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Aconteceu Amor (Romance Gay)

I. O início

    Meu nome é Dylan, tenho 1,65 de altura, 55kg, pele negra e cabelos cacheados preto. Sempre me senti diferente dos outros garotos, desde pequeno eu via o corpo dos meninos e o meu não parecia com o deles, na adolescência enquanto os rapazes ficavam com seus ombros largos, ganhavam músculos e aparecia pelos, eu ficava com a silhueta curvilínea e esguia, de pele lisa e delicada, características que herdei da minha mãe, uma bela mulher negra de bumbum grande, seios fartos, cabelos pretos, eu me pareço muito a ela com exceção dos seios que eu não tenho.

    O outro ponto era eu não sentir atração por nenhuma garota, no entanto eu observava os garotos, sempre que via um me pegava admirando seu corpo, e quanto mais másculo mais me provocava sensações, calores, mas muito inocentes. Minha mãe ainda me tratava como criança, mesmo já tendo dezessete anos, ainda virgem, e eu lhe contava tudo, desde meu corpo aos calores que sentia quando via um homem, ela dizia ser coisa de hormônios, que era uma fase e que iria passar. Não dava pra conversar sobre isso com minha mãe.

    Era uma tarde calorenta, eu odeio o calor, suor, e minha cidade era muito calorenta. Estava vendo TV no sofá, com o ventilador ligado para ajudar a refrescar, quando recebi a ligação de Mari, me convidando para tomar um sorvete, ela acabou me convencendo de nos encontrarmos na sorveteria a trinta minutos, tomei um banho vesti uma roupa mais fresca, e fui. Cheguei primeiro e estava com tanto calor que já fui logo pedindo sorvete de chocolate, pouco depois senti alguém apertando meu ombro, era Conrado namorado de Mari. Mari tem a pele branquinha, um pouco mais baixa que eu, cabelos loiros até a cintura, ondulados, somos amigos desde o ensino fundamental, sempre estudamos juntos e éramos amigos confidentes, às vezes suspeitava de que ela contava algumas coisas sobre mim pro namorado dela, eles namoram desde o segundo ano do ensino médio. Conrado é um rapaz branco, tem 18 anos, cabelo castanho, olhos verdes, aproximadamente 1,80m de altura, corpo malhado, jogava futebol desde pequeno e malhava, ele gostava de me zoar com piadinhas de duplo sentido.

- Oi amiga! - falei abraçando ela.

- Oi! - respondeu ela ainda me abraçando.

- Eae! - disse Conrado estendendo sua mão, apertei a mão dele rapidamente, ele sempre apertava minha mão quase esmagando.

- Eu já pedi o meu, está muito calor! - Falei enquanto a garçonete deixava uma taça de sorvete.

- Nem esperou a gente pra chupar! - disse ele com seu sorriso sarcástico me deixando sem graça.

    Mari deu uma cotovelada no braço do namorado e pediu sorvete de creme, ele pediu de maracujá, enquanto tomávamos sorvete, Mari tagarelava sobre o os treze dias que ficamos sem nos ver, ela e Conrado tinham feito uma viagem juntos, ele me olhava fixamente calado tomando seu sorvete, não éramos muito de conversar, eu e ele.

- O que vai fazer no sábado?- perguntou Mari para mim.

- Não sei! - respondi pensativo.

- Então a gente te pega na sua casa às 21:00. Vai ter uma festa e você vai com a gente! -

- Tudo bem! - Assenti seu comunicado.

  Terminamos nosso sorvete e ainda caminhamos um pouco com Mari tagarelando, me perguntando o que eu estava fazendo, não estava fazendo nada demais, depois que terminei o ensino médio fiquei sem fazer nada, minha mãe não queria que fosse trabalhar antes de começar uma faculdade, e eu ainda não sabia o que queria fazer.

    No sábado já estava pronto só a espera de Mari, vesti um jeans justo, uma regata cinza com uma estampa neon que tinha as cavas grandes, um AllStar, minha mãe dizia estar muito chamativo, mas eu não importei. Quando eles chegaram, minha mãe me levou até a porta dei um beijo no rosto dela e fui até o carro. Mari abriu a porta de trás e mandou eu entrar, ela usava um vestido preto de renda curto, o namorado dela sentado no carona de jeans com uma camiseta azul e quem dirigia era Bernardo, irmão mais velho de Conrado, eu ainda não o conhecia, ele vestia jeans e uma polo azul claro, tinha o cabelo castanho escuro num corte repicado, uma barba bem feitinha muito másculo e bonito.

- Boa noite!- eu disse ao entrar no carro.

- Nossa tá arrasando! - falou Mari.

- Né, Que perfume! - disse Bernardo olhando pelo retrovisor.

- Desculpe, tá muito forte? - fiquei envergonhado.

- Não que isso, tá muito bom! - disse ele. - Então você é o Dilan? -

- Isso mesmo. E qual seu nome? - perguntei

- Bernardo. - respondeu Conrado ríspido.

    Era a primeira coisa que Conrado tinha dito depois que entrei no carro, ele era sempre brincalhão, agora estava calado, e pensei que tivesse brigado com a Mari. Bernardo era gentil, divertido de um jeito cativante, Mari disse que íamos para uma festa que era numa casa de shows, uma turma de universitários que estavam organizando, tinha DJ e muita bebida, drinks. Logo que conseguimos uma vaga pra estacionar descemos, tinha uma fila de umas trinta pessoas e assim chegamos cerca de dez minutos estávamos na portaria, Bernardo não deixou que eu pagasse minha entrada, disse que eu era convidado, acabei aceitando meio tímido. Quando entramos descemos uma escada de três degraus na pista havia bastante gente dançando, era pouco iluminado, apenas o laser piscando que gera uma certa agonia de ficar olhando, mas o som era ótimo, adoro músicas eletrônicas, Mari me puxou e começamos a dançar. Dançamos um pouco e resolvi comprar uma bebida.

- Eu vou com você. - disse Bernardo me acompanhando, ele pagou minha bebida.

- Não precisa.- disse a ele.

- Faço questão! -

- Só desta vez. -

    Voltamos à pista, eu dividi uma marguerita com Mari, Bernardo e o irmão tomavam cerveja. Ficamos dançando e conversando, bebi mais alguns drinks que Bernardo não me deixava pagar, já estava bem alterado pela bebida, Bernardo tinha parado de beber pois iria dirigir, tomava energético. Enquanto eu dançava, um rapaz da mesma altura que eu esbarrou em mim, e logo se desculpou. Ele era bronzeado, visivelmente malhado, tinha um sorriso muito atraente, vestia uma camiseta verde fluorescente.

- Foi mal! - disse ele.

- Não foi nada! - respondi sendo gentil.

- Na verdade, foi de propósito. - ele falou ao meu ouvido. - Eu queria dizer que você é muito lindo! -

- Ah, obrigado! - respondi  sorrindo.

- Algum problema? - Disse Bernardo me abraçando por trás.

- Na verdade, nenhum. - respondeu ele para Bernardo, olhou pra mim e piscou, se afastando de nós.

- Porque fez isso? - perguntei pra ele que ainda estava me abraçando.

- Eu não gostei dele. - Bernardo apoiou o queixo em meu ombro, colando seu rosto no meu, ainda me abraçando. - Ele queria roubar você de mim. -

    Eu já estava bem bêbado nem sabia o que estava fazendo, lembro que ainda dançamos um pouco e resolvemos ir embora. Pegamos o carro, eu estava bem mas tinha consciência que estava bêbado.

- Tem certeza de sua mãe não vai brigar se te ver assim?- perguntava Mari pela milésima vez.

- Ela vai brigar se eu não voltar amiga! -

- Tem certeza? Eu ligo pra ela e falo que você vai dormir lá em casa. - disse Bernardo.

- Melhor não, ela não te conhece. Pode me deixar em casa mesmo. - respondi.

- Tudo bem, mas com uma condição. - disse ele.

- Qual? - falei sem entender

- Se me apresentar pra sua mãe. -

- Ah! Tudo bem. - falei sorrindo

    Então quando chegamos em casa, desci do carro e Bernardo desceu logo em seguida, destranquei o portão e assim que entramos, ele me puxou pela mão, um movimento tão rápido, girei na ponta do pé  direito ele me abraçou e me beijou, fiquei tonto, e quando caí em mim senti seus lábios nos meus, num beijo suave, úmido, sua língua na minha boca, era tudo diferente, senti me trêmulo, ele me apertava mais ainda ao seu corpo, não sei quanto tempo durou, parecia que o tempo havia parado pra nós, e nosso beijo havia tanta paixão. Saímos do transe quando minha mãe abriu a porta de casa, nos soltamos e ela nos olhava sem dizer nada. Quando senti as pernas caminhei até ela.

- Mãe, este é o Bernardo. Ele é irmão do Conrado.- disse enquanto ele se aproximava - E essa é Laura, minha mãe! - disse pra ele.

- É um prazer Sra. Laura! - ele estendeu sua mão, e minha mãe segurou a dele, soltando rapidamente

- Bem, eu o convidaria para entrar, mas já está tarde.- disse ela rude.

- Nossa mãe! -

- E você já devia estar na cama, você não está bem! - respondeu ela

- Bem, está entregue. Eu já vou indo, até mais! -

- Até mais! - respondi. 

Ele se afastou de costas sorrindo e ele pra mim, depois se virou e foi embora. Minha mãe me mandou deitar  dizendo que eu estava bêbado e não conversaria comigo naquele estado. Tomei um banho e fui dormir, mas pensei em tudo que tinha acontecido, o beijo, como ele foi gentil, seu sorriso, acabei adormecendo e sonhando com ele.

II. Segundo encontro

No dia seguinte da festa, era domingo, acordei por volta das oito, me espreguicei, pensando no beijo que Bernardo me deu. Lembrei do sonho que tive, eu estava com Bernardo num lindo jardim onde nos beijamos. Quando desci para tomar café, minha mãe estava me esperando, eu não conseguia esconder que estava radiante, que tinha gostado do que tinha acontecido, e minha mãe estava com cara de poucos amigos.

— Sente-se. — Ordenou ela, me sentei e ela continuou. — Filho, eu entendo que os hormônios estejam te deixando confuso… —

— Não mãe, eu não estou confuso. — interrompi ela. — Mãe eu sou gay, por que você não pode me aceitar? —

— Isso é culpa do seu pai, que foi ausente. Eu li sobre isso, é um reflexo da ausência masculina. Logo você vai entender. —

— Eu beijei ele ontem e gostei, eu não consigo parar de pensar nele, na verdade, eu não vejo a hora de ver ele de novo. —

— Querido! — Ela disse espremendo os olhos, e controlando a respiração. — Não faça nada do que possa se arrepender depois. —

    Ela se levantou e saiu encerrando aquela discussão, depois não nos falamos mais, aquela conversa tinha acabado com o meu dia, fiquei no meu quarto deitado na cama, ouvindo música, pensando no que ela tinha me dito, mas logo lembrei de Bernardo me tratando tão gentil, e ninguém nunca tinha me tratado daquele jeito, e ao final o beijo, o que foi aquele beijo, se ele não tivesse com os braços envolvendo minha cintura, sinto que estaria flutuando como uma bruma ao vento. 

     Nem sei quanto tempo fiquei pensando, até que meu celular tocou, não estava agendado nos contatos, fiquei olhando pra ver se reconhecia o número, mas não fazia a mínima ideia.

— Alô! — Eu disse esperando reconhecer a voz.

— Oi Dylan! Como você está? Espero não  estar te atrapalhando, mas estava muito ansioso pra falar com você. — respondeu do outro lado.

— Bernardo! Imagina não tô fazendo nada. — Estava feliz por ele ter ligado. — Tô bem sim e você? —

— Eu tô bem também, só preocupado contigo. —

— Eu tô bem, de verdade. Como conseguiu meu número? — perguntei curioso.

— Eu pedi pra Mari, ela me passou. Queria te ver. Tem algum compromisso pra hoje? —

— Compromisso? Não! — Meu corpo estremecia, o nervosismo tomava conta de mim.

— Quer sair comigo então? —

— Sair com você? — repeti nervoso. 

— É, só que dessa vez só nós dois! —

— Tipo um encontro? — perguntei de ímpeto. 

      Ouvi ele sorrindo do outro lado.

— Foi exatamente isso que eu pensei. — ele respondeu entusiasmado. 

— Poder ser então. — 

— Então em 30 minutos, tô passando aí. — ele desligou.

    Assim que ele desligou, joguei o celular na cama, fui pro banheiro tomar um banho, vesti uma roupa legal, passei um perfume. Minha mãe entrou em meu quarto enquanto eu ajeitava os cabelos.

— Onde você vai? — perguntou ela.

— Vou sair. — Eu não podia dizer que ia sair com Bernardo então comecei a pensar numa desculpa.

— Sair pra onde uma hora dessas? —

— Não são nem sete horas mãe. Vou dar uma volta. —

— Quem te ligou? — Olhamos um nos olhos do outro não queria mentir para ela, eu era péssimo em mentir.

— Era o Bernardo. — respondi a verdade.

— Então você vai sair com ele? —

— Vou sim mãe. — Meu celular tocou — Alô! — atendi.

— Tô na sua porta. — respondeu ele.

— Tá já estou saindo. — respondi e desliguei. 

      Minha mãe me encarava enquanto eu saia pela porta, não posso fugir de quem eu sou, minha mãe tinha que entender. Quando avistei a Range Rover vermelha de Bernardo, senti meu coração batendo forte, abri a porta do carro e entrei, assim que sentei eu olhei pra ele, ele se inclinou em minha direção tocou meu rosto com sua mão direita me encarou com aqueles lindos olhos verdes e me beijou, foi um beijo rápido, mas foi intenso e cheio de paixão. Ele parou de me beijar mas permaneceu com o rosto bem próximo ao meu.

— Não aguentava mais de vontade de te beijar. — Disse ele com seu sorriso lindo

— Não parei de pensar no beijo de ontem. — eu disse um pouco tímido.

— Também fiquei pensando muito em você. — respondeu ele ligando o carro e partindo.

— Pra onde vamos? —  lhe perguntei.

— Surpresa! — Respondeu sorrindo pra mim.

      Ele me levou a um bar restaurante de um dos bairros mais nobres, era muito requintado, a decoração do local era inspirada num hotel de luxo, deixava um clima muito agradável. Eu estava nervoso, não sabia o que pedir então deixei que ele escolhesse por nós, comi pouco, nunca tinha me sentido assim, também era meu primeiro encontro em toda minha vida, ele falava muito e eu quase nada, respondia o que ele perguntava. Ele me perguntou se eu tinha hora pra voltar, e eu disse que não muito tarde, ele me convidou pra ir ao apartamento dele, e aceitei, fiquei ainda mais nervoso, achando que poderia fazer algo errado. O restaurante que tínhamos ido era bem próximo do apartamento dele, entramos e logo que ele fechou a porta já me abraçou forte me beijando, trocamos caricias, e ele sabia exatamente onde me tocar, pois a cada toque eu ia me entregando a ele, não tinha o controle de mais nada, só queria sentir o doce sabor de seu beijo quente, sua língua em meu pescoço, suas mãos me apertando, seu corpo quente junto ao meu, quando ele puxou minha camiseta, me senti inseguro.

— Espera. — pedi recuperando o fôlego. — Eu acho que não estou pronto. —

— A gente nasce pronto, a questão é você querer. — Ele alisava meu rosto enquanto dizia.

— Mas não sei o que fazer, acho que tenho um pouco de medo… —

— Não precisa ter medo. Eu posso te ensinar e podemos fazer o que você gostar. Se você quiser, você quer? — perguntou ele olhando no fundo dos meus olhos.

— Se eu disser que não quero, não agora? — transpassei toda minha insegurança.       

     Eu realmente não estava seguro, eu tinha sido influenciado por todos os filmes e livros clichê românticos, queria ter certeza de que ele era o homem certo para me entregar, eu tinha a ideia de que sexo deveria ser feito por duas pessoas que se amam.

— Se disser que não quer te mando embora, nunca mais vou falar com você — ele sorriu mostrando ser sarcasmo. — Não tem problema você não querer agora, quero conquistar você e por isso não tenho pressa. Vou esperar. Eu realmente sinto algo por você! —

- Sente algo por mim? - repeti intrigado.

- É! Uma paixão, você tem um jeito carinhoso, não quero só transar com você, quero algo mais sério se você estiver afim. — ele falou olhando fundo nos meus olhos. 

    Eu fiquei calado absorvendo suas palavras e toda aquela situação, senti vontade de me entregar pra ele ao mesmo tempo que minha insegurança me impedia, enquanto minhas emoções travavam uma batalha silenciosa dentro de mim, fiquei imóvel mergulhado na profundeza verde de seus olhos, quando ele me beijou apaixonadamente fazendo com que eu despertasse daquele transe. Mas ele não ultrapassou nenhum limite, mesmo que eu sentisse toda sua excitação, ficamos nos acariciando sobre as roupas, sentindo o calor de um atravessar o outro. Ficamos aquela noite toda assim, até eu alertá-lo que estava tarde e precisava voltar pra casa. 

— Não fala isso que você vai me deixar triste. — ele disse ofegante. 

— Mas eu tenho que voltar pra casa. —

— Dorme aqui comigo. — pediu ele carinhoso. 

– Hoje não posso, eu não avisei minha mãe que não voltaria pra casa. –

– Sua mãe não gostou de mim, não é? — perguntou ele com a voz triste. 

– Não é isso, é por causa que eu voltei um pouco bêbado ontem, e ela é super protetora. Coisa de mãe mesmo. – 

     Não era toda a verdade, mas também não menti, de fato eu não sei o que ela achou do Bernardo, ela demonstrou mais descontentamento sobre o fato de eu ser gay do que saber quem é o cara que eu estava saindo. Por volta das 23:00 ele estava me deixando no portão de casa, depois de trocarmos muitos beijos.

III. Primeira vez

Na manhã seguinte, acordei e li a mensagem que Bernardo me mandou logo cedo, dizendo que não conseguiu dormir pensando em mim e me desejou bom dia, respondi a mensagem e fui tomar café, encontrei minha mãe de saída pro trabalho, ela mal me deu bom dia. Passei o dia todo trocando mensagens com Bernardo, ficava ansioso aguardando ele responder as mensagens, isso era um sentimento novo pra mim, nunca tinha me sentido assim, ele dizia estar com saudade, ele era bem exagerado. Ficamos nessa euforia trocando mensagens por três dias, eu dormia pensando nele e acordava pensando nele, meu sorriso bobo transparecia a felicidade que eu sentia por dentro, só era desconfortável o gelo que minha mãe estava me dando, ela mal trocava duas palavras comigo, eu tinha que conversar com ela, mas não sabia como. 

     Então Bernardo me convidou pra sair com ele na noite de quinta-feira e eu aceitei. Passei o dia ansioso pelo nosso encontro, planejei a roupa, tomei um banho caprichado, arrumei os cabelos, passei o perfume que ele tinha elogiado na vez que nos conhecemos.

      Quando minha mãe chegou do trabalho, passou pelo meu quarto e parou diante da porta ao me ver me arrumando. 

– Vai sair de novo? – perguntou um tanto ríspida. 

– Vou… – respondi. 

– Não volte tarde pra casa. –

– Éh… eu estava pensando em dormir fora hoje mãe… – 

– Dormir fora? A onde? - ela quase gritou. 

– Bernardo me convidou pra dormir na casa dele. - respondi. 

– E você quer dormir na casa de uma pessoa que conheceu ontem? Nem pensar, já basta você estar saindo com esse desconhecido, quero você em casa antes das onze e não quero mais falar disso. –

    Ela virou as costas e saiu, do jeito que ela falou pareceria que eu estava me encontrando com um psicopata, alguém perigoso, e o Bernardo não era assim, ele me fazia sorrir a cada mensagem, eu me sentia seguro ao lado dele, isso sem falar no beijo, eu não era um expert em beijar, mas o beijo dele parecia que me tirava do chão, como se eu estivesse flutuando. Enquanto eu pensava em tudo isso Bernardo me ligou avisando que tinha chegado, saí e fui me encontrar com ele no carro. Ele me beijou apaixonadamente como das outras vezes e ele estava com fome, eu nem tanto, decidimos ir numa pizzaria e depois pra casa dele. Assim que chegamos no apartamento dele começamos a nos beijar, ele me agarrou pela cintura e foi me conduzindo até o sofá e os beijos ficaram cada vez mais intensos, a língua dele dançava com a minha numa síncrona perfeita, nossos corpos colados, senti sua excitação e fiquei um pouco apreensivo e ele percebeu. 

– Tá tudo bem? O que foi? – perguntou ele parando de me beijar. 

– Tá! Não é nada… – respondi. 

– A gente não precisa fazer nada, se você não estiver afim. Eu não vou forçar. – Bernardo me olhou nos olhos.

- Tudo bem eu quero! - Eu senti que podia confiar nele e estava disposto a me entregar.

- Quer o que? - Ele queria ter certeza.

- Quero que você seja o primeiro. - disse tímido.

- Tem certeza? - confirmou ele.

    Respondi com um aceno de cabeça afirmativo, eu o beijei e ele me pegou nos braços com tanta facilidade, fomos pro quarto ainda nos beijando ele me colocou sobre a cama e arrancou a camisa ficando de calça jeans. Seu corpo era másculo de homem formado, ele tinha 26 anos, um abdômen definido era malhado sem ser muito musculoso, era lindo, eu o desejava eu o queria e sabia que era a escolha certa.

    Ele inclinou sobre mim levantou minha camiseta e beijou minha barriga meu peito e depois a tirou, beijou meu pescoço, mordeu meu lábio inferior carinhosamente e me beijou a boca, segurei seu rosto enquanto nos beijávamos, senti suas mão habilidosas desabotoando minha bermuda, me desnudando. Senti-me envergonhado, ele era tão lindo, musculoso, viril e meu corpo não era igual, eu era magro, silhueta esguia de aparência juvenil, busquei seus olhos, e tentava ver em seu rosto algum sinal de insatisfação. Mas seus olhos tinham o mesmo brilho que eu via nos olhos de outros homens, como um predador a desejar sua presa. Quando ele tocou minha cueca, eu engoli seco.

- Tudo bem? Quer continuar? - perguntou-me.

- Aham, é só estou meio com vergonha. -

- Não precisa ficar. Você é o garoto mais lindo que eu já vi, sabia? - disse ele, me despindo totalmente. – Seu corpo é lindo, sua boca, sua cor, seu cabelo, tudo. Me apaixonei por você desde quando te vi abrindo o portão da sua casa! -

    Eu sorri, se ele me achava lindo, então era o suficiente, relaxei e ele tirou minha cueca de uma vez, ele me beijou na virilha, levantou uma de minhas pernas e percorreu com sua língua da minha virilha, passando pela coxa até bem perto do meu joelho, eu me arrepiei, e quase me contorci, voltamos a nos beijar, com tanto carinho, ele se levantou da cama, tirou a calça e ficando de cueca branca, dava pra ver o contorno perfeito de sua ereção, que era bem grande, meu coração disparou, senti um pouco de medo, eu o olhava sem reação, até ele me chamar para tirar a cueca dele, sentei bem a sua frente, e quando puxei a cueca dele, seu falo enorme saltou, branco com a cabeça avermelhada, saia um líquido, o cheiro me embebedou e me excitou, estava hipnotizado admirando sem reação, e ele foi se aproximando mais de meu rosto, (cenas fortes, reescrevi três vezes e não consegui aprovação do capítulo. Desculpe leitores).

Me entreguei a Bernardo como jamais havia me entregado a alguém antes, queria ter sido mais forte e ter conseguido ir até o final, lhe proporcionar prazer, embora eu mesmo não tenha sentido tanto com o ato, mas ele transpirava excitação e isso me excitava também, ele gozou e deitou seu corpo sobre o meu me beijando, ficamos um pouco assim alisando, acariciando o corpo um do outro. Já estava na hora de voltar pra casa. Tomei um banho, notei que havia sangrado um pouco, achei estranho, mas não falei nada. Depois que saí ele entrou no banheiro tomou seu banho, se vestiu e me levou para casa.

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