntou  com um sorriso compreensível no rosto. Ela tinha se aproximado logo assim que fecho a porta.

— É, estou mega preparado. — Falo revirando os olhos. — Estou no auge da animação que você não faz ideia, Bella! — Eu estava nervoso, compressível fazer mais drama que o normal.

Preparado?  Estou pronto é para passar pelo portal do inferno.....

Capítulo - 02 (Revisado)

O tom surpreebdindo de Bella chamou a minha atenção.

- O que e incrível? - A olhei sem entender, olhei para os lados e nada. - Eu? - Pergunto ao apontar o dedo para minha cara, então sorri lindamente. - Oh Bella, disso eu sabia mas obrigado por dizer o óbvio.

Ela bufou.

- Céus. - Disse incrédula e revirou olhos. - Por que ainda me surpreendo? Isso não é natural?

Natural? Se ela soubesse que nada na minha vida era natural.

Meus lábios curvaram para cima em um sorriso de lado e me aproximo dela, ficando ao seu lado e passo os braços por seu ombro e pescoço.

- A resposta e sim: Eu sou o seu primo. - Expliquei rindo da sua careta - E porque você me conhece mais que a minha própria sombra abelhinha..

- Oh não, não e não! - Exclamou indignada com suas maçãs do rosto atingindo uma coloração avermelhada. - Tudo menos abelhinha, por favor...

- Mais porque "Abelhinha"? - Me fiz de desentendido. - Não vejo problemas nisso, eu te chamo assim desde criança...

- É constrangedor. - Murmurou olhando para baixo, antes de levantar o olhar para mim.

- Então não tem problema de o chamar de raposinha, aqui?

- Não, não me importo mesmo. - Falei dando de ombro. Não ia ligar, era só um apelido. - Só se você for a única que iria me chamar assim.

- Ta! - Resmungou e perguntou. - Nada do que eu falar, vai fazer você parar de me chamar assim não é?

- Claro...- Fiz uma pausa dramática e sua expressão se iluminou. - Que não!

- Idiota. - Disse rindo e então passou a andar no mesmo instante. O que ouve? - Não vem?

- Agora não.

- Por que? - Perguntou ela, cruzou os braços, e aquela expressão "Melhor ter uma boa explicação" que papai fazia apareceu no seu rosto.

Merda.

- Porque o professor do meu primeiro tudo, faltou. - Falei com puro desinteresse. - Então irei ficar aqui.

- E como você sabe? - Perguntou desconfiada. - Sendo que ninguém foi avisado.

- Horas, eu só sei. - Um sorriso maroto brincava nos meus lábios. - Belinha você não vai se atrasar para aula?

- Stiles...

- Meu nome? - Tentei mudar de assunto. Bella era muito teimosa quando botava algo na cabeça, ela me lembrava a alguém. -Sei que ele é lindo, mas não precisa ficar repetindo.

Bella estreitou os olhos irritada, rindo baixinho, percorri o olhar pelo estacionamento, vendo o aglomerado de alunos nos fitando curiosamente e murmúrios levemente altos dava ao local uma clara zona de fofoca livre.

E sinceramente odiava essa situação, nem Beacon Hills era assim e olha que a cidade era mais pequena do que Forks.

Suspirei, ainda percorrendo o olhar até me deparar com um grupo de cinco pessoas, eles eram diferentes - não pela aparência em si - devo dar uma grande ressaltada, que tanto os três garotos e as duas garotas sabiam ser bonitos, não! Acho essa palavra muito fraca para definir o nível de deuses do olimpo que todos eram.

Claro...

É notável que ambos tinham a sua beleza peculiar e atrativa, mesmo tendo aquela aura misteriosa em seu torno e que deixava tudo mais atraente aos meus olhos e das outras pessoas. O óbvio que chamam a atenção, até uma lesma ao estilo Scott McCall iria perceber.

Okay! Duvido muito que isso aconteça, mas como dizem " A esperança é a última que morre" apesar que a minha morreu já faz algum tempo. Analisei lentamente cada um deles: A loira, o loiro, a fadinha, o ruivo cor cobre, mais nenhum desse quatro chamou a minha atenção da mesma maneira que o grandalhão, esse sim me cativou de uma maneira que se tivesse um lobisomem por perto poderia até ouvir as batidas do meu coração falharem e aumentarem gradativamente.

Seus olhos dourados e lindos se prenderam nos meus, sem dúvida nenhuma sentiu que estavam o observado. Fui pego no flagra por o secar tão descaradamente, que vergonha. Mordi o lábio constrangido e voltei olhar para Bella rapidamente, minhas bochechas do rosto estavam esquentando para um aspecto avermelhado.

- Mieczysław Stilinski!

- Isabella Marie Swan!

Nos encaramos por alguns segundos e rindo internamente mesmo com um sorriso debochado para ela.

- Você vai se atrasar para a sua aula Bella. - Falei dando por final aquela guerra de olhares. - Irei te acompanhar.

- Não mesmo...- Comecei a andar não a deixando terminar de falar. - Me espera Stiles você deve uma resposta.

Olhei para frente e suspiro ao colocar as mãos dentro dos bolsos da jaqueta, Bella me acompanhou irritada ao passarmos pelo centro do estacionamento. Eramos seguidos pelos olhares ansiosos dos alunos, é irritante. Parei e respirei fundo, como iria responder para ela? Melhor como iria dar fuga? Girei o corpo para ficar de frente com a Swan, sem ao menos me dar conta que estavam muito perto dos deuses grego - perto até demais - que como todo mundo estavam bem atento a mim e a minha prima.

Atração de circo por acaso?

- Então... - Começo com um sorriso de quem aprontou. Nunca consegui enganar os meus pais. - Sabe.

Bella estreitou os olhos, ela se parecia tanto com o meu pai agora. Era ridículo.

- O que caralhos você aprontou Stiles? - Perguntou furiosa. E por que ela estava tão nervosa? Não me lembro de ter matado alguém. - Não m....

- Não! - A interrompo, não acredito que ela ousou pensar nisso! Mas também, com a minha ficha não é de se esperar. Triste isso. - Não termine essa sentença, tá doida? - Exclamei surpreso. Ora, que ultrajante. - Eu não matei ninguém, ainda. Mas se for levar as coisas consideradas sobrenaturais que me meto. - Murmurei pensativo, sem olhar para ela. Eu estava aéreo. - Provavelmente vai acontecer.

Bella me despertou com um chiado incrédulo. Merda, o que eu falei?

- Espera! - Arfou sem entender. - "Coisas conscideradas sobrenaturais"? - Perguntou mais que confusa, normal, essas situações ainda era confusas para mim. - Que histórias é essa?

Como explicaria? Sem parecer louco, pirado, fora da casinha e das ideias? É não tinha como.

- Hum? - Me fiz de desentendido. Eu era bom nisso. Franzi o olhar e as sobrancelhas como bom autor, isso que achava. - Eu falei "coisas conscideradas sobrenaturais"?

- Sim, falou. - Pontuou.

- Bella mas eu não falei. - Soei tão sério que até acreditei - E não me lembro de ter falado.

- Claro que falou.

Suspirei, terei que ter mais cuidado.

- Não, eu não falei. - Fui mais firme, percebendo com vitória o seu olhar demostrar que estava acreditando. - E sempre tenho certeza do que falo.

Uma mentira, eu nunca tinha certeza do falava.

- O quê? Mas...

- Uau, Bella! - Pergunto fingindo estar preocupado. - Você está bem? Quer ir se tratar? - Foi um golpe baixo, sabia disso. Mas eu tinha um dom de embaralhar as mentes e me aliviava saber que havia conseguido desviar do assunto.

- Oh, céus! - Respirou fundo e levou a sua mão na testa. Provoquei dor de cabeça? Então estreitou os olhos. - Mas não vai pensando que vai escapar de me dar uma resposta.

Quase fiz um bico emburrado. Ela era tão existente.

- Cruzes. - Resmunguei desistindo. Encolhi e olhei para uma pedrinha no chão, parecia tão mais interessante agora. - Não foi proposital, okay? - Informei antes de tudo.. - Eu tava no tédio e posso ter entrado na rede da polícia e ouvido algumas coisinhas.

Bella ficou um tempo em silêncio. Mas não ergui olhar para saber que ela estava bem surpresa.

- Como assim? Pelos deuses, Stiles! - Exclamou em choque e eu não via necessidade de tanto alarde. Eu em. - A onde aprendeu a entrar na rede da polícia? Seu pai sabe? Isso é muito errado.

E depois era eu que falava muito rápido.

- Calma, respira e não surta.

- Só me responda!

Suspirei. Bella parecia que ia surtar.

- Primeiro e antes de mais nada. - Iniciei com a voz mais calma possível, talvez até paciente ao dizer. - Ontem a noite, houve um acidente em uma rodovia perto da saída de Forks, parece que "algo" teria atravessado a estrada do nada e se chocado com um carro. - Expliquei dando ênfase em uma das palavras, Bella me olhava atenta, curiosa. - Era o carro do nosso professor de história, Sr. Evans.

Bella abriu a boca para falar, bem surpresa e preocupada.

- Ele está bem. - Falei rapidamente para a despreocupar e ela suspirou aliviada. - O Sr. Evans não se feriu gravemente, mas, praticamente teve todo o seu sangue drenando de alguma maneira, com lesões e escoriações por todo o corpo e alguns ferimentos. - Mas tais ferimentos não deixaria alguém quase sem sangue, me questionei, tirei um fôlego. - Nada que alguns dias de licença não o ajude...

- Que bom que ele está bem. - Bella me interrompeu e respirei fundo. - Qual foi a causa do acidente?

Franzi o olhar, pensativo.

- Ahh, os policiais disseram que foi um acidente envolvendo animais. - Revirei os olhos internamente, claro, "animais". - Mas continuando, o mais importante de tudo.

E a Swan revirou os olhos ao dizer:

- Claro que é.

- Caladaa. - Brinquei de modo divertido. - Entrar na rede da polícia por mais incrível que pareça e muito fácil. - Continuei com paixão, eu amava Hackear. - Só precisa saber Hackear e ter talento que modéstia a parte, tenho e muito. - Me orgulhava tanto, posso ter soado convencido mas não importava. - E não foi o meu pai que ensinou a invadir sistemas, praticamente ele me ensinou desde a atirar até como ser um investigador e estrategista excepcional.

Sorri, eu me orgulhava tanto dele que mesmo com tanto trabalho na delegacia encontrou tempo para me ensinar as coisas.

- E para completar. - Dei de ombros ao dizer quando ela não falou nada, acho que ainda processava as coisas. Vi até uma fumaça saindo da sua cabeça. - Foi tudo por culpa do "tédio", da "curiosidade" que se juntaram com o "sem ter nada para fazer" que deu nesse resultado. Que é eu apreendendo um monte de coisas questionável.

Sua expressão ia além de chocada, era divertido verdade.

- Satisfeita? - Pergunto.

- Claro, por enquanto sim. - Mas o que? Vai ficar nesse por enquanto durante um bom tempo, belezinha. - E ele sabe que faz tudo isso? Invadir o sistema do trabalho dele?

Abri a boca para a responder. E um calafrio dançou em meu corpo.

- Eu morro, entendeu? - Surtei só de pensar na possibilidade, credo. - Ele me mata, acredite ou cumpre a ameaça de vês se souber.

Ela riu.

- Que ameaça?

Diaba, rindo da desgraça dos outros.

- Algo simples e nada demais. - Ironizei como se a idéia não me desse pavor. - Me mandaria para um colégio militar. - Era possível Bella ficar mais branca?

- Por que?

Ah vários motivos que não posso revelar agora, abelhinha.

- Para ver se crio juízo, se paro de me meter em problemas fatais, diversas coisas. - Murmurei como se fosse nada demais. - Para mandar a real e até chocante que até não tenha feito nada, principalmente depois das minhas aventuras desse último ano.

Oh, céus.

E vamos começa com isso de novo.

Bella cruzou os braços e um novo interrogatório, se inciou.

- Que problemas fatais são esses em Mieczysław Stilinski?

Capítulo - 03 (Revisado)

Fico em silêncio e penso em alguma desculpa esfarrapada para poder usar dessa vez e devo confessar que o meu arsenal estava bem escasso, suspirei.

— Está esperando o que para me responder? - Bella perguntou e pressionou, tão curiosa. — Estou esperando.

Esperar? Hum, acho que eu estava esperando o mundo acabar. Okay, exagero.

— Vou. —  Sorri ao olhar para ela. — Só estou pensando em qual desculpa te dou. — Confesso como se não fosse nada. — E admito que está bem difícil encontrar alguma boa o suficiente para você cair.

— Oh meu Deus!. — Exclamou surpresa, porque ela estava tão surpresa?  —  Não acredito que teria coragem de me enganar!

Revirei os olhos.

— E por que eu não teria? — Perguntei cinicamente e arquei a sobrancelha. — Meu pai que é um xerife devo ressaltar,  consegui o enganar por um bom tempo, até ele descobrir no que eu andava me metendo e porque vai ser diferente com você?

— Porque sou a sua prima? — Falou com uma leve surpresa na voz. — Mas, espera! — Parou quando a ficha caiu. —  Tio Noah descobriu? O que ele fez?

— Ahh, nada demais! Só surtou. — Falei com a lembrança. — Ele só aceitou mesmo depois de alguns meses e até semana e agora estou aqui.

— Co...

—  Bella. — A chamei pelo nome e a tiro da sua bolha pensativa, não quero nem imaginar o que ela pensava. — Quem é esse cara que só fica me olhando como se quisesse me matar? — Perguntei curioso, sustentando o olhar do loiro magrelo.

— Quem? — Perguntou confusa e logo seguiu o meu olhar e suspirou desanimada. — Ahh, esse e o Mike Newton, ele...

— Ele acabou se interessando por você desde o momento que começou a estudar aqui e agora fica igualzinho ao um cachorro atrás de você? — Pergunto mesmo que ciente da resposta, e era bem óbvia  só de olhar para o loiro e continuei. — Esse Mike age da mesma maneira que a loira fajuta ao lado dele está agindo, a diferença e que ela falta abrir as perna e dizer "me foda" só para ele a notar.

Bella me olhou estática e o que me fez dar de ombros,  percorri o olhar pelo estacionamento e me deparo pela primeira vez com a floresta ao lado do prédio do colégio e logo uma sensação de dejavu percorre pelo o meu corpo, suspirei de novo, sentindo que aquela mesma reação de eletricidade que eu tinha só de olhar para a reserva de Beacon Hills havia me seguido. E pelo jeito, as minhas paranóias voltariam com tudo.

— Como?

— Como o que Isabela? — Perguntei ao voltar a olhar para ela.

— Esquece. — Murmurou e revirou os olhos. — É difícil acompanhar as suas mudança de humor.

— Claro. — Resmunguei irônico. — É muito diferente de lidar com você na tpm.

—  Stiles!! — Disse constrangida. — Isso é lá coisa que se fala?

—  Oh que fofa, toda envergonhada. —  O deboche era nítido na minha voz mas a seriedade tomou a minha expressão.  — Mas é sério!  Eu vou matar esse Mike. — Falei friamente, ao olhar de novo para o projeto de cachorro sem pelo, este que começou a caminhar em nossa direção — Terei o maior prazer de desovar o corpo dele em uma floresta.

— Não! — Bella exclamou incrédula e colocou, ambas as mãos sobre os meus ombros, enquanto me olhava. — Eu não quero mortes e nem nada, por favor .

— Tortura?

— Nem isso, Stiles!

— Bater?

— Não!

—  Que seja, Isabella! - Murmuro indignado, dando um ponto final nessa discussão ridícula. — O cara te olha de um jeito que dá nojo, ele te enxerga como objeto. — Soltei sem me importar de não ser sincero, ela era a minha prima e era o meu dever a proteger. —  Uma bonequinha para satisfazer os desejos sexuais, uma mísera propriedade.

Ela me olhou em choque.

— Não é verdade! —  Falou apressadamente em uma tentativa ingenua de o defender. — Ele é só...

— Não seja tão ingênua, Isabella! — Decretei seriamente e irritado, Bella se encolheu  assustada ao ver a minha expressão um tanto que nova para ela, ela nunca viu esse lado meu. — E não é preciso ser a merda de um lobisomem, com seus super ofatos para cheirar a obsessão doentia que ele tem por você.

— Lobisomem? Cheirar? Do que merda você está falando? — Ela ficou confusa e amedrontada depois da minha explosão. — Fique calmo, Stiles!

— Olá, sou Mike Newton e pelo visto já conheceu a minha garota. —  Uma terceira voz a interrompeu e não era preciso nem dizer quem era. Vou matar esse projeto de cachorro!  Mike ficou ao lado de Bella e passou o braços pelos seus ombros. Quer marcar território?  — E você é quem?

— Quem eu sou? Não é da sua conta.  — Perguntei e não esperei resposta, enquanto olhava de modo que demonstrava todo a minha irá e a vontade de matar. — Mas serei o seu pior pesadelo. — Deixei a minha voz baixa e o vapor que saia a deixava mais gélida e áspera, avanço um passo em sua direção. — Serei o monstro dos seus pesadelos, te devorando em carne e vivo. — Dou mais um passo, como um predador indo buscar a sua caça e parei, frente a frente, rosto com rosto. — E vou ser a causa da sua morte, farei que seu corpo seja encontrado em pedaço e o seu coração comerei como aperitivo se não tirar esse braço imundo da minha prima!

Em meus lábios um sorriso diabólico surgiu quando olho diferentemente no fundo dos seus olhos, eles prometia, dor, sofrimento e medo. As vezes entendia o Derek, era divertido olhar como a sua expressão se tornava totalmente amedrontada e apavorada. Mike ficou paralisado, ele tremia e suor frio escorria pela sua testa. Ele estava morrendo de medo, agora vejo como um aprendizado a forma que Derek sentia ao ameaçar alguém. É exitante.

— Buhhh. — Falei de repente e depois de um tempinho em silêncio, havia sido na intenção de o assustar.

— Ahhhhhhhh. — Seu grito alto doeu no meu ouvido. Ele havia se assustado como havia pensado. — Ahhh — E continou gritando ao correr para dentro do prédio mais próximo.

E com o olhar aguçado o segui, segurando a imensa vontade de ir atrás dele e acabar com a sua raça. Só deus sabia o quanto de auto controle tive que tirar de Nárnia para simplesmente não ir. Era tanto ódio, tanta raiva que parecia que me cegava e me induzia a fazer uma fatalidade. Mas inesperadamente e misteriosamente uma falsa calmaria começou a crescer dentro de meu peito e expulsava cada sentimento cruel que eu estava tendo. Respirei fundo quase que zonzo pela mudança brusca de sentimentos.

Olhei pra baixo e uma ânsia de vômito subiu pelo estômago quando um odor ácido impregnou em meus nariz.

— Estou surpreso, não é que consigo ser assustador? — Olho com uma careta para a poça que surgiu  um pouco antes do projeto de cachorro sair correndo. — Não precisava se mijar todo!

— Oh céus! Que nojo.  — Bella disse enojada e não era de menos, o fedor de urina era repugnante, então, se afastou o máximo que pode e me olhou. — Só para te deixar claro, eu nunca mais vou te irritar.

Revirei os olhos.

— Uai.  — Exclamei querendo rir mas o momento não era propício. — Não exagere Bella, só e uma ameaça de leve.

— Não  só sobre a ameaça, Stiles. — Disse com um sorriso, como se explicasse tudo. — Você se torna uma outra pessoa quando fica irritado, uma ótimo definição para te definir: seria como um demônio. — Explicou e massageou as suas têmporas, ela exagerou na última parte. — Duvido muito que o Mike vai ser aproximar novamente.

— Por favor não me diga que você quer que ele se aproxime de novo?

Eu a encarei.

— Óbvio que não! — Disse pasma, quase incrédula. — Mas me alivia  saber que ele não vai mais me encher a paciência.

— E ai que se engana, Bella. — Aviso.

Porque em um ponto a vítima sempre acredita que o culpado nunca voltaria a "incomodar", pior erro. Cansei de ver pessoas, principalmente mulheres sendo mortais ou agredidas nos relatórios do meu pai, e é essa falsa segurança que prejudicava e um simples papel não mudava muito as coisas. Só era uma medida e não uma solução.

— Como assim? — Perguntou confusa.

Charlie nunca explicou essas coisas para ela? A olho por uns instantes.

— Mike tem um amor doentio por você. — Expliquei e continuei quando ela me olhou em dúvidas. —  Ele não vai medir limites, pessoas, nem nada, vai passar por cima de tudo e de todos até mesmo da lei. Ele pode te matar, te agredir,  te abusar e vai achar que e normal porque para Mike, você e a sua propriedade, sua posse.

Bella ia ficando cada vez mais branca de tamanho pavor. Mas eu não poderia amenizar a situação só para ela não se sentir medo.  Ela tinha que cair na realidade de alguma forma ou de outra.

E a essa altura….

Que a última opção nunca aconteca.

— Ele vai tentar algo? — Perguntou aflita e olhou para os lados. — Com a sua ameaça e tudo? Impossível. — Acalmasse, Stiles. Ela só está com medo e não consegue pensar direito. — Tô com medo que possa fazer algo.

Ele vai tentar fazer alguma coisa Bella, pensei mas não flui as palavras pelos lábios. Minha prima não precisava de mais preocupações no momento.

— Ele está acuado agora. — Explico novamente, era sempre assim. Uma ilusão de uma paz que não existe.— Se mantera afastado, pessoas assim são imprevisíveis mas em qualquer sinal de perigo, dou cabo dele.

Não era uma só simples ameaça e Bella sabia muito bem que eu iria acabar matando ele.

— Obrigada, por estar no meu lado.

Ela se jogou em meus braços emocionada e procurou um ponto seguro em mim.

—  Família é para isso Bella, protegemos uns aos outros e não medirei esforços para te proteger...

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