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Forjando O Futuro.

Capítulo 1 - Forja do destino

Vou lhes contar como como rompi o tempo em uma experiência cósmica, ao ser obrigada a ler um livro antigo sobre a vida trágica de uma contadora do século XVIII. Nunca imaginei que teria o privilégio de acessar a minha alma com outra personalidade. Não foi uma experiência fácil e tranquila para mim, pois tive que vivenciar as dores de Teresa. Sim, um dia tive o nome de Teresa, vivi no período da chegada da Corte portuguesa ao Rio de janeiro fugida da perseguição ferrenha de Napoleão Bonaparte. 

Tudo começou quando em uma aula de direito penal. Estava sentada ao lado da minha melhor amiga e o professor olhou todos da sala com ar de dureza e foi entregando livros antigos de sua biblioteca pessoal. Quando foi a minha vez ele me entregou um livro velho surrado de capa de veludo. Olhei para o livro torcendo o nariz já que ele me daria longas crises de renite. Assim que o toquei senti o mesmo quente na temperatura da pele humana. Assutada deixei o livro cair no chão sobre olhar acusador de meu professor:

_ Algum problema com o livro?

Perguntou ele levantando a sobrancelha grossa. Fitei seus olhos azuis e vi nele o desejo perverso de me prejudicar em sua disciplina, pois o homem me odiava sem motivos.

_ Nenhum senhor.

Respondi com vontade de jogar o livro em sua cabeça calva. Saí tarde da faculdade acompanhada de Francisca, corremos até o carro sobre a chuva forte que castigava a cidade de Lisboa. Assim que chegamos em casa troquei de roupa e me joguei na cama quentinha com o maldito livro nas mãos. Ao abrir o mesmo senti o meu coração acelerar e ao ler a  primeira página do livro  me vi no corpo de Teresa vivenciando suas dores e sofrimentos. 

Senti o gosto amargo na boca da fome, e me vi a tocar uma nota novamente no piano quando a régua de madeira desceu sobre minha mão já ferida, me causando grande dor, trinquei os dentes para suportar a nova onda de fúria do homem. Gordo cruel que vivia a me criticar e humilhar em todas as ocasiões. 

Meus olhos se encheram de lágrimas que não chegaram a cair. Afinal não era a primeira vez que suportava os abusos daquele homem perverso e mesquinho.

_ Desde do início, garota estúpida.

Disse o professor de piano dando as costas para mim com olhar duro, cruzando as mãos sobre as costas segurando a pesada régua de madeira.

Tomada de ódio,  executei os movimentos e a música completa, transmitindo para a melodia os sentimentos que tomavam conta do meu ser. Já que era a única forma de me expressar naquela casa infernal onde a comunicação se resumia a receber ordens e a executar.

No final da execução olhei para o homem com um brilho de satisfação nos olhos.

_ Não é tão obtusa como pensei! 

Falou o senhor barrigudo para mim, com um olhar maligno decidido a apagar o brilho nos meus olho falou:

_ Novamente desde o princípio.

Batendo com a pesada régua em meus ombros rígidos. Causando grande dor em meu ser. Não daria a ele o prazer de me torturar por horas a fim, decidida a não demonstrar os meus sentimentos, me tranquei dentro de mim mesma.

Deixei cair algumas lágrimas por minha face. Devido ao golpe inesperado.

_ Demonstração de dor e fraqueza somente irão motivar maior crueldade contra ti estúpida.

Disse o homem batendo em minha mão com dureza. Novamente a dor cortou o meu ser e a indignação a minha  alma.

Em silêncio toquei o maldito  instrumento por horas de forma sistemática, concentrada na execução das notas e movimentos. 

Fechando minha mente para as palavras ofensivas e malignas ditas por ele, que buscava me desconcentrar para ter motivos para me torturar com novos golpes de sua régua.

O sol já estava se pondo no horizonte quando o homem se deu por satisfeito.

_ Escute garota. Hoje pode me odiar, mas no futuro irá me agradecer por lhe ensinar o poder do controle das emoções.

Me levantei realizando uma reverência a ele saindo pela porta pesada de madeira com a mão machucada inchada. 

No meio do corredor que dava acesso ao meu quarto encontrei a figura gorda de minha madrasta que me olhou de forma crítica. 

_ Suba e se prepare para o jantar. Não demore, estou com fome. 

Disse ela de maneira maligna, já que aquela seria a minha primeira refeição no dia.

A fitei sem emoção e subi as escadas calada, me vestindo com grande dificuldade devido às mãos doloridas.

Olhei no espelho e constatei as marcas escuras no meu corpo pelas agressões sofridas pelas mãos críticas de meu preceptor.

Vesti as roupas surradas escondendo as marcas em minha  pele e desci as escadas silenciosas encontrando a mesa vazia.

Meu estômago doía pela ausência de alimentos.

Aguardei a chegada dos meus pais em silêncio sentado à mesa após a sua permissão.

Comi pequenas porções apesar da fome que me queimava, pois, segundo Mercedes minha madrasta, tinha que ter o corpo magro e agradável aos olhos de meu pretendente. Ao contrário da megera que era gorda como uma leitoa com cria. Pensei eu a observando disfarçadamente.

Sebastiana uma escrava que fazia a função de governanta me observava com olhar triste já que estava cansada do sofrimento imposto a mim desde muito cedo. Com 18 anos me tornei uma jovem vazia de alegria e sonhos. Em silêncio com o coração apertado ela me olhava fixamente com a mente tomada por uma decisão que mudaria meu futuro para sempre.

_ Amanhã teremos a visita do senhor Lisboa com o seu filho. Ele é um comerciante de escravos bem quisto na corte. 

Disse o homem fitando a esposa e depois a filha.

_ Quero que a casa esteja a brilhar.

_ Será feito conforme a sua vontade.

Disse a mulher sem emoção.

_ Quero Teresa deslumbrante para essa ocasião.

Não demonstrei a minha indignação, mantendo o controle das minhas emoções.

_ Quero que impressione o filho de Lisboa com sua inteligência e dotes musicais. Entenda que foi criada para desposar esse jovem. E que faça isso a todo custo.

Ordenou Afonso a filha já que necessitava daquela união para ter acesso a corte do rei recém-chegado de Portugal.

 Olhei para ele e meus olhos verdes esmeraldas demonstraram o vazio de minha alma.

_ Claro, meu pai.

Disse a ele sem emoção.

No final do jantar subi as escadas deixando o casal sozinho.

Pela porta ouvi ambos conversarem.

_ Escute Maria Mercedes, quero essa menina deslumbrante, isso inclui o uso das joias da mãe dela.

A mulher ficou em silêncio cheia de mágoa.

_ As joias são dela e não suas.

Disse o homem cortando o mal pela raiz.

A mulher o fitou indignada e em silêncio. 

Afonso deu as costas para ela em silêncio, indo à janela fitando o túmulo solitário no jardim.

_ Quando me casei com você, não lhe prometi nada, então não me cobre. A partir de hoje não levantará as mãos contra Teresa e nem promoverá novos abusos contra ela. 

Disse ele sem emoção.

A mulher assustada compreendeu que ele tinha pleno conhecimento de sua disciplina cruel ministrada contra a menina.

_ Quero que dispense o preceptor musical em breve já que seus préstimos já não são mais necessários.

_ Tudo será feito conforme sua vontade.

Disse a mulher saindo pela porta com olhar cansado. 

Francisco olhou para o túmulo da esposa que tanto amou e cansado pensou que sua filha não sofreria como ele por amar alguém. Já que forjou o seu caráter para ser imune ao amor e sentimentos.

Sebastiana testemunha silenciosa observava tudo com o coração cheio de indignação.

Capítulo 2- Despedidas 

Na manhã seguinte desci as escadas indo para a sala de estudo encontrando meu preceptor a empacotar as coisas com olhar duro.

_ Meu trabalho está terminado.

Disse ele marchando até mim passando os dedos em meu rosto belo e pálido.

Me afastei dele já que sentia nojo, o homem sorriu triste.

_ Você nunca entendeu as lições que lhe dei nesta área.

Disse ele tristemente.

_ Você saberá agradar um homem na cama e não agirá como uma garota patética entre os lençóis.

Revi em minha mente enojada o homem a me tocar com suas mãos velhas me fazendo o tocar para lhe dar prazer.

Sentia nojo dele que justificava suas ações como lições de intimidade. Agradecia nunca ter consumado os atos de intimidade devido a manter minha pureza.

_ Você será entregue a um garoto mimado e imbecil, de uma nobreza decadente. Preste atenção na última lição que irei lhe dar. Nunca permita que ele a toque antes do casamento. Não permita que ele tenha conhecimento pleno de sua inteligência, uma mulher inteligente é alvo de disciplina dura, seja submissa demonstre sua inteligência com sabedoria. Nunca escancare a burrice do rapaz.

Fitei o velho homem calada.

_ Boa sorte pequena.

Disse ele dando as costas para mim que sentei no piano tocando uma belíssima melodia que encheu a sala.

_ Você toca perfeitamente.

Disse meu pai ao fundo.

O ignorei  e em silêncio continuei a tocar a peça ao final. 

Mercedes entrou na sala e olhando pai e filha sentiu raiva e inveja da garota.

Fitou a moça cheia de medo, apesar de todas as maldades que havia feito a ela a mesma florescia como uma flor exótica. Seus olhos verdes eram duas pedras preciosas geladas, sua boca naturalmente rosada era cheia e convidativa. Os cabelos negros caiam pelas suas costas em cachos gloriosos e o seu corpo magro era cheio de curvas bem modeladas.

Irritada trazia nas mãos o baú de madrepérola com as jóias de minha mãe.

Meu pai pegou o baú em suas mãos e me entregou.

_ Hoje terá que impressionar o filho de Lisboa. Não falhe nesta ação já que foi preparada por toda sua vida para esse momento.

Olhei para o homem frio sem emoção, apenas me via como moeda de troca.

_Suba e se arrume para a noite.

Fiz conforme as ordens do meu pai sem qualquer vontade, passei pelo ritual de preparação, sendo esfregada por minutos pelas servas. Banhada com óleos perfumados. Por horas fui penteada e vestida com um vestido verde da cor de meus olhos que deixava o meu busto à mostra. Os cabelos negros caiam em uma cascata de cachos negros até as minhas costas. Ostentei uma gargantilha de ouro branco com esmeraldas delicadas salpicadas de pequenos diamantes. As luvas de cetim cobriam minhas mãos calejadas e doloridas.

Batidas suaves ecoaram pela porta.

_ Está na hora menina.

Disse Sebastiana observando a minha figura deslumbrante.

Capítulo 3 - Encontro.

O português Lisboa chegou as 18:00 horas em ponto.

O homem crítico observou a limpeza esmerada do luxoso casarão. Constatou que o senhor de escravos tinha uma boa condição financeira e bons recursos a sua disposição.

O anfitrião o guiou para sala de música apresentando a esposa aos recém-chegados. Lisboa fitou a dona da casa com desagrado já que além de feia, demonstrava falta de refinamento e graça. Aguardava para ver a filha, esperava que a moça não fosse como a senhora a sua frente.

_ Minha filha é fruto de meu primeiro casamento. Sendo uma flor de menina.

Disse o anfitrião percebendo o desagrado do comerciante com a sua esposa.

O homem fitou o grande piano e perguntou entusiasmado:

_ Quem toca essa máquina maravilhosa.

_ Eu senhor.

Disse a dona da casa, para o desagrado do marido.

 Alguns minutos se passaram e todos estavam sala ouvindo a música tocada com enfado. Ao lado do rico comerciante estava um jovem de cerca de 28 anos de olhos azuis-claros e cabelos castanhos. Desci as escadas sobre o olhar atento do rapaz que me fitava com atenção.

_ Seja bem-vinda a nossa reunião.

Disse o meu pai indo ao meu encontro segurando a minha mão, me  levando para o centro da sala ao lado dos demais.

Realizei uma reverência e sorri. 

Joaquim ficou encantado com o meu sorriso, não notando que ele  não chegava aos meus olhos.

_ Toque para nós minha filha.

Disse o meu pai, de modo a impressionar o velho Lisboa.

Sentei a frente do piano e toquei a música ensaiada até à exaustão pelo preceptor. 

Lisboa sorria, pois sua futura nora deveria ter dotes únicos a serem apresentados ao rei e a corte.

_ Sabe cantar?

Perguntou Joaquim emocionado.

A jovem o olhou e sorriu graciosa e falou:

_ Sim, meu senhor.

_ Cante para nós.

Pediu o velho português.

_ O que gostaria de ouvir, meu senhor?

Pergunteu em voz melodiosa.

_ Uma canção de minha terra.

Pediu ao homem com saudades de Portugal.

A voz melodiosa da garota ecoou por todo casarão sendo ouvida na rua. Os versos contavam a história de uma garota que havia perdido o noivo para o mar e o esperava todas as noites à sua volta.

Os convidados estavam com os olhos cheios de lágrimas devido à emoção empregada na execução da canção.

Joaquim estava encantado com a beleza da garota e seus dotes musicais.

A madrasta a fitava  irritada com inveja dos dotes da garota, chegava sentir dor em seu corpo ao observar os olhares de admiração de todos para a figura jovial da menina.

_ O jantar está à mesa.

Disse a governanta ao casal de anfitriões que sentaram na mesa posta com delicadeza e sofisticação.

Lisboa, horrorizado, percebia que os modos na mesa eram rudimentares dos pais da jovem. Já Teresa comia de maneira delicada atenta a conversa do rico comerciante com o seu pai.

_ Concorda que a abertura dos portos causaram danos a cidade do Porto?

Perguntou o homem preocupado com as aberturas do porto do Rio de Janeiro para o comércio com a Inglaterra.

_ Concordo contigo, meu amigo.

Disse o anfitrião bajulando o convidado.

_ Penso, ao contrário de ambos, a chegada da corte ao Rio trará progresso ao nosso amado, Brasil. E você Tereza, o que pó pensa sobre isso?

Perguntou o jovem a garota que molhou os lábios com o vinho e sorrindo falou:

_ As aberturas dos portos trarão riquezas e progresso ao povo de nossa terra, prejudicando os comerciantes de Portugal. Cabe a nós, buscarmos aproveitarmos esse momento para estabelecer bases sólidas de nossos negócios para que a volta da família real a Portugal em breve não nos impacte.

O homem surpreso fitou a garota refletindo sobre suas palavras.

_ Não é que a rapariga tem razão.

Disse ele alegre por ver que a menina entendia de negócios.

Joaquim estava extasiado com a inteligência da jovem.

Ao longo do jantar, Teresa demonstrou sabedoria e traquejo social, demonstrando refinada educação. Joaquim a convidou para dar uma volta no jardim a frente dos pais de ambos.

 A jovem dissimulou alegria com o pedido descendo as escadas ao lado do rapaz. 

_ És muito bela.

Disse ele a fitando.

Ela nada disse marchando para uma roseira tocando uma rosa com as pontas dos dedos.

_ O que espera do casamento?

Perguntou ele à garota que acariciava a rosa com as pontas dos dedos.

Sorrindo como havia sido instruída por seu professor, passou por ele e soprou em seu ouvido em voz melodiosa 

_ Amar e ser amada.

O coração do rapaz romântico foi a pico com a declaração da jovem.

Capítulo 3 - Luxúria x amor

Joaquim sentiu em seu coração que aquela jovem era sua eleita.

Ao se despedirem do casal, o rapaz na carruagem a caminho de casa, fitou o pai emocionado e falou:

_ Quero desposar Teresa.

_ Gostou da rapariga?

Perguntou o pai alegre com a escolha do filho que sorria alegre ao pensar na jovem.

_ Como não, meu pai. Ela é linda e culta.

_ Amanhã procurarei o pai dela para firmar compromisso.

Sorrindo, o jovem chegou em casa e se deitou na cama a sonhar com a jovem.

Assim que o sol nasceu, o velho Lisboa mandou um mensageiro a casa de Afonso solicitando sua presença para tratar do noivado dos filhos.

O senhor de escravos satisfeito foi a casa do comerciante e ambos acordaram o noivado dos filhos para o casamento em um mês.

Mercedes, enfurecida, foi obrigada a devolver as joias de Teresa e seus vestidos, além de permitir que a jovem se alimentasse de modo a ganhar um pouco de peso, já que o comerciante alegou que ela estava magra demais.

Ao longo daquele mês Teresa se encontrava com o noivo repelindo suas demonstrações de afeto. Fato que deixava frustrado já que estava acostumado a ter intimidade com as mulheres.

O tormento de Joaquim começou quando o seu pai começou a exibir sua noiva perante a corte portuguesa. Via nos olhos dos homens a cobiça e o desejo por ela que se tornou a nova sensação da corte.

Joaquim queimava de desejo e ciúmes por Teresa, que a cada dia se revela uma mulher inteligente e fria a seus olhos. Já que não permitia que ele a tocasse de maneira desrespeitosa. O seduzia e o dispensava ao seu bel-prazer.

A jovem jogava o jogo na corte flertando com os homens poderosos, conseguindo perante o olhar assustado dos outros comerciantes contratos vultosos para o sogro e o pai.

Joaquim sentia raiva pelos olhares que os homens davam a ela e a energia gasta por ela nesta dança de poderes. Quando estavam sós a mulher era fria com ele que fervia de ódio por ser rejeitado em suas demonstrações de afeto.

Joaquim a observava flertar com o jovem príncipe real, que demonstrava grande interesse pela nova cantora oficial da corte.

Lisboa ganhou grande prestígio na corte por apresentar o jovem rouxinol ao soberano.

Joaquim, frustrado, caiu de cabeça nos negócios do pai no porto e lá ele conheceu Jacira, uma jovem cabocla de pele avermelhada, cabelos negros lisos e boca carnuda. A jovem não se fez de rogada perante o interesse do rapaz, tornando-se sua companhia constante no porto. Joaquim, cego pela luxúria, acreditava estar completamente apaixonado pela jovem sedutora, passando os dias entregues aos seus braços.

Os dias foram passando e nas vésperas do casamento Lisboa foi ter com o filho que passava os seus dias a sorver bebidas e a estar com a mestiça. Às más línguas diziam que ele se alternava entre a princesa espanhola e a mestiça imunda, levando uma vida de devassidão e bebedeiras. Os nobres agradeciam de não terem casado suas filhas com um homem preguiçoso e devasso. Por onde passava Lisboa era alvo de olhares desdenhosos e falas maldosas. A cada passo compreendia que a situação do filho se agravava e era questão de tempo chegar aos ouvidos do príncipe regente as aventuras com a princesa espanhola. O coração de Lisboa estava cheio de preocupação e temor com a sorte do rapaz. Além do cerco do príncipe juvenil a Teresa. A jovem era foco de atenção na corte e todos falavam da solidão, que era delegada e de estar sempre só nos eventos, sendo uma tentação para os homens solteiros e casados.

Com passos rápidos chegou até o seu armazém escutando os barulhos da cúpula do filho com a mestiça e furioso abriu a porta encontrando o filho em pleno ato com a mulher.

_ Que loucura é essa!

Exclamou o homem estalando seu chicote aos pés do casal. Os despertando do frenesi diabólico que haviam se entregado. A mulher saltou de cima do rapaz tentando cobrir o seu corpo com os seus trapos. Com os olhos preocupados, fitava o chicote na mão do velho pronto para lhe cortar a carne.

_ Quem é essa imundícia?

Exclamou o homem chicoteando a carne da garota que saiu correndo rumo a porta.

_ Pare meu pai! Essa é a mulher que amo.

Disse o jovem apavorado observando a mulher correr para fora do barracão de madeira.

_ Você não sabe o que é amor!

Exclamou o homem com desgosto.

_ Claro que sei o que é amor. E fogo que queima a carne.

Disse o rapaz vestindo as calças.

_ Seu tolo, isso é luxúria.

Gritou o pai e enfurecido.

_ Não vou me casar com Teresa. Ela é fria e inconstante. Vive a flertar com o príncipe imperial.

_ Você é um obtuso. Ela faz o que lhe peço, seu paspalho. Graças a ela conseguiu vários contratos com coroa

_ Não importa. Não me casarei com ela.

Indignado, o velho comerciante gritou:

_ Tragam a imunda.

Para surpresa de Joaquim, Jacira foi levada até o poste central da construção amarrada a ele.

_ Faça o que digo ou ela pagará.

Ameaçou seu pai estalando o chicote aos pés da jovem que assustada olhou para o rapaz.

No cair da noite, o jovem acompanhou o pai em um sarau no palácio imperial. Lá viu Teresa vestida como uma francesa com o busto delicado a mostra, a jovem vestida com um vestido de cetim pérola parecia um anjo por tamanha beleza. Ela cantava uma canção sobre um jovem obrigado a se casar com uma mulher fria pelo desejo egoísta de seu pai.

Para Joaquim aquela canção era uma provocação. Passou a noite a beber descontroladamente a ponto de sentir as pernas bambas. No alto da noite viu Teresa caminhar para longe da agitação, seguida pelo príncipe. Seguiu os dois e observou o homem a abraçar. Enfurecido puxou o punhal do bolso e tentou golpear o príncipe acertando o peito da garota que caiu ao chão, falecendo em segundos

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