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O FRUTO PROIBIDO – Cedendo A Paixão

1. O PROJETO

Atenção, história sem correções, contém gatilhos, + 🔞

***

— Bom dia Eduarda!

A mulher sentada em uma das poltronas confortável de espera da recepção levantou o olhar para o homem que acabara de entrar na sala da renomada clínica veterinária da cidade de Bariú. Ele havia sido seu mentor na Universidade, atualmente ele deixara a escola e se tornara médico, após abrir uma clínica em parceria com outros que tinham o mesmo interesse, " Ganhar dinheiro e cuidar dos animais"qual Eduarda buscava alcançar parceria também.

— Bom dia Dr.Andrés, como vai? — Ela sorriu amigavelmente

Ele olhou o relógio se aproximando, sorriu de volta, possivelmente curioso por ver-lá — O que faz aqui tão cedo? Tínhamos combinado algo hoje?

Eduarda levantou-se e o cumprimentou com um aperto de mão — Não senhor, mas eu precisava falar-lhe...

Exitou olhando ao redor esperando que os funcionários que passava se afastassem

— Venha até a minha sala lá conversaremos mais a vontade! — O Dr. Falou ao notar o seu desconforto na sala já movimentada.

Ela seguiu o homem que entrou no elevador, parando no quinto andar eles saíram andando pelo pequeno corredor ao abrir uma porta do lado esquerdo e a convidou a entrar. Já na sala ofereceu-lhe uma cadeira para sentar e café que ela aceitou, pois, ainda naquela hora não havia tomado café da manhã.

— Não sabia que já estava na cidade! Então… como foi a viagem? — O Dr perguntou ao sentar na cadeira atrás da sua mesa de frente para Eduarda, que saboreava o seu café quente, forte e com pouco açúcar

— É sobre isso que quero falar.

Deixando a xícara sobre a mesa, olhou fixamente para o homem a sua frente. — Eu conheci uma pessoa… — Fez uma pequena pausa para dar outro gole no seu café… —Bom, havia me dito que eu precisava de colaboradores para alavancar o meu projeto…

O homem fez um gesto que sim com a cabeça, e esperou que continuasse — Bom, aqueles eventos chatos em que fui serviu ao meu propósito...

— Então os meus parabéns, Eduarda fico feliz por você! — Ele sorriu empolgado pela ótima notícia, reconhecendo os seus esforços. Há mais de dois anos que a conhecia, sabia bem que ela não era mulher de desistir com facilidades, tinha fibra e era da sua confiança, aprendera a admirar aquela jovem mulher, apostava toda as suas fichas que iria tão longe até onde desejasse.

— Obrigada Dr, mas ainda falta muito…

— Minha filha, tudo dará certo, esse é só o começo, fale-me mais sobre isso.

Após contar os detalhes, Eduarda falou o real motivo de esta ali

— Depois que consegui falar com dois dos investidores, agora preciso de um lugar para começar, que é onde o senhor entra.

Ela olhou para o homem, a sua frente, com os seus quase cinquenta anos tinha ainda um ar jovial os seus cabelos eram castanhos, já aparecia alguns fios prateado qual dava um certo charme, era alto e magro estava sempre bem apresentável com a sua barba bem feita, o seu estilo moderno e impecável dava um ar elegante e até vaidoso, era também uma pessoa bem colocada na sociedade, e o mais importante sempre a tratara com respeito a pesar da sua fama de mulherengo; ela via-o como amigo, um dos pouco que tinha.

— Os investidores mim impôs que deveria arrumar um profissional de renome para tomar a frente do negócio e eu concordei afinal eles mau me conhecem era justo saberem onde estão colocando seu dinheiro, então eu site o seu nome...— Ela fez uma pausa antes de prosseguir — E eles concordaram de cara pelo seu profissionalismo e caráter… Então a proposta que lhe faço é que faça parte disso comigo, usaremos o Hospital só até conseguimos outro lugar, conto com você para as cirurgias de risco, até conseguir outro bom cirurgião os equipamentos, funcionários, medicamentos será por minha conta...

— Sim, eu topo! — Ele interrompeu-a que falava rapidamente sem parar com medo que dissesse "não".

— Serio? — Ela arregalou os olhos, pois não esperava que fosse convencê-lo assim tão rápido

— Sim, eu te disse que só precisava de financiadores alguém que acreditasse na sua capacidade, se você encontrou, quem sou eu para ser contra eu te apoio como sempre deixei bem claro.

Eduarda não se conteve, correu e o abraçou e beijou-lhe no rosto eufórica. Depois de combinarem se verem mas tarde para acertarem detalhes da sociedade ela saiu da clínica deixando-o trabalhar.

Sentada numa paragem perto dali, aguardava o ônibus para ir a casa da sua tia, viu duas freiras se aproximarem, religiosamente em silêncio sentaram do outro lado e a cumprimentou desejando‐lhe bom dia educadamente, após responder apenas com um aceno de cabeça, virou‐se para o outro lado colocando o seu óculos de sol escuro, incomodada com aquelas presenças, que lhe trazia lembranças amargas, o que menos queria era pensar naquele homem...

❤💙💜🖤

Maria Eduarda

VETERINÁRIA

2. RECORDAÇÕES

— Alô? Como? Missa...

Era pouco mais das sete da manhã e a tia de Eduarda ligara para desmarcar a visita que lhe prometera fazer naquele dia. A verdade é que Eduarda ainda estava na cama havia dormido muito tarde e nem se lembrava daquela visita à dias que a sua tia estava prometendo visitá-la.

No dia anterior resolvera voltar do caminho, ao observar as freiras naquela manhã ficará de péssimo humor e optou por desistir de ir ver a querida tia Adelaide, mesmo estando com saudades, reconhecendo a si mesma sabia que não conseguiria da atenção merecida que ela precisava, voltando para casa abrira a geladeira e devorou um pote de sorvete, como se não bastasse comeu também chocolates, mais tarde decidida a bloquear aquelas lembranças, tomou algumas cervejas e fizera caipirinha, bebera mais do que estava acostumada e só se lembrava que passara o dia e a noite em casa deprimida, e vendo a bagunça ao seu redor também dormira com o computador portátil ligado enquanto fazia pesquisas.

— Missa...

Aquela palavra ficou ecoando na sua cabeça, e os seus pensamentos viajou à semanas atrás quando o conhecera…

Era verão ainda já no final de março quando resolvera fazer uma viagem às presas por ordens do Dr.Andrés que conseguirá marcar um encontro com possíveis interessados em ajudar no seu projeto, sem exitar fizera a mala, não era do tipo que perdia oportunidades, e aquela era imperdível.

Sentara na poltrona de lado para a janela como sempre fizera, desde menina gostava de observar as paisagens ficando para trás, aquilo distraia-lhe e tinha sensação que o tempo passava mais rápido.

— Boa tarde!

Alguém sentou ao seu lado e a cumprimentou

— Boa ta, tardee! — Ela gaguejou quando se virou para responder sentindo seu coração bater descompassado... " Ele era lindo"... — pensou boquiaberta, não desse lindo como galã de novela, não, era mesmo belo algo real, podia até dizer que de uma pureza jamais vista, os seus olhos refletia isso e a sua voz transparecia calma, paz, quando ele lhe sorriu então ficou difícil respirar.

— É difícil olhar as paisagens e não se perder nas lembranças de infância, não é mesmo?

Ele indagou mostrando seus lindos alinhados dentes brancos

— Siim! Concordo! — conseguiu balbuciar, enquanto respirava a fragrância agradável que ele exalava, era suave e, ao mesmo tempo, mascula o que a fez imaginar‐ lo saindo do banho naquele instante, visualizando até os pingos que caiam dos cabelos molhados. Enquanto ela estava ansiosa por um, exausta e suada naquele calor intenso e o trem estava lotado como sardinha, sem perceber, deixará a imaginação rolar solta.

Havia estado em uma reunião difícil de duas horas antes do embarque, viera direto da reunião para não perder a passagem, mau podia esperar chegar na pousada para entrar no chuveiro, depois descansar. Era o que pensava até aquele estranho sentar ao seu lado e invadir os seus pensamentos.

Eduarda piscou algumas vezes para clarear os pensamentos e o bom senso.

— Você não é daqui é? — o homem perguntou fazendo com que ela o olhasse novamente.

— Oh! Não, não! Estou a negócios.

Ele olhou longamente para a mulher morena de estatura mediana como se a visse naquele instante.

Ela usava os cabelos presos num rabo de cavalo eram castanhos cacheados pareciam ser volumosos, eram pouco maior que na altura dos ombros, pode imaginar mesmo estando presos, ela era magra mais nem tanto, — pensou, notando o decote discreto em V no macacão clássico cor de vinho, com um cinto que lhe modelava bem a cintura fina, o computador portátil estava sobre o seu colo e a bolsa tira colo ainda estava no seu ombro, a maquiagem era leve quase que nem uma… era com certeza uma mulher discreta podia se dizer…— pensou novamente a concluir a observação, meio sem graça por ter olhando com tanta atenção aqueles detalhes.

Eduarda pigarreou um pouco desconfortável ao se sentir observada com tanta profundidade daquele jeito.

— Me, perdoe, é que me perguntava que tipo de negócios a fez vir assim com esse calor...

— Assim? É que não estou acostumada ao litoral, errei feio quando arrumei as malas quase que correndo... – ela não contou, quando saiu de casa as sete da manhã, não estava quente daquele jeito.

— Não creio que não vai aproveitar o mar? Você esta no paraíso pode-se dizer, e não vai aproveitar? Difícil acreditar você tão jovem, não pensar em curte a vida! — ele voltou a sorrir, encantando‐a mais ainda, se é que ainda fosse possível.

— Sim, acredite! Também é o que dizem os meus amigos, tenho o espírito envelhecido.

Ele alargou mais o sorriso ao ouvi-la dizer aquilo, Eduarda também sorriu, esquecendo o desconforto de minutos atrás, agora sentia-se a vontade com aquele estranho parecia natural aquela conversa, pôde então observa-lo melhor, mesmo sentado pôde ver que era um pouco mais alto que ela, tinha pele morena mais claro que a sua, olhos castanhos claros, cabelos pretos e bem cortado, ficou admirada com os detalhes do seu rosto parecia ter sido desenhado a mão por um artista talentoso.

Ele tinha um belo cavanhaque que o tornava muito charmoso, o nariz bem afilado e os lábios não tão finos fazendo ele parecer mais atraente, a fez morder o próprio lábio inferior imaginando como eram perfeitos para beijar. Apesar de não parecer ter um físico atlético era notável que ele se cuidava, o corpo parecia esta em boa forma, gostaria de enxergar pela camisa branca gola Polo que ele vestia, a calça jeans azul parecia deixá-lo bem confortável também, "Que homem gostoso, cheiroso, Deus, que tentação essa hora?"...— ela pensou a rir para si mesma, queria acariciar os seus cabelos e cheirar o seu pescoço "eee... Droga! Como podia pensar tal coisa! Com um estranho…

Não podia explicar a sensação de tranquilidade de está ao seu lado, da paz que ele transmitia como se já o conhecesse, nunca sentira nada parecido, queria tocar-lo, fazer coisas...Eduarda pare! — se recriminou em pensamento, desviando o olhar para a janela tentou afastar os pensamentos loucos que se formava na sua mente, devia ser carência já nem se lembrava quando estivera com um homem, sim, se lembrava tinha quase dois anos que terminara o namoro com um colega da época da escola, havia descoberto as traições dele, que já não era segredo para ninguém.

Ela não o amara, pois não lamentava o fim do namoro que durara apenas um ano, depois disso não havia se interessado por, mais ninguém havia estado muito ocupada com o trabalho, o projeto atual, a faculdade e mais outros projetos a qual fazia parte, estivera sempre ocupada, cansada demais para namorar, agora aquela carência porque? Talvez a data do seu aniversário de vinte nove anos estivesse chegando e isso parecia preocupante, já que não conseguirá muita coisa na vida, era isso só podia ser "a tão famosa crise dos trinta se aproximando".

Conversaram socialmente até

chegar na estação que ambos ficariam, se despediram sem nem ao menos perguntarem o nome um do outro.

Aquele encontro ficou vivido na memória dela, até dias depois se reencontrarem novamente por acaso e dividirem um táxi.

—Oi!.. Como vai? — O rapaz a cumprimentou quando Eduarda entrou no táxi e sentou ao seu lado, foi então que levantou o olhar e o reconheceu.

— Oi!! Ah, é você! Estou bem obrigada!— respondeu sorrindo não escondendo a satisfação de reencontra-lo, e a surpresa boa.

— Você já resolveu os seus negócios?

Ele perguntou se referindo a conversa que tiveram a três dias atrás.O mundo parecia mesmo pequeno, — Ela pensou, pois não esperava encontrar aquele homem novamente, pior havia passado os últimos dias a sonhar com ele, tanto acordada como não, sonhos esses, no qual acordava desesperadamente excitada tendo que se acalmar com um banho bem gelado, nunca fora de se deixar envolver daquele jeito, muito menos por um completo desconhecido nem sabia o seu nome...

— Oh não! Quisera eu – interrompeu as lembranças respondendo – Mas estou a ter dificuldades de encontrar um dos apoiadores principal do meu projeto, hoje mesmo ele acabou de me dar um bolo, fiquei a aguardar por quase três horas para no final a secretaria me falar que ele não poderia receber-me, ouve imprevistos.

A mulher sorriu esquecendo o cansaço daqueles dias tão corridos.

O estranho sorriu-lhe amigavelmente, o que fez com que Eduarda engolisse em seco imaginando tocar aqueles lábios

que pareciam tão deliciosos, de forma inconsciente ela passou a língua nos próprios lábios para umedecer-los naquele momento pareciam tão secos, o que fez com que ele a fitasse nos olhos demoradamente, depois demonstrando um certo desconforto, mudou o olhar para outra direção.

— Me desculpe, mas em que projeto esta trabalhando mesmo? É algo grande para dar assim tanto cansaço?

O homem disse, enquanto voltava olha‐lhe apreciando a elegância em que estava vestida, usava saia preta de alfaiataria e uma blusa branca delicada levemente transparente com um Blazer preto formal, os seus cabelos cacheados estavam presos num coque, dela exalava uma fragrância excêntrica agradável de sentir, não sabia o que, mas algo lhe atraia naquela moça não de forma sexual, mais os seus olhos tinham algo incomum, gostava do tom doce da sua voz, e do jeito descontraído de sorrir, era uma jovem bonita não dava para negar. Ele não negou e observou os olhos meio puxadinhos e os lábios pequenos e carnudos, caso fosse um homem comum, seria fácil se perder neles... "Mais, que Deus me ajude! No que estava a pensar?" — se recriminou limpando a garganta desconcertado com o seu próprio pensamento de luxúria, sentiu que ali estava ficando muito quente. puxou um pouco a gola da camisa, que nem era apertada.

Eduarda sorriu meia timida, por perceber a forma de interesse com que ele a olhava sentindo-se tentada a demostrar o interesse mútuo, mas desistiu, pois, nunca foi assim atirada não queria passar uma imagem distorcida do que realmente era, afinal se ele sentira algo por ela estava a ser cauteloso até mesmo um pouquinho discreto, talvez fosse casado, comprometido o que talvez o impedia de avançar o que era de se admirar. Achou melhor assim.

...— Bom...Como digo...é um bom projeto no meu ponto de vista! — Ela disse finalmente, para quebrar o clima cheio de tensão. — Estudo medicina veterinária, estou buscando apoiadores que possam me ajudar abri uma clínica veterinária para acolher os animais de rua abandonados!...

— fez uma breve pausa e continuou...— Como pode ver – fez um gesto com a mão mostrando ao redor — não tenho recursos para investir por minha conta própria, não nasci filha do papai, então preciso correr atrás, é cansativo implorar, mas não tem outra solução. Farei minha parte!

— Entendo… você precisa de financiamento, voluntários, isso que veio buscar? Tem chance de conseguir?

Ela consertou-se no banco do carro procurando ser positiva, depois respondeu às perguntas, com um pouco de entusiasmo.

— Sim, e sim, preciso consegui, eu cuido de alguns animais, eles precisam de cuidados caros alguns até cirurgia para sobreviver, esses animais estão espalhados em clínicas de amigos, mas é provisório preciso de um lugar para eles, e rápido!

— Sei…isso é bonito e elogiável, espero que consiga o que precisa para realizar o seu projeto, precisamos de mais pessoas assim, visando o bem dos pequenos indefesos, as criações divinas.

Ela sorriu-lhe gentil com o peito estufado de orgulho de si mesma. Esperava que quem procurava encontrar, pensasse da mesma forma.

— Obrigada, mesmo! Tenho um aplicativo para pequenos doadores, todo pouco é bem-vindo, caso se interesse...

Ele assentiu enquanto Eduarda, levou a mão dentro da bolsa, em seguida lhe entregando um cartão com o seu endereço de email e telefone, claro que com segundas intenções também.

— Há! Qual é o nome do empresário que procura? — O homem perguntou de repente, depois de olhar rapidamente o cartão em sua mão.

— Rudolf sttyurts, ele é o cara!

O homem refletiu um pouco

— Um dos magnatas do grupo sttyurts...

Falou como se o conhecesse

— Sabe quem ele é? — Indagou-o franzido o cenho.

—Sim, estive no casamento de uma das filhas dele recentemente.

— São próximos a ponto de me dar o número pessoal dele? — Eduarda perguntou de supetão

— Sinto muito, não posso fazer isso!

.

— Sei, é claro, você não me conhece...— ela tentou se desculpar por ter se precipitado de tal maneira, não demorou logo ele avisou ao taxista que o seu ponto era ali, quando ele abriu a porta para sair virou se para ela — Afinal de contas, eu sou o Lawrence!

— Estendeu a mão para ela que apertou a dele, com um sorriso que lhe alcançava os olhos.

— Muito prazer sou...

— Dra. Maria Eduarda! — ele completou lendo o cartão que ela lhe entregara a pouquíssimos minutos atrás. Ela confirmou com a cabeça e despediram-se.

****

— Olá, boa noite? — Eduarda atendeu ao telemóvel, mas não ouve resposta do outro lado, ouviu apenas uma respiração pesada do outro lado da linha.

— Alô! Quem é? — olhou a tela do aparelho, numero desconhecido.

— Lawrence? É Você?

— Sim! Sou eu…como soube?

Finalmente alguém respondeu com voz meio rouca.

...— É você mesmo? — Eduarda pareceu confusa, não esperava que ele fosse ligar, pelo menos não tão rapido, ela havia lhe dado o cartão na tarde passada, aquilo podia ser um bom sinal, — pensou…...

— Ah! O meu santo é forte, — sorriu.

^^^—Isso, isso é bom ! — ele disse e antes que ela pensasse qualquer coisa ele falou o motivo da ligação^^^

— Você quer ir num evento amanhã à noite?

Fora pega de surpresa.

_— Você está me convidando para sair Lawrence?

— Não exatamente! Soube que o Rudolf vai estar num evento amanhã a noite, então consegui um convite para você, é a sua oportunidade de se aproximar, pegá-lo de jeito! Então você vai…? Eduarda...?

Ela ficou em silêncio decepcionada.

— Irá comigo?

— Não poderei ir, tenho missa amanhã nesse horário!

— Sei, eu entendo… — ele com certeza pôde perceber o desânimo na sua voz

— Não posso mesmo! Mas se sairá bem tenho certeza, então...?

— Sim, é certo que irei, preciso resolver isso o quanto antes!

— Quando pretende partir?

— Tão logo eu resolver isso!

Eduarda respondeu-lhe no automático

— Certo, vou mandar-lhe o convite por um moto-boy me passa o endereço de onde está hospedada!

Combinando tudo, se despediram, ele desligou o telefone.

LAWRENCE

padre Gabriel

3. DOR DA REJEIÇÃO 1 Parte

"Oi! "

"Poderia vir me ver?"

Eduarda enviou a mensagem do celular assim que abriu a porta deixando a bolsa na cama, depois andou até o frigobar procurando algo para beber, não era algo que fazia sempre mais aquela noite não poderia terminar sem uma comemoração. Não tinha com quem sair, então se lembrara dele, afinal de contas tudo dera certo graças a sua ajuda, por sorte e puro interesse, havia agendado o número de quando ligara no outro dia.

Pegou uma cerveja, abriu a garrafa e dando um grande gole na bebida que estava extremamente gelada, fez uma careta. Fechou a porta do frigobar, sentada no pequeno sofá de canto, olhou a tela do celular que marcava 23:40 da noite, de repente um som de alerta de nova mensagem aparece na tela, ela abriu ansiosa.

"Oi!"

"Está tudo bem com você?"

Era ele, que não demorou para responder

"Sim, é que preciso te ver, pode? "— digitou com dedos ágeis

O silêncio ficou no ar por alguns instantes, para ela, parecera uma eternidade

"Sabe que horas são?"

— ele respondeu com um emoji sonolento no final da interrogação, depois digitou novamente ‐

"Por que eu acabo de chegar, e não tenho intenção de sair, então se não for urgente, passo pela manhã para te ver..."

Ele ainda estava a escrever quando ela o interrompeu com a sua mensagem

"É urgente! "

"Sei que mal nos conhecemos, é que não tenho mais ninguém em quem contar no momento..."

Eduarda enviou uma carinha de emoji triste, quase que implorando.

"É sério isso? "

"Sabe o que você está fazendo comigo? Eu,eu..." no final da mensagem uma carinha confuso, mas ela insiste.

"Por favor..."

Agora ela realmente implorava, percebera que ele não pretendia ceder, e aquilo parecia vergonhoso demais está ali pedindo pela presença de um homem que nem se quer conhecia.

Dando o último gole da bebida, pensou se já seria o efeito da bebida subindo para a cabeça? Sempre fora fraca para bebidas alcoólicas, balançou a cabeça incrédula "Não, não, avia tomado apenas duas taças de vinho no evento e um coquetel de frutas com um pouquinho de vodka, agora aquela cerveja e não era para tanto, não se sentia nem um pouco alterada, apenas animadinha!

Abaixou um pouco e tirou os sapatos, podendo sentir o alívio e o piso fresco em seus pés. Acabara de voltar do evento após conseguir convencer o Sr. Rudolf a Investir no projeto, o que acreditou que seria mas difícil, por isso bebera um pouco para fazer social, fora apresentada a algumas pessoas pelo homem e depois se despedira, não havia mais nada a fazer naquele lugar, só pensava em vê-lo agradecer e comemorar, então foi que fizera. O seu coração acelerou quando ele respondera, mas agora sabia que ele não viria, e porque viria? Que idiota pensar ao contrário.— ela recriminou-se sentia como idiota.

(— Ta, mim, desculpe em te incomodar essa hora, eu devo ter excedido na bebida um pouco, é que ...obrigada você já me ajudou muito… foi como um anjo!

Ela desligou o aparelho tão logo enviou aquele áudio antes que parecesse mais ridícula. Levantou‐se tirou o vestido, sentia precisar de um banho antes de dormir com a sensação de dever cumprido, e objetivo alcançado.

Abrindo o zíper do vestido, sentiu a peça de roupa escorregar pelo seu corpo caindo sobre o tapete macio, do quarto, em seguida da lingerie de renda preta, ligou o spotify do celular para ouvir as músicas do grupo "Roupa nova", que tanto amava, deixando o aparelho sobre o sofá caminhou para o banheiro, ligou as torneiras e deixou encher a banheira enquanto adicionava sais de banho e outras essências, quando pronta, ela entrou no banho e deliciou-se com a água quase morna, mergulhou de corpo todo na banheira, relaxada, ficando assim por alguns segundo até perceber batidas insistentes em sua porta. Saiu da banheira confusa, pegou o roupão e o vestiu às pressas. — Quem seria àquela hora? — se perguntou com passos apressados para atender a porta.

— Você? O que faz aqui?

Ela não pode conter a surpresa por ver Lawrence na sua porta. Ele vestia uma jaqueta marrom de couro, trazia um capacete em uma das mãos, a calça jeans e ténis lhe caiam como uma luva, — Pensou notando os cabelos bagunçados pelo capacete, dele emanava um perfume amadeirado muito bom.

— Como assim? Você me pediu que viesse ... — ele olhou-a confuso percebendo a forma em que ela se encontrava vestida inapropriada para receber visita

— Sim, mas disse que não viria. — ela tentou apertar mais o roupão na sua cintura, percebendo o desconforto dele mudando a direção do olhar.

— Não foi bem assim, mas fiquei preocupado, pela forma que desligou, supus que não estivesse se sentindo bem. O que ouvi?

Ele disse com ar de preocupação. Ela sorriu admirando-o e abriu espaço para que ele pudesse passar

— Venha entre!

— Acho melhor voltar outro dia, então conversaremos, pois, pelo que vejo, Parece estar bem!

Ele falou, bem sério

— Estava no banho, não estava-lhe esperando… não mais.

Ela faz uma pausa e pegou-lhe a mão puxando-o para dentro meio que lhe forçando a entrar, percebendo que ele hesitava, ela fechou a porta atrás de si.

— Como pode ver, estou bem, e você está ótimo também.

Ela disse a apontar para sua roupa de motoqueiro selvagem. Ele deu um meio sorriso encabulado com o jeito que ela lhe examina a demonstrar interesse.

— Sente-se, aceita uma bebida? Eu tomava cerveja...

Ela pegou o capacete das suas mãos e deixou sobre o sofá, aproveitando para diminuir o volume da música

— Roupa nova? É o que curte?

— Sim, você não gosta? Quer que desligue?

— Não, gosto sim! Só não esperava que fosse seu estilo!

— É? E qual seria o meu estilo?

Ela diz se aproximando com olhar penetrante provocado‐o, parando diante dele que ainda estava em pé próximo da porta.

— Não sei dizer exatamente! — ele deu um passo para trás, ao sentir o aroma agradável do pós banho da mulher.

— Realmente quer descobrir o meu estilo? — ela estava muito perto, tanto que podia tocar-lo, e foi o que fez.

Ela estendeu a mão e tocou as mãos másculas dele, acariciando-as.

— Você tem uma moto?

— Sim, tenho, você gosta?

Disse tentando afastar as mãos, aquele toque pareceu uma descarga elétrica, espalhando calafrios, pelas reações em suas faces, parecia que ambos haviam sentido.

— Sim, mas não sei pilotar, ou melhor , tenho medo — fez uma pausa para olha-lo, voltou a falar — Você está um charme hoje! — ela lhe tocara o rosto carinhosamente, acariciou o queixo e também os seus lábios circulando o seu polegar sobre eles, desejando desesperadamente poder cobri-lo com os seus, parece que ele leu os seus pensamentos, pigarreando afastou-se um pouco mais antes que ela o agisse.

— Então, o que você queria mesmo?

— ele sentou-se na poltrona olhando-a fixamente.

— Realmente não quer uma bebida? – Ela pergunta outra vez.

— Não, obrigada! Você foi ao evento? – para afastar seu olhar, e seus pensamentos, passou o olhar pelo ambiente, enquanto falava. Sua intenção era focar em qualquer coisa que não fosse a mulher.

Ele notara o vestido jogado no chão do quarto, sua mente criou a cena dela deixando a peça escorregar pelo corpo devagar,...

Arrependido logo mudou o olhar de direção novamente, seus olhos negros parou justamente nas peças intima largada sobre o tapete, " Tenha misericórdia, Deus!!!" puxou a gola da camisa com certa agonia, rezando para ser livrado daquele pecado. Bloqueando os maus pensamentos.

Vendo o olhar do homem, ela agiu rápido envergonhada recolhera as peças as guardou no banheiro.

— Ah sim! Era sobre isso que queria te falar..., mas antes disso, como chegou aqui tão rápido? – falou ao retornar para perto dele.

— Não moro longe daqui, e vim de moto, que era bem mais rápida que esperar por um táxi... pensei que fosse mesmo uma emergência... – sentiu se enganado.

— Muito bem! Vou pegar algo para você beber, assim posso te contar como foi o evento. – não gostava da ideia de beber sozinha, queria brindar ao sucesso, graças a ele.

Eduarda foi até a pequena adega que ficava ao lado do criado mudo.

Voltou logo com duas taças e uma garrafa de vinho, serviu-o mesmo ele insistindo não querer, ela estendeu a taça na mão, deu um passo à frente tropeçando em seguida nos próprios sapatos deixados ao chão, quase que deixara cai a taça, mas ele a segurou antes, um pouco do líquido ainda derramou sobre o jeans dele.

— Oh mim, perdoe! — se desculpou pelo desastre correndo para pegar algo para limpá-lo.

— Calma! Está tudo bem, contudo não quero beber.– ele não poderia, tinha receio do que poderia pensar a respeito dela caso ficasse um pouco mais, sóbrio já era difícil controlar a sanidade, não queria pó a culpa de qualquer pecado no álcool.

— Desculpe, sou meia desastrada. – diz sorrindo com vergonha, não queria que pensasse que estivesse já bêbada, "talvez só um pouquinho...", reconheceu.

Quando retornou do banheiro com um pano úmido, sem pensar no que vestia, se ajoelhou diante dele, e, pois se esfregou rápido para não arriscar manchar o tecido.

— Ahh! ... Prefiro eu mesmo fazer isso...– abalado afastou os olhos do pouco que lhe foi permitido visualizar.

Ele tocou-lhe a mão para que ela desse o pano, só então que ela levantou a cabeça para olhar-lo, e percebera qual próxima estava da virilha dele, numa posição, vamos dizer que, insinuante, a sua mão estava a estocar aquela parte da roupa para limpar o tecido, nem notara aquele fato, ela voltou o olhar para aquela parte protuberante que estava bem diante dos seus olhos, salivou maliciosa, por um momento não conseguiu desviar o olhar, engolindo em seco, pois era um belo pacote, corou só de pensar no volume a sua frente e poder tocar-lo, sentindo um comichão no baixo ventre revelando assim o seu desejo sexual em ser saciada por aquele homem, não raciocinou direito apenas seguiu os seus instintos, se pós de pé e o agarrou pelo pescoço, puxando-o para si, o beijou fortemente nos lábios, antes mesmo que pudesse saborear o gosto, ele se desvencilhou empurrando‐a, fazendo com que caisse sentada, pelo mau jeito, o seu roupão abriu a parte de cima, revelando completamente assim os seios pequenos e firmes.

— Mais o que pensa que está fazendo?

Ele esfregou os lábios com as costas da mão, desviando o olhar ao ver os seios dela expostos tão descaradamente.

CONTINUA.....

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