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Filhas De Amrita

Capítulo 1

O grande povo de Amrita estava alvoroçado aguardando o pronunciamento do líder Danesh. Estava calor e aquele grande amontoado de pessoas não facilitava a circulação de ar. Mas ninguém ousava sair do seu lugar, mesmo que abafado, e perder o que o tão respeitado e venerado líder tinha a dizer.

Amrita é como um grande povoado, mas com estilo de cidade; relativamente organizada, com um líder atuante e bastante povoada. Sua arquitetura, seus costumes, seu povo, quase tudo em Amrita é diferenciado das demais regiões circunvizinhas. Amrita é especial e tem lá seus mistérios.

A região tem um clima muito quente, principalmente nessa época do ano. Mas, como dito antes, ninguém se importava com o calor. Queriam mesmo é saber as novas que o grande líder tinha para falar.

–Povo de Amrita!–Danesh surge com os braços erguidos incitando gritos de saudação, e assim o povo o faz.

Danesh está vestindo a típica capa de celebrações do líder, onde a mesma é feita de couro preto e se arrasta pelo chão. Uma capa com detalhes em dourado simulando uma chuva de pingos grossos. Era tão majestosa que seu brilho se via de muito longe.

O líder, assim como a maioria dos homens em Amrita, estava vestindo apenas uma calça rústica de cor marrom. Seu tronco quase em sua totalidade estava marcado por tatuagens simbólicas, mas uma em especial é a marca de Amrita. Uma flor em azul e preto com um pingo de um líquido branco escorrendo de dentro do seu centro alaranjado.

...

...

(Mais ou menos assim que eu pensei. Acrescentem o pingo que sai de dentro dela.)

Todo homem em Amrita, obrigatoriamente, precisa ter essa tatuagem. Ela é a marca dos homens Amritêses, é como uma identidade em forma de desenho. Podendo ser colocada em qualquer parte que o homem escolher. O do líder é no abdômen, do lado direito.

–Hoje, com muita honra, serão apresentadas a vocês, povo de Amrita, as minhas irmãs, filhas de Kabir Badour e enviadas do Deus Hadaedd.–Ensadecidos, os homens solteiros de Amrita gritam em comemoração.

As irmãs do líder Danesh, que são trigêmeas, jamais foram vistas por estranhos. Só as acompanhantes das ladys e a família viram suas verdadeiras faces. Os outros se contentavam em tentar adivinhar como eram por baixo do véu que obrigatoriamente teriam que usar ao se apresentar em público a partir dos 10 anos de idade.

–Apresento-vos Lady Kali, Lady Shanti e Lady Anala. A tríade que permitirá que Amrita seja ainda mais abençoada pelo Deus Hadaedd.

Três mulheres surgiram na imensa e luxuosa varanda do Palácio de Amrita. Seus trajes eram charmosos, sensuais e brilhosos. As Amritêsas costumavam se vestir como dançarinas do ventre quando alcançavam a idade de ser cortejadas. Suas barrigas estavam à mostra, algumas pedrarias estavam penduradas nas pequenas blusas que cobriam seus seios e nas suas cabeças repousavam tiaras com pedras e jeitos diferentes.

As trigêmeas de Amrita eram super sensuais e não eram nada parecidas. Lady Kali tinha a pele mais escura, olhos quase laranjas e cabelos pretos ondulados que iam até sua cintura. Lady Shanti era um pouco mais clara que Kali, seus olhos eram azuis e seu cabelo levemente alaranjado emoldurava perfeitamente seu rosto. E Lady Anala era simplesmente branca, olhos extremamente verdes e cabelos loiros.

Elas eram as primeiras trigêmeas nascidas em Amrita. Eram um presente, por isso foram oferecidas ao Deus Haddaed, que é o Deus que visitou e batizou a cidade de Amrita.

Elas acenavam enquanto os homens tentavam a todo custo, mesmo que em meio a uma multidão, fazer com que as três ouvissem seus galanteios.

Líder Danesh faz um sinal com as mãos, pedindo para que o povo se cale e ouça as palavras que serão proferidas por ele. O povo atende ao seu líder.

–Queridos Amritêses, as minhas irmãs são as primeiras trigêmeas da história do nosso povo. São praticamente uma divindade, assim como eu, o líder escolhido por Deus para vos governar.–Danesh olha com cautela para suas irmãs, que caladas e sérias permaneceram desde que foram chamadas. Obediência era o que mais Danesh prezava.

–Ao alcançar a maioridade, elas agora estão prontas para ajudar a expandir os horizontes de Amrita. Nosso povoado precisa aumentar em terras, e para isso, as divindades Amritêsas casarão com estrangeiros que oferecerem boa proporção de terras ao redor de Amrita.

Um burburinho sem tamanho foi iniciado e foi quase que impossível de ouvir até seu próprio pensamento. Não era regra, mas quase ninguém de Amrita se relaciona com estrangeiros. Amrita tem seu próprio jeito, sua própria maneira de conduzir a vida. Estranhos quase nunca são bem-vindos.

As trigêmeas estavam se entreolhando, elas estavam terrivelmente assustadas. Será que é verdade o que ouvimos?

Queriam uma resposta, mas já a tinham. Danesh olhou para elas e assentiu.

Antes de morrer, o líder e pai deles, Kabir Badour, deixou escrito e aprovado pelo quarteto ancião de Amrita o futuro das bênçãos do Deus Hadaedd, ou seja, o futuro das trigêmeas.

Como seria Danesh a liderar o grande povo, as trigêmeas poderiam servir para a expansão territorial de Amrita e consequentemente abençoar outros povos com seu ventre divino.

As trigêmeas darão filhos fortes e com qualidades especiais. Elas são o poder de Haddaed divido em três. Foi dito através dos anciãos que seria através das ladys que Amrita será verdadeiramente conhecida mundo à fora. O pai das mesmas interpretou como quis, e assim determinou o futuro de cada uma delas. Elas iriam para fora de onde nasceram, casadas com estrangeiros para que Amrita aumente e seja ainda mais reconhecida.

Quer sacrifício mais grandioso que esse?

Mas não era tão positivamente assim que as garotas pensavam. Enquanto Danesh concluía sua fala, mostrando ao povo que essa ordem veio do falecido Kabir e se desculpando com o povo Amritês; as trigêmeas foram levadas para dentro do Palácio.

Toda produção que Danesh exigiu para as trigêmeas era para que a imprensa local as fotografassem e espalhassem o mais rápido possível a notícia em Amrita. Nada de vazar para fora. Mas nada disso era escolhido por Danesh. Ele só estava cumprindo o que lhe foi ordenado.

–Shanti, Anala, Kali...–Danesh, depois da pronunciação, foi ao encontro das irmãs. Encontrou-as chorando, nos colos de suas respectivas acompanhantes.–Minhas queridas, vocês sabem que não era assim que eu queria que fossem as coisas...

Elas não conseguem encarar seu irmão, então apenas continuam chorando com a cabeça no colo das fiéis serviçais. Danesh, sabendo que por hora seria ignorado, se retirou.

...♡...

AVISOS IMPORTANTES, LEIAM!

1) Essa obra é feita totalmente da minha imaginação, ou seja, muito louca rs. Então, não procurem associar isso com aquilo, que vem da realidade. Tudo é invenção, misturas que faço na mente...

Minha criatividade se chama liquidificador. As coisas só fluem com tudo misturado.

2) Relevem erros que com certeza terão. Nem sempre tudo sai perfeito... É a vida!

3)Vão de mente aberta ler esse livro. Quero todo mundo abrindo a imaginação... Imaginem os cenários, as roupas, os personagens. Eu dou o rascunho e vocês fazem o acabamento. Fechou?

Sejam bem-vindos e bora lá!❤

Capítulo 2

Anala, que das três era a mais sensível, não conseguia controlar seu estado choroso. Shanti e Kali tinham se recolhido, preferiam a solidão dos seus quartos. Anala ficou na enorme sala do Palácio, assustada e chorando copiosamente.

–Ana...–Danesh retorna, já sem toda aquela pompa de líder, e abre os braços para recebê-la.–Não fique dessa forma. Kabir sempre foi cruel em suas escolhas, você sabe bem.

–Não é justo, Dan.–Resmunga em meio ao choro sufocado pelo peitoral do irmão.–Eu não quero ser uma benção do Deus Hadaedd para um povo estrangeiro. Eu quero ser benção para o meu povo.

Danesh, sabendo que não tinha como soltar as palavras que sua irmã quer ouvir, ficou acariciando-a até que pegasse no sono. Ele estava mal com toda essa situação, mas não podia fazer nada. Ele era um líder recente e não podia passar por cima da ordem do maior líder que já existiu em Amrita. E pior, não podia passar por cima da ordem de um pai para suas filhas.

Agoniada, Kali remove todas as joias que usava e as arremessa na parede. Estava furiosa. Aguardou quase uma vida toda para ser apresentada ao povo, ao seu povo, e descobre que praticamente será vendida. E o que mais aperta seu peito e se dar conta de que o seu pai que projetou tudo isso para sua vida.

–Por Deus Hadaedd!–Exclama se jogando na cama.–Queria meu pai vivo para eu mesma o matar.

–Não diga uma coisa dessas, lady Kali.–Súria, sua fiel acompanhante, surge repreendendo de imediato sua senhora.–Você vai ter a chance de mostrar ao mundo lá fora porque Amrita é tão única e misteriosa. O que vivemos aqui ninguém de fora experimentou.

Lady Kali estava pouco se importando para o mundo lá fora. Ela queria um homem Amritês, não um estrangeiro. Eles jamais entenderiam as mulheres daqui. Praguejou o pai em voz alta recebendo mais um olhar de repúdio de Súria.

Shanti, quieta e pensativa, olhava do seu quarto o movimento fora do Palácio. Alguns homens ainda se dispersavam e ao verem a garota em sua janela acenavam enlouquecidamente. Com tédio, mostrou o dedo do meio e saiu da janela.

–Eu nunca quis ficar aqui mesmo...–Retrucou em voz alta, como se estivesse arrumando uma desculpa pra aceitar melhor sua situação.–Que se dane Amrita e todos que vão morrer aqui!

Entediada e com nenhuma vontade de ficar se lamentando, Shanti pega o livro de Amrita e se dispõe a terminar de lê-lo. Dizem que esse livro foi escrito com algumas palavras e histórias do próprio Deus Hadaedd. E Shanti amava saber dessas coisas. Ela amava conhecimento.

Em dias onde o latíbulo estava tedioso e sem muita coisa a fazer, Hadaedd resolveu descer a terra escondido para conseguir diversão. Era o Deus mais travesso e boêmio e se entendiava com muita facilidade. Pisou em um pequeno vilarejo, localizado em uma área livre e ali quis ficar. Disfarçado de andarilho, encontrou graça ao se apaixonar por uma jovem chamada Flor de lis.

Hadaedd sentia-se feliz, preenchido por um sentimento estranho e bem-vindo. Flor também estava apaixonada, mas relutava em deitar-se com seu amado. Ela exigia que o mesmo casasse com ela e a assumisse para seu povo. Ele aceitou e assim casaram. Hadaedd não entendia muito dos costumes humanos, mas ia cumprindo tudo que lhe era proposto.

A festa foi simples, mas cheia de amor. Casados, se dirigiram até sua nova casinha feita de madeira e folhas secas. Flor, totalmente intocada e dona de um corpo estonteante, fez Hadaedd quase enlouquecer ao vê-la sem roupa.

Ao abrir suas pernas, Hadaedd viu uma pequena gota brotar da sua intimidade e escorrer por ela. Aquilo o fez salivar e de imediato ele provou aquele líquido. Flor teve o prazer de ser tocada e provada por um Deus e se sentiu a mulher mais feliz e satisfeita do mundo.

Hadaedd, ao provar aquele líquido, o chamou de Amrita, que era o néctar dos Deuses. Era algo tão bom quanto e ele quis chamá-lo assim.

Os dias se passaram e Flor se descobriu grávida. Hadaedd sabia que isso era problema e assim aconteceu. Ele foi convocado a retornar ao latíbulo ou todo aquele vilarejo seria exterminado pelos seus irmãos. Ele não via outra alternativa a não ser contar tudo para sua esposa, que estava atordoada com tamanha informação.

–Cuide do nosso filho, o deixe cuidar de todo esse vilarejo. Ele será humano, como você, mas terá características especiais e isso se passará para todas as futuras gerações.–Beijou a testa da sua amada e sorriu.

Ele se direcionou ao centro do vilarejo, mostrou-se na forma de Deus e batizou aquelas terras de Amrita, pois tinha sido onde ele encontrou algo tão bom quanto o néctar dos Deuses. Desenhou no chão usando apenas um graveto o desenho de uma flor e uma gota escorrendo de dentro dela. Seria o símbolo de Amrita.

Hadaedd voltou para o latíbulo triste, mas satisfeito por ter tido uma bela experiência na terra. Ele conheceu o amor e o néctar que as mulheres oferecem.

Shanti fecha o livro e suspira pela história do Deus Hadaedd e Flor de lis. Desejou viver algo intenso assim, mas logo se viu praguejando o pensamento. Preferiu desejar alcançar mais entendimento e sabedoria. Isso era tão prazeroso quanto.

Danesh, reunido com os quatro anciãos, já estava com dor de cabeça tentando achar uma maneira de não perder suas irmãs para estrangeiros.

–Líder Danesh, parece que o senhor não puxou em nada o pulso firme do seu pai. Ele jamais hesitaria em cumprir algo pedido pelo seu antecessor.–Gorah, o mais velho de todos, se manifesta.–Elas servirão para aumentarmos o alcance territorial para o nosso povo. As terras que hoje ocupamos já estão ficando pequena e não temos uma boa expansão há muitos anos. Você sabe como nosso povo é fértil... A população cresce rápido, meu rapaz. E de que elas serviriam aqui?

–O líder é o senhor. Elas serviriam apenas de enfeite na família.–Haji complementa seu amigo.–Já estamos nos comunicando com as regiões ao redor. Logo acharemos bons interessados na tríade de Hadaedd.

Enojado e um tanto sem paciência, Danesh encerra a reunião e se recolhe.

Capítulo 3

Quem nunca cochichou sobre Amrita e o porquê de ser tão fechada? Quem nunca quis saber os rumores que sempre se espalhavam rapidamente?

Agora, tinham a chance de descobrir sobre um dos rumores mais famosos: como são as mulheres de Amrita.

Amrita é uma cidade que foi fundada a partir do descobrimento de Hadaedd sobre o orgasmo feminino. Não tinha outra saída ou rumo, Amrita é uma cidade sexualizada.

As mulheres são quentes por natureza e os homens aprendem que devem prazer a elas. Que precisam extrair Amrita, que é o néctar dos Deuses, das suas amadas.

Os rumores de que as trigêmeas de Amrita estavam praticamente à venda voaram e Danesh recebeu 5 propostas. Precisou eliminar 2 propostas que ofereciam menos extensão territorial e ficou com as 3 mais generosas.

–Daqui há uma semana os três pretendentes de vocês chegarão.–Avisou o líder durante o jantar. As trigêmeas suspiraram pesadamente.–Eu sinto muito.

–Sabemos que daqui um tempo você também será obrigado a casar, Dan.–Shanti beberica seu suco e dá de ombros.–A diferença é que será por amor. Nós que estamos ferradas. Espero que meu futuro marido me ofereça livros ou não me deitarei com ele.

–Shanti!–Anala, envergonhada pelas palavras da irmã, exclama com as mãos no rosto. Ela sempre foi a mais tímida e recatada.–Não fale assim à mesa.

–Tenho pena de você, Anala.–Dessa vez Kali resolve parar de mastigar e se manifestar.–Você é muito bobinha e muito pura. Tenho medo que um brutamontes tripudie sobre você. Não estaremos lá para lhe defender.

De olhinhos inundados, Anala reflete sobre o que acabou de ouvir. Sempre viveu à sombra das suas irmãs e nunca se imaginou sem elas. E agora, daqui bons dias, se verá sozinha e na companhia de um desconhecido. Danesh acalenta a mão de sua irmã ao ver seu rostinho preocupado.

–Você vai ficar bem, Ana. Você é mais forte do que imagina.

Ela assente e volta a comer. Shanti bufa se recusando a acreditar no que o irmão disse. Ao seu ver, Anala não está preparada para enfrentar um relacionamento. Principalmente quando a mulher, em quase tudo, precisa ser submissa ao homem. Shanti sente ódio só de pensar.

A semana passou e todo o Palácio estava pronto para receber os três convidados e sua pequena caravana. As irmãs ficariam detidas em seus quartos até tudo estar acertado entre os homens.

Um belo rapaz, tendo cerca de seus 25 anos, loiro, olhos azuis e pele tão alva que precisava andar debaixo de um guarda-sol desembarca de seu navio observando com cautela o porto de Amrita. Era tão simples que teve a impressão que a qualquer momento aquela madeira embaixo dos seus pés iria ruir.

–Estamos mesmo em Amrita?–Perguntou ao seu serviçal, Guliver, que segurava o objeto que protegia o jovem do sol.

–Sim, príncipe William. A cidade é famosa, mas com certeza não é pela infraestrutura. Sabemos disso.

O príncipe riu e caminhou em rumo aos homens que aguardavam o ilustre visitante para recepcioná-lo. Logo seguiram até o Palácio.

Não era William que estava interessado em um casamento, mas seus pais. Ele era apenas o segundo sucessor ao trono de Tatália, mas precisava casar para mostrar estabilidade na família. Seus pais queriam que ele casasse e ele apenas escolheu de onde a mulher seria. Era uma forma de resposta rude ao pedido dos seus pais, pois Amrita é um lugar sexualizado e, apesar de famosa, é muito mal falada também.

–Guliver, pelo pouco que vi as mulheres são atraentes.–Comenta o príncipe ao estar finalmente em seus aposentos.–Ainda bem que o quarto é climatizado. Que lugar infernal!

–Dizem que o clima é tão quente quanto as mulheres, meu senhor.–O serviçal começa a organizar os pertences do príncipe.–Aconselho que tome um banho e descanse. Os outros interessados estão chegando aos poucos e o jantar será bem mais tarde.

O homem aceita a sugestão e com gosto segue a cumpri-la. Guliver sorriu ao ouvir o homem dizer que está impressionado por terem banheira. Realmente Amrita sempre foi subestimada. Isso é fato!

Vários cavalos trotam passando pela entrada de Amrita. Assustados, algumas pessoas se afastam. Alguns homens Amritêses interceptam a pequena cavalaria.

–Identificação, por favor.

–Líder do povoado Anuã, candidato a marido de uma das trigêmeas.–O homem ao lado do líder fala por ele.

Os homens se apresentam, reverenciam e pedem para os seguirem. Mais um convidado se faz presente na cidade e a curiosidade da população só aumenta. Logo, Amrita poderá se tornar uma das 7 maiores regiões povoadas do mundo.

Já nos seus aposentos, o tal homem e seu acompanhante retiram suas botas e se sentam na cama. Estranharam tanta coisa que tinha naquele quarto... De onde eles vêm não tem nem metade daquele conforto todo.

–Sr. Denzel, o que você pretende casando com alguém desse povo?–O homem tido como seu braço direito, Falzer, questiona enquanto ajuda seu líder a entender como se liga a televisão.

–Quero apenas casar, Falzer. As mulheres de Anuã não são para mim.–Ele olha seu amigo.–De acordo com os boatos, as mulheres daqui são mais...quentes.

Riram e continuaram na empreitada para ligar a televisão. O povoado de Anuã é um pouco atrasado, vivem em um método extremamente arcaico e machista. Além de não se adequarem às evoluções tecnológicas.

Algumas horas depois, bem depois do almoço, surge uma carruagem acompanhada de alguns homens à cavalo. A carruagem era tão reluzente que ofuscava os olhos de quem a olhava. Quem ia dentro dela, segundo os curiosos, com certeza tinha muitas riquezas.

Também recepcionados, foram conduzidos até seus aposentos avisados da hora do jantar que se aproximava.

–Sr. Vallares, viu como é simples essa terra? Não entendo porque escolher uma dama daqui para ser sua esposa. Mesmo viúvo, não precisa tornar a se casar. Seu povo não o exige.–O conselheiro real, Thael, insiste mais uma vez para que seu rei desista dessa loucura de se casar mais uma vez.

–Você sabe que estou muito sozinho, Thael. Eu quero uma companhia. Que mal tem?–Questionou dando de ombros.

–O mal está que ela tem 18 anos e o senhor tem 34. Já estou vendo o burburinho...–Thael balança a cabeça em negação.–Mas estou aqui para apoiá-lo.

O rei assentiu e tratou de olhar pela janela a tão misteriosa Amrita. Depois que sua esposa morreu, ele ficou tão focado em seu povo que não quis mais ninguém ao seu lado. Era uma fuga da realidade por ter ficado sem sua companheira fiel. Mas ele sabia que não queria ninguém pra amar, apenas para satisfazer seus desejos. Como Amrita já tinha sua fama consolidada sobre as mulheres, ele sabia que estava no lugar certo.

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