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LORENA NARRANDO
Eu Abro a janela e vejo o dia chuvoso e cheio de neblina, eu
amo quando o dia amanhece dessa forma, não tinha paciência para dias de sol,
pessoas felizes e nada do tipo.
— Bom dia senhora Lorena – A governanta fala logo
que abro a porta.
— Bom dia – eu olho para ela de cima a baixo – cadê
meu marido?
— Ele saiu logo cedo.
— Meu pai?
— Também.
— Os dois saíram juntos?
— Sim, senhora. O seu café está pronto.
— Por favor, me sirva no escritório do meu marido.
— O senhor Alexandre disse – eu a interrompo
— Me sirva no escritório do meu marido, obrigada.
— Sim, senhora.
— Ah – eu falo olhando para ela – passe o lençol
antes de colocar na cama, eu senti ele amassado quando eu deitei essa noite.
— Desculpa, irei passar ele todo novamente.
— Um novo, quero que coloque um lençol novo, o
cheiro de Alexandre me enoja.
— Sim, senhora.
— Não fique respondendo sim, senhora o tempo todo.
Senhora está no céu e eu tenho a mesma idade que você. – ela me encara –
quantos anos você tem?
— 20 anos – ela responde
— É – eu olho para ela – a mesma idade que você –
ela me encara e assente.
Eu vou até o escritório de Alexandre, eu estou casada com
ele a 6 anos, eu me casei com ele por causa da máfia, porque a lei diz que os
herdeiros deve se casar entre si, ele queria um filho e eu jamais daria um
filho a ele e nem mesmo um dia eu seria mãe. Eu odiava Alexandre, odiava está
casada com ele, tinha nojo só de olhar para ele, nossa relação era de brigas
constantes e de sorrisos falsos para o restante do mundo.
— Usando o escritório do marido – Carlos fala
entrando.
— Ainda bem que você chegou, preciso da sua ajuda.
— O que aconteceu?
— Estou achando que meu pai e Alexandre estão
aprontando algo.
— Como assim?
— Inventaram uma viagem para o Brasil, um jantar
com pessoas importantes, estou achando que - a governanta entra.
— Senhora – ela me olha – é é.
— Lorena , apenas Lorena – eu abro um pequeno
sorriso.
— O café de vocês. Vocês querem açúcar ou adoçante?
— Puro – eu respondo – eu não como açúcar.
— 5 colheres de açúcar – Carlos responde
— Vai morrer de diabete – eu respondo
Ela serve o café e depois sai do escritório.
— Continua – ele fala.
— Estou achando que meu pai vai passar para ele o
bastão de chef da máfia.
— Sem te avisar? – ele pergunta
— Eles me tratam como nada, mas é ai que preciso
colocar meu plano em ação.,
— Você não pode matar eles do nada – ele fala –
pode ser descoberta.
— Merda – eu falo me levantando e bebendo o café
puro – isso aqui está horrível – eu aperto o botão para chamar a governanta.
— A senhorita me chamou?
— Esse café está horrível – eu olho para ela – aos
20 anos de idade eu já sabia fazer um café.
— A senhorita disse que tem 20 anos – ela me
responde e Carlos me encara.
— Me faça um café decente e me traga.
— Sim, senhorita – ela fala saindo
— Você disse que tem 20 anos? – Carlos fala rindo –
o que foi quis diminuir 12 anos?
— Não me irrite – eu falo – você sabe muito bem
que minha idade está errada na identidade – ele começa a rir – e agora não
estou preocupada com a minha idade e sim em matar os dois.
— Eu já disse que essa idéia – eu o interrompo.
— Eu sou a herdeira da máfia, é para mim que ele deve
passar a chefia.
— Você nem sabe se é isso que vai acontecer, que
seu pai vai passar para Alexandre.
— Eu sei que é isso que eles querem que aconteça,
mas não vai acontecer – eu olho para ele – porque eu vou matar os dois antes de
qualquer coisa – eu olho para ele e ele me encara.
Eu abro um sorriso em meu rosto só de imaginar os dois
sangrando até a morte na minha frente. Eu até já imaginava a cena.
Aviso importante: Os capitulos não serão postado todos os dias, aqui não terá hot por que a plataforma sensura algumas palavras e nem palavrões.
Capitulo 2
Marcos narrando
— Na sua idade, seu pai já estava casado e você
estava nascendo – Minha tia Patricia fala.
— Tia – eu olho para ela – está me chamando de
velho na cara dura?
— Você já tem 35 anos, fica pegando essas
menininhas ai no morro , isso não é vida para um dono do morro.
— O que o meu pau tem haver com o meu comando no
morro? Se liga tia, tem nada ver não.
— Seu pai está se remexendo dentro do tumulo, ele
sempre disse que você ia ser um homem de família que nem ele era.
— Porque eu? – eu pergunto – tem Thiago e ele pode
muito bem fazer isso.
— Você tem 35 anos, a vida útil de um dono do morro
é 45 anos no máximo – eu levanto da mesa – precisa se casar.
— Tenho dez anos ainda – eu olho para ela – quando
eu morrer, quem sabe descobre vários filhos meus perdido por ai.
— Marcos você não fale uma coisa dessa – ela fala
gritando e eu saio de casa.
Eu vou descendo para boca passando pelo morro, faz muitos
anos que estou a frente do comando, desde a morte do meu pai em uma invasão,
minha mãe morreu a alguns anos atrás por causa de um câncer e agora é só eu e
Thiago, a minha tia e a minha prima. Eu entro dentro da boca vendo o maior fuzuê.
— O que é isso?
— Flamengo pow – Thiago fala apontando para televisão.
— Dentro da boca caralho?
— Eu ainda acho que você seu pau no cu é
corinthano – Lk fala.
— Sai fora.
— Angel – Mosca fala – tá sabendo do convite que
recebeu.
— Ainda não falei para ele – Th fala e eu me sento
no sofá e Lk me entrega a pipoca.
— Tá ganhando pelo menos? – eu pergunto
— Não – Mosca fala
— Filhos da ....– eu falo – que convite?
— Pedro Alcantara – Th fala
— Mafioso mexicano? O que ele quer?
— Parceria.
— Ele quer distribuir as drogas dele aqui dentro,
isso sim. Sabe que se entrar na rocinha logo entra nos outros morros. – eu falo
— Deveria ir até o jantar, ver as intenções dele,
estamos precisando de fornecedor novo – Th fala.
— Ele tem razão, Angel – Lk fala
— Já disse para de me chamar de Angel – eu falo
— Ué, é o que o teu pai colocou em você.
— Marcos, me chame de Marcos! – eu repito
— Angel – Th fala – seu vulgo é Angel.
— Caralho – eu me levanto.
— Você vai? – Mosca pergunta
— Diz que eu vou – eu falo
— Até que enfim, essas drogas que tu tá comprando
aí – Lki fala e eu olho para ele sem paciência
– disse que a gente não deveria ter parado a produção.
— Estava tomando muito tempo e dinheiro, melhor
coisa comprar pronta e mandar entregar, economiza tempo e grana. – eu falo me
sentando na mesa – desliga a porra dessa tv e se manda trabalhar vocês tudo.
— Tamo indo – Lk fala saindo
— Th fica – ele me encara e os outros sai.
— O que foi?
— Não sei se vou aceitar negocio com esse mafioso.
— Porque não? – ele pergunta
— Se misturar com a máfia, não sei se a facção vai
gostar não.
— Fica na tua, pega as droga e se mantém na sua.
— Se descobrir a traição, o negócio fede para o
nosso lado.
— Relaxa – ele fala – se a droga for boa, depois
tu passa para eles, oportunidade boa e barata, vão negar não.
— Não sei não, esse Pedro e aquele genro dele.
— E a filha? Gostosa – ele fala.
— Filha? – eu pergunto
— É eu vi a foto dela com o marido lá – ele fala
rindo – em uma revista de fofoca.
— Cara, você vive com essas revistas de fofoca,
agora cuidar do morro quer cuidar não, nem arrumar uma mulher para meter um
filho e a tia parar de me encher a cabeça.
— Relaxa – ele fala – posso confirmar tua presença?
— Pode – eu falo – mas não sei se vou fechar
negocio.
— Com a facção eu me viro, vai lá e traga droga
boa para nós, depois das drogas vem as armas e fortalece a gente. – ele fala
saindo da boca e eu fico pensativo.
Por curiosidade puxo a foto da filha
de Pedro Alcantara e ela parecia ser mais superficial do que qualquer outra
mulher. Tiro a foto rapidamente.
Capitulo 3
Lorena narrando
— Vai
sair? – Alexandre pergunta e eu paro na porta do apartamento.
— Você
está em casa já.
— Usou
meu escritório? Quantas vezes eu já disse que não gosto que você entre lá.
— Eu
moro aqui também, você pode arrumar um escritório para mim e eu não uso mais o
seu.
— Porque
você precisa de um escritório? Você não faz nada! – ele afirma e eu abro um
sorriso para ele.
— 6
anos de casamento e você não conhece a esposa que tem.
— Eu
não quero que você saia! – ele fala firme
— Você
não manda em mim, você pode fingir que manda para os outros, mas você sabe que
não passa de um banana dentro dessa casa – eu abro um sorriso.
— Lorena,
eu não vou admitir – eu o interrompo.
— Boa
noite marido – eu saio de dentro do apartamento deixando ele falando sozinho.
Eu não suportava Alexandre e nem ele a mim, ele tentava
fazer igual todos os maridos da máfia, mandar na mulher, fazer elas submissa
mas ele sabe que comigo não funciona dessa forma.
Carlos era meu fiel companheiro em meus negócios e em meus planos
também, antes mesmo de me casar eu já tinha formado o meu próprio império sem
ninguém saber quem era que comandava.
Eu entro de um dos cassinos do México e de longe eu vejo
Juarez, o melhor amigo de Alexandre, ele iria me dizer o que tanto meu pai e meu
querido marido estão aprontando.
— Boa noite – eu falo colocando a minha bolsa em
cima da mesa e me sentando na sua frente.
— Lorena? – ele pergunta com a bebida – que surpresa.
— Eu precisava te encontrar.
— Precisava? – Juarez pergunta
— Relembrar os velhos tempos.
— Alexandre está a caminho.
— Sério? Um ótimo motivo para a gente sair daqui.
— Preciso encontrar ele, ele não vai gostar de te
ver aqui.
— Imagina se ele chega agora? Ver nós dois aqui
sorrindo um para outro , vamos dizer que ele consideraria uma traição.
— Lorena não me traga problemas.
— Dizem que tem um after nos fundos do cassino –
ele me encara – duvido que alguém vai abrir a boca que saímos juntos.
— O que você quer?
— Você sabe o que eu quero – eu coloco a minha mão
sobre a dele – você não vai resistir, não é mesmo? – ele pega o celular
— Ele chegou.
— Mais um motivo para a gente sair – eu me levanto
– vamos?
Juarez pensa um pouco mas ele não resiste, ele se levanta e saímos
pelos fundos do cassino, sempre que eu queria uma informação sobre Alexandre eu
procurava ele, sempre dava certo , ele era o braço direito do meu marido, sabe
tudo em tempo real.
Nos fundos do cassino tinha alguns quartos privados, para
clientes especiais, nos entramos e eu tranco a porta.
— Desliga o celular, ele vai ficar te ligando – eu
tiro os meus saltos e vou até o bar servir uma bebida para nós dois.
— Como me achou aqui?
— Você sabe que eu consigo tudo que eu quero.
— E sei – ele responde e eu sorrio para ele.
— Mas também estava com saudade de te encontrar, você
tem medo de mim, foge.
— Você sabe que se Alexandre descobrir, ele mata
nós dois.
— Esquece Alexandre – eu entrego a taça de bebida
para ele – me faz esquecer ele essa noite, por favor - eu falo beijando a boca
dele e ele corresponde o meu beijo.
(...)
Eu vou até o banheiro e limpo meu rosto e tomo um banho e
ele faz isso no outro chuveiro, tinha uma hidro e eu ligo a hidro, colocando a garrafa
de vinho e as taças ao lado, ele sai do banheiro e eu estava nua entrando na
hidro.
— Preciso ir – ele fala
— Não – eu olho para ele – você já deu um bolo
nele, não vai me deixar aqui chupando os dedos né? – ele abre um sorriso e anda
em direção a hidro.
Ele entra na hidro e eu volto a sentar em cima dele e entrego a
taça de bebida para ele.
— Pergunta o que você quer perguntar – ele fala e
eu abro um sorriso.
— Você me conhece – eu olho para ele – o que o
Alexandre e meu pai estão aprontando?
— Achei que você sabia disso.
— Você sabe que eles não me contam nada – eu digo
aumentando o ritimo em que eu sentava nele – você sabe que preciso de você e eu
te agrado muito bem, mereço se recompensada - eu beijo a sua boca.
— Seu pai vai passar a chefia da máfia para o
Alexandre, na volta do Brasil, você será a primeira dama da máfia oficialmente –
eu paraliso e olho para ele – achei que você ficaria feliz.
— Eu sou herdeira oficial dele – eu olho para ele.
— Sim – ele fala – mas quem assume seu marido,
imagina você assumindo – ele balança a cabeça rindo e eu olho para ele e abro
um sorriso.
— Imagina? – eu falo rindo – mulher assumindo um
cargo tão importante.
— Só se Alexandre morrer e seu pai também estiver
morto, ai não tem ninguém te obrigando você a casar – ele bebe a taça de vinho –
mas te garanto, você não quer isso.
— Não, eu não quero – eu falo para ele – eu prefiro
muito mais está aqui com você nessa hidro.
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