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"Tio"

A perda

Queria poder dizer que minha vida é muito organizada, na verdade...hoje é. Mas nem sempre foi assim. Minha vida já foi bem complicada, principalmente depois que conheci Henrique Duarte, tio da minha melhor amiga, o qual eu chamava de "tio".

Bem, eu não era já nenhuma garotinha, tinha 19 anos e estava no terceiro ano de direito há 5 anos atrás. Eu não cresci muito, sabe. Tenho 1m e 60cm, e caso alguém pense, vou dizendo. Não sou nenhuma Demi Moore. Nem mesmo meus olhos são azuis ou verdes, são pretos. Mas contrariando as espectativas de alguns, sou alva como a neve, cabelos negros petróleo e longos, e muito muito lisos! Tenho muita raiva quando coloco uma presilha no cabelo e ela simplesmente escorrega. Então, gosto de pôr um lápis, após enrola-lo. Ah, meu nome é Letícia ou só Tici.

Minha vida era bem pacata, como minha família é mais ou menos, não precisei ficar compartilhando quarto com colega de faculdade. Eu ia e voltava da faculdade para casa, todos os dias. Até que um dia...

- Tici, liga a tv! Falou minha amiga Samanta, que carinhosamente chamo de Sam.

- Não! Sam, não quero ver jornal pleno domingo! Eu falei.

- Não é isso, Tici! Seus pais estão no noticiário. Gritou ela, pegando o controle da tv.

- Mas o quê eles fazem na tv? Perguntei.

- " Voltamos com mais notícias do casal que foi empurrado para fora da estrada, assim dizem algumas testemunhas. E as novas não são muito boas, meus amigos telespectadores! A mulher, chamada Maria Fernandes acaba de falecer no hospital e seu esposo está em coma, o senhor Pedro Fernandes. Os médicos ainda não sabem se ele irá acordar tão cedo. Obrigada pela companhia, voltaremos com mais notícias a qualquer momento." Anunciou o jornalista da tv.

- Não é verdade! Minha mãe não morreu! Gritei em prantos, vendo Sam abrir os braços para me confortar.

- Sinto muito, Tici. Não sei nem o que dizer neste momento, sua dor deve ser imensa! Pode chorar, Estou aqui. Falou ela me abraçando.

- E meu pai, preciso vê-lo. Afirmei.

- Calma! Iremos ligar para a equipe de reportagem e saberemos em qual hospital está. Primeiro se acalme. Depois iremos. Disse ela.

- E eu, como vou ficar?! Não posso ficar sozinha aqui. Falei preocupada.

- Você ficará comigo até seu pai voltar para casa. Afirmou ela.

Sam tira o celular da bolsa e liga para a equipe de reportagem.

- Vamos! Já consegui o endereço do hospital. Afirmou ela.

- Vamos! Disse eu, pegando minha bolsa.

NO HOSPITAL

Falamos com o médico responsável por meu pai. Soubemos que tiveram que fazer uma cirurgia de emergência na cabeça dele por ter sofrido uma pancada muito forte durante o acidente. Ao menos agora, eu sabia que meu pai não morreria, mas nem mesmo o médico soube me dizer por quanto tempo meu pai ficaria em coma.

- O quê vai ser da minha vida agora, Sam?! Como vou cuidar do meu pai? Terei que trancar meus estudos, meu pai precisa de mim! Falei com muita preocupação.

- Calma, amiga! Não precisa largar os estudos. Podemos contratar uma enfermeira para cuidar dele. E você vai morar comigo. Minha mãe está num evento fora do Brasil, mas meu tio chega amanhã, ele ficará conosco por um tempo. Me tranquilizou Sam.

- Desculpe dizer, amiga! Mas acho que não temos mais idade para babá, temos 19 anos. Somos maior de idade. Eu disse a Sam e ela riu.

- Já estou vendo que você se recupera rápido! Está até me dando bronca. Eu sei, Tici. Meu tio vem passar férias aqui. Ele trabalha muito e por um milagre, resolveu tirar férias. Confesso que me sinto bem mais segura com uma figura masculina por perto, depois que o pai se separou da mãe. Sinto muita saudade dele! Desabafa Sam com os olhos lacrimejados.

- Bom, vamos mudar de assunto. Eu acho que tenho uma mala para arrumar e daqui a três dias, pegar meu pai no hospital, é isso? Perguntei, mudando de assunto.

- Sim. Arrume, que o motorista já está vindo nos buscar. Disse ela.

Subi ao meu quarto e joguei rapidamente as roupas na mala e numa pequena maleta, coloquei meus livros da faculdade. Quando desci, minutos depois o motorista chegou.

A QUÍMICA

Depois de um dia triste e cheio de coisas para arrumar no meu novo lar daqui para frente, finalmente sento no sofá com minha melhor amiga. Passamos o final da tarde assistindo um filme e resolvemos pedir uma pizza para o jantar.

- Agora que moramos juntas, podemos ir dançar qualquer dia desses, o quê me diz? Me convida Sam.

- Não Sam. Não estou com clima para festa! Eu respondo.

- Amiga, você precisa se distrair. Além disso, você só fica enfiada nesses livros o dia todo. A vida não é só livros, precisa interagir com as pessoas, se divertir um pouco. Vamos? Pede ela.

- Ok. Vou pensar no convite. Não prometo nada. Daqui a pouco tenho que deitar, tenho que acordar cedo. Tenho que procurar emprego. Eu falei.

- Tici, não precisa disso. Você é a irmãzinha que não tive! O que é meu é seu. Disse Sam.

- Não. Não quero abusar. Já estou morando aqui, além disso, ainda ter que ser sustentada por você?! Não posso mexer na conta dos meus pais, tenho que trabalhar para me sustentar. Disse eu.

- Tá bem! Já sei que não adianta tentar te convencer. Sam falou desanimada.

- Que bom! Ainda bem que sabe disso. Afirmei.

Dia seguinte...

Meu celular despertou as 6hs e logo levanto para fazer minha higiene e ir a procura de algumas propostas de emprego. Primeiro fui a um prédio no centro da cidade, onde precisam de secretária. Fica no quinto andar, onde trabalha um casal de advogados. Acho que são irmãos, namorados ou coisa assim. Bom, seja o que for, gostei deles e acho que eles também gostaram de mim. Apesar de eu não ter experiência, sou boa em gramática e redação, sem falar que minha matéria predileta na escola sempre foi português e literatura. E gosto muito de ler. E talvez eu tenha despertado o interesse deles quando disse que iria fazer o terceiro ano da cadeira de Direito. O resultado é que ficaram de me ligar.

O outro é uma empresa de cosméticos, precisam de uma atendente. Quando mostrei meu currículo, mal me olharam, embora me tivessem tratado com educação, percebi o desinteresse. Mas sabe, não gostei mesmo do lugar, mesmo sendo luxuoso. Prefiro o escritório dos advogados.

Indo fazer um lanche, percebi que bem perto da lanchonete tem um restaurante muito conhecido e frequentado pelas pessoas mais ricas da cidade. Na parede, do lado de fora tinha uma placa escrita " Precisa-se de garçonetes, tratar na recepção a frente". Bem, não era o emprego do futuro nem o mais bem pago do mundo, mas no momento, era a possibilidade de poder me sustentar sem depender da Sam.

Entrei porta a frente e perguntei sobre o cartaz da parede. A recepcionista me deu uma senha e mandou esperar. Meia hora depois, fui chamada na recepção para entrar numa sala a minha esquerda.

- Bom dia! Disse eu.

- Bom dia, senhorita! Disse um senhor de cabelos grisalhos, de mais ou menos uns 50 anos.

- Dê-me seu currículo. Pediu-me o senhor. E olhando meu currículo, me observou de cima abaixo.

- Vejo que não tem experiência em nada, mas tem muitos cursos e está fazendo faculdade de direito, exato? Indagou ele.

- Sim, senhor. Respondi. Mas olhou-me novamente e sorriu maliciosamente, levantando-se de sua cadeira atrás do computador e rodeando-me.

- Mas podemos dá um jeito, tudo só depende de você. Depois disso, senti sua mão na minha cintura e a outra tentando abrir o botão da minha blusa. Diante dessa situação, me virei rapidamente e o dei um tapa, saindo correndo dali. O ouvindo dizer palavrões e juras de que não conseguiria emprego em nenhum lugar que eu fosse, fui para longe daquele lugar.

Foi constrangedor, nunca havia passado por um assédio desse nível! Então não pensei duas vezes, fui a delegacia e denunciei o assédio. Se depender de mim, ele nunca mais fará isso de novo!

Voltando para casa, resolvi entrar num hotel onde precisava-se de uma recepcionista.

- Bom dia! Disse a atendente da portaria.

- Bom dia! Aqui estão precisando de uma recepcionista? Perguntei.

- No hotel não, senhorita. Mas no 5° andar, o Dr. Duarte está precisando de uma recepcionista. Me respondeu a atendente.

- Ok. Obrigada! Agradeci e logo entrei no elevador a minha direita.

Ao parar no 2°andar, as portas do elevador abrem e entra um homem de mais ou menos 35 anos, cabelos grisalhos, olhos azuis, e de aproximadamente 1,70 m. Ele sorrir ao me ver e passa a mão no cabelo. Mas não vem se engraçar comigo. Menos mal, ou seria bom? A questão é que o cara é um gato!

- Vai subir? Me perguntou ele.

- Sim. Vou para o 5°andar. Respondi.

- Também irei para o 5°andar. Me falou ele. Mas de repente, as luzes se apagam e o elevador pára. E ficando apavorada, sem perceber, me vejo nos braços daquele homem lindo!

- Calma! Já as luzes vão acender e Irão mandar alguém para nos tirar daqui. Embora não esteja tão ruim assim! Me disse ele, e acho até que pude ouvir um leve sorriso maroto.

- Não está ruim, está péssimo! Trancada num elevador com alguém que nem conheço! Ainda mais depois de ter sido assediada por um velho babão mais cedo! Quem me garante que ele não mandou você me seguir?! Falei aborrecida, saindo rapidamente dos seus braços.

- O quê?! Eu tento acalmar você e é assim que me agradece?! Você é uma mal agradecida! Este seu nariz empinado ainda vai lhe causar problemas, garota! Disse ele rispidamente.

- Eu não sou nenhuma garotinha! Você se aproveitou da situação para me agarrar! Esbravejei.

- Eu?! Não se sinta! Você que praticamente pulou nos meus braços. Pensei que estava nervosa e com medo, então fui compreensivo. Mas já percebi que você quem queria está nos meus braços. E que também tem uma língua bem afiada! Ele retruca, me deixando presa por seus braços no canto do elevador.

Sinto o hálito de hortelã dele a minha frente e de repente... nós dois ficamos num silêncio avassalador, onde sinto meu coração bater como se quisesse sair do peito. Então...

As luzes se acendem, e nós nos olhamos por um segundo a mais. E não sei porque, mas desejei tocar no seu rosto. Mas claro, logo me dei conta do devaneio e nos distanciamos.

- Espero que não demorem muito a consertar este bendito elevador! Disse eu.

- Pensei que fosse dizer o oposto desta palavra, já que é tão ruim assim ficar ao meu lado! Retrucou ele.

- É mesmo, pena que não me dei conta disso! Falei sarcasticamente.

- Você é mesmo muito corajosa. Me falou ele, vindo em minha direção.

Meu coração acelerou vendo-o sorrir ao se aproximar. E ao chegar bem perto, ele sussurra no meu ouvido...

- O que foi? Tem medo de não resistir?Ele me fala se aproximando dos meus lábios.

- Por quê não admite que quer um beijo meu? Do que você tem medo? Ainda continua ele a me falar.

Então, o elevador começa a funcionar novamente até o próximo andar. Eu me encolho num canto do elevador, o homem tenta segurar minha mão, mas eu dispenso de imediato sua ajuda. E por sua vez, ele se distância de mim.

E chegando no próximo andar, imediatamente eu saio quase correndo do elevador, descendo as escadas. Queria sair dali o mais rápido possível. E esperava nunca mais ter que ver aquele homem de novo.

Mundo Pequeno

Já em casa, me sinto exausta. Resolvo então, tomar banho naquela banheira enorme que Sam tem! Enfim, relaxo.

"Ding dong", ouço a campainha. Já ia levantar para atender, mas lembrei que Sam está em casa. Então continuo relaxando um pouco mais na banheira. Depois de um banho relaxante, me enrolo no meu roupão quentinho e vou para meu quarto. Saio Enxugando meus cabelos, quando sem querer, esbarro em alguém.

- Me desculpe! Falei, ainda de cabeça baixa.

- Kkkkkk Você por aqui?! Que mundo pequeno! Ouço uma voz grossa e familiar, então levanto meu olhar, pensando imaginar coisas.

- Você?! O quê faz aqui?! Como entrou aqui? Falei surpresa e aborrecida.

Então surge na minha frente Sam.

- Calma, amiga! Este é meu tio Henrique. Lembra que te falei dele? Falou Sam sorrindo.

- Espero que tenha falado de bem! Henrique falou me olhando com um sorriso de canto e malicioso. Enquanto eu tentava esconder minha raiva e indignação.

- Claro que de bem, tio! Esta é minha melhor amiga e irmã do coração, Letícia. Me apresenta Sam.

- Não se assuste Letícia, eu não mordo! Estou encantado com sua bela presença. Fala Henrique sarcasticamente sorrindo. E que sorriso! Tinha que ser tão lindo, este idiota!

- Amiga, fala alguma coisa! Está tudo bem? Sam pergunta.

- Não, está tudo bem. Foi só um susto, não lembrava que seu tio vinha, só isto. Então, prazer em te conhecer também, tio! Falei sarcasticamente sorrindo.

Automaticamente, Henrique mudou de sarcástico sorridente a sério educado. E agora eu estava me divertindo com sua raiva.

- Bem, se me dão licença, preciso descansar um pouco. Onde fica o quarto? Pergunta Henrique) a Sam.

- Sim, é este ao lado do da Tici. Responde Sam. E ouvindo eu, fiquei pasma. Tinha que ser ao lado do meu! Porque não o do lado dela?!

- Gostaria de dar o maior, mas a minha mãe fica nele, o senhor entende? Disse Sam.

- Não se preocupe! Está ótimo! Fala Henrique maliciosamente me olhando. E engulo em seco, bambeando as pernas.

Depois desta catástrofe que foi descobrir que o tal homem do elevador é ninguém menos que o tio da minha melhor amiga, fui para o quarto descansar um pouco. E eu não dormi, literalmente desmaiei! Estava muito exausta, mas o despertador do meu celular me acordou para não perder o almoço.

Desço, e para minha insatisfação, encontro sentado no sofá, tentando assistir tv...

- Acordou, bela adormecida! Além de linda, é dorminhoca! Pensei que iria perder o almoço.

- Não faço o tipo irresponsável! Estava só muito cansada. Mas minha vida não é da sua conta! Respondi.

- Você fica mais linda brava! Disse Henrique. Eu engoli em seco meio sem graça depois de ouvir sua frase, mas tentei agir o mais indiferente possível.

- Onde está Sam? Perguntei.

- Ela deu uma saidinha, volta já! Respondeu ele.

É LENHA NA FOGUEIRA

Sentei no outro sofá do lado. E no instante em que sentei, àquele homem me olhou de um jeito, que quase me tira o pedaço! Àquele olhar me fez sentir totalmente nua. Mas o pior ainda estava por vir!

Henrique saiu do sofá onde estava e sentou no que eu estava. Isso mesmo, bem do meu lado, e precisamente com sua boca no meu pescoço, sussurrando...

- Sonhou comigo beijando esta boca linda! Me falou ele. E eu acho que quase me derreti ali, diante de tanta sensualidade. Cara, eu estava para entregar os pontos quando...

- Nossa! Quase não saio do supermercado, estava muito cheio, gente! Sam entra, falando.

Henrique afasta-se um pouco de mim com um sorriso cínico no rosto. E eu desperto do transe, ficando muito aborrecida.

- Devia ter me chamado, aí eu não ficaria aqui feito uma boba, sem nada para fazer! Falei aborrecida e fui quase correndo para o quarto.

- Ué! Eu perdi alguma coisa? Ouvi Sam perguntar quando ainda subia as escadas.

- Acho que sua amiga não gosta de mim, ela é muito estranha! Diz Henrique, quando subo o último degrau da escada e olho para ele.

- Vou colocar umas tarefas em dia. Estarei no quarto, se precisar de ajuda. Ele fala. E bato a porta do meu com muita raiva e ao mesmo tempo uma tristeza que não sei explicar. Este homem está me deixando louca!

Sento a beira da cama, limpando uma lágrima, a qual não entendia o porque de haver caído. Resolvo tomar um banho, só assim, poria minha mente em ordem. E quando entro no banheiro, lembro que esqueci meu shampoo na mesinha de cabeceira da cama. Volto rapidamente para pegar e então esbarro em Henrique, que me pega firme em seus braços, olhando fixamente para meus lábios. Lábios estes, que estão abertos e sedentos por um beijo deste homem. Mas desta vez eu não vou me deixar levar por suas palavras melosas.

- O quê você quer aqui?! Você está invadindo meu quarto! Saia! Falo rispidamente com ele. Mas ele me coloca ainda mais perto de seus lábios, a ponto de eu sentir seu cheiro amadeirado e tocar seu tórax.

- Sei que ficou triste com o que eu disse na sala e aborrecida quando me afastei. Mas juro que nada do que fiz ou falei a Sam, não era verdade! Desejo seu beijo tanto quanto você deseja o meu. Acredite, não foi minha intenção te machucar! Disse-me Henrique.

- Mas disse e machucou! E quanto a está aborrecida, não se dê tanta importância, pois o simples fato de você existir já me aborrece! E me largue! Falei, desviando o olhar.

Mas Henrique me apertou ainda mais sobre seu tórax, me deixando nervosa e ainda mais sedenta de seu beijo. E Henrique começou a beijar meu pescoço nu, e todo o meu corpo sentiu o arrepio, envolto apenas numa toalha de banho. E deixando escapar um gemido baixo, Henrique tira minha toalha, deixando-me nua em seus braços.

- Você está nervosa, posso sentir. Me deixe só te tocar, não vou te machucar, prometo. Seu corpo é lindo! Claro que o meu desejo é possuí-lo aqui, mas isso só acontecerá quando você quiser. Me fala sussurrando.

Henrique acaricia meus lábios com a ponta dos dedos e beija-me. Nossas linguas dançam, envolvendo uma na outra. E eu me entrego em seus braços, sem importar a seguir. Apenas o quero, sem me importar com nada nem no que virá depois!

E percebendo os sinais, me pegou nos braços e me pôs com cuidado sobre a cama, acariciando e beijando suavemente meus seios e todo o meu corpo.

Então levantou-se e me disse:

- Venha! Vamos tomar banho juntos! Eu apenas confirmei com a cabeça e o segui, pegando-lhe a mão.

- Eu vou abrir o chuveiro e te molhar primeiro. Henrique me disse. E assim ele fez. Depois tirou sua camisa, mostrando seu peito cabeludo, e logo depois, tirou sua bermuda jeans, e estando sem cueca, mostra-me seu membro ereto, duro e grande. Henrique sorrir e me olha, vendo-me morder o lábio.

Henrique se aproxima, pega o sabonete e passa sobre meu pescoço, indo até meus seios. Então fecho meus olhos. Ele me beija e sussurra...

- Está gostoso? Seus seios são lindos! Posso chupa-los? E apenas balanço a cabeça, permitindo. Então ele os chupa, como se fosse uma fruta saborosa. Um por um.

E bem devagar, ele desce a mão sobre minha intimidade, me deixando mais excitada e nervosa. Ele percebendo meu nervosismo, acaricia a entrada, me fazendo gemer seu nome. Me vendo excitada assim, ele pega minha mão e coloca sobre seu membro, me fazendo pegar com firmeza com movimentos de sobe e desce. Eu abro meus olhos e ele me abraça, olhando-me fixo. Eu escuto sua respiração forte.

- Isso, pega firme! Ah!!! Ele me fala.

E bem devagar, ele entra um dedo na minha buceta, num movimento de sobe e desce bem gostoso! Me fazendo delirar e chamá-lo.

- Rique, Rique!!! Ah!!!

Henrique tira o dedo e põe na boca, e sorrindo diz...

- Você é uma delícia! Ele se abaixa, pegando firme em minha cintura.

Então sinto sua língua quente dentro de mim, me deixando louca de excitação, desejo... E durante um tempo, gozo em sua boca. O deixando sorridente e satisfeito, chegando também a gozar em seguida.

Tomamos banho juntos. E me abraçando, ele sussurrou novamente...

- Você é minha!!! Estarei aqui para te satisfazer quando quiser.

Fomos juntos para a cama e adormeci. No meio da noite acordei. Estava vestida de baby doll rosa, então imaginei ter sido apenas um sonho erótico. E que sonho!!!

Meu êxtase

Dia seguinte...

Fazia tempo que não dormia tão bem! Pena que hoje eu tenha que ir trancar minha matrícula na faculdade! Mas tenho a esperança que seja por pouco tempo.

Resolvo me levantar, faço minha higiene e desço. O dia hoje está lindo! Estou super disposta! Acho que vou caminhar um pouco depois do café. E mal me sento a mesa, quem vejo descer? Ele, ele mesmo, Henrique. E no mesmo instante em que vejo aquele homem, lembro do sonho da noite anterior. Fico paralisada o olhando. E então escuto um estalo de dedos.

- Olá! Terra chamando Tici! Sam me chama.

- Han! Eu...eu... desculpe, Sam! Eu estava um pouco longe nos meus pensamentos. Tentei justificar. E na cadeira a minha frente, vejo ele sorrir com aquele ar de quem aprontou. Mas ao mesmo tempo, parece que diz: Eu sei do seu sonho erótico passado! Parece loucura, mas é a impressão que dá.

- Pensei que estava paquerando meu tio! Disse Sam.

- Kkkkkkk Gargalhou Henrique.

- O quê?! Tá louca!!! Respondi.

- Calma, amiga! Foi só uma brincadeira. Não se estressa. Como foi sua noite?

- Foi muito boa, dormi muito bem! Fazia tempo que não dormia tão bem! Respondi.

- Imagino. Henrique falou, piscou e sorriu.

Meu Deus!!! Então me dei conta que o sonho erótico não foi sonho, foi real. Ai, que vergonha! Como vou olhar na cara dele?! Aproveitador!!! Então antes mesmo de acabar meu café, subi para o quarto e coloquei um shortinho, uma blusa e um par de tênis. Fui fazer minha caminhada e tentar esvaziar minha cabeça um pouco. Aproveito e desapareco da vista dele. Mas ele tinha que ser tão gato e também tão gostoso!!!

Estava eu na minha caminhada me sentindo mais leve ao som instrumental quando de repente esbarro em alguém. Meus fones caem e quando tento me abaixar para pegar, ouço uma voz familiar.

- Deixa, eu pego para você. Uma voz masculina falou. Quando levantei minha cabeça, logo reconheci. Era o advogado que recebeu meu currículo. Não tinha o observado direito, mas ele é um gato, mas acho que já tem dona.

- Ola! Bom dia! Lembra de mim? Sou a moça que estuda direito que levou o currículo...Falei tentando o fazer recordar.

- Claro, desculpe! Ando meio distraído. Lembro sim. Eu e Nádia gostamos muito de você, íamos te ligar amanhã. Não encontramos ninguém bom o bastante ao menos com o currículo igual ao seu. Você, embora não tenha muita experiência em ser secretária, não conseguimos ninguém melhor que você. E precisamos de uma secretária rápido! Aceita? Me perguntou o advogado.

- Sim. Quando começo, senhor...? Respondo.

- Senhor não, por favor! Nem Doutor! Me sinto um velho! Sou Fernando Doran. Você pode começar semana que vem, esta semana estaremos fora, resolvendo um caso. Me falou Fernando.

- Como chamarei sua esposa? Joguei verde e ele sorriu.

- Nádia não é minha esposa, ela é minha irmã mais velha. Não precisa se preocupar, ela não morde nem fará cenas de ciúme. Eu sou solteiro, não tenho nenhuma louca ciumenta. Respondeu Fernando.

Eu fiquei vermelha de vergonha! Ele percebeu que eu queria saber se ele era solteiro. Ele se despediu e foi embora.

Olhei as horas e resolvi voltar para casa, perdi a noção do tempo conversando. Tenho que tomar banho ainda. E chegando, corri para o quarto, mas no meio do caminho, encontrei ele, a minha perdição!

- Quem é ele? Henrique pergunta.

- Ele quem? Você enlouqueceu?! Respondi.

- O carinha que conversou com você no caminho? Henrique falou um pouco mais alterado.

- Ei! Quem você pensa que é?! Agora anda me espionando?! Não te devo satisfação! Falei brava.

- Quem é ele Letícia?! Se você não me falar, eu vou procura-lo. Ele me falou segurando meu braço.

- Você não fará isso! Se fizer, não só me fará perder meu primeiro emprego, como nunca mais me verá na sua vida miserável! O rebati com muita raiva.

- Ele é meu futuro patrão. Semana que vem começo a trabalhar com ele e a irmã dele. São dois advogados. Serei secretária deles. Satisfeito?! Respondi.

Henrique soltou meu braço com cara de cão sem dono e eu entrei no meu quarto, trancando a porta. Tomei meu banho chorando muito. Estava triste e furiosa. Por quê doía tanto a reação dele comigo? Era o fim! Eu estava apaixonada por aquele gostoso imbecil.

Henrique Duarte

- Droga! Como fui tão grosso com ela! Ela saiu com o rosto de quem tinha chorado muito. Nunca agi assim. O quê está acontecendo comigo? Nunca tive tanto medo de perder alguém. Estou com medo de perde-la. Acho que estou apaixonado por ela. Quando ela chegar, pedirei desculpas.

Ainda assim, resolvi ir trabalhar. Talvez isso me fizesse esquece-la um pouco. Falei com a atendente do prédio e fiquei sabendo que uma moça havia subido ao meu consultório para saber da vaga de secretária, mas eu nunca a vi. Achei tudo isso muito esquisito. Como alguém some assim?! Sem deixar rastro.

Letícia Fernandes

Fechei minha matrícula por um tempo, mas tenho a esperança de que seja por pouco tempo. Afinal, já consegui um emprego. Acho que aquele ogro não foi estragar tudo! Eu espero.

Volto para casa, tomo banho e me visto.

Chego na sala e encontro esparramada no sofá minha amiga Sam, de pijama amarelo e com o controle remoto na mão.

- Bom dia, amiga! Me fala Sam.

- Bom dia, Sam! O quê faz de pijama as 10hs da manhã? Perguntei curiosa.

- Ah Tici! Estou entediada. Não tem nada na tv, os filmes da net já assisti quase todos, queria que fossemos nos divertir em algum lugar hoje.

- Nós?! Nem pensar Sam! Quem está entediada é você. Eu estou é cansada e também um pouco aliviada! Vou é ler e dormir um pouco. Sem falar que é muito cedo para você está assim.

- Aliviada?! Posso saber por quê? Sam pergunta.

- Consegui um emprego. Serei secretária de um casal de advogados. Começo segunda. Falei.

- Ah! Agora sim! Temos que comemorar! Se animou Sam.

- Sam, você não ouviu o quê falei?! Eu não vou comemorar nada! Alertei.

- Tici, por favor! Não tem como eu sair sozinha! É chato! Por favor!!! Implora-me Sam.

- Pede para o seu tio te acompanhar. Digo a Sam.

- Não dá! Ele vai chegar tarde e cansado do consultório médico. Sam me fala desanimada.

- Consultório médico?! Ele é médico? Eu não sabia. Perguntei curiosa.

- Sim. Obstetra e pediatra. Inclusive, está também precisando de secretária. Ele me falou antes de sair hoje. Me disse Sam.

- Por favor, Tici!!! Insiste Sam quase chorando.

- Está bem! Está bem! Mas só mais tarde. Agora, estou exausta! Afirmo a Sam.

- Tudo bem. Obrigada, amiga! Agradece Sam, me abraçando.

- Agora vou beber água e voltar para o quarto. Afirmo.

Bebo minha água na cozinha e subo para o quarto, enquanto finalmente Sam resolve assistir algo na tv.

Duas horas depois, acordo com meu livro aberto sobre mim. Olho meu relógio e são 12 hs. Resolvo lavar meu rosto no banheiro, quando escuto alguém bater na porta.

- Quem é? Pergunto.

- Sou eu, a Sam. O almoço está na mesa. Venha, amiga! Sam me chama.

,- Ok, obrigada! Já desço. Respondo-a.

Então lavo meu rosto, enxugo e dou um jeito no meu cabelo com um lapis preto. E rapidamente desço para o almoço.

Eu gosto muito de ler, mas Sam não é muito disto. Então resolvo pegar uns álbuns de fotos nossas e ali sentadas no sofá da sala, rimos e lembramos de muitos momentos. Depois brincamos de dominó, mímica e assim fomos matando o tempo. E logo a noite caiu.

Henrique Duarte

- Até que enfim, saiu a última paciente da tarde. Mas já anoiteceu. Não vou atender mais ninguém hoje. Tentei não pensar nela, mas não consegui. Tenho que ir para casa. Quero vê-la logo.

Tranquei o consultório e desci rapidamente do prédio. Joguei minha pasta no carro e dirigi o mais rápido que pude.

Letícia Fernandes

Sam e eu acabamos dormindo no sofá. Mas eu acordo e resolvo subir tomar banho. Resolvo lanchar em vez de jantar, embora esteja vindo um cheiro muito bom da cozinha. Mas será melhor assim, quero me recolher logo para não correr o risco de dá de cara com o ogro do Henrique!

Lancho e logo me recolho, até esqueço que tinha dito que sairia com Sam esta noite. Eu não queria me encontrar com Henrique. Não, ao menos esta noite.

Visto meu baby doll rosa de cetim e escovo os dentes. Quando vou saindo do banheiro, escuto um barulho de porta. Fico quieta, apago a luz e tranco a porta. Olho as horas e são 21hs. Deito e logo pego no sono.

Henrique Duarte

- Droga! Ela foi bem esperta! Se recolheu cedo e deve ter trancado a porta, com certeza! Mas ela não vai conseguir fugir de mim por muito tempo!

Tomei banho e fui jantar com minha sobrinha, que quando cheguei, dormia no sofá. Percebi que ficou chateada quando a empregada disse que Letícia tinha se recolhido mais cedo. Então logo também foi para o quarto.

Fui para o quarto e deitei, mas só me revirava na cama. Era inútil tentar dormir. Então sentei a beira da cama e fiquei olhando as redes sociais por um tempo.

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