Me chamo Sara Sanchez e atualmente tenho 20 anos.
Sempre fui tímida, depois que perdi a minha mãe para o câncer com 6 anos ficamos apenas eu e o meu pai. Quando tinha 10 anos ele conheceu a Mileide e se apaixonou, ela era gentil e me tratava muito bem. A Mileide tinha uma filha, a Lize de 12 anos, ela também estavam passando pelo luto, o pai da Lize havia morrido há 3 anos num acidente de carro quando a conhecemos.
O meu pai e Mileide se casaram com poucos meses de relacionamento, eu e Lize nos demos muito bem desde o início. A Mileide tornou a nossa vida difícil, para ela tudo era uma competição, ela já não era tão "gentil". O meu pai sempre trabalhava muito, é realmente precisava porque Mileide é uma mulher que gosta de luxos. Nunca reclamei da Mileide para o meu pai, ele estava feliz de novo.
Aos 15 anos comecei ter fortes dores de cabeça, terminei o ano escolar pela primeira vez com dificuldade. O meu pai ficou muito preocupado e queria se afastar um pouco dos negócios, a Mileide não deixou e ela começou a cuidar da minha saúde. Foram muitos médicos até o diagnóstico de glaucoma, infelizmente evoluiu rápido e apesar da minha pouca idade, com 17 anos perdi totalmente a minha visão. Foi difícil me adaptar, tive depressão por um ano.
Aos 18 anos finalmente aceitei que não tinha mais jeito, desisti de procurar por mais médicos e me adaptei a nova realidade.
O meu pai não soube lidar, se culpou por não ter estado ao meu lado e isso prejudicou os negócios dele. Mileide me culpou por tudo e sofri muito com a raiva dela. A Lize sempre esteve ao meu lado, ela é a minha melhor amiga. Foi ela que me ajudou a concluir os estudos e me adaptar a nova realidade. A Lize sempre assistiu filmes comigo, narrando todas as cenas e lia para mim os meus livros favoritos. Comprou aparelhos eletrónicos próprios para minha realidade e me ajudou a usá-los.
Completei 20 anos hoje, o meu pai nunca deixou passar em branco e hoje não apareceu. Ele começou a beber bastante ultimamente e apesar de ninguém me falar nada, eu sei que estamos a beira da falência.
Sara: Quem tá aí?
Ouço passos e fico com medo. Conheço esse perfume.
(Mileide Cooper, 40 anos)
Mileide: Se o seu pai se matar, saiba que foi por sua culpa, inútil!
Falo com ódio.
Sara: O que está acontecendo com ele?
Mileide se aproxima e o meu coração gela, sinto ela me empurrar com força. Bato na quina de algum móvel do meu quarto e sinto uma dor terrível.
Mileide: Você aqui, não é a vítima. O seu pai está morrendo dia após dias graças a você!
A sonsa se faz de vítima, mas uma vez e tenta se levantar.
Sara: Mileide me levantar pelos cabelos, sinto o meu couro cabelo do arder.
Está me machucando, me solta.
Mileide: Cala a boca! Espero que esteja feliz, porque ninguém mais está graças a você.
Falo e saio com ódio da Sara. Deveria ter me livrado dessa sonsa a anos atrás. Resolvo ir até à empresa do Adam pedir que nos ajude a nos reerguer. O pai dele era muito amigo do meu falecido marido.
Sara: Mileide sai e tento chegar a minha cama com dificuldade. Choro com medo de perder o meu pai e fico bem quietinha na cama encolhida sentindo muita dor nas costelas.
Na empresa do Adam...
Mileide: Estou me aproximando da sala Adam quando escuto gritos e vozes alteradas.
(Adam Gutierrez, 28 anos)
Adam: Eu já disse que não vou me casar porra!
(Marcos Gutierrez, 48 anos)
Marcos: Olha o jeito que fala com o seu pai Adam. Não tem escolha, se case ou não irá ficar na presidência. Sempre soube que precisaria estar casado!
Adam: Isso veremos!
Saio irritado com o meu pai. Entro na sala e ouço batidas na porta, peço que entre e fico encarando a Mileide parada com um olhar indecifrável me olhando.
O que quer Mileide?
Mileide: Um acordo!
Falo calma.
Adam: Acredito que não tenha nada que me interessa.
Mileide: Pego meu celular coloco uma foto da Lize e em seguida coloco em cima da mesa do Adam.
(Lize Cooper, 22 anos)
Adam: Modelo? Bonita!
Mileide: Minha filha e sua futura esposa por contrato.
Adam: Dou um sorriso diabólico.
Muito engraçado!
Mileide: Como deve saber a empresa do meu atual marido está passando por uma fase difícil, me ajude a reerguer ela e te dou a mão da Lize em casamento por contrato. Ela é bonita como pode ver, educada e sabe se comportar em sociedade como uma perfeita dama. Ficarão casados por um ano, e depois você dá o divórcio a ela. Os dois se beneficiam como pode ver.
Adam: Fico pensando, não seria mal me casar. Resolvo o problema do acordo para continuar na presidência, a Lize é realmente linda e com um ano posso me divorciar sem problemas.
De quanto estamos falando?
Mileide: Uma fusão com uma das suas empresas e alguns milhões que não lhe farão falta!
Adam: Me caso sábado!
Falo decidido. Esse acordo pode me trazer vários benefícios!
Mileide: Já? É amanhã. Preciso falar com a Lize, Adam.
Adam: Não é negociável. Amanhã às 14:00 horas na igreja, vou estar esperando a minha noiva com um acordo e um cheque em mãos. Me envie o valor por mensagem até o fim do dia.
O meu pai vai até gostar, ele tinha uma boa amizade com o falecido marido da Mileide e, por outro lado a empresa do atual marido dela me interessa. Se bem administrada pode me render muito mais do que alguns milhões associada a minha empresa.
Mileide: Tudo bem, até amanhã então. Tenha um bom dia.
Saio pensando em como vou lidar com Lize e o Carlos.
Na mansão do Carlos...
(Carlos Sanchez, 42 anos)
Carlos: Sinto que estou mais sóbrio e resolvo ir ver a Sara. Entro no seu quarto e vejo ela encolhida, seu rosto denuncia que esteve chorando.
Me desculpa por não ter vindo antes meu amor. Feliz aniversário!
Sara: Pai!
O meu pai se aproxima e me abraça apertado, sinto muita dor nas costelas e mordo os lábios com força para suportar a dor e ele não perceber nada.
Carlos: Está tudo bem filha?
Sara não parece bem, pisei na bola de novo com ela.
Sara: Pensei que não viria.
Carlos: Nunca deixaria de te parabenizar meu amor.
Droga! Fiz ela pensar que não viria vê-la. Preciso dar um jeito na minha vida.
Sara: Pai... A mamãe não iria gostar de ver assim. Bebeu de novo né?! Precisa erguer a cabeça, não é sua culpa pai.
Carlos: É claro que é, você é a minha responsabilidade. Meu maior tesouro e não cuidei de você. Não estive ao seu lado!
Falo com muita tristeza. O pensamento de que poderia ter feito algo diferente que poderia mudar o desfecho, não para me assombrar.
Sara: Não é verdade, esteve trabalhando para poder pagar os melhores médicos. Não se culpe, eu te amo pai e to sofrendo te vendo assim.
Carlos: Prometo que vou melhorar. Por você meu amor.
Beijo o topo da cabeça da Sara e sigo para o escritório. Preciso ver como posso consertar as coisas, farei tudo pela Sara.
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Carlos: Mileide entra no escritório com uma expressão preocupada.
O que ouve amor?
Mileide: Sabe que amo a Sarinha, ela é uma filha para mim e faria qualquer coisa por ela.
Carlos: O que você fez?
Mileide: Estamos a beira da falência Carlos e a Sarinha não precisa lidar com mais um problema, já é tão difícil vê-la lidando com a deficiência diariamente.
Carlos: Me levanto e abraço a Mileide, que chora.
Eu sei que é, vou melhorar amor. Estou aqui justamente porque pretendo resolver esse problema.
Mileide: Eu resolvi meu amor, pela Sarinha. Consegui um acordo com o Adam. Ele vai fazer uma fusão com uma das empresas dele e ajudar a reerguer a sua empresa, além de pagar todas as nossas dívidas e nos deixar confortáveis.
Carlos: Que tipo de acordo Mileide? Um homem como o Adam, não dá dinheiro a ninguém sem algo em troca.
Mileide: O meu falecido marido era muito amigo do pai dele e ele conheceu a Lize quando mais novos, conviveram e tiveram um interesse um pelo outro. O acordo é eles se casarem, seremos família e por isso ela vai nos ajudar. Com um ano, se os dois não verem que esse contrato se tornou amor, ele dará o divórcio a Lize.
Carlos de afasta de mim com uma expressão de susto.
Carlos: Mileide... você... você deu a mão da Lize em casamento por contrato?
Mileide: Não vendi a minha filha se é o que está insinuando, cuidei das minhas duas filhas. A Sarinha precisa de no mínimo conforto com todas as limitações dela e faria tudo por ela, sabe disso. A Lize pode ser feliz, o Adam está disposto a conquistá-la. Sabe que desses acordos podem surgir lindas histórias de amor.
Carlos: Não tem acordo, iremos resolver e a Lize vai se casar quando encontrar a pessoa certa.
Mileide: É tarde pra isso. Estava desesperada.
Carlos: Eu não ligo, nem se perder tudo! Não vou obrigar a Lize a se casar.
Mileide: E se ela também quiser? Ela pode ter sentimentos por ele, os dois já conviveram.
Carlos: Está me dizendo que a Lize gosta do Adam?
Mileide: Uma mãe conhece a filha, via o jeito que ela olhava para ele. Mas na época eram crianças, não percebe que ela nunca teve um namorado? Provavelmente nunca esqueceu o primeiro amor, é a chance dela ser feliz.
Carlos: A decisão é dela, e se ela disser não, vamos apoiá-la.
Mileide: Feito, vou falar com ela.
Saio do escritório direto para o quarto da Lize. Ela senta e me dá um sorriso assim que entro no quarto.
Lize: Mãe! Estava chorando?
Mileide: Filha vou precisar da sua ajuda... a Sarinha e o seu pai precisam meu amor.
Lize: O que posso fazer?
Mileide: Estamos falidos filha, teremos que vender tudo e não temos para aonde ir. Como seria a vida da Sarinha na rua, cega? Tive que pedir ajuda ao Adam, ele me ofereceu um acordo para resolver os problemas financeiros da nossa família e também reerguer a empresa do seu pai.
Lize: O demônio do Adam? Deve querer a sua alma como pagamento.
Mileide: Ele pediu a sua mão em casamento filha!
Lize: O quê? Mãe te imploro que não aceite, ele é o próprio demônio encarnado, e um homem frio, cruel e ambicioso. Não posso me casar com ele.
Mileide: Filha será por um ano, através de um contrato, pela Sarinha meu amor. Depois ele vai te dar o divórcio e podermos seguir com as nossas vidas cuidado da sua irmã.
Lize: Mãe!
Mileide: Só aceitei falar com você pela sua irmã meu amor.
Lize chora que soluça.
Lize: Um ano e nunca mais vou precisar vê-lo?
Mileide: Um ano e acaba.
Lize: Me caso quando?
Mileide: Amanhã às 14:00 horas. E precisa convencer o seu pai que quer esse casamento porque tem sentimentos pelo Adam ou ele não vai deixá-la se casar. Sinto muito meu amor, jamais lhe faria essa proposta de tivéssemos outra saída, o seu pai está se matando todos os dias um pouco mais e não suportaria te ver perder outro pai.
Lize: Estou com medo mãe, o Adam é desprezível. Ele usa e descarta pessoas como objetos sem valor e essa foi a razão de nunca tê-lo deixado se aproximar de mim na infância e ter evitado ele a vida toda.
Mileide: Não tenha medo filha, com homens assim precisamos de força e coragem. Não se curve e faça ele se curvar. Precisa ser firme e terá a admiração dele.
Lize: Não quero nada dele além do divórcio mãe. Se ele nunca me fez mal, foi porque mantive uma distância segura e continuarei a fazer isso.
A minha mãe fica um tempo comigo e sai para avisar o meu pai sobre o casamento e para finalizar detalhes como o vestido, cabelo e penteado.
Sara: Eu ouvi. Não faça isso por mim.
Lize: Sara caminha devagar até a cama, contando os passos. Posso ver os lábios dela se movendo suavemente sem emitir som, sinto uma angústia. O que vai acontecer com ela se sair daqui? Ela tem essa casa decorada conhece cada canto, mas se machucou muito antes de aprender a andar livremente pela casa.
Eu te amo e faria qualquer coisa por você, assim como sei que faria por mim.
Sara: Pega.
Procuro a Liza com as mãos, sinto o seu braço e entrego para ela um cartão.
Lize: O que é isso?
Sara: 1016 a senha, é o cartão da minha conta, a herança da minha mãe está toda aí. Nunca usei nada, tem dinheiro suficiente para fugir no dia do casamento e quando essa loucura acabar usaremos o resto para reerguer a empresa e recomeçar.
Lize: Não posso Sara.
Sara: Pode e vai, ficaremos bem. Só o nosso pai sabia dessa conta, mas tem tantos anos que acredito que nem se lembre. Tinha seis anos quando ele em deu esse cartão, o dinheiro que já era muito na época rendeu ainda mais, o suficiente para termos uma vida simples e boa. Se tem alguém que sabe transformar um em cem é o nosso pai, ele vai conseguir reerguer a empresa e tudo vai se ajeitar.
Lize: A minha mãe nunca vai aceitar.
Sara: Não vai mesmo, por isso precisa fugir. Só vai voltar quando tiverem encerrado esse contrato e daí resolveremos tudo. Será só alguns dias e irá se casar como sempre sonhou, por amor Lize.
Lize: Como faremos isso Sara?
Sara me conta todo o plano dela e dormimos juntas, finalizando todos os detalhes.
Mileide: Conforme imaginei, foi mais difícil convencer o Carlos e já a Lize foi moleza, joguei com os dois usando a sonsa da Sara e deu certo. Amanhã as nossas vidas voltam aos trilhos, preciso pensar agora em como vou me livrar da Sara.
Amor tudo certo, coração de mãe não se engana. A Lize era apaixonada pelo Adam e ainda é. Está assustada com a forma que está sendo o casamento, mas é só nervosismo de noiva.
Carlos: Mileide resolve tudo para o casamento, estou muito incomodado com tudo isso. Mas, se a Lize está feliz não poderia me opor.
Sara: Acordo cedo, faço a minha higiene, me troco e desço para falar com a nossa governanta e o motorista, eles irão nos ajudar.
(Telma, governanta)
Telma: Menina tem certeza? Sei que a Mileide é ruim e você pagará o preço!
Sara: Ela vai te levar para me ajudar a andar na igreja Telma, vai dar certo e não se preocupe comigo. Precisamos ajudar a Lize!
Telma concorda receosa é deixamos tudo pronto.
Mileide: Sarinha querida, bom dia.
Sara: Escuto passo e sinto o perfume do meu pai e o da Mileide. Ela me abraça fazendo força aonde bati e chego a respirar pensado. Meu pai me dá bom dia e sentamos para tomar café da manhã. Lize desce, o meu pai interroga ela sobre o casamento ela confirma a história da Mileide e o meu pai acredita em tudo. Logo a correria para o casamento começa, chegam pessoas para fazer a nossa maquiagem e cabelo.
Pelo menos o vestido é bonito?
Lize: É lindo Sara, um vestido de princesa. Bom gosto é o sobrenome da minha mãe.
Sara: Ande Lize, por favor me faça ver! Estou curiosa.
Lize: Ele é todo branco e tem um decote em V. Os ombros e mangas são com um tecido transparente, da cor da pele, trabalhado com renda até corpete, a parte de cima é bem justa modelando a cintura, em baixo é igual de princesa, bem volumoso. Teremos trabalho para trocar ele no carro.
Sara: Só queria ver o rosto da Mileide quando me ver entrar na igreja.
Falo rindo, mas também preocupada com as consequências dessa loucura. As horas passam e seguimos para igreja, a Mileide entra com o meu pai para assinar o contrato. Me troco o mais rápido possível com a Lize dentro do carro.
Lize: Tem certeza?
Sara: Vai! Te amo, te vejo em poucos dias.
Lize: Eu te amo muito mais, obrigada Sara.
Sara: Duarte o nosso motorista vai com a Lize e fico na porta da igreja em pé, longe da porta para não ser vista. Enquanto isso a Telma fica de olho, para ver quando vão terminar de negociar e assinar o contrato.
Telma: Terminaram Sara.
Falo aflita.
Sara: Chegou a hora da grande entrada então!
Respiro fundo e entro com Telma na igreja.
Mileide: Por Deus! O que significa isso?
(Sara e Adam)
Adam: Tem uma moça entrando na igreja, seu olhar é perdido e de fato ela está perdida, porque reservei a igreja hoje para o meu casamento. Dou ordens aos meus seguranças.
Tirem essa mulher daqui.
Carlos: Adam essa é a Sara, a minha filha mais nova.
Sara, porque está usando o vestido da sua irmã?
Sara: Pai, a Lize não vem, sinto muito por isso.
Mileide: O quê? Cadê a Lize?
Sara: Ela fugiu. Estava assustada, com medo de casar por contrato.
Adam: Isso é alguma piada?
Mileide: Impossível, ela não tem dinheiro, não tem como sair até a esquina.
Carlos: Filha aonde está a sua irmã?
Sara: Eu ajudei ela pai, sinto muito. Ela não queria se casar, ela conhece o noivo e tinha medo desse casamento. Dei a ela o dinheiro da herança da mamãe e planejei a fuga dela, já está longe e não irá voltar. Não saiu com nenhum acessório que possa rastrear, pensamos em tudo.
Mileide: Amor precisa achar a Lize, ela não conhece New York, é perigoso amor. Deve estar com o Duarte.
Carlos: Saio o mais rápido possível atrás da Lize, com medo que aconteça algo ruim com ela.
Adam: Mileide, Mileide... não tem ideia do erro que cometeu tentando me fazer de idiota.
Mileide: Adam seja racional, ninguém aqui tinha intenção se lhe enganar, a Lize se apavorou. Meu marido a trará em poucos minutos, tenha paciência.
Adam: Paciência? Tempo é dinheiro Mileide e o meu tempo vale muito. Assinou um contrato e o pagamento já foi depositado na conta do seu marido. A cláusula é clara, se qualquer um reincidir perde tudo, logo oficialmente a empresa dele é minha!
Sara: Não pode, não pode ficar com a empresa do meu pai.
Mileide: Adam tenha misericórdia.
Adam: Já fui chamado de impiedoso, cruel, frio, dentre outras coisas, mas nunca fui chamado de misericordioso Mileide.
Mileide: Se case com a Sara! Ela está aqui, é irmã da Lize.
Sara: O quê?
Adam: Vendendo outra filha Mileide?
Mileide: Sara, o seu pai não vai suportar perder a empresa, sabe que ele ama a empresa porque foi a sua mãe que criou. Você deve isso a Lize, ela parou a vida por sua causa e se não for você, será ela se sacrificando mais uma vez!
Adam: Isso está fora de questão!
Mileide: Sara disse que não encontraremos a Lize hoje Adam, os seus investidores e todo o conselho estará na festa de casamento em poucas horas. Se desmarcar, como vai ficar diante deles com uma noiva que fugiu?
Sara: Os meus olhos queimam e tento segurar as lágrimas, Lize faria isso por mim, ela será encontrada e logo chegará com o meu pai, porque está com o Duarte e tem rastreador no carro. Além de tudo, o meu pai se afundaria ainda mais se perdesse a empresa da minha mãe.
Eu me caso!
Adam: Olho a Sara, que não me olha nos olhos. Iria me vingar dela por isso de qualquer forma, porque não tornar a vida dela um inferno por um ano. Vou fazê-la desejar a morte ao meu lado, por ter me causado todo esse problema. Ordeno que comecem o casamento, rapidamente pegam o documento digital da Sara, trocam os dados da Lize pelos dela e somos declarados marido e mulher.
Padre: Pode beijar a noiva.
Sara: Sinto o Adam se aproximar do meu rosto sem me tocar e me dá um selinho rápido. Acabo corando, não erra assim que imaginei que um homem tocaria os meus lábios pela primeira vez.
Adam: Beijo rápido a Sara, mas verdade é que queria esganar essa mulher. A Mileide sai na frente porque o Carlos está chegando e ela quer contar pessoalmente sobre o casamento. Ela arrasta a empregada pelo braço e fico apenas com a Sara, fico calado para não falar merda na igreja e saio em direção a porta.
Vai ficar aí parada?
Sara: Para um homem que se diz frio, cruel e impiedoso, não observa muito não é mesmo?
Adam: Nada passa despercebido por mim!
Sara: Duvido muito disso, estou parada esperando que me ajude a sair da igreja.
Adam: Dou uma risada diabólica.
Pensa que se casou com um príncipe? Não faz ideia da onde se meteu Sara!
Sara: E nem você tem ideia não é mesmo? Se casou com uma noiva cega e ainda nem se deu conta!
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