Aviso: esta novela é BL/Yaoi, ou seja, romance entre garotos. Se você não aprecia esse gênero, evite comentários ofensivos e, se ama este gênero, seja bem-vindo(a) à leitura e espero que goste ❤️

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"O Amor do Mafioso" é a típica novela em que o mafioso e a mocinha se apaixonam, mas a diferença de status impede que estejam juntos. Há também a vilã, a típica filha de um mafioso influente, prometida do protagonista, que tenta separá-los a todo custo, chegando a tentar matar a mocinha. Obviamente, suas tentativas falham e, por conta disso, a vilã acaba morta. No entanto, ela não é a única a querer separá-los; há ainda o irmão mais velho dela, que se apaixona pela mocinha e usa a morte da irmã em seu favor para obrigar a mocinha a se casar com ele, alegando que somente assim ela poderá viver e proteger o homem que ama, pois a família do vilão é poderosíssima e pode virar-se contra o protagonista. Assim, o vilão consegue se casar com ela, mas apesar de seus esforços para conquistá-la, ela nunca cede. A bondade do vilão se esvai e ele tenta abusar dela, porém, ela consegue fugir. Fugindo de casa, ela reencontra o protagonista e no reencontro, eles têm uma noite de paixão e ela acaba engravidando. Para proteger seu filho e o homem que ama, ela se entrega ao vilão, fingindo que o filho é dele. Diante desse anúncio, o protagonista decide finalmente derrubar a organização do vilão pois sabe que o filho é seu. O protagonista recebe ajuda da CIA, já que o irmão mais novo da mocinha é um oficial que estava infiltrado com o vilão. Graças à informação que ele fornece, a organização criminosa cai, o protagonista salva sua amada, mas no processo, o irmão da mocinha morre. Ainda assim, os protagonistas conseguem ser felizes e formar uma família poderosa com o apoio da CIA, dedicando-se a desmantelar organizações mafiosas pelo mundo.

Gin era um rapaz comum e corriqueiro, mas não completamente, pois tinha aquela típica rebeldia de quem luta contra gangues. Essa sua característica o levou à morte aos 25 anos, pois já era o braço direito do líder da máfia, mas num lapso durante um ataque de um grupo rival, acabou levando o tiro destinado ao seu chefe e assim findou sua vida, ou ao menos era o que pensava, até abrir os olhos num lugar estranho que parecia um hospital. Ele se levanta abruptamente, sentindo uma dor pungente na cabeça. Uma jovem se aproxima para ajudá-lo a deitar-se novamente.

- Irmão\, por favor\, não se mova... você levou uma pancada muito forte.

- Irmão? Eu não sou seu irmão\, maluca.

O rapaz de cabelos negros e castanhos afasta a garota ao seu lado, que imediatamente chama um médico enquanto derrama algumas lágrimas. O médico entra pedindo que ele fique quieto e começa a examiná-lo, mas também é rechaçado.

- Não me toque!

Ao descer da cama, ele se sente tonto e uma dor de cabeça intensa o atinge, levando as mãos às têmporas e gritando de dor. As lembranças começam a jorrar em sua mente, causando confusão. Memórias de duas pessoas diferentes o inundam e ele desmaia novamente. A garota e o médico correm para socorrê-lo e momentos depois os enfermeiros chegam para colocá-lo de volta na cama.

- O que aconteceu com meu irmão?

- O impacto foi severo\, deve estar causando confusão mental nele. Vamos fazer uma ressonância para verificar se não há danos internos.

- Obrigada\, doutor...

A garota senta-se para esperar enquanto o rapaz é levado para fora do quarto. Naquela mesma noite, ele acorda perturbado e confuso. Todos esses pensamentos em sua mente eram enigmáticos. Ele opta por sair da cama e deixar aquele local, acabando numa área desconhecida que poderia estar distante do seu bairro. Caminha até a lavanderia e senta-se contra a parede enquanto as lembranças o atormentam. Vai ao banheiro, lava o rosto com água fria e se assusta ao se ver no espelho. No inicio pensou ser um truque, mas não, era real e aquele rosto, era conhecido. Foi quando as memórias se ajustaram e ele percebeu que era o irmão da protagonista feminina de "O Amor do Mafioso", o romance que a filha do seu chefe o obrigou a ler. Como acabou assim?

Resignado, voltou ao seu quarto no hospital, onde foi recebido pela garota preocupada, que ao mesmo tempo o repreende por sair da cama.

- Decida-se de uma vez ou chora ou me repreende\, tsk\, você é uma mala...

Ela permanece em silêncio até romper em lágrimas simplesmente porque o moreno havia gritado com ela. Ele apenas revira os olhos e entra na cama; aquela mulher era um incômodo, ainda não acreditando que o irmão se sacrificara por alguém tão choroso.

Enquanto estava no hospital, ele teve que assimilar tudo o que estava acontecendo e o pior de tudo foi acabar no corpo do idiota que morrerá para salvar a sua irmã chorona. Ao chegar em casa, ele foi direto para seu quarto e fechou a porta para não ser incomodado. Ainda precisa de tempo para colocar tudo em ordem na sua cabeça. Precisa encontrar uma maneira de viver, não pretende morrer pela segunda vez, e se dessa vez não reencarnar?

- Eu não entendo o que veem nessa chorona para ter que brigar por ela.

Fez uma careta de desagrado, talvez ela seja bonita, mas nada de especial. Ele é mais bonito do que sua atual irmã. Estava prestes a fechar os olhos quando salta da cama. Agora que pensa, precisa analisar em que parte do livro está, saber se Emily já conheceu Dylan Harvey.

Senta na cama analisando a situação, tentando se lembrar se houve algum incidente em que ele, Neal Mitchell, sofreu um golpe severo na cabeça, em uma de suas tentativas de se infiltrar na organização Chronos, liderada por Samael Price, o vilão da história e irmão da primeira vilã Anne Price. Essa vilã era bonita, diferente de sua irmã que é só uma garotinha chorona.

- Que maus gostos têm os idiotas...

Até aqui, Emily já conhece o tal Dylan e nesse momento, ele, o homem que chegou em casa preocupado com Emily devido ao que aconteceu com seu irmão, pelo menos deve agradecer a ele por ter pagado as despesas do hospital. Neal desce para agradecer a ele. O moreno está sentado no sofá, é um homem de bom aspecto, vestido com terno, mas que não esconde o fato de que tem um corpo bem trabalhado. Dylan se levanta como forma de cumprimento.

- Emily me disse que você está melhor.

- Sim\, muito obrigado por sua ajuda. Assim que puder\, pagarei tudo.

- Não é necessário\, foi um prazer ajudar a família de Emily.

Dylan olha para Emily e ela sorri corada, enquanto Neal apenas revira os olhos. Que cena mais clichê. Dylan fica para jantar e Neal agradece que sua irmã saiba cozinhar, pois ele não sabe nada disso. Ao terminar, Neal se retira. Por enquanto, precisa descansar enquanto pensa no que fará daqui para frente, pois sabe que logo será chamado para se infiltrar na organização de Samael. No dia seguinte, conforme ele sabia, foi chamado por seu superior para informá-lo sobre o trabalho que terá que fazer. Apesar do acidente, o plano funcionou. Mas devido a isso, ele terá que perder todo contato com sua família. Será lhe dada uma nova identidade e um lugar para ficar, onde ficará por algumas semanas até receber a ordem de iniciar a operação. Ao voltar para casa, ele avisa à sua irmã que irá por um tempo para outra cidade e, claro, não poderá falar sobre sua missão. Ele leva apenas o necessário e vai embora. Sua nova casa fica do outro lado da cidade, nos bairros mais pobres. Ele deve agir como um jovem delinquente, fazer seu nome ser conhecido para que Chronos se interesse por ele. É aí que ele planeja seguir a trama principal, pois uma vez dentro da organização, ele fará de tudo para sobreviver e, para isso, deve evitar que os irmãos Price se envolvam com Emily e Dylan. Algumas semanas depois, o líder do Chronos ouve o rumor de que nos bairros mais pobres há um garoto que uniu todos os delinquentes da área e os tem sob seu comando. Embora seu grupo seja pequeno, está chamando a atenção.

- Você acha que isso nos causará problemas?

Pergunta o castanho atrás da mesa, colocando a pasta de informações sobre o móvel.

- Duvido\, mas posso recomendar que o tragam para Chronos. Olhe só de quem se trata.

Aquele castanho revisa novamente as informações. A foto do moreno está em primeiro lugar. É o garoto que o salvou há algumas semanas, mas durante o caos, ele não soube o que aconteceu com ele. Abaixo estão sua idade, nome e endereço, assim como sua ocupação anterior. Ele era apenas um garoto de rua sem identidade, que cresceu lutando por sua vida nos bairros mais pobres.

Neal se estabeleceu em um pequeno depósito, que foi adaptado para ele e os homens sob seu comando. No andar de cima, há um pequeno escritório onde ele pode descansar, e ele fazia isso até que ouve um pequeno tumulto. Ao sair, ele vê que as portas do depósito foram arrombadas. Seus comparsas estavam cercados por homens armados, e de um luxuoso carro preto desce um homem castanho de terno, observando o local com certo desagrado. Neal já conseguia adivinhar quem era, toda essa cena era a típica entrada do mafioso todo-poderoso. Ele solta um suspiro e desce até onde todos estavam.

- Ninguém ensinou a vocês a bater à porta?

Sem mais, ele passa à frente de seus capangas, que pareciam nervosos.

- A porta caiu sozinha\, não aguentou um pequeno toque.

Neal franze os lábios, como gostaria de dar um soco no castanho, mas com certeza acabaria se arrependendo disso.

- Desculpe não ter uma porta de aço.

- Neal Taylor\, vim atrás de você... vamos\, entre no carro.

- Calma\, sei que salvei sua vida\, mas não é para ser sua\, querido. Digo\, você é do meu tipo\, mas não sou tão fácil. Pelo menos uma saída primeiro.

O negro pisca, deixando todos paralisados com tamanha audácia, enquanto o castanho parecia bastante irritado.

Neal iba no banco de trás, amarrado nas mãos e pés, enquanto o castanho ia ao lado. Como acabou assim? Muito fácil, o castanho ordenou que o amarrassem e o colocassem no carro, seus capangas não puderam fazer nada porque eles não portavam armas e não lhes restou outra opção senão deixar o grupo ir, além disso, todos sabem que Chronos é perigoso.

- maldito filho duma p*ta\, como deve estar amargurado que não aguenta uma brincadeira...

- fecha a boca\, agradece que não te encho a boca de chumbo.

- então vai encher com outra coisa?

Neal observa entre as pernas do castanho e este se mostra irritado por tal insinuação, mas repreende o motorista.

- devias ter me dito que era um mar*ca.

- peço desculpas chefe.

- ei! Isso é ofensivo\, respeite.

O castanho não responde mais nada, então Neal começa a cantarolar enquanto olha pela janela, não era assim que a infiltração na Chronos começava, mas poderia funcionar também.

- não entendo por que me procuraram\, até onde sei\, não devo nada a ninguém.

- junte-se à Chronos\, não importa se és mar*ca\, és bom para esse trabalho.

- do jeito que me falas\, até dá vontade de trabalhar de graça.

Menciona Neal em tom de brincadeira, umas poucas piadinhas e já assumem que é gay, bem, se ele é, mas também não é para que o ofendam.

- não estou brincando\, a organização aprecia pessoas com o teu talento.

- e que talento se supõe que eu tenho?

- és um lutador e salvaste a minha vida aquela noite\, te ofereço trabalho como guarda-costas da minha irmã.

- de quanto estamos falando e como é tua irmã? Porque se ela é uma patricinha\, esquece\, não suporto elas.

- ei garoto\, agradece que o chefe te oferece algo bom.

- algo bom? Do que estamos falando? Dinheiro ou da sua p***** ...

O castanho optou por colocar uma fita na boca dele. Ao chegar à casa, o motorista desce o azabache até levá-lo para dentro de casa, todos olham enquanto ele se contorce estando no ombro daquele homem chamado Josh.

- aceite a oferta\, é melhor do que ficar nesses bairros.

Josh o solta, então Neal aproveita para tirar a fita.

- esse filho da... de quanto estamos falando?

- este seria o teu primeiro cheque.

Josh lhe mostra um cheque com uma boa quantia em dólares, realmente estava pagando bem para proteger a sua irmã, pena que a garota é uma idiota que só se humilha implorando por um homem.

- tudo bem\, farei\, isso servirá para pagar as despesas do armazém.

Neal pega o cheque e Josh ordena que o instalem enquanto Anne chega para ser apresentada. Dão-lhe um bom quarto, é pequeno, mas suficiente para viver bem e além disso aparentemente tem televisão a cabo. Abre as janelas e de lá vê um carro preto de onde desce uma linda garota.

Neal é chamado para ser apresentado à garota, mas quando chega à sala, Anne apenas reclama, não queria mais ninguém seguindo-a o tempo todo.

- tudo bem\, mas desta casa não sairás mais.

- o quê? Isso não é justo\, maldito controlador.

- sabes que é pelo teu bem\, Anne.

- vai se f****!

Já lhe mostrou o dedo do meio para o irmão, Neal não pode evitar soltar uma risada, ninguém acreditaria que ambos pertencem à máfia e os veriam apenas como dois irmãos comuns discutindo.

- o que te causa graça a ti?

- apenas acho engraçado que parecem crianças mimadas discutindo.

Neal dá de ombros e a sala fica em silêncio, Josh balança a cabeça, o garoto só está tentando a sua sorte.

- e esse quem se acha? Irmão\, ponha uma bala no traseiro dele.

- oh sim\, a princesa não quer escolta\, mas tem que pedir ao irmão que mate por ela.

- e o que te faz crer que eu não posso?

- com esses braços de macarrão\, acho que mal consegues levantar a tua salada.

- ha! Agora verás o que estes braços podem fazer.

A garota vai para cima de Neal tentando dar-lhe um chute, mas o azabache segura-lhe o tornozelo e sorri zombeteiro.

- fiuuu! São de ursinho\, típico de menininhas de mamãe.

- maldito insolente!

A garota usa as mãos para tentar se proteger enquanto Neal não solta o tornozelo dela, até que Josh afasta a mão dele e Anne cai sentada no chão.

- mata-o Josh e dá aos porcos.

Como escritor de novelas en portugués brasileño, precisarei reescrever uma novela em português brasileiro. Por favor, tenha cuidado para manter a estrutura do parágrafo no seu estado original e não adicione quaisquer explicações adicionais.

- Ah sim\, façam tudo por mim\, porque eu não posso e uso calcinhas com ursinhos.

- Isso não é verdade\, maldito filho da p*ta...

- Chega os dois. Anne\, acostume-se\, ele é seu guarda-costas e você\, não verá mais suas calcinhas.

Anne e Neal ficam em silêncio enquanto o castanho se retira junto com os outros homens de terno.

- Pervertido.

- Bebezinha.

"Hum!"

Os dois viram para o outro lado enquanto Josh solta apenas um suspiro.