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So Depende De Você.

E agora?

Já fazem mais de 5 minutos que, eu estou aqui, sentada de frente a esses papéis de divórcio, e sem sei o porque de eu não ter assinado logo.

Enquanto eu assino ouço a impaciência de Jack, que chega ser palpável, o som que ele emite de suas narinas, deixa claro que ele não vê a hora de ficar livre desse casamento.

— Precisa de mais tempo?

Ele pergunta com a voz grossa e ignorante.

— Não! Estão aqui.

Assino de uma vez, e entrego os papéis ao mordomo. Ele sempre faz tudo que Jack pede, e mais uma vez aqui, servindo fielmente seu senhor. Ele pega os papéis e sai da sala, Jack fica ali parado me olhando, em um silenciador constrangedor, até que o quebra.

— Você pode ficar com a casa e tudo que há nela. Eu não quero nada. Mellie precisa de mim e estou indo ao seu encontro, não posso fazê-la esperar mais.

— Muito obrigado, parece até que está me fazendo uma caridade.

Respondo o deixando com mais raiva ainda.

— Não, não é! É seu por direito.

—Eu sei que sim. Agora pode sair da minha casa?

—Não vê a hora de ficar livre de mim né?

Ele diz com um sorriso fraco no canto da boca.

— Você pode ver o quanto.

Falo em um tom de sarcasmo, até porque não vou abaixar a minha cabeça pra ele, sempre fii uma ótima esposa, ele não tem do que reclamar.

— Ok. Tchau.

Ele responde e sai, mas quando chega na porta ele olha para trás e me dá um olhada que faz com eu me sentisse nua. Ele só me olhou assim uma única vez.

E foi quando, por um descuido nosso dormimos juntos. E não faz muito tempo, na verdade apenas 2 meses.

........

Me chamo Olivia, mas conhecida como Liv, filha de Oliver Macnally e Erica Macnally, os magnatas do Petróleo. Me casei com Jack Swarek. Meus pais eram amigos dos pais de Jack desde sempre, inseparáveis e leais em tudo.

Acontece que eles fizeram um tal promessa e com isso Tivemos que nos casar, os avós de Jack são pessoas ótimas, e na família promessa é dívida, e assim viemos parar.

Minha mãe morreu quando eu tinha 6 anos, então Com tudo isso, tivemos que cumprir esse contrato por 1 ano, não falo mais com o meu pai por causa desse contrato, mas não posso negar, eu me apaixonei, fazer o que né. Mas foi apenas eu, ele não sentia nada, ele é frio e calculista, tudo sai como planejada para ele, fora esse casamento.

Mais agora já foi, acabou, tanto pra mim quanto para ele. Agora ele pode ficar com o seu grande amor, se é que é amor de verdade, se é que ele ama alguém além dele.

Mas naquela noite, eu não posso esquecer jamais, eu me senti tão amada e tão feliz, ali nos braços dele, enquanto ele dizia o quanto eu era linda e encantadora.

Sei que não passou do efeito do álcool, mas eu me senti bem, como não me sentia há anos. Me senti amada e cuidada por ele, sendo tão gentil e amoroso, carinhoso e cuidadoso.

Mas tudo acabou pela manhã, quando ele acordou não se lembrando de nada, e eu saí do quarto antes que ele dissesse algo, tomei um banho, com a esperança de que a água levasse toda a minha vergonha e dor.

Ele vai embora e eu subo para meu quarto e tento organizar a minha mente. Tudo agora vai mudar, então eu preciso resolver o que farei da minha vida. Acabei de voltar de Londres, onde estava estudando e fazendo meu MBA, tenho que arrumar as minhas coisas.

Na verdade, acho que ele nem se lembra que hoje completavamos 1 ano de casados. E eu uma tola, achei que ele poderia ter um pouco de empatia.

No fundo eu achei de verdade, que um dia poderíamos fazer dar certo, eu achei que ele estava querendo isso quando me pediu que viesse. Mas só me enganei mais uma vez.

Arrumo minhas coisas no closet e desço para comer alguma coisa. Estou morta de fome, tenho estado assim há alguns dias. Comido mais que o normal, e dormido também. Não sei o que está acontecendo.

Vou até a cozinha e vejo que já uma torta de frango e tiro um pedaço, coloco num prato e levo para esquentar no microondas.

Sento e fico esperando, enquanto meus pensamentos voam, no dia eu eu tive que me casar para que o meu pai nao quebrasse a promessa que fez ao tio Charlie antes dele morrer.

Meu pai e meu tio, eram amigos e juntos criaram as empresas, e como dois idiotas fizeram essa promessa. Que quando crescessem seus filhos se casariam. Quem em são consciência faz uma promessa dessas?

E agora estou aqui, divorciada aos 19 anos, e nem sei o que fazer da minha vida. Mas eu sei que darei um jeito.

Saio do meu devaneio quando o microondas apita avisando que já está quente. Pego um talher e um copo de suco, me sento para comer, estou com fome e a cara está ótima.

Quando dou a primeira garfada, parece um maja dos deuses de tão gostoso que está. Mais algo muda depois de 2, 3 e 4 grafada.

Meu estômago se revira e saio correndo, porque se eu que tudo vai sair ali mesmo. Me abaixo no vaso e coloco tudo pra fora, meu estimado dói e eu me sinto fraca.

Como acabei de voltar de Londres, acho que pode ser o fuso e a comida, sempre que eu venho eu fico assim, mas dessa vez está mais forte. Mas depois de banho e um bom descanso, eu estarei novinha em folha.

Volto para o quarto e tomo um banho, ouço meu celular tocar e vejo uma mensagem de Dalila, minha amiga. Aviso que já cheguei e marcamos de nos vê amanhã.

Deito na cama e acabo dormindo em segundos, isso tem se repetido muito ultimamente, logo durmo e estou sempre com sono. Descanso e deixo meus medos e receios de lado, preciso renovar minhas forças para seguir em frente.

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Já está feito.

Nem sei porque realmente eu fiz isso. Eu e Olívia por mais que nossos pais fossem amigos a anos, e tivessem feito essa promessa, nos nunca fomos próximo. Ela sempre estudou e viveu muito bem, enquanto morava fora.

Nossos pais nos fizeram cumprir essa promessa, Agora estou aqui, aos 25 anos casado e ao mesmo tempo tendo que me divorciar.

Isso porque tenho uma namorada, essa que meus pais nunca aceitariam por ser pobre, e não pertencer á nenhuma familia da alta sociedade, ao contrário da Liv, que meus pais sempre amaram.

Temos uma casa e moramos juntos, mas na verdade eu só venho alguns dias da semana, o restante eu reverso no meu apartamento onde Mellie está.

Liv sempre foi uma mulher linda e muito inteligente, crescemos e nos tornamos pessoas totalmente diferente, ela sonhadora e feliz, já eu. Bom, eu sou um homem que preciso cuidar de tudo e todos ao meu redor, então sonhar e ser feliz não faz parte do pacote.

Mellie, eu conheci ela quando estava em uma cidade próxima, para uma reunião de trabalho. Eu saí da reunião e fui beber em um bar próximo e ela tinha acabado de ser demitida.

Nós conhecemos, conversamos e acabamos nos beijando, depois de um tempo nos reencontramos em um café, quando eu esbarrei nela, ou ela escarrou em mim, não sei ao certo, mas sei que desde então, não nos separamos mais e acabamos ficando juntos.

Tentei fazer meu pai ceder a ideia do casamento, mas não deu certo, e a Mellie? Ele nunca aceitou nem conhecer ela. Quando me casei com Liv, ficou claro que nós nunca teríamos nada, porque eu sempre amei a Mellie, e ela nunca me questionou nada.

Sempre foi uma ótima "esposa" para todos, sempre me apoiou e ficou ao meu lado quando eu precisei, mas a Mellie é diferente com ela. Não sei explicar. A relação flui e tudo parece leve.

Ela cuida de mim, me ajuda, faz todas as comidas que eu gosto, cuida das minhas roupas, e da casa, ela é maravilhosa.

Depois que Liv assinou os papéis eu fui embora, e não posso negar que senti uma coisa estranha, um sentimento de nem sei explicar. Enfim, agora poderei dar a Mellie o que ela sempre quis, um casamento.

Acontece que Mellie está doente, e só quer isso, ela só quer se casar comigo, com o amor da vida dela, e eu não posso negar isso a ela.

Cheguei em casa, e percebi que ela não estava na sala e nem cozinha, fui direto ao quarto, e ela estava caída no chão, sangrando e desacordada.

Eu entrei em desespero, a peguei nos braços e sai correndo.

— Calma Mellie, vai ficar tudo bem. Fica calma.

Corro com ela pelas escadas e chego ao meu carro, e vejo meu motorista que logo abre a porta já perguntando o que aconteceu.

— Senhor, o que houve ?

— Ela estava desacordada, vamos direto para o hospital.

Eu falo entrando e ele logo liga e da partida, durante o caminho eu tento acordar ela, mas ela não acorda de jeito nenhum, e muita sangue tinha em suas roupas e corpo. Eu não sei o que aconteceu, derrepente ela começou a se queixar de algumas coisas, eu não sei ao certo.

Quando chego no hospital, o médico dela vem correndo e leva ela pra dentro encima de uma maca ainda desacordada.

Levou algum tempo até que o médico retornou e veio me trazer notícias.

— Senhor Swarek, sinto muito em informar que o estado de saúde dela é muito grave. Ela está com uma doença que está a matando lentamente. Não há cura e nem nada que nós possamos fazer. Ela está acordada e quer conversar com você. E outra coisa, ela precisa de sangue. Urgentemente. Não temos aqui o tipo sanguíneo dela. Ela perdeu muito e precisamos fazer uma transfusão

— Meu deus, o que está acontecendo?

— Acho melhor o senhor entrar.

Ele me fala e eu não sei nem como reagir, não sei o que falar ou fazer. Eu sabia que ela estava doente, mas morrendo, isso já é demais.

Então eu fui até o quarto dela, ela estava pálida e muito fragilizada, e quando eu cheguei perto dela ela gemia de dor.

— Mellie.

— Amor, eu tô bem, eu vou ficar bem. Tá tudo bem.

— O que está acontecendo?

— Nada amor. Jajá eu estarei bem. Vem, fica aqui comigo.

— Agora não, vou atrás do que você precisa.

— Eu só preciso de você. Por favor.

— Tá ok.

Ela fala e eu acabo cedendo, sentado ao lado da cama dela, eu faço a ligação para a única pessoa que pode me ajudar ela agora.

— Estou indo aí me espera que já chego.

Falo e desligo, vou até ela e dou um beijo na sua testa e saio antes que ela fale alguma coisa.

Entro no carro, e peço que o motorista me leve de volta a casa. Quando chego vejo que está um silêncio enorme, e chamo, mas ninguém atende.

Droga de mania dela não querer ninguém na casa, ela sempre gostou de fazer tudo. Subo as escadas, e vou até o quarto dela, e vejo que ela estava dormindo, e tento acordar ela sem assusta-la.

— Liv, Liv, acorda. Preciso de ajuda.

Chama baixo para ela não levar um susto. Ela demora a acordar mas levanta olhando ao redor e se assusta quando me vê.

— O que foi Jack ? O que você está fazendo aqui?

— Preciso de ajuda, a Mellie ela precisa de sangue, quero que você doe pra ela. É urgente!

— O que? Você está maluco? Está achando que eu sou algum tipo de banco de sangue humano. Vai procurar no banco do hospital, eu hei.

— Não posso. Só você pode ajudar. O tipo sanguíneo só você pode.

— Você só pode estar de sacanagem! Me manda voltar no dia do nosso aniversário de casamento paga assinar o divórcio e agora que eu seja um banco humano pra sua amada? Vai a merda Jack. Eu heim

Ouço ela falar nervosa, e fico surpreso por vê ela assim, porque ela nunca nem levantou a voz pra mim, na verdade nós nunca nem brigamos, mas ouvir ela falar assim me assusta.

— Você vai, e vai agora.

Falo pegando ela pelo braço, e levantando ela, que fica nervosa e começa a reclamar, mas eu não tenho tempo, só posso contar com ela agora. Só ela pode salvar a Mellie, então não tenho o que fazer.

— Vamos.

Saio com ela sendo segurada pelo braço, e vamos em direção ao hospital, ela vai o caminho todo com a cara fechada, mas não tenho tempo para os caprichos dela. Preciso salvar a Mellie.

Quando chegamos ela vai direto para a sala de coleta e vai fazer os exames para saber se pode doar. Demora mais que o esperado.

Eu não vou ficar aqui sentado, então vou lá pro quarto fazer companhia pra Mellie. chego no quarto e vejo que ela estava nervosa e quando eu aviso que já temos o sangue ela fica mais tranquila.

Depois de algum tempo, vem alguém avisando que o sangue está sendo colido, então eu fico com ela até que venham trazer pra ela.

Ela acaba dormindo pelo tempo de espera, eu já estou ficando nervoso então decido que vou atrás, pra vê o que está acontecendo.

Quando chego na sala vejo que Liv não estava mais lá, e que uma outra mulher estava fazendo a colega.

— Onde está a mulher wuenu trouxe?

Pergunto para a enfermeira que estava ali parada com a mulher.

— Ela já foi embora, já fez a coleta, mas não foi suficiente, ela está anêmica, mas conseguimos outra pessoa. Estamos preparando o sangue, Jajá estará pronto para a transfusão. Só aguardar.

Ela fala e eu saio andando em direção a saída, e não veio nem sinal dela. Onde ela foi, e como assim, ela está anêmica? O que ela fez que não se cuidou?

Eu fico perturbado com isso, ela também pode estar doente e o que eu vou fazer? Eu fico pensando e decido voltar para o quarto.

Sento na poltrona e logo a enfermeira vem trazer o sangue e fazer a transfusão. Logo ela poderá ir pra casa.

Ficamos ali por um tempo, até que ela termina e o médico da a alta dela e vamos embora. Vou com ela pra casa e depois decido que vou atrás da Liv.

Quero saber o que houve com ela, ela não pode estar doente também.

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Que merda.

O cúmulo, Jackson achar quá eu tenho que fazer isso, mas eu nunca vi ele assim antes, ele está com medo ou apavorado, sie lá, só sei que ele segura em meus bracos e sai me arrastando até o carro, quando entro ele não fala nada, vai durante todo o caminho sem dizer uma palavra.

Quando chegamos, ele me deixa na sala para coleta e sai andando pelo hospital, procurando por ela. Claro, sempre ela, nós dois nunca tivemos chances. Ela sempre esteve ali, mesmo não estando, sempre esteve e ponto.

Quando a enfermeira começa a coleta ela diz que vai fazer um teste antes, colhe o sangue, minutos depois volta com o resultado, olha e diz:

- Você não pode doar, não vai poder ajudar a sua amiga.

Amiga? Haha Tá bom, não queria mesmo, mas por quê?

Pergunto querendo saber o motivo, pois sempre tive uma saúde de ferro. Até, que ela me responde.

- Você está anêmica.

- Ah sim. Vou me alimentar melhor.

Eu respondo e levanto quase saindo, até que escuto ela dizer.

— Sua amiga está morrendo, ela precisa de você.

— Minha amiga? Ela nunca foi. Só a vi uma vez apenas. Ela não é minha amiga. Estou indo.

Saio do hospital e vejo que está se armando um grande temporal, entro no táxi e vou embora.

Durante o caminho eu fico totalmente fora de mim, tente me concentrar e não consigo. Quando eu chego em casa, pago o valor da corrida, vou para o me sento na cama, tento manter firme a minha respiração e a minha sanidade mental.

Ódio e raiva é o que passam pela minha mente agora. Como ele pode fazer isso comigo. Me forçar a doar sangue e fazer isso tudo porque? Que amor é esse?

Deixo meu corpo cair pra trás e as lágrimas escorrem pelo meu rosto, me permitir senti aquilo, medo e angústia. Me vejo sozinha no mundo. Isso porque eu sempre tive Jackson mesmo que de longe. Agora estou só, e por mais difícil que seja, eu preciso fazer isso. Sinto dor e muito medo, mas eu vou dar um jeito.

Meu celular apita e é uma mensagem da avó dele, que sabe que eu voltei e quer me chamar para o jantar de aniversário do avô do Jack.

Responde que estarei presente e que eu não perderia por nada. E não mesmo. Sempre me receberam muito bem e fizeram de tudo pra que nós dois ficassemos juntos. Né jogo na cama e fico com meus pensamentos.

Estou aqui deitada quando ouço o voz do Jack na sala, me levanto e vou até ele. Vejo que Marisa minha governanta está falando com ele. Ele quer subir, mas ela não permite.

— Pode deixar Marisa, já estou aqui. E você também, porque?

— O que houve? Porque saiu do hospital sem doar o sangue?

— Só o que me faltava agora. Tá falando sério? Você está se ouvindo?

Falo com ironia e muita raiva, como ele pode pensar só neles? Até que ele responde!

— Eu não estou brigando Liv, o que houve? Porque não doou?

— Eu não doei, proque eu estou com anemia. E mesmo que eu não tivesse, eu não ia fazer isso. Mas como não valeria a pena brigar com você, fui. Muito obrigado por isso, assim pelo menos eu sei que tenho uma doença e preciso me cuidar melhor. Obrigada querido.

Falo com ironia e tentando esconder o meu nervosismo, mas seu interrompida por ele.

— Você não vê que ela está doente, e precisa de ajuda? Você não tem compaixão?

— Você está maluco? Eu não tenho compaixão? Ela precisa de ajuda sim, de um psiquiatra. Eu não sou médica, não sou psiquiatra e nem banco humano. Então resolva seus problemas e fora da minha casa. Não temos nada mais para resolver. Saia e feche a porta, e da próxima vez que voltar aqui, se digne a tocar a campainha. Você não mora mais aqui.

Falo e subo as escadas voltando para o meu quarto, e sinto minhas pernas tremerem, eu nunca falei assim com ele, e ele nunca falou assim comigo. Ouço o barulhos de raios e trovões. Me sento na cama e fico pensando. Sei que algo está errado, mas sei que eu não vou nunca mais me submeter a situações que eu não quiser. Ele que se dane.

Posso até ama-lo, mas antes disso eu me amo, e jamais vou deixar que alguém me humilhe ou me coloque em uma posição que eu não mereça estar.

Vou até o banheiro e tomo um banho, coloco uma roupa fresca e me deito na cama. Quando estava quase dormindo sinto fome.

Me visto e vou até a cozinha, como alguma coisa e ligo para minha melhor amiga. Combinamos de sair hoje, não posso beber, mas posso viver.

Volto para o quarto e me arrumo, coloco um vestido e me Maquio, coisa que eu não sou muito de fazer, mas eu também de estar bem e bem vestida.

Me arrumo e desço as escadas, vou direto para a boate que marquei com a Dalila, vamos dançar um pouco e aproveitar a noite.

Quando chego, desço e vou até a entrada, eu e Dalila sempre vínhamos aqui, então eu nem entro na fila, já entro direto e vejo que o lugar lá está cheio, costumávamos vir quando éramos mais. novas, dançamos e nos divertimos. Não bebo então a diversão sempre foi melhor, porque eu sempre cuidei dela.

Vou direto ao bar e me sento pedindo um drink sem álcool e não demora muito vejo ela chegar, abalando geral. Linda e muito extrovertida como só ela.

— Já chegou enchendo a cara né?

Ela fala implicando comigo mesmo sabendo que não bebo.

— E eu virei você né? Vem aqui. Que saudade.

Falo abraçando ela enquanto ela me aperta.

— Ainda está gostosinha e com tudo no lugar. Que delicinha. Que saudade.

Era sempre assim com ela. era uma alegria fora do comum.

— Vamos beber.

Ela grita e o garçom coloca uma tequila pra ela. Porque ele já sabe o que ela bebe.

— Minha amiga voltou e eu vou comemorar.

— Para garota.

Eu falo e ela bebe a tequila e me puxa pra piata de dança, e então vamos dançar e nos divertir essa noite.

Eu começo a dançar e me esqueço de tudo. Só sei que eu tenho que viver. E eu fazer isso comigo mesma.

Enquanto dançamos ela me puxa para o banheiro, apenas uma tequila e já quer ir ao banheiro. Vamos e ela fica na fila por uns 5 minutos. Logo que acaba voltamos para a pista, mas antes eu peço outro drink e volto a dançar.

Quando não sinto mais os meus pés, eu chamo ela para sentar e conversar.

Ficamos conversando por algum tempo, falo tudo o que aconteceu, e conto que agora sou uma mulher divorciada e que em breve meu querido ex marido será casado com outra.

Ela como sempre ri da minha desgraça e diz que é bem feito. Porque quando meu pai me disse para casar eu não fui contra e aceitei. Tudo bem que não foi assim, mas, é, foi assim mesmo. O que eu fiz? Nada?

Aceitei e me casei, e agora eu estou aqui divorciada e possivelmente grávida. Que ironia né? Quando assino os papéis do meu divórcio, descubro que ele vai se casar com outra. Seria cômico se não fosse trágico.

Conto que recebi uma mensagem dos avós dele para o jantar de aniversário do avô dele. Ela já de prontificou para ir, mas quando digo a hora e o dia ela desiste, porque vai trabalhar.

Ficamos ali por algum tempo e vejo que o garçom quando eu chamo não vem, e quando vem me entrega uma garrafa de água e um copo com gelo.

Eu não entendi nada, mas quando eu olho, ele está apontando para trás e vejo um homem sentado de pernas cruzadas me dando tchau.

— Mas que merda!

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