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Um Inimigo Perfeito

Capítulo 01

...🌸...

...Minha vida começou de forma totalmente diferente e estranha. Com apenas dez anos de idade, perdi meus pais. Não me pergunte por quê; ainda estou tentando entender o que aconteceu e por que aconteceu....

...Meu pai era um homem totalmente conservador e religioso. Ele não frequentava igrejas, mas vivia segundo os preceitos bíblicos. Minha mãe, por outro lado, não se preocupava com isso. Para ela, estar viva era o suficiente; o amanhã não importava....

...Meu pai era admirado por toda a cidade por sua profissão. Gostava de ajudar a todos e fazer o que podia pelas pessoas, mesmo quando isso era difícil....

...Numa noite comum, ele saiu para ir até a delegacia, pois algo havia acontecido e precisavam dele lá. Horas se passaram e nada dele retornar. Como as más notícias se espalham rápido, naquele dia não foi diferente. Rumores sobre sua morte começaram a circular na pequena cidade, e infelizmente, foram confirmados horas depois....

...A notícia de que ele havia morrido numa operação nos abalou profundamente. Trinta tiros tiraram sua vida, e a minha mãe ficou devastada. Ela tentava impedir que eu escutasse a má notícia, mas eu ouvi tudo. Meu herói não resistiu aos ferimentos e faleceu nos braços do amigo que trouxe a notícia. Mesmo no último momento, ele encontrou forças para dizer ao amigo que nos amava e que sentia muito por ter que partir no aniversário de seu casamento....

...A dor foi ainda pior para minha mãe, que o esperava em casa, planejando um jantar para comemorar os quinze anos de casados. Um jantar que nunca aconteceu....

...Depois dessa notícia dolorosa, minha mãe e eu tentamos seguir com nossas vidas e rotina, mas estava sendo difícil voltar à normalidade....

...Dois meses depois, veio outra notícia terrível para a família Huston. Minha mãe foi assassinada por um mero desconhecido. Alguém que eu desconheço entrou em nossa casa. Ela me escondeu em seu guarda-roupa e pediu para que eu ficasse bem quieta. Dito isso, ela saiu dali, e eu apenas escutei vários tiros sendo disparados. Corri até a sala, e ela estava ali, caída no chão sobre o tapete, sem vida. Desde então, fui morar com minha tia, por parte de mãe....

...Hoje, com vinte anos de idade, entrei para a universidade e quero me formar, tornar-me alguém na vida. Quero ser a melhor escritora do mundo, contar minha história e ajudar jovens que se sentem sozinhos no mundo. Esse sempre foi meu sonho, e com tudo o que aconteceu com meus pais, a vontade de me tornar uma escritora renomada e de sucesso só cresceu dentro de mim, dia após dia....

...Pulei da cama indo diretamente para o banho, tomei um banho demorado e fiz minha higiene matinal. Depois, fui até meu guarda-roupa, escolhi usar uma calça jeans preta e uma blusa branca, coloquei meus saltos, peguei minhas coisas e as arrumei na bolsa....

...— Vick filha, desça rápido. Está atrasada para o seu primeiro dia de aula querida. — Tia Lena bateu na porta....

...— Já vou, tia. — Respondi, passando um batom vermelho nos lábios. Coloquei o batom na bolsa e saí do quarto indo imediatamente para a cozinha....

...— Bom dia meu amor, fiz suas panquecas e um suco de laranja que você ama. — Falou tia Lena, colocando tudo o que eu precisava para me servir....

...— Bom dia, tia. Bom dia, Paulo. — Cumprimentei, mas Paulo não disse uma palavra....

...Tia Lena é a segunda irmã de minha mãe, e elas eram muito próximas. Porém, desde que vim parar aqui, nessa casa, o marido dela me evita. No fundo, dá para perceber que ele não vai com a minha cara, pois só em olhar para mim com aqueles olhos cheios de raiva, dá para perceber nitidamente....

...Sentei sobre a cadeira, me servi com panquecas e o suco. Terminando de tomar tudo, me levantei e olhei para tia Lena, que ainda tomava seu suco....

...— Tia, espero lá fora. — Falei saindo dali para a sala....

...— Tá bom querida, já vou. — Respondeu ela....

...Me dirigi até a área da sala, me encostei na parede que faz a divisão entre a cozinha e a sala onde eu estava, porque Paulo começou a falar alterado, e eu queria saber o que tanto o aborrecia....

...— Por que a olha daquela forma, Paulo? Com tanto desprezo? — Tia perguntou olhando para ele....

...— Eu não a suporto Lena, e você sabe. Não temos mais privacidade no nosso lar desde que ela veio morar aqui. Você não tem tempo pra mim, e eu sou seu marido, não ela. — Vociferou....

...— Está com ciúmes da minha sobrinha? Ela é uma garota que precisa de cuidados e proteção, e você sabe disso....

...— Só sei que ela não está segura, e estando aqui, na nossa casa, também não estamos seguros Lena, ou você quer acabar morrendo como os pais dela foram mortos?...

...Tia fica em silêncio por alguns instantes e continuam discutindo. As palavras dele doeram em mim. Eu não sabia que estava incomodando tanto, e muito menos vim para tirar o sossego da minha tia, ou para fazer uma bagunça em sua vida. Saí correndo dali, ouvindo eles discutirem. Nem esperei ela terminar seu suco e a me deixar na universidade. Andei por mais ou menos alguns minutos, até que um táxi parou para mim. Entrei e pedi para que me deixasse na universidade....

...O táxi parou na frente, e eu desci, paguei o táxista e ele foi embora. Eu estava desnorteada, estava tão longe do mundo, que assim que entrei pelos portões me esbarrei em alguém. Mãos fortes me seguraram pela cintura e imediatamente descargas elétricas pareceram passar por todo meu corpo, seu perfume masculino me invadiu naquele instante. E eu era tão desastrada que minha mochila havia caído no chão, os livros caíram longe por conta do impacto....

...— Perdão, senhorita, mas eu estava tão apressado que não a vi. — Falou mostrando um sorriso sereno e calmo. ...

...Fiquei paralisada com a beleza daquele garoto, tanto que nem percebi que ainda estava em seus braços. Me afastei imediatamente....

...— Eu que peço perdão, eu estava fora desse planeta, e nem sequer havia percebido você chegar. — Respondi....

...Me abaixei, e com a ajuda do novato, peguei todas as minhas coisas caídas no chão. Não pude deixar de perceber que em suas mãos havia várias tatuagens, que chamaram a atenção. Eram uma espécie de rosas, e eu já havia visto um desenho desses em algum lugar, só não me recordava onde....

Capítulo 02

Saí para uma festa com alguns amigos, mesmo contra a vontade do meu pai. Horas depois, cheguei em casa sendo carregado por Gabriel e Caio, meu primo vinha logo atrás por medo de meu pai brigar com ele, já que foi o responsável por me levar até a festa. Eu tinha bebido um pouco demais, me envolvi com uma mulher casada e o marido dela veio para cima de mim. Brigamos feio na casa noturna, a qual, segundo o meu pai, ele era o proprietário.

Com os olhos um pouco turvos devido à quantidade de bebida que ingeri, observei meu pai levantar do sofá, jogando um livro que estava lendo sobre o criado-mudo e se aproximando de nós.

— O que houve aqui? — perguntou autoritário, agarrando o colarinho da camisa de Bruno.

— Senhor Bennett, acalme-se, eu posso explicar. — pronunciou Bruno, enquanto os meninos me colocavam no sofá.

— Estou esperando. — falou, soltando-o.

Bruno ajeitou a camisa e, por fim, falou.

— Acontece que eu bebi demais e saí com uma das mulheres da casa noturna, mas ela era casada e nós não sabíamos. Então, o marido dela fez um escândalo e começou tudo, tio, ele não é culpado por isso. — mentiu por mim.

— Claro que não, o único culpado aqui é você. Você veio aqui importunar meu filho para ir a esse lugar ao qual vocês não pertencem. — Ele os encarou. — Onde estão os dois seguranças que mandei acompanhar o Arthur? — perguntou bravo.

— Assim que chegamos na casa noturna, Arthur deu um jeito de dispensá-los. Disse que se eles não saíssem dali, ele iria arrumar confusão e o senhor os dispensaria do serviço. — respondeu Caio.

— Claro, e vocês, como bons amigos que são, concordaram e seguiram as ideias do Arthur, que é tão irresponsável quanto vocês. — Ele os encarou. — Saíam da minha frente, seus irresponsáveis. — Vociferou.

Escutei a porta de saída ser fechada e acabei apagando.

Acordei com meu pai me chamando várias vezes, sacudindo meu corpo e abrindo as cortinas da janela.

— Arthur, acorde agora mesmo, precisamos conversar.

— Agora não, papai, estou com muita dor de cabeça. — resmunguei, virando de costas para ele.

— Está certo. — falou, mas não deu atenção.

Meu pai sempre foi assim e no final nunca dá em nada. Escutei seus passos para fora dali, mas não ouvi a porta ser fechada. Porém, isso não me incomodava, eu só queria dormir e não acordar por agora.

Não demorou muito para eu sentir água fria ser jogada em cima de mim. Pulei da cama enquanto olhava para a funcionária com um balde seco em mãos, e o senhor Bennett estava com os braços cruzados na altura do peito e bastante irritado.

— Mas o que é isso? — perguntei, irritado com aquela situação que acabara de acontecer.

— Doralice, pode sair, obrigado pela ajuda. — meu pai agradeceu Dora.

Eu tinha vontade de pular no pescoço dela por fazer tudo que papai manda.

— Por que fez isso? — perguntei.

— Porque já faz horas que estou aqui pedindo para você acordar, aqui não é a casa da mãe Joana, seu moleque irresponsável. Estou atrasado para ir para a empresa e por sua causa ainda estou aqui, mas só vim avisar que amanhã você vai para o Canadá, vai estudar em uma universidade.

— Por que, pai? Eu estudei e terminei meus estudos como me pediu, agora vem com essas lorotas? Fui eu quem bebi e o senhor que se embriagou? Corta essa.

peguei a toalha para me enxugar enquanto gargalhava da ideia do meu pai. Na verdade, pensei que ele estava blefando, mas me enganei.

— Não está falando a verdade, não é?— indaguei.

— Preste bem atenção na minha cara, Arthur Bennett. Eu não estou brincando, arrume suas malas agora mesmo, e amanhã o jatinho particular vai te deixar em seu destino. — papai estava furioso enquanto apertava o meu braço.

— Tome meus carros, me coloque de castigo pelo ano todo se quiser, mas não me mande para a universidade, papai. Eu não sei me virar em outro lugar e não conheço ninguém no Canadá e nunca sequer fui para lá. — implorei.

— Pois está mais do que na hora de você aprender a se virar sozinho, já tem idade suficiente para isso. Nem tudo na vida é diversão, ostentação, luxo e prazeres carnais. Você é o meu herdeiro e, depois que eu partir, é você que estará no comando de tudo. — papai saiu fechando a porta.

Hoje é o dia em que sairei de viagem para estudar em uma universidade fora de minha cidade. Meu pai, Senhor Bennett, decidiu assim, e não tem quem o faça mudar de ideia.

Ai você me faz a pergunta! Mas minha cidade não tem universidade? Por que estudar fora?

Até segundos atrás eu também me fazia a mesma pergunta. Porém, não fiquei com essas dúvidas na cabeça, porque meu pai tratou de tirar todas elas, como ele sempre faz.

Por eu ser um jovem que ama baladas e gosta de gastar dinheiro, meu pai decidiu frear-me e mandar-me estudar longe de meus amigos. Segundo ele, meus amigos são uma má influência para mim. Meu pai é um Don da máfia cosa nostra mas ele disse que não pode contar a ninguém que ele tem esse trabalho, já que abriu uma empresa, e seu cargo de CEO é apenas fachada para que ninguém desconfie de nada.

Meus amigos pensam que o dinheiro que sempre esbanjo vem da empresa onde meu pai trabalha, só que não. Em tudo, eu conto com meu pai; minha mãe morreu em um acidente de carro. Perguntei ao papai como isso aconteceu, mas nunca quis me contar, porque esse assunto o faz sofrer bastante.

Estava no meu quarto arrumando minhas malas para a viagem, colocando minhas roupas na força do ódio, sempre que tenho viagens, quem arruma as malas são as funcionárias, mas para mim, meu pai não mandou ela arrumar.

— Não sei por que vai viajar, se aqui tem tudo, irmão. Você tem uma vida luxuosa, uma mansão enorme, vários carros de diferentes modelos. — Bruno, meu primo, invade meu quarto me enchendo a cabeça.

— Se fosse por mim, não iria, Bruno, e você sabe. Mas papai insiste em me manter longe daqui, das más "companhias", como ele chama. Até você está no meio.

— Eu sou jovem, você também é. Tem que aproveitar a vida, não pode ficar igual ao seu pai, um velho raquítico e sem coração.

— Se o Senhor Bennett te pega falando assim, arranca suas bolas e ainda faz você engolir. — nós dois rimos juntos de nossas conversas.

Assim que terminei tudo, entrei no jatinho particular e seguimos rumo ao Canadá. Horas haviam se passado, chegamos no meu destino e o primeiro azar que tive foi esbarrar em uma garota que entrava na universidade. Involuntariamente, minhas mãos a seguraram pela cintura, evitando que ela caísse no chão. Seus olhos castanhos claros me encararam e depois percebi o seu olhar descer até meus lábios. Imediatamente ela se afastou de mim e se desculpou pelo que houve. Ajudei ela a pegar as coisas dela no chão e em seguida cada um seguiu seu caminho.

Capitulo 03

Segui para a entrada da universidade, a movimentação estava a todo vapor. Alunos bem animados e bem humorados, passavam pra lá e pra cá no corredor.

Caminhei pelo imenso corredor, em um quadro, continha uma grande lista, onde havia os nomes de todos os alunos. Procurei meu nome na Relação.

O primeiro nome que olhei da lista era Arthur, nem sabia quem era, mas achei o nome muito lindo. Era o primeiro da lista.

Ainda procurando meu nome na mesma, vi um braço se estender na altura da minha cabeça, estava também procurando o nome, virei - me para ver quem estava atrás de mim, e novamente encontrei aquele par de olhos castanhos.

— Perdão, só estou procurando meu nome mas já achei. — falou ele me olhando.

— E como se chama ? — perguntei.

— Sou Arthur Bennett, a sua disposição, e você, como devo chamá-la ?

— Victoria. — respondi.

— Lindo nome, tão lindo quanto a dona. — falou.

observei Arthur caminhar pelo corredor até chegar em uma sala.

Assim que achei meu nome, caminhei até minha sala, e para minha surpresa, Arthur Bennett estudaria na mesma que eu. Sentei em uma das cadeiras que ficavam atrás.

Não demorou muito para que uma professora entrasse e desse início à aula. De vez em quando, eu observava Arthur, que estava bem concentrado. Em seu rosto, havia alguns machucados, e não tive coragem de perguntar o que aconteceu, ainda mais por vê-lo pela primeira vez.

Assim que o sinal tocou, peguei minhas coisas e fui até o portão. Tia Lena estava já à minha espera, abriu um sorriso assim que me viu, mas ela parecia triste e desapontada.

— Oi tia ? Como está ? — perguntei, abrindo a porta do carro para entrar.

— Estou com problemas filha. Você não voltará comigo para casa, eu trouxe suas malas, já falei com o reitor, para que você fique aqui na universidade, como as aulas começaram agora, não será difícil se adaptar. — falou com tristeza.

— Oh tia. — falei. Senti-me desamparada, desprotegida, sabia que aquela mudança de minha tia era por causa de Paulo. — O que eu vou fazer da minha vida sozinha ? Por que ser tão cruel comigo ? A senhora prometeu para minha mãe, que cuidaria de mim, a senhora prometeu tia. — falei sentindo lágrimas escorrerem de meus olhos .

Tia Lena abriu o porta-malas do carro e colocou minha mala na calçada.

— Eu sei querida, eu sei o que prometi, mas não posso jogar meu casamento no lixo, espero que me entenda. — falou saindo no carro, eu me ajoelhei na calçada e chorei bastante, meus olhos estavam inchados de chorar.

Peguei minhas coisas e entrei, segui por um imenso jardim, e já de longe pude observar uma linda casa nos fundos da universidade, abri a porta de vidro e passei por ela. Subi alguns degraus e com um pouco de sorte encontrei o reitor.

— Oi senhor Bile, sou a Victoria, e eu queria saber onde fica o meu quarto. Por favor !!!

— Vou ver aqui. — ele mexeu no teclado rapidamente, até que me olhou.

— Quarto de número 6, dividirá o espaço com mais duas meninas, Alice e Jaqueline.

Concordei com ele, e quando estava prestes a sair, ele me parou.

— Olha Vick, veja como ficará a sua situação, as aulas aqui são pagas incluindo sua estadia aqui, sua tia falou comigo, e por isso eu aceitei, mesmo indo contra as regras da uni.

— Sim, eu sei. Vou dar um jeito senhor, não se preocupe.

Saí dali. Tia pagava por mim, já que eu não havia arranjado nenhum tipo de emprego. Mas vi que com ela não posso contar, então de alguma forma, vou ter que me virar. Caminhei pelo corredor, procurando pelo número do quarto, assim que achei entrei e já dei de cara com as meninas.

— Bem-vinda ao seu novo quarto. — falou uma delas.

— Obrigada. — respondi.

Agradeci as meninas e fiquei feliz por fazer amizade com elas, elas me ajudaram a organizar todas as minhas coisas em um pequeno espaço do guarda-roupa.

— Você já viu um novato gatinho que entrou na universidade? Estuda com você. — Jaqueline puxou assunto.

— Sim estuda comigo, Arthur Bennett. — falei entusiasmada, me lembrei daqueles olhos castanhos claros que me encaravam com carinho.

— Que pena que ele não dorme aqui, porque eu tinha coragem de invadir o quarto dele à noite, só pra beijar aqueles lábios tão vermelhos . — Acrescentou ela mordiscando os lábios inferiores.

— Arthur Bennett não fica com qualquer uma Jaque, tire seu cavalinho da chuva. Eu pesquisei sobre ele, é filho de um dos homens mais importantes da sociedade, o CEO Miguel Bennett . São podres de ricos, uma hora dessas, o gato está em uma suíte com tudo que tem direito, não trocaria um conforto luxuoso, pra ficar nos quartos de uma universidade.— Falou Alice em forma de repreensão, Jaque revirou os olhos e a encarou.

Fiquei calada vendo as meninas discutirem por um carinha rico, que nem sequer estava ali para se defender. A noite havia chegado como um passe de mágica, as meninas já estavam deitadas para dormir, eu fiquei no meu celular pesquisando alguns trabalhos disponíveis por perto, mas não havia nenhum, como o sono havia ido embora, decidi ir até o jardim, tomar um pouco de ar.

A lua estava cheia e bem dourada, cruzei os braços na altura do peito e fiquei fitando a lua, por um momento fechei meus olhos e respirei o ar puro.

— Pensei que eu fosse o único que gostava de admirar a lua, quando está cheia. — uma voz conhecida me fez sair dos meus devaneios.

— Arthur? Você também está dividindo um quarto ? Não que seja da minha conta. — falei sem graça.

— Por incrível que pareça sim, meu pai é bem severo quando quer me castigar. — Arthur mostrou um belo sorriso.

— Claro !!! Típico castigo pré-universidade, onde os pais castigam os meninos difíceis, para que assim eles amadureçam. Já li histórias assim. — falei olhando para ele .

— Não achei que isso fosse ser tão real . — falou ele me encarando.

Apenas sorri da careta feia que ele fez, suas bochechas estavam coradas, havia um brilho intenso em seus olhos.

— E você Vick ? Você é daqui mesmo?

— sim. — dei uma resposta evasiva.

— E porque está dormindo em um quarto da universidade? — Arthur se manteve curioso.

— Problemas familiares, não quero falar sobre isso .

— Desculpe. Só quero dizer a você que tem um amigo, se quiser conversar estarei por perto. — assenti com a cabeça. — Boa noite Vick . — Arthur se despediu dando um beijo na minha bochecha e saiu dali.

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