Depois do beijo, de uns amassos que me levaram a crer que estava vivo, ativo e disposto a deixar meus pensamentos e quereres irem adiante nisso. Não sei o que Hebe, Genna e Preston estavam pensando quando resolveram se unir e me trazer este presente, mas acertaram quanto ao meu desejo de ter uma experiência nova, mesmo que não fosse com Sebastian. Ele nem passava pela minha cabeça nesse momento, o vi de relance na sala e depois minha mente e meus extintos foram completamente envolvido e despertados por Elijah — estava entorpecido, carente e encantado para cair na dele.
— Promete que liga?
— E você, promete que atende?
— Prometo.
— Eu também prometo.
Ele se foi no bote das onze e meia da noite. Assim que Preston me deixou em casa por voltas de meia noite e meia, não consegui dormir. Tive que perguntar se ele havia chegado em casa bem e ele me respondeu que sim e isso fez nosso encontro atravessar a madrugada; mandamos áudio, fotos, nudes. Tive que me policiar para ir mais devagar, seu que sou imaturo e estava empolgado com o que aconteceu de novo na minha vida. Elijah era chamado assim no hotel, e me fez prometer chamá-lo de Travis.
Não tinha escola no dia seguinte, porém era um dia normal de trabalho. Isso foi ótimo para não ter que lidar com minha sala e meus amigos falando sobre o que aconteceu na festa.
— Bom dia!
Sally se apoiou no balcão e Giovanna fez o mesmo me encarando limpar a mesa e eu ria delas.
— Aproveita que está vazio e nos conta: como foi o encontro?
— Com essa cara de garoto que ganhou na loteria, com certeza foi ótimo!
— Parem vocês duas. — Travei em encará-las e segui: — Foi perfeito! Travis é perfeito, e trabalhador, honesto, gentil...
— Vem cá, garoto! — Giovanna me abraçou e eu corei pensando no que diria, mas elas foram legais comigo e não me exigiram detalhes.
Quando a cafeteria finalmente encheu, não havia funcionário mais animado naquele espaço. Estava centrado, ágil, eficiente. Falei o que não falava a semana inteira e ainda me divertir com os clientes. Senhor Jeremy chegou a me elogiar pela minha simpatia e dessa vez não estava com cara de cachorro morto.
— Obrigado, senhor Jeremy. Volte sempre!
Foi eu abrir a porta para ele sair que dei de cara com Clive e Patrícia em frente a cafeteria e sorriram para mim e eu para eles, que estranharam.
— Boa tarde, senhor e senhora Benson!
— Você está diferente. Aconteceu alguma coisa?
— O amor! — Disse Sally dando um folheto de convite para o festival de comida típicas em comemoração ao aniversário de Virgínia Lake.
Com a participação dos principais estabelecimentos da cidade entre docerias e restaurantes, era uma forma de dar visibilidade a única cafeteria da cidade, onde Margot, a dona, espera abrir mais uma filial entre os municípios de Providence e Newport.
Mas uma vez, antes que pudesse fechar a porta, entram Edgar, Ondine, Marieva e Sebastian que dessa vez me cumprimenta e me deixa sem graça, pois deu aquele velho e bastante incomum sorriso de amizade de antes.
— Como vai, Jonathan?
— Bem Edgar.
Sei que era normal os Benson passar o final da tarde, ainda mais de um sábado, caso não tenham algo melhor para fazer no centro da cidade, mas encontrar a família quase toda reunida não era comum. Eles sentaram e Gio foi atendê-los enquanto preferi ajudar na cozinha e evitei ao máximo eles, eu só botei para o salão quando fui avisado que eles tinham ido e assim deixei esse passado se converter apenas lembranças que não eram mais relevantes. Em mais uma dia de trabalho, cansado e na expectativa de passar mais uma noite conversando com Travis, me despedi dos meus colegas de trabalho e sai com minha bicicleta pelas ruas desertas e geladas de Virgínia Lake. Quando, do nada um farol me cega e me faz diminuir a velocidade. Era Sebastian que diminui as luzes e me encara de dentro de seu carro importado por alguns segundos, desliga o motor e sai do carro em direção a mim.
— Desculpa! A gente pode conversar por alguns minutos. Será rápido, sei que está cansado.
O que dizer, ou melhor, o que esperar dessa conversa. Ele estava ali, desarmado de seus amigos e olhar sério. Era um garoto com suas mãos no bolso e eu — por mais que quisesse aquele momento em várias situações que eu imaginei por meses, não havia nada que me preparava para esse desfecho do destino de ser encurralado por Sebastian há dois quilômetros de casa. Eu continuei olhando sua aproximação sem esboçar nenhuma reação além de parar completamente minha bicicleta.
— Eu pensei muito. Eu pensei demais sobre todas as coisas que eu fiz e esse clima que talvez eu influenciei em relação a você na escola e seus amigos, que também eram meus amigo... Enfim, Acho que tenho que reconhecer que estava errado e continuar nesse erro seria um tanto idiota da minha parte.
— Você quer que eu faça o quê?
— Me perdoe, por me comportar como uma estranho com você desde que cheguei. Na realidade, eu não sabia o que fazer. Não foi fácil voltar. Acho que te dei o rótulo de antagonista da minha vida e hoje entendo que não foi dessa forma.
Mas uma vez, travei e não sabia processar o fato dele, logo ele, me pedir desculpas com um ar de arrependimento e redenção a mim. Ele quer uma resposta, mas está aí algo que , por mais que fantasiei essa aproximação, não acreditara que acontecesse uma dia, ainda mais nesse dia.
— Todo bem. — Disse.
— Certo!
— Eu preciso ir.
— Ok.
Segui viagem e ele ainda ficou parado sem me ver partir. Eu não sabia o que pensar, e confesso que meu coração chegou a bater diferente e ao mesmo tempo minha razão entrou em ação para não deixá-lo se corromper novamente na esperança de uma dia aquele beijo que demos no passado pudesse evoluir para algo mais.
— Oi tia. Oi pai.
— Boa noite filho. O Sebastian veio aqui hoje.
— Ele não te encontrou no caminho? — Disse Hebe.
— Sim. Eu falei com ele.
— Mas vocês dois não estavam sem se falar?
— Também tia. Mas acho que os pais dele deram uma bronca nele sobre isso. Certamente nada mudará na escola.
Meu pai me olhava querendo falar algo, mas quando ia abrir a boca, ele recuava.
— Quer falar alguma coisa, pai?
— Ele quer saber sobre o encontro.
— Tia! — Olhei para ela que fez uma cara de desentendida. — Foi legal, mas estávamos numa festa e curtimos a festa. Foi isso! — Fui subindo as escadas sem dar tempo a eles, mas:
— Vem cá, Jonathan. Senta aqui um pouco.
Fazia umas quatro semanas que eu não sentava naquele sofá diante de meu pai e Hebe tricotando umas das várias roupinhas que fazia para Nick, sua gata de estimação. Ela jogou um olhar de desconfiança e desceu seus lábios para o lado direto. Era um aviso de que aquele assunto não era confortável. Pensei na minha mãe, no que Genna ou Preston poderiam ter dito a ele na oficina, porém estava quase certo que seria sobre sexualidade.
— Eu sei que deveria ter falado sobre esse assunto, mas sua condição, não me dava...
— Por que sou gay?
— Isso. Não sai com garotas, não sabe se...
Dava para ver meu pai engasgado com o fato e com a ideia de falar sobre ativo ou passivo, ou coisa do mundo LGBTQIA+. Eu já havia me informando sobre tudo, mas era cedo em pensar em sexo com alguém. Me deu pena em ver meu pai falando de algo que não entendia, se entendia, não queria reconhecer que eu poderia praticar. Precisei ser mais maduro do que ele para me deixar subir e esquecer aquele momento constrangedor.
— Pai, olha! Eu sei que sou novo, mas já pesquisei tudo sobre o assunto e acho que não estou preparado e sem contar que não é uma questão essencial na vida agora.
— Mas, eu fico com medo de alguém se aproveitar de você, ou te forçar a fazer algo que ainda não tem ideia.
— Eu tenho ideia do que é um homem ativo ou passivo, ou controlador fazem. Não farei nada que eu não queria.
— Promete que vai se cuidar? Eu nunca te vi tão aéreo quanto hoje de manhã. Cantando alto ainda! Eu tenho medo que você se decepcione.
— Eu não posso garantir que não me decepcionarei, mas sou pé no chão. Sei exatamente onde quero chegar e estar esperançoso por ter alguém, um par na minha vida não quer dizer que casarei a manhã, ou seita o quê. Entendo de ISTs.
— Eu queria que você pensasse nos estudos, não vai querer ficar a vida inteira naquela cafeteria. Poderia pensar no seu futuro. Eu não gostaria que você se transformasse numa drag queen sem futuro nessa cidades grandes e até se envolver no submundo de prostituição... Eu gostaria que você fosse um homem capaz de entender que existe outros lugares além Virgínia Lake e você pode sonhar em ter uma profissão. Jamais ouvi de você alguma coisa que gostaria de fazer, que gostaria de tentar.
Vi meu pai colocando para fora suas dúvidas e o que achava sobre o fato de ser um homossexual assumido. Porém gostei de vê-lo preocupado comigo e há tempos ele tentava se expressar e nada. Na questão da profissão, eu realmente não sabia o que pensar, eu queria começar a ter interesse em achar uma profissão adequada. Não tinha passado nem vinte o quatro horas que eu e Travis tínhamos nos conhecido e minha vida mudou tanto — até às pessoas que me ignoravam passaram e me cumprimentar como Ondine e Sebastian — isso significa que não desapareci e estava ali, sendo analisado, visto...
— Robert, prometo buscar na escola mais sobre profissões e, aliás, eu não sei se tenho alguém de fato na minha vida. Estamos nos conhecendo.
— Ok.
— Vai tomar seu banho, filho.
— Está bem, tia.
Não poderia continuar sem um futuro, isso era fato. Travis me deu um ânimo, o fôlego jovial e interesse que faltava. Senti a água inundar meu corpo e nela uma eletricidade rara de possibilidade. Foi uma surpresa Sebastian parecer, mas ele ficará onde ele deveria estar desde o início: longe do meu coração.
*
*
*
Sebastian
Pensei em voltar para casa, tocar meu violoncelo, estudar algumas partituras, porém estava inquieto. Se tinha uma coisa que me chamava atenção em Jonathan, eram seus olhos e eles me mostraram uma certa repulsa, certa mágoa. Quando ele não fala é porque, por dentro, ele queria me colocar contra parece e também quer dizer que, para ele, eu não importava mais.
— Para de me ligar!
— Meu filho veio aqui. Disse que você estava com minha blusa, queria encontrá-la. Mas disse que tinha deixado na lavanderia falei que é uma blusa comum, mas ele acredita que você não teve acesso a essa moda. Meu filho é bem detalhista.
— Eu te devolvo na escola, Antony.
— Por que não vem aqui?
— Não estou afim. Como já disse, isso terá que acabar em breve, trará problemas para mim e para você.
— Você é maior de idade. A gente pode tentar uma coisa nova. Eu posso te levar para jantar em Newport. A gente pode curtir um passeio, sem sexo. Acho eu te assustei um pouco. Quer conversar?
Minha vida na cidade de Virgínia Lake estava afundando, chegar em casa e ter que ver Claire apaixonada por Brendan e minha mãe querendo que eu faça sala para ele e sua mãe, não era o que eu queria.
— Está bem. Eu vou, mas estou de carro.
— Deixa ele na garagem do motel. Peço para o Charles guardar junto com os deles. Vamos no meu.
— Certo!
Não estava arrumado, peguei meu casaco de capuz e entrei no carro de Antony. Na cidade, de algum modo, todo mundo se conhecia, mas os podres de cada um era exclusividade de poucos.
— Você não acha que esse garoto é muito novo para você? — Charles me encara pela janela do carro.
Ele conhecia meu pai, minha família e apesar dele me observar entrando e saindo do quarto de Antony, talvez ainda tinha dúvidas sobre minha identidade.
— Eu tenho dezoito anos. — Disse o encarando e desviando o olhar em seguida.
Charles joga sem olhar de reprovação para Antony e o mesmo retribui.
— Toma conta da sua vida, Charles. Aqui ninguém é criança e eu te pago muito bem e em dia.
— Toma cuidado. Pode me arrumar problemas.
Foi só Antony arrancar com o carro para eu explodir com ele. Fiquei puto, com a insistência, com os furos que estávamos dando pela cidade.
— Você acha que eu estou bem? Você é uma garoto mimado. Foi você que começou esse jogo.
— Para o carro, eu vou descer.
— Para! A gente vai para Newport, vamos comer num lugar legal e você, cala a boca!
Odiava ficar dependente de alguém, ainda mais o professor Antony Wright. Como ele era babaca quando queria. Entrei naquela balsa, sai do carro e deixei o vento bater, era uma viagem de máximo quarenta minutos e havia muita gente conhecida para ele se atrever a falar comigo ou me abraçar. Eu me meto em cada situação que não entendo quais são os reais motivos para isso. Coisas ruins aconteceram comigo desde que assumir ser homossexual. Apesar de não parecer, eu ainda enfrentava resistência de alguns familiares, antigos amigos que seriam amigos para vida inteira caso não saísse do armário. Isso machuca, parece que deixamos de ter sentimentos e o sarcasmo, ataques de raiva e estrelismo eram que garantiam que eu fosse respeitado. E eu já estava cansado dessa relação de ser um gay com dinheiro e branco, ou seja, tolerável. Cansado desse meu jeito de me blindar de olhares como de Jojo mais cedo — não querendo assumir, mas assumindo — talvez qualquer pessoa poderia me maltratar, me evitar, mas Jonathan destruiu algo em mim que jamais esperei que ele seguisse e eu não entendo o porquê, me parece que ao mesmo tempo que quero ele longe, nada na minha vida faz sentido se ele não tiver nela.
Poderia simplesmente ir para casa e descansar, lidar com os convidados dos meus pais e Claire, mas não. Fiquei olhando aquele cara velho, na qual estou saindo e vendo ele fumar olhando para o retrovisor. Quando a balsa atraca, entro no caso sem dar uma palavra com aquele sujeito babaca — ele me mandou calar a boca — se eu fosse aquele velho, antigo aluno popular e aceito por todos na cidade, poderia armar uma para ele, fazer algo tão grandioso para manchar sua reputação de vez e ele nunca mais conseguirá trabalhar na área da educação em qualquer lugar do estado de Massachusetts. Ele talvez teria que ir embora para outro país para recomeçar e esquecer de vez o número do meu celular.
— Ficará se comportando como meu filho? Não falará comigo a noite toda?
Peguei ranço de sua cara, ele era um cretino, um filho d p*. Por conseguir sentir aquela repulsa, aquele ódio por sermos vistos juntos e reconhecidos; a maneira que Charles me olhou entendendo que me tinha nas suas mãos... Era o melhor momento para acabar com essa história. Ele iria concordar comigo assim que mostrasse que aquele lance todo, o dono do motel e o da blusa era mais do que o suficiente para nos afastarmos.
— Eu quero parar. Eu quero para com essa história, terminar o ensino médio de forma honesta, justa. Ver você apenas como meu professor.
Ele parou o carro num cruzamento que dava ao pequeno centro comercial de Newport e um hotel cinco estrelas, quase um resort, parece que seu tamanho interferiu para não receber esse nome. Era um local escuro, eu não conhecia muito Newport, mas o hotel New Castle Pamplona é da minha família, assim que inaugurou, as festas de final de ano dos funcionários e reuniões com pessoas importantes eram todas lá. Minha mãe, eu, Cíntia, Edgar e Ondine — ainda não existia Marieva — passávamos as férias e muitos finais de semana nele.
— Eu nunca mais te darei uma nota alta se você realmente não merecer, mas eu não quero terminar!— Ele chega bem perto e passa suas mãos geladas entre meus cabelo e puxa eles para trás direcionando minha cabeça a encará-lo. — Eu te amo! Eu sei que tenho que resolver isso. Mas me dá um tempo, dê esse tempo para você, eu sei que você não tem ninguém por aqui. dê esse tempo para nós dois. Prometo não te encher o saco, como estou fazendo, procurarei uma atividade além da academia e sair com você.
Ele força um beijo. Estava em desvantagem, no meio do nada, teria quer andar muito para chegar no hotel e explicar o que eu fazia naquele local sem carro. Tudo bem que poucas pessoas me reconheceriam, há uns sete anos, eu não sei o que é passar um final de semana por lá.
— Vamos jantar. Eu estou com fome.
— Certo.
Ele parou num píer, andamos pela parte boemia de Newport e surpreendentemente aquele local tinha a atmosfera boa, casais apaixonados, crianças correndo... Era uma forma de me senti um pouco acolhido, eu gostava desse clima de família — até senti saudade de Debra — ela não saia lá de casa e ela fazia minha mãe cozinhar e arrumar a mesa de forma menos pretensiosa. Fiquei contemplando as pessoas, o mar e tudo que fosse belo naquele jardim perto da costa.
— Isso aqui é para você!
— Uma rosa. — Olhei carente para Antony, que estica sua mão e me dá mais um presente.
Acho que ninguém me dá presente há tempos, não se não for o meu aniversário ou algum bajulador dos meus pais. Abri aquela caixa e era um chaveiro fofo de acrílico com as minhas iniciais e um bichinho de pelúcia. Havia flores dentro formando um coração e glitter dourado e rosa — rosa, é a minha cor favorita depois do vermelho — o material metálico era foleado a ouro e uma pequena espada, uma pequena estrela, o sol e a lua, uma pedra de brilhante, deve ser falsa, mas não estava nem aí. Foi um presente maravilhoso, não esperava por ele.
— Eu amei, e esse bichinho...
— Um lêmure.
— Que bom que disse, eu não sabia. — ri.
— Vamos jantar? Ele me oferece sua mão para segurar e eu a seguro.
Só faltou o beijo e lógico que não daríamos esse mole assim. Eu tinha até vergonha de ser visto com ele; ele é aquele professor sem vaidade, sem apreço pela sua imagem, pelo menos era essa visão que eu tinha até me envolver com ele solteiro, um membro avantajadamente lindo, mas para por aí o elogio. Após me esbaldar de tanta pizza e massa de tudos os sabores e molhos e ainda tinha um doce de banana incrível que eles disseram que eram típico do Brasil. Antony me desarmou. Disse o que eu queria escutar, me deu presente, pagou por tudo que consumimos. O clima de romance estava no ar, entramos no carro, nos beijamos, dessa vez eu queria, ele não aguentou quando comecei a estimula-lo e paramos na meio do caminho em um dos vários lugares que saquei que ele conhecia cada um deles, e certamente usou para seus encontros com outros. Eu gostava de ação, de frio na barriga e tesão em excesso, aquele carro ficou quente, as janelas embasaram, e não percebemos um carro parar, mas logo se foi quando percebeu o que realmente estava acontecendo — tivemos que nos apressar, ele foi mais rápido, mais bruto e eu me segurava como podia — estava com medo mesmo do carro da polícia aparecer e esse tipo de perigo me animava mais do que o ato propriamente dito. Ele me ludibriou dando uma de paizão apaixonado. E lá estava eu na mesma com ele, sem conseguir dar o fim que acreditei conseguir no início da viagem.
— Quem é que vai fuder você desse jeito? Você é meu! — Disse ofegante e tentando colocar as calças no lugar.
Por fim, já em Virgínia Lake, pego meu carro e dou uma olhada no relógio, eram vinte para meia noite e preparava meu espírito ao entrar com meu carro na propriedade dos Benson, deixando meu carro fora da garagem e sendo monitorado no andar de cima pelo meu pai na sacada de seu quarto e com cara de poucos amigos.
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