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A Vingança

Cap 1 Maurício

Minha vida se resume em vingança, em tomar de volta o que é meu por direito..., desde que meu pai tirou a própria vida quando eu tinha 15 anos, acumulei ódio pela família Perroni e meu principal alvo é o maldito Andrei Perroni, deve está com seus 48 anos..., esse traidor se dizia amigo do meu pai, se aproveitou dessa amizade e tornou-se sócio nos negócios de nossa família.

Resumindo: Meu pai começou uma pequena construtora, a Construtora Cesarini..., aos poucos foi ganhando credibilidade, Andrei sempre foi muito presente em nossa família, meu pai o considerava como um irmão..., e pensar que já chamei aquele maldito de tio..., de tanto ele insistir, meu velho o aceitou como sócio nos negócios, expandindo a empresa até chegar ao patamar de uma grande Construtora.

Meu pai confiava cegamente no "amigo", e foi toda essa confiança que acabou com a vida dele..., ainda lembro da última visita desse desgraçado e do golpe final: ele foi apenas para mostrar ao meu pai que era o único dono e detentor das ações da empresa, ao qual estavam assinados por Mauro Cesarini, ele mostrou um documento passando tudo para si..., dessa forma o traíra tornou-se o único dono da Construtora que ainda carrega o nome da minha família.

Meu velho ficou tão decepcionado, totalmente destruído que exagerou nos tranquilizantes por alguns dias, mesmo afirmando que iria reagir e lutar para ter a empresa de volta..., até que uma noite tomou mais de meia cartela de uma só vez, o que o levou a morte..., minha mãe fez todos acreditarem que ele havia infartado, para esconder o real motivo, ela tinha medo que Andrei tentasse contra nossa vida, por isso se calou.

Só que o Perroni, não esqueceu de uns detalhes: eu e as minhas ações, ele também falava de um acordo..., dessa forma ele veio atrás de nós e em um plano desesperado de fuga que minha mãe idealizou com a ajuda do ex advogado de meu pai, forjaram um acidente de carro, fazendo o maldito acreditar que estávamos mortos.

Durante todos esses anos, fui orientado por Jorge, o advogado de nossa família, ele conseguiu muitos documentos, entre eles os que confirmam os meus direitos, minhas ações. Elas ainda estão em meu nome e eu poderia ocupar um cargo na empresa assim que completasse meus 18 anos, mas, optei por me manter longe dos olhos do maldito, para ele esquecer da minha existência..., dei um jeito dele continuar acreditando no acidente fatal...

Nesse período o  investiguei, reunir todas as evidências que encontramos no antigo escritório de meu pai e tudo o que conseguisse para mudar essa situação..., e mandei investigar seus negócios, subornei alguns funcionários, consegui evidências de contratos superfaturados, licitações com fraudes, lavagem de dinheiro...

Nas minhas buscas, encontramos uma pérola: o tal acordo de casamento que eles assinaram poucos anos depois que se tornaram sócios, segundo esse contrato, os filhos de ambos os sócios casariam-se para manter os negócios entre nossas famílias..., significa que tenho direito a filha dele, e é através desse maldito casamento que começarei minha vingança.

Através das minhas investigações fiquei sabendo de muita coisa sobre a garota: seu nome eu já sabia, ainda lembro dela..., se chama Ângela, atualmente tem 23 anos, é baladeira, vive em festas, se envolve com muitos caras da alta sociedade, ela gosta de curtir e não se preocupa nenhum pouco em ser tão..., sociável, o que pra mim é muito bom já que facilitará o que tenho em mente.

Dos 15 até meus atuais 27 anos, adquirir muita maturidade para saber o que quero e como fazer para alcançar meus objetivos. O dinheiro que nos restou e as propriedades no nome da minha mãe vendemos, investi em alguns negócios para render e agora chegou o momento de voltar. Uma pena que meu amigo Jorge não está mais comigo, o perdi há dois anos, ele faleceu de câncer..., agora, voltei, por ele, por meu pai e por minha família para acertarmos nossas contas.

Primeiro consegui uma reunião com o Perroni usando o sobrenome da minha mãe e um nome que inventei de última hora: Marcus Serrano.

Cap 2 Maurício

Me arrumo para uma festa privada de uns filhinhos de papai, fiz boas amizades nesse meio tempo em que voltei, principalmente entre o ciclo de amizades de Ângela. Já a vi em outras festas, apenas a distância.

Assim que chego na mansão onde acontece o evento me deparo com muitos jovens entre 18 a 30 anos, mulheres bonitas, bem vestidas, me encosto no bar e peço um whisky..., enquanto tomo pequenos goles, corro os olhos pelo salão buscando minha presa..., ali está ela, dançando..., não vou negar, é o tipo de garota que levaria facilmente para minha cama..., é bonita, sensual..., Não tiro os olhos dela até que a mesma perceba meu interesse, o que não é difícil, considerando que ela adora ser o centro das atenções.

Algumas garotas tentam puxar conversa, dou um pouco de atenção apenas para me enturmar e não deixar as garotas no vácuo, elas me convidam para dançar, sou obrigado a dispensar..., Não posso me distrair, tenho um objetivo e se chama Ângela Perroni...

Me parece que ela cansou de dançar, já havia a observado em outras baladas e sei o que ela toma quando cansa..., ela vem caminhando, próximo de onde estou..., percebeu o meu olhar já que me encara sedutoramente, desvio a atenção dela para observar em volta até que receba sua bebida.

Assim que ela se aproxima, antes que faça seu pedido, faço um gesto de cabeça para o barman, ele trás um coquetel espresso Martini, ela olha a bebida um pouco confusa e surpresa..., caminho até ela e falo com uma voz grave, próximo ao seu ouvido...

Maurício:_ Não precisa agradecer...

Percebo o arrepio que causei nela..., me afasto caminhando para longe, apenas para deixa-la processar o que está acontecendo, essa é do tipo que gosta de atenção, mas se sentir que a está perdendo, vem atrás..., um tempo depois estou em uma conversa distraída com uma bela loira sorridente e o anfitrião, Ruan é um herdeiro de lojas de departamento..., uns minutos depois Ângela se aproxima e fala ignorando a mulher que está ao meu lado, se mostrando interessada em conhecer-me...

Angela:_ Não vai me apresentar seu amigo?

Ruan:_ É claro, este é Marcus Serrano..., essa é Ângela Perroni, filha do Andrei da construtora Cesarini.

Ela estende a mão para um aperto..., a cumprimento com um beijo no dorso de sua mão e lanço meu olhar de "te quero nua na minha cama"..., Ela sorrir quase que confirmando meus planos... Iniciamos uma conversa a três e um tempo depois ficamos, apenas nós dois..., hora de dar o golpe final...

Ângela:_ E então..., Marcus, você não é daqui..., mas, acho que já o vi antes...

Maurício:_ Não, não sou..., mas, tem razão, estive em outros lugares em que você também esteve.

Ângela:_ Por isso a bebida?

Maurício:_ Tenho uma boa memória quando algo me interessa.

Ângela:_ Interesso a você?...

Maurício:_ Talvez... (Respondo me mostrando muito interessado, ela sorrir tentando parecer tímida)

Um silêncio se faz, tomo uns goles da minha bebida olhando em volta, tirando a atenção dela novamente..., ela não perde tempo, também é direta quando quer algo...

Ângela :_ Não quer..., sair um pouco?...

Maurício:_ Se..., não se importar...

Ângela:_ Não me importo..., aqui está muito barulhento..., sugere algum lugar?

Maurício:_ Se confiar..., estou em um hotel aqui perto, podemos tomar alguma coisa..., prometo que não mordo. (falo calmamente, mas mostrando interesse)

Ângela sorrir sedutoramente..., hesita um pouco, mas ao final aceita com um balançar de cabeça..., saímos da festa, abro a porta do carro para que entre e uns 20 minutos depois estamos no apartamento que aluguei para essa noite.

Cap 3 Ângela

Já havia notado esse cara em outras festas, ele é alto, deve ter quase dois metros de altura, forte, aparenta ter quase trinta anos..., ele é sério e sensual..., um homem realmente lindo e bem vestido..., tem um cheiro maravilhoso e a voz é de fazer tremer entre as pernas...

Claro que percebi seus olhares enquanto dançava, mas a bebida foi a maior demonstração de que se interessou por mim, mesmo sendo sutil em suas investidas, ele tem um ar misterioso que me intriga..., me livro da oxigenada que estava dando em cima dele e logo estamos a caminho de seu apartamento..., se é amigo de Ruan, não tem perigo ir até lá..., acho até que vai ser bem interessante...

Assim que passo pela porta do apartamento, ele me puxa colando nossos corpos, acaricia meu rosto e me encara com desejo..., não consigo dizer não, mal nos conhecemos e já estou totalmente envolvida na aura dele...,vai falando e beijando meu pescoço, me provocando...

Maurício:_ Sabe o quero..., não sabe?

Ângela:_ Sim...

Maurício:_ Não vou força-la, se não quiser..., se disser não..., paramos por aqui..., e a levo de volta..., quer voltar para a festa?

Ângela:_ Ãh... Não...

Maurício:_ Quer saber o que posso fazer com você?

Ângela:_ Hum..., sim...

Maurício:_ Ótimo...., garanto..., que não irá se arrepender...

Ele fala sensualmente e toma minha boca em um beijo quente..., agora não tem mais volta, ele pode fazer o que quiser, estou entregue. Ele me toca com habilidade me estimulando, me fazendo gemer..., Nos livramos das nossas roupas e uns minutos depois estamos na cama num sex0 forte e selvagem..., ele é muito gostoso..., Sabe exatamente o que tá fazendo..., é insaciável, já repetimos umas três vezes e só depois de ficarmos sem energia, deitamos exaustos recuperando o fôlego..., o cara é um furacão.

Não sou de repetir transas casuais, mas esse cara..., esse eu repetiria ainda muitas vezes. Acabamos passando a noite juntos..., acabei dormindo com ele.

Na manhã seguinte, acordo lentamente e ele está sentado em uma poltrona próximo a cama, já tomou banho e está num terno alinhado..., percebo ele me observando sério e pensativo, me sinto um pouco constrangida, mas ele muda a expressão do rosto e age naturalmente levantando de onde está sem falar nada, só fala quando pega o celular e pede um café da manhã reforçado. Só depois se dirige a mim com um leve sorriso...

Maurício:_ Bom dia..., espero que tenha descansado.

Ângela:_ Bom dia..., um pouco... (falo manhosa)

Maurício:_ Tem toalhas limpas e tudo o que você precisa no banheiro, a espero na sala para tomarmos café...

Ângela:_ Obrigada... (falo baixo e assim que ele sai, vou para o banheiro)

Marcus está sendo muito atencioso e gentil..., ele não é meloso, mas sabe tratar bem uma mulher, até se oferece para me deixar em casa, não gosto de mostrar onde moro, mas não sei porque, quero que ele saiba..., quem sabe não me procura novamente?..., tenho certeza que por isso quer me fazer essa gentileza.

Ângela:_ Tem certeza que quer me levar?

Maurício:_ Não seria muito gentil deixá-la ir assim, depois da noite que tivemos...

Ângela:_ Obrigada..., aceito a gentileza.

Seguimos o caminho quase que em silêncio, perto dele não sou tão falante quanto sou normalmente..., acho que o álcool ajudou um pouco e agora que estou completamente sóbria, fico mais no celular falando com minhas amigas, vou contando do meu achado, nunca havia ficado com um cara como ele.

Pouco antes de chegar em minha casa, Marcus começa uma conversa estranha..., e toda a gentileza e o encanto vão dando lugar a um homem frio, irônico e odioso...

Maurício :_ Não foi coincidência...

Ângela:_ O quê?

Maurício:_ Nós dois..., sei quem você é, sempre soube...

Ângela:_ Do que..., tá falando? (pergunto atordoada)

Ele vai falando calmamente sem tirar a atenção do trânsito..., começo a ficar nervosa com tudo e como ele fala...

Maurício:_ Tenho uns negócios para tratar com seu pai, por isso a estou levando, já ia até a sua casa de qualquer forma..., e não se preocupe, ele me conhece.

Olho para ele confusa, Marcus segue concentrado dirigindo, fala como se não tivesse acontecido nada entre nós..., que papo estranho é esse de falar com meu pai depois de passar a noite comigo?..., e agora age como se fosse um completo desconhecido, ao menos para mim..., então, ele fez tudo planejado?...

Ângela:_ Como assim ele conhece você?..., e o que vai falar?

Mauro:_ Nada de mais..., apenas negócios...

O achei misterioso, mas isso?..., é totalmente insano, não vou levar um cara estranho para minha casa, com essa conversa maluca só porque transa gostoso..., isso tá muito sinistro, até pra mim que não levo nada a sério.

Ângela:_ Para o carro... ( Falo trêmula e séria)

Maurício:_ Já estamos chegando...

Ângela:_ Você é um psicopata, não vai chegar perto do meu pai, para o carro agora.

Maurício:_ Você não tá entendendo, tenho negócios com seu pai, independente de ter fudid0 ou não com a filha dele..., e sim, você vai me levar até ele ou todos irão ver como você trep4 fácil com o primeiro estranho que te paga uma bebid4...

Ângela:_ SEU MALDITO..., VOCÊ É UM DOENTE..., IMBECIL...

Falo batendo nele quase o fazendo perder a direção, mas o desgraçado não perde a postura, apenas rir irônicamente...

Maurício:_ Já disse pra não se preocupar, ele está me esperando..., ele me espera há anos..., e se te serve de alívio, não sou um assassino..., são apenas negócios..., se quiser, pode ligar para ele, diga que Marcus Serrano está chegando...

Controlo a fúria e o sentimento de humilhação..., não vou fazer ele causar um acidente, se ao menos soubesse que ele morreria sozinho, não vou arriscar a minha vida...

Marcus está muito seguro, é possível que tenha realmente negócios com meu pai, ele só recebe pessoas muito importantes no escritório de casa, geralmente ele fecha acordos que rendem muito dinheiro..., mas, não acredito nesse idiota, ainda desconfio..., pego o celular controlando o nervosismo e ligo para o meu pai..., menciono o nome do imbecil..., não, pode ser, não acredito que seja verdade, meu pai realmente o está esperando.

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