Chamo-me Breno Cardoso, moro em São Paulo e trabalho como cirurgião pediátrico, num dos maiores hospitais daqui.
Vivo e respiro esse lugar, não tenho ninguém, quando digo ninguém, é ninguém mesmo.
A minha mãe engravidou, de um homem desconhecido, sabe aquelas loucuras de momento? Então assim que fui gerado.
A minha mãe Clara Cardoso, como se chamava,foi jogada para fora de casa,rejeitada pela família, quando contou da gravidez.
Morou por semanas na rua,mais teve algumas ajudas, e conseguiu um teto para morar, vendia balas e tudo que podia nos semáforos, e batendo em casa e casa.
Minha mãe foi guerreira, tenho orgulho da mulher que foi. Poderia ter-me abandonado, mais não, lutou junto de mim.
Ela amarrava-me, com umas faixas no seu peito,quando era bebê, e não me soltava por nada,é saia a vender as suas balas.
Juntou alguns trocados,e começou a fazer marmitas para vender, comprou uma mochila térmica, e saia nos comércios oferecendo.
Ela ficou bem conhecida, como a senhora das quentinhas,que até conseguiram uma vaga na creche, para eu ficar. Assim ela trabalhava mais tranquila.
Ela contava-me ,que a creche foi um presente, pois lá, recebia todas as refeições, brincava,dormia o meu soninho da tarde.
Muitas vezes, quando ela ia-me buscar, nem queria ir embora,de tanto que gostava,e assim ela ficava mais aliviada, que estavam-me tratando bem.
Mais como nem tudo são flores,um belo dia a vigilância sanitária a parou, e proibiu a venda das marmitas,alegando está mal conservadas.
Os comerciantes foram todos,em defesa da minha mãe, assim ela não foi multada, mais proibida de vender.
Quando foi-me buscar na creche, contou o acontecido para diretora, e disse está perdida, como faria agora,para me sustentar. A diretora a acalmou, e disse que tudo se resolveria, que poderia contar com ela.
Minha mãe daquele dia,foi para casa muito triste. Ela contava-me, que conversava comigo,e explicava toda a situação, e eu só a olhava e sorria, como se estivesse entendo tudo. Mais o meu sorriso,era o que a dava esperança, que tempos melhores viriam.
No outro dia ela foi me levar a creche novamente, como um dia normal, com medo de perder a creche, agora sem trabalho, mas não.
A diretora ofereceu-lhe, uma vaga de trabalho, onde limparia a creche, e ajudaria em tudo que pudesse. Claro que ela aceitou, com muita alegria, e foi assim que fui crescendo.
Dona Valesca,como a diretora era chamada,foi um anjo enviado por Deus,ela praticamente ajudou a minha mãe a me criar ,por algum tempo.
Mais já era uma senhora,e tempos depois se aposentou, teve Alzheimer e os seus filhos o levaram para uma clínica, em outro estado, e nunca mais soubemos dela.
Mesmo assim ,minha mãe continuou a trabalhar na creche, até descobrir ter leucemia já avançada.
Todo o seu tratamento foi feito num hospital público, que não é nada bom, não tínhamos recursos para pagar nenhum exame sequer, então a sua situação só piorou, levando a sua morte e me deixando sozinho.
(...)
****recado****: oie voltei ,pensei muito ,mas estou aqui novamente, e gostaria de pedir para vocês, que se não gostarem da história, só não ler ok? recebi algumas mensagens na outra história, que me deixou com medo, mais voltei por muitas outras que amaram. Erro de português terá com certeza, só marca que arrumo, não precisa ofender,é isso espero que gostem. Beijos 🙌😍
Moro num apartamento bem próximo ao hospital,assim chego mais rápido em casos de emergências, como disse,vivo para minha profissão.
Não tenho ,e nunca tive esse negócio de namorada ,o que tive próximo a isso,foi na minha adolescência, meu primeiro amor Dandara ,amei e pensava que também era amado,perdemos juntos a virgindade ,era algo forte ,até ela duvidar de mim, algo que jamais faria.
Fui injustiçado, acusado, por ser pobre e ter conseguido com muito esforço e estudo,uma bolsa de estudos,num dos maiores colégios particulares de São Paulo,só tinha esse motivo ,não achava outro , a não ser esse.
O fato é que ,não era aceito lá, não fazia parte daquelas pessoas ,de longe se via ,que até minhas roupas eram bem abaixo ,do valor que as dos outros tinham.
Isso aconteceu um pouco antes da minha mãe falecer,e consegui esconder tudo dela, implorei para que não a contassem ,ainda mais sendo algo que não fiz, não queria que seus últimos dias de vida, fossem achando que eu era um delinquente, ou até mesmo, triste por ser acusado injustamente, e não poder fazer nada .
Dandara não acreditou em mim, acreditou em seu irmão, e seus amigos play Boys. Chorou dizendo que mesmo me amando, não poderia ficar e nem perdoar uma pessoa que cometeu um crime.
Implorei que me escutasse, e que não acreditasse, que era tudo mentira ,mais não resolveu.
Fui escorraçado da escola, pior que cachorro de rua ,então tive que voltar para escola pública, e o mais engraçado, que se fiz mesmo o que estavam dizendo que fiz , era para terem me levado a polícia, mais não ,só me retiraram do colégio. Isso era para Dandara ter percebido ,mas também não fazia mais questão. O mesmo jeito que aprendi a gostar dela ,iria aprender a desgostar.
Me esforcei e estudei muito,meus dias de folga do trabalho,onde vendia cachorro_ quente ,numa barraquinha ,passava na biblioteca pública estudando, e foi lá nos livros, que me apaixonei pela medicina, mais específica Pediatria cirúrgica.
Hoje é meu aniversário, estou comemorando meus 36 anos,aqui no refeitório do hospital,agradeço por estar com poucas pessoas.
Saio dos meus pensamentos do passado ,retiro a foto da minha mãe da carteira ,coloco meu cupcake ,aqueles bolinhos que só umas duas mordidas já acaba, em cima da mesa.
_ oi mãe, hoje estou mais um ano mais velho._ sorrio. Olho para foto dela ,que está com um sorriso encantador, é como se ela me desejasse parabéns.
_ bom dia médico magia.
_Frederico já disse para não me chamar assim ._ falo guardando rapidamente a foto da minha mãe.
_ médico gato? Sexy? Melhorou? _ fala se sentando.
_ também não Frederico, tenho nome. _ falo sério.
_ tá bom doutor, irei me comportar, tentar pelo menos. Agora me diz, que carinha linda de felicidade é essa? Difícil te ver assim.
_ nada de mais ,um dia normal como qualquer outro.
_ normal? Não gato ,ops desculpa ,doutor. _ sorri .
Normal séria você sentando ,mexendo na testa ,e com um copo de café na mão. Não essa cara feliz ,e um cupcake sobre a mesa, com bolinhas azuis.
_ hoje é meu aniversário. _ falo bem baixo ,um sussurro.
_ o quê? Não escutei. _ fala se aproximando mais de mim.
_ meu a.ni.ver.sá.rio entendeu?
_ QUÊ? ANIVERSÁRIO? entendi. _ ele grita.
_ fala abaixo merda ,quer que todos escutem?escandalosa. _ falo bravo.
_por quê? Vai me punir? Estou esperando por isso faz tempo ,doutor gato. _ fala debochando.
_ para de palhaçada Frederico. _ falo já me levantando.
Tenho uma cirurgia marcada, e já que gostou das bolinhas azuis ,pode ficar para você.
_ adoro bolas doutor,e o resto que as complementam, ainda mais quando é você que me dar. _ fala e pisca para mim.
Reviro os olhos ,e me viro para sair ,quando dou alguns passos Frederico grita.
_ PARABÉNS DOUTOR BRENO!
Filho da mãe, nem olho para trás, sigo para sala de descanso,onde me troco e vou para cirurgia, o meu bipe não para de tocar.
(....)
Já no corredor do hospital, vem Frederico saltitando e sorrindo quando me ver.
_ não quero papo com você. _ digo.
_ fica sexy bravo doutor._ fala circulando com os dedos o meu jaleco.
Não dou papo, se não ele não para de falar. Frederico e obstetra no hospital, estamos quase sempre juntos, na maioria das vezes em partos prematuros.
Homossexual assumido, ele faz a festa da mulherada, muito competente,e seu jeito feliz,é o que faz o seu sucesso de ótimo médico se espalhar, fazendo gestantes até de outros estados vim para cá, se consultar com ele.
É o único que falo ,além de um bom dia ,tarde e noite ,mas tem que cortar ele,se não vai longe. Ele é o único que sabe da minha história.
Já teve boatos de estarmos tendo um romance, Frederico adorou, aproveitou a situação, e colocava até a mão no meu ombro, quando vinha alguém pelos corredores. Era uns dos poucos momentos que caia na gargalhada.
Não ligava para o que falavam, depois da injustiça que fizeram comigo,coloquei na cabeça, que só a palavra de um homem não vale de nada,temos que ter provas,e mesmo assim muitas vezes,não resolve. E também Frederico, é um homem fantástico, deixa assim, não me importo.
Como não tenho e nunca tive,nenhum caso aqui no hospital, não ligo para nada,além de fazer o meu trabalho bem-feito, são vidas nas minhas mãos.
Chego na sala de lavagem das mãos, fico ali me esfregando por uns dez minutos,e aproveito para fazer a minha oração, fecho os olhos,peço para Deus fazer o que o homem não pode,é uma criança ali,e tem uma vida toda pela frente.
Entro na sala,e todos já estão a minha espera,junto do menino de cinco anos,já anestesiado, para uma cirurgia de refluxo vesecoutural,é simples e rápido.
Trinta minutos apenas, já estou indo falar com os seus pais, para dar a notícia que está tudo bem.
Pais: doutor como ele está. _ perguntam ao mesmo tempo ,ansiosos por notícia.
_ foi tudo bem,ele está na sala de recuperação, e logo subirá para o quarto. Não se preocupem, o seu filho é forte, se saiu muito bem.
Pais: graças a Deus, muito obrigado doutor.
Despeço-me deles, e sigo para tirar minha roupa,acabou o meu plantão, e amanhã tenho folga.
Otto:doutor Breno._ diretor do hospital me chama.
Breno: Doutor Otto.
Otto: Daqui a dois dias,chegarão novos estagiários . Então já sabe que terá que ficar com um,e peço paciência, a sua fama não é as melhores sobre isso.
Breno: Sei sim, não gosto muito, mais sei que tem que ser assim, tentarei ter paciência.
Otto: certo! Será decidido no dia ,e por sorteio.
Breno:ok Doutor,mais algo?
Otto:quero saber como está, se tem algo que precise. Sabe que pode contar comigo,para tudo .
Breno:estou bem Dr Otto,não preciso de nada,além de um bom descanso,mas obrigado.
Otto: ok então, qualquer coisa estarei aqui. Pode ir para seu descaso.
_ até Doutor Otto.
_ até menino Breno.
Até hoje não entendo esse tratamento que Dr Otto me dá, com os outros ele não é assim. Penso que por ser desconfiados com as pessoas,tudo acho estranho.
Troco-me, e sigo para o estacionamento, moro perto, mais quando tenho planos,venho de moto. Tem um lago, onde gosto de ficar sozinho, e como são quatro da manhã, não terá ninguém.
Chego no lago,e como já conheço, retiro as minhas roupas, e me jogo na água.
Fico ali por algum tempo,nadando e me refrescando, até olhar para uma pequena faixa de areia grossa ali.
Uma bela mulher, está tirando sua roupa, ficando só de lingerie,e que belo corpo, cacete.
Tento não olhar, sendo algo difícil, com tanta beleza. Percebo que vai entrar, mais antes da uma gargalhada gostosa e entra, mas não percebe a minha presença, logo ela da um grito de dor.
_ AAIII._ ela grita.
Esqueço totalmente,que estou sem roupa, espírito médico entra em ação, chego perto dela,que se assusta e me olha ,que olhos,ela é perfeita,linda,mais logo geme de dor novamente.
_ está sentindo dor?
Pergunto a ela ,já sabendo a resposta,vejo que cortou seu pé,me levanto e pego a minha camiseta que está próximo, amarro no seu pé, mais antes vejo que não é grave, e me levanto .
Ela passa os seus olhos por todo o meu corpo,e aí percebo que estou nu.
Me desculpo ,pergunto se precisa de ajuda para ir pra casa , e saio o mais rápido que consigo dali.
(....)
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