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O Nosso Passado

Qual o seu nome?

" Espero te encontrar algum dia, e poder dizer tudo que sinto desde quando você saiu da minha vida, ainda te amo muito, Sarah "

Não pensei que teria a chance de ver você crescer, minha doce menininha. É hilário o quanto você se parece com ela. Até sua paixão por livros... E a mesma maneira como ela os lê. No entanto, o jeito que ela está olhando para mim agora é tão diferente de como eu era visto no passado.

(...)

Alguns anos antes.

Ah não...Agora quem vem por aqui. Uhm... Quem é aquele cara? Pensa a garota que está deitada no chão lendo seu livro. Nunca o vi antes. O garoto então para na frente dela.

— Sim? A garota diz olhando para o garoto parado em sua frente. Ele parecia está perdido. Eu posso te ajudar com alguma coisa? Pergunta a garota. O rapaz então diz. — O que você quer dizer?

— Cara... Todos os dias venho aqui para ler. E nem uma única pessoa que não seja um rato de biblioteca ou um viciado vem por aqui. E... Certamente você é alguém que eu realmente não conheço. O garoto parece confuso com as falas da garota, ele permanece imóvel a ouvindo. — Então, qual é a sua? Questiona ela.

O garoto então começa a falar. — Bem... Recentemente me matriculei nesta escola. E acho que me perdi enquanto procurava minha sala de aula. – Diz o garoto de forma tímida. Ele parece nervoso em falar com a garota, que, parece interessada nele. — Oh meu... Você é muito educado. Isso é incomum aqui. Responde a garota de forma surpresa — ela então se senta no chão. E tenho certeza de que ainda não experimentei nenhuma droga – diz o garoto de forma irônica.

— Tudo bem, cara, eu acredito em você. O garoto então começa a se mover novamente. — Bem... É melhor eu ir embora. A garota então fica pensando que causou uma péssima primeira impressão ao garoto, que está indo embora.

Ele realmente não parece ser um cara terrível. A garota então se levanta do chão e vai andando até o garoto, chamando sua atenção. Até que ele se vira para trás. — Sim? Pergunta o garoto. A garota então fica um pouco nervosa para responder. Ela não tirava seus olhos dele. — Então... Me desculpa... é que estou tendo esses dias... E às vezes falo coisas bobas, principalmente quando vejo gente nova ou bem... Só gente.

Eu entendo. — Responde o garoto de forma apática. E não gosto de estar perto deles, principalmente quando estou lendo algo que realmente amo. — Está bem... Entendo. Às vezes sinto o mesmo que você em relação às pessoas. — Responde o garoto de forma compreensiva.

— Você está me zuando? Você espera que eu acredite que uma pessoa aparecerá do nada e será exatamente como eu? – Diz a garota um pouco agitada. — Eu não disse isso... — Responde o garoto.

— Agora tudo que você precisa fazer é me dizer que adora ler e tem problemas com todo mundo. O garoto então tenta argumentar, mas é interrompido pela garota. — Bem, tanto faz. A expressão da garota então começa a mudar para uma expressão mas leve.

— Ei, antes de seguir seu caminho, posso fazer uma última pergunta? O garoto então balança a cabeça dizendo que sim. Com um ar de confiança a garota então diz. — Você é um idiota? O garoto então fica confuso.

— Com licença? Ele diz se movendo para frente. – Acho que devo ter falado chines ou algo assim... Porque eu me lembro claramente de perguntar se você era um idiota. Então é você? Não que eu saiba, responde o garoto. — Só os idiotas dizem isso. Eles nunca percebem que são idiotas. O garoto sem entender nada começa a se mover lentamente para trás.

A garota percebe. — Estou brincando com você, de novo...

Você é estranha, responde o garoto. — E você não é tão inteligente, diz a garota. O garoto sem entender questiona o motivo.

— Porque você parece não perceber quando alguém te acha atraente. Após terminar de dizer isso o garoto fica completamente sem graça.

Essa garota é louca.

— Bem, é melhor eu continuar procurando minha sala de aula. – Diz o garoto se movendo até a saída do corredor. – Adeus, homem tolo! Na real, eu acho ele meio fofo. — Declan, esse é meu nome.

— Adeus, Declan! – Responde a garota mandando um beijinho com as mãos. O garoto então se vira e continua andando até a saída sem dizer nada. Isso é muito estranho... Acabei de conhecer alguém que não é repulsivo para mim e ao mesmo tempo tão fofo. — Ei, Declan!

Ele então se vira para trás. — Você nem perguntou meu nome...cara. Declan então respira fundo antes de perguntar. Qual é o seu nome?

— Sarah.

Longe de todos

— Pai? Você está bem?

Eu não devo preocupá-la.

— Você está aí, papai?

Não consigo falar... Sim? Sim, filha, me desculpe... São os analgésicos que me deram, eu não... Eu não me sinto muito bem. — Mas você vai ficar bem, não é? Diz com preocupação. Sim, não há com que se preocupar, querida. — Tem certeza que não é nada sério? Ela passa a mão no meu rosto. Tudo vai ficar bem, filha.

— Ufa... Que bom ouvir isso. Já estou preocupada com que aconteceu com você naquela cidade. — Diz ela aliviada. Estou bem... Apenas fiquei surpreso com a maneira como você leu esse livro. A garota então fica surpresa. — Sério, Pai? Por quê? Questiona a garota olhando para seu pai. — Você me fez lembrar de algo...

(...)

O sinal tinha acabado de tocar quando sai da sala e fui andando até o corredor. Acho que foi assim... Espera... Não, não foi... Bem, eu me perdi de novo, e também não consegui encontrá-la. Pensa Declan andando pelo corredor. Quando alguém surge atrás dele.

— Ei lindo!

Quando Declan se vira percebe que era Sarah. — Procurando por mim? Pergunta Sarah se aproximando. Declan fica sem palavras para dizer, o que deixa Sarah visivelmente animada. — Você não tem desculpa para estar aqui, não é? Ou você se perdeu de novo? Declan então tenta falar, mas é interrompido.

— Não se preocupe... Você não precisa inventar coisas perto de mim. Na verdade, estou feliz por ter encontrado você. Declan fica sem acreditar nas suas palavras. — Sério? Ele diz.

— Nah, não realmente. — Ela diz de forma abrupta. Fazendo com que Declan fique confuso. — O que? Ele diz. — Eu realmente não gosto de você, e o pensamento de encontrar você me deixa doente. A fala de Sarah deixa Declan desanimado. — Oh, me desculpe. Achei que você gostasse de mim. — Diz Declan visivelmente abalado.

— Bem, você pensou errado. — Diz Sarah.

Não se preocupe, vou voltar por onde vim, então. — Diz Declan em tom melancólico. Ele já estava se preparando para sair quando Sarah chama sua atenção. Espere! O que estou dizendo não é verdade. Eu... Não sei... Não sei por que continuo dizendo essas coisas para você. Declan fica calado. — Talvez seja porque estou acostumada a afastar as pessoas.

Declan então quebra o silencio. — Repito... Você é estranha. Sarah então faz uma cara de desaprovação. — Uhm, estamos ficando sensíveis, não é?

Não é que eu seja sensível. Eu simplesmente não consigo entender seu senso de humor. É muito estranho para mim. — Diz Declan de forma sincera olhando nos olhos de Sarah. Não consigo parar de pensar no quão lindo são seus olhos sérios olhando para mim. — Sim eu sei disso. Você tem algum problema com isso? Pergunta Sarah. Com certeza não, responde Declan.

— Bom, mudando de assunto. Há um lugar que eu preciso ir... Você gostaria de se juntar a mim? Ela se aproxima ainda mais perto de Declan. — Claro, mas...

Antes de Declan terminar de responder Sarah pega sua mão, e vai puxando ele pelo corredor. Era contagiante sua alegria naquele momento andando comigo de mãos dadas. Para onde vamos? Questiono Sarah. Ela não diz nada, e continua me puxando pelo corredor. — Precisamos sair desse lugar sem sermos vistos... O mais rápido que pudermos.

Quando me dou conta já estamos no lado de fora da escola. Ainda não acredito que conseguimos sair da escola sem sermos vistos. Essa é a primeira vez que mato aula. Sarah percebe minha cara de surpreso com que tínhamos acabado de fazer. Quando retomo a pergunta. — Para onde vamos, Sarah? Ela diz para não me preocupar com aquele sorriso em seu rosto.

Você sabe que eles vão dar suspensão na gente se descobrirem o que estamos fazendo, não sabe? — Bom, eu não vou contar a eles... E você?

Declan rir.

— Então não há com que se preocupar. Definitivamente vale a pena, eu prometo para você. Ela é linda, mas tão estranha. Acabo ficando perdido em meus pensamentos.

—Ei Declan! Vamos. Ela então segura minha mão novamente. Sua mão é tão quente. Tenho que admitir que foi uma boa ideia ir procurá-la. A inicio de conversa, não sei por que alguém como eu chamaria a atenção dela em primeiro lugar. Qualquer um que olhasse para nós veria que ela está fora do meu alcance (...) Quanto tempo falta para chegarmos? Faz horas que estamos andando. Saímos da zona urbana e fomos andando até a área agrícola da região, onde tem várias montanhas. — Tenha paciência Declan, estamos quase chegando, você vai ver.

Quem diria que eu viveria esse momento. Não sei a que distância estamos de todos. Nem quanto tempo fazia desde que saímos da escola. O tempo voava quando eu estava ao lado dela. Quando finalmente chegamos ao nosso destino. Uma imensa árvore magnólia de pétalas rosas.

Em todo lugar está vôce

— Declan... Nós chegamos! — Diz Sarah animada andando ao redor da árvore. — Não quero ser grosseiro... Mas onde estamos e o que há de tão especial nessa árvore? Diz Declan. Sarah parece ter ficado triste com a sua pergunta. — Sério? Isso é tudo que você tem a dizer? — Diz Sarah decepcionada. — Eu deveria dizer algo especial sobre isso? Questiona Declan.

— Esqueça... Você sabe... Você tem razão. E só a porra de uma árvore. Mas tudo que eu queria era ficar longe de tudo e de todos. Enfim, não seja tímido, Declan. Venha se sentar ao meu lado — ela se senta na grama, onde tinha a sombra da árvore. Vamos Declan, o que você está esperando? Venha, sente-se aqui. Próximo a mim. Prometo que não vou te morder.

Declan então se senta ao lado de Sarah em baixo da sombra da árvore. Onde eles ficam conversando. Não consigo entender como uma garota tão bonita pode estar sentada aqui ao meu lado. Isso tudo pode ser uma piada? Quero dizer, olhe para ela. Em que mundo alguém assim estaria atrás de mim. Tento falar alguma coisa mas não consigo.

— Está nervoso? — Pergunta Sarah me olhando. — Não exatamente. Ainda não entendo porque estamos tão longe da cidade. — Eu já te disse. Eu só queria um lugar tranquilo para nós dois. — Diz ela de forma calma e tranquila. — Mas me diga, não é sua primeira vez aqui, certo?

— Bem, há dias em que não suporto nem uma alma ao meu redor... E nesses dias eu venho aqui. Você também vem aqui para ler? Questiono. Ela balança a cabeça confirmando. A gente fica um bom tempo sentados olhando a paisagem. — Você já parou de ler ou pelo menos fez uma pausa? — Pergunta Declan. — Eu tento não fazer isso. Essa foi a única maneira que eu encontrei de escapar das pessoas chatas e simples que me cercam.

Começo a me questionar de o que poderia ter acontecido com ela para torná-la tão odiosa ou com medo das pessoas? — Você sabe... Eu gosto de ler as vezes também. Sarah então suspira profundamente. — Aposto que é mentira. Você está apenas tentando ser legal. — De jeito nenhum. Eu leio desde criança. Só não digo em voz alta porque não é a coisa mais atraente para as meninas. Sarah olha surpresa para Declan. — Sério? Esse é o seu argumento? Garotas? Desde quando você gosta de garotas? Você nem percebe quando uma garota gosta de você pelo que você mostrou até agora. Declan começa a ficar vermelho de vergonha.

— Vou ser direta. Você gosta de mim?

Declan fica surpreso com a pergunta repentina de Sarah e fica sem palavras. Sarah então segura uma de suas mãos. — Está tudo bem, Declan. Você não precisa me responder. Declan então da um leve aperto na mão de Sarah. — Eu preciso.

(...)

— Pai?

Droga... Eu estava perdido em meus pensamentos novamente. — Desculpa, querida... é o maldito tramadol. Acho que vou me deitar e descansar um pouco. — Você está começando a me preocupar, papai. — Agora, está tudo bem. E apenas temporário. — Espero que sim. — Assim que chegarmos em casa, vou tomar uma dosagem menor. Aumentei por causa do balanço do trem. Minha fala deia minha filha um pouco menos preocupada comigo. — Tente descansar um pouco, papai.

(...)

Chegando na sala de aula encontro Sarah em cima de um armário, mexendo em alguma coisa. Não tinha ninguém na sala, apenas ela. Eu nem quero saber como ela chegou em cima daquele armário. Ela então começa a se mover, ela não tinha me percebido ainda. — Oh meu deus! — Diz Sarah tentando descer do armário. Dou uma leve tosse seca para mostrar que estou ali.

— Declan?? Após chamar meu nome ela se desequilibra do armário e cai no chão. Ai, isso deve ter doído. Me aproximo dela para ajudar. — Você está bem? Pergunta Declan. — Que desgraça. Eu nem posso olhar para você agora. — Diz Sarah envergonhada tampando o rosto. — Não se preocupa, deixe-me ajudar você a se levantar. Declan então estende sua mão para Sarah se levantar.

— Obrigada, Declan. — Ela se apoia em uma das mesas ao seu redor. Declan fica olhando para Sarah com uma cara de dúvida, tentando imaginar o que ela estava fazendo em cima do armário. — Então... Sei que vou me arrepender de perguntar isso, mas... O que você estava fazendo lá?

— Caindo, você não viu? — Declan então rir. Oh vamos lá.

Sarah então suspira. — Vamos ver... Para satisfazer sua curiosidade... não encontrei a bibliotecária em seu lugar. Então comecei a procurar o selo dela para conferir essa porra de livro. — Isso não te colocaria em apuros? Questiona Declan.

— Ela me conhece. E ela sabe que eu praticamente moro aqui, então não. — Se você diz. Sarah então olha para Declan. — Ah... quase me esqueci. Obrigada por me assustar. Declan então tenta se desculpar.

— Bem... O que você está fazendo aqui se nem gosta de ler? Será que você... Realmente gosta de mim?

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