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Por Apenas Uma Noite!

1

...O baile...

 

— Ela está tão bonita! – exclamou Parvati Patil.

Harry se permitiu olhar para o alto da escadaria de pedras. Hermione estava no topo. Com os cabelos ondulados e presos jogados para o lado direito do corpo. Esculpida perfeitamente em um vestido escamado rosa-claro, tendo as pontas na cor púrpura.

Ela veio descendo lentamente, atraindo os olhares de todos. Harry percebeu um rubor se formando nas bochechas da amiga, enquanto a fitava admirado. Ela sorriu para ele.

Quando ela estava perto dos degraus finais, um enorme rapaz da Durmstrang surgiu e ficou à sua espera. Ele pegou a mão dela e depositou um beijo caloroso. Harry mirou atento o rosto do rapaz, afim de saber de quem se tratava. Virando o corpo lentamente o garoto o reconheceu. Era ninguém menos que Viktor Krum.

Krum levou Hermione para a fila que iriam ter de organizar, pois os campeões deveriam dançar primeiro.

Quando as portas se abriram e eles passaram pelas pessoas, Harry pôde ver rostos boquiabertos por conta de Hermione ser o par de Krum. Todos estavam incrédulos, inclusive Rony. Além da garota estar realmente estonteante.

Os quatros campeões e seus respectivos pares chegaram ao centro e então uma valsa eclodiu absolutamente alta e eles logo começaram a dançar.

Harry percebeu o sorriso excepcional que Hermione Granger mantinha no rosto

...~*~...

— Aquela ali é a sangue-ruim da Granger? – perguntava Draco Malfoy ainda observando atentamente a garota –

— Ela deve ter feito uma poção do amor para ele. – disse sua parceira com uma pontada generosa de inveja –

Draco continuou a observá-la. Nunca tinha a visto tão bonita assim. Na verdade, sempre só a vira como uma garota trouxa que dava uma de sabe-tudo, a qual ele gostava de humilhar. Por um nano segundo, se imaginou dançando com ela, segurando sua fina cintura enquanto observava seu sorriso de perto.

A valsa parou e todos os outros casais puderam se juntar ao centro para desfrutar de uma linda valsa.

Pouco a pouco os casais foram tomando espaço…

Draco tomou a mão de sua parceira e a levou para dançar também. Onde com um pouco de esforço, pode chegar mais perto de Hermione. Queria, pela primeira vez na vida, estar perto de uma sangue-ruim, e se assustou com isso.

Não durou muito para que a banda que Dumbledore contratou começasse a animar o Baile, e logo uma música animada ecoava pelo salão.

Hermione Granger dançava loucamente com seu parceiro. Sorria, colocava as mãos no rosto. Ela parecia estar se divertindo. Krum, trazia no rosto um enorme sorriso vitorioso, certo de que Hermione era uma das meninas mais bonitas do Baile. Draco bufou.. Se ela não fosse uma trouxa, talvez … Não. Ela era de outra casa, sua rival natural..

Mas ele se permitiu olhar para ela de forma diferente pelo menos aquela noite.

...~*~...

Harry estava sentado, olhando para a amiga que parecia estar se divertindo enquanto Rony enchia seus ouvidos com insinuações sobre Krum.

— Ele é um idiota de primeira, não é?! – disse Rony observando a amiga dançar.

— Acho que ele não ia à biblioteca por causa dos livros! – concluiu Harry mais para si.

Ela veio e se juntou à eles algum tempo depois. Um pouco suada, ela ainda mantinha o mesmo sorriso sereno no rosto. Mas isso logo mudara.

— Esta quente não é? – disse ela sorrindente para os amigos – Viktor foi buscar uma bebida pra gente, querem se juntar á nós? – perguntou animada.

— Não, não queremos nos juntar á você e o Viktor! – disse Rony indignado fazendo-a se assustar.

— Nossa.. Mas que mal humor Ronald?! – perguntou confusa.

Rony começou a jogar suas insinuações em cima dela, que o olhava intrigada e respondia da mesma maneira grossa que ele falava.

— Você é muito boba, não vê que ele está te usando? Ah você está confraternizando com o inimigo! – disse ele ríspido.

— Confraternizando com o inimigo? Quem é que estava querendo um autógrafo dele? – perguntou alterada – Além do que a finalidade  principal do torneio é cooperação internacional em Magia: fazer amigos! – disse incrédula com a atitude infantil do amigo.

— Ele quer ser bem mais que seu amigo! – concluiu o ruivo o rosto ficando da cor dos cabelos.

Os dois começaram então uma briga e não demorou muito para que ela, Hermione, se levantasse irada e sumisse do campo de visão de Harry.

Hermione saiu enraivecida andando para fora, afim de tomar um ar e esfriar a cabeça. Quem ele pensava que era para dizer a ela tais coisas? Pensava.

Os Jardins de Hogwarts estavam cobertos de gelo, e estava congelando lá, mas ela queria ficar ali. Longe de todos.

Esfregando os braços com frio, ela observava o lago. Tão sombrio. Inerte em tantos pensamentos ela nem se deu conta que alguém se aproximava.

— O que está fazendo aqui fora sozinha, Granger? Seu par não é tão legal? – ouviu uma voz gélida atrás de si – Ou ele te deu um pé? – perguntou com aquele mesmo tom de deboche que usava para falar com ela.

Virou e viu Malfoy parado a olhando, seus olhos cinzentos penetrando os seus castanhos. Seu cabelo loiro brilhando sob as luzes fracas que iluminavam os jardins. Bufou.

— Não te interessa garoto! – respondeu seca virando novamente para o lago.

— Veja bem como fala comigo, sua sangue-ruim! – disse ele num rosnado baixo.

— Escuta aqui, eu não tô nem ai pra você, okay? Eu estava aqui sozinha, e você veio me encher.. Então, ou você sai daqui, ou fica com essa droga de boca fechada! – vociferou ela assustando ele.

Ela continuou olhando o lago, enquanto ele a olhava ainda mais profundamente. Por um segundo Hermione pensou que Draco fosse revidar ou que fosse embora, mas ele continuou ali, imóvel. Apenas olhando para o lago, o que lhe deixou bastante intrigada.

Hermione nunca gostou dele. Sempre – desde que se conheceram – ele tentava humilhá-la por ela ter nascido trouxa. Porém, nunca gostou de tratar ninguém mal.. Por mais que merecesse.

— Estão.. Porque você está aqui? – perguntou ela finalmente quebrando o silêncio.

— Está muito quente lá dentro! – respondeu ele seco.

— Está muito frio aqui. – retrucou ela impaciente.

— Então se esta frio o que você faz aqui? – revidou ele.

— Hum.. Não sei! – disse ela esfregando os braços.

Ele tirou blazer que acompanhava seu traje a rigor e jogou por cima dos ombros expostos dela. Um de seus dedos acabaram por tocar na pele da castanha, causando uma onda de arrepios por seu corpo, ele pareceu não perceber.

— Porque isso? – perguntou ela incrédula com a atitude dele.

— Porque está frio! – disse ele como se a resposta já fosse óbvia.

— Malfoy, acho que você bebeu, não foi? – disse desconfiada – O que você esta tramando?

— Nada! – respondeu ele com um mau humor de repente – porque?

— Porque você me odeia! – disse ela olhando nos olhos dele.

— Eu não odeio você! – ele riu -  Só te acho um tanto que exibida!

— Eu, exibida? – agora foi a vez dela de rir – Eu não sou exibida. Esse ai é você! – acusou rindo.

— Ah é sim.. Sempre querendo dar uma de sabe-tudo.. – explicou ele divertido.

— Eu só gosto de responder as perguntas! – disse ela dando um pequeno encolher de ombros.

— Isso é irritante! – afirmou ele – Muito!

Eles se calaram depois disso. Não sabiam mais o que dizer. Ou talvez não tivessem o que dizer. O lago parecia a melhor saída para aquele silêncio constrangedor que se formou. Mas então, depois de alguns minutos ele disse:

— Você está muito bonita!

Ela ficou estática ouvindo aquele elogio vindo da pessoa mais improvável que existia. Não sabia nem como agradecer. Virou-se para ele e seus olhos acabaram se cruzando, ficando assim presa. Os olhos dele eram de fato lindos. Azuis-acinzentados.. Do mesmo modo que sombrios eram iluminados, uma mistura realmente intrigante, diga-se de passagem. Assim que de deu conta do que estava fazendo ela virou o rosto novamente para o lado, mas ainda não havia agradecido o elogio.

Quando iria falar, alguém chegou.

— Her-mio-nini te prorcurei por todos os caantos! – disse Krum atrás dela.

— Eu.. Hum.. Vim pegar um pouco de ar.  – respondeu rapidamente – Já estava indo!

— Então vamos?! – Krum ofereceu o braço.

— Ah, claro! – disse corando – Ah, Aqui, obrigada! – devolveu o blazer a Malfoy e voltou  com Krum para dentro.

Voltando para a festa ela dançou e se divertiu o restante da noite. Mas a conversa com um certo loiro nunca deixava seus pensamentos. Chegada a meia-noite, o baile se encerrou e era hora de voltar a ser a velha Hermione de todos os dias.

— Obrigada por me convidar Viktor! – agradeceu ela dando um beijo em sua bochecha –

— Eu e que deevo agrradecerr! Respondeu ele sorridente e antes que ela pudesse perceber ele lhe tascou um beijo. – Durrma bem! – desejou ele e seguiu para o navio.

Ela ficou ali, parada. Dera seu primeiro beijo. E foi em Viktor Krum!

Algum tempo depois, já em seu quarto, com seu pijama e deitada em sua cama, ela olhou para o teto e antes de dormir recapitulou tudo o que tinha acontecido.

É, uma noite que ela jamais iria esquecer!

E dormiu.

2

...Neve...

 

O dia amanheceu gélido, como um típico dia de inverno. A neve caía em grossas camadas e a janela do dormitório de Hermione estava toda esbranquiçada.

A castanha espreguiçou-se na cama antes de se levantar. Andou sem pressa até a janela do dormitório, olhando sem nem se dar conta para o Navio ancorado no lago da escola.

A noite anterior ainda era sua maior distração, pensava nos acontecimentos sempre que fechava os olhos castanhos. Relembrando-os meticulosamente.

Antes pensava que depois do seu primeiro beijo, iria sentir-se tímida ao olhar na face de seu beijador, agora entretanto, queria falar com ele. Hermione gostava da companhia de Krum, sentia-se leve e sabia que isso era um ótimo sinal..

Seguiu para o banheiro afim de fazer sua higiene matinal..

Saiu e Parvati e Lilá ainda dormiam, desceu e encontrou Ronald no Salão Comunal esquentando-se próximo à lareira, ele estava cochilando.. Reunindo forças dirigiu-se até ele e se sentou calmamente ao seu lado.

 

— Ah, é você! - disse o ruivo quando acordou olhando-a com desprezo -

— Sim, sou eu.. - disse ela calmamente tentando não brigar com ele, não de novo -

— Sonhou com seu príncipe da Durmstrang?! - perguntou irônico, ela bufou -

— Quem olha até pensa que você está com ciúmes.. - insinuou ela - Você está com ciúmes de mim Ronald?

— Quê?! - perguntou ele incrédulo - C-claro que não estou com ciúmes d-de você. Faça-me o favor Hermione. - respondeu tão rápido que a garota quase não entendeu -

— Ótimo, então pare de agir dessa forma infantil! - disse ela firmemente - Escute, vamos deixar aquela noite de lado. Não quero brigar.

 

Rony não queria dar o braço à torcer mas tampouco deixaria Hermione pensar que ele estava com ciúmes dela. Assentiu então e logo seu semblante mudara.. Eles conversaram animados até verem Harry descer, e se juntar à eles logo em seguida. Hermione percebeu que Harry os olhava encabulado, pois na noite anterior ela e Rony só faltaram voar um no pescoço do outro..

O moreno entretanto não perguntou nada o que fez com que a castanha ficasse inteiramente agradecida..

Desceram para o Salão Principal.

Era impossível para Hermione olhar para aquele salão e não se lembrar de tudo o que aconteceu, em como se divertira com Viktor e o quanto se irritou com seu amigo.

Olhando de esguelha seu olhar pairou sob uma figura loira sorrindo abertamente na mesa da Sonserina..

Porque ele havia feito aquilo na noite passada? Ela conseguia lembrar-se da feição dele.. Olhos frios, palavras arrastadas, e até do sorriso, foi a primeira vez que o viu e que não quis dar-lhe um soco para fazer-lhe parar..

Lembrou-se do arrepio que varreu seu corpo ao simples toque dele.. Se perguntava o porque disso ter acontecido. Involuntariamente se perguntou se a relação que tinha com Malfoy mudaria depois daquela noite.

Krum não estava na mesa da Sonserina como de costume, e quando Hermione terminou seu café e saiu com seus amigos o encontrou na porta..

 

— Hermi-o-nini, posso falarr con você? - pediu ele e recebeu um olhar mortal de Rony.

— Claro Viktor! - disse sorridente - Eu encontro vocês num minuto. - disse para os amigos que seguiam.

— Acho que vai demorar bem mais que um minuto - murmurou Rony mas Mione ouviu.

 

Hermione revirou os olhos e seguiu o rapaz até os jardins. Estes estavam tão cobertos de gelo que era quase impossível andar ali e numa dessas ela desiquilibrou-se na neve, e quase caiu, se não fosse por Viktor..

 

— Te peguei! - disse ele sorrindo enquanto segurava sua cintura fortemente impedindo-a de cair -

 

Hermione sentiu o estômago se revirar, Viktor estava tão perto.. Ele olhou para sua boca com desejo, o que ela fez também.. Não demorou muito para sentir os lábios do moreno se chocarem contra os seus, beijando-lhe mais uma vez.. A boca de Krum era quente e cheirava a hortelã.. Ele apertou mais os braços em volta da cintura dela que jogou os braços em seu pescoço.

Era uma forma perfeita de se esquentar, dito que os dois pareciam um só corpo. Ela se afastou dele ofegante e para sua própria surpresa nenhum pouco envergonhada.

 

— O que queria me falar? - perguntou ela depois de se sentar em um dos bancos cheio de neve.

— Eu querria te dizerr que penseei em você a noite toda. - disse ele feliz e um pouco corado - Hermi-o-nini, eu nunca conheci nenhum garrota como você..

...~*~...

Aquela noite foi terrível para Draco, como ele pôde ser tão impulsivo e ter elogiado aquela sangue-ruim nojenta? Não se perdoava e o pior de tudo é que não conseguia dormir pois se lembrava de como ela sorria e o quanto seus olhos pareciam quentes. Bufou e esmurrou o travesseiro.

O dia frio amanheceu e ele já estava acordado, a verdade é que sequer dormira.

“Droga!”

Xingava ele.. Esperou os amigos acordarem e dirigiram-se para o Salão Principal.

Não viu Krum na mesa da sua casa o que mudou seu humor. Não sabia-se o porquê mas desde a noite anterior Viktor tinha se tornado um imbecil para ele.

 

— Ainda bem que não temos aula.. Pior coisa seria cuidar daqueles explosivins com essa neve toda.. Eles iriam querer cuspir fogo toda a hora -disse Pansy

— Queria que eles tacassem fogo naquela barba nojenta do Hagrid.. - disse ele sorrindo com gosto.

— Pior não fica, não e é? - concordou Crabbe gargalhando.

 

O loiro fingiu não notar quando Hermione entrou no Salão acompanhado de seus amigos inseparáveis. Continuou sua conversa animada com os amigos. A verdade é que ele não queria que aquela noite mudasse a relação que ele tinha com ela. Foi apenas um impulso, um erro. E torcia para que ela não contasse à ninguém.. Quando a viu levantar-se e seguir para a saída decidiu que tinha que falar com ela. O que aconteceu não poderia ser dito para ninguém, nem que para isso precisasse ameaçá-la.

Saiu assim que a viu desaparecer e se arrependeu no minuto seguinte.. Eles, Krum e Granger foram para o jardim e quando menos Malfoy esperava viu Krum beijar Hermione. Sem nem entender direito, fechou as mãos com raiva e seguiu caminho tentando a todo custo esquecer aquela cena.

Bom, pelo que lhe parecia ela nem se lembrava do que ele tinha lhe dito na noite anterior. Porém não entendeu porque não ficou aliviado com isso.

3

...Como Antes...

 

As férias de Natal estavam quase no fim, e logo eles voltariam a ter aulas.. A semana seguinte ao baile foi bem tranquila. Exceto pelas garotas que fuzilavam a morena quando a viam. Hermione passava a maior parte do tempo na biblioteca ou então com Harry e Rony no Salão Comunal da Grifinória.

Viktor sempre lhe mandava recadinhos à noite, dizendo que queria vê-la ou que estava pensando nela.. Eles estavam muito bem em seu relacionamento.

Mesmo não se sentindo bem, Hermione não contou aos amigos que estava tendo um “caso” com Krum. Bastasse o surto de Rony na noite do Baile para que ficasse claro para a castanha que se ela dissesse que deu um beijo no búlgaro, iria ter outra briga daquelas com Rony, embora ela não entendesse o porquê te todo aquele fuzuê.

Outra coisa que a atormentava era Malfoy. Não o vira desde o dia após a festa, o que era realmente estranho, diga-se que ele sempre que podia dava um jeito de provocá-la.

Dispersa em tantos pensamentos, ela demorou a perceber a coruja que se debatia freneticamente na sua janela fechada… Ao vê-la sorriu, era com certeza um bilhete de Viktor. Andou apressada até a janela e a abriu, deixando a ave entrar e pousar no parapeito da janela. Hermione tirou o pergaminho que estava enrolado na perna da ave e deu uma bolachinha que sempre deixava ali perto.

“já viu como as estrrelas eston bonitas esta noitte?

Talvez queirra obserrvá-las comigo?

Estou te esperrando naquela torre que dá de verr como elas son..

Viktor.”

Hermione assim que terminou de ler sorriu. E ela não entendia, mas sempre que Viktor propunha alguma coisa meio louca, ela topava. Sempre.

Agasalhou-se pois estava muito frio.

Saiu de mansinho, não poderia ser vista, era tarde e os alunos não tinham permissão de andar pelo castelo durante a noite.

— Lumus - murmurou assim que se viu nos corredores escuros.

Andava lentamente empunhando a varinha firmemente na mão. Pedia a Merlin e a Deus que Filch, ou qualquer outro não a pegasse.

Chegou ao pé da torre de Astronomia, olhou para cima e suspirou.

“Ai Viktor, não podia ser um lugar com menos degraus?!” pensou.

Quando ela finalmente chegou no topo da torre avistou uma figura alta e forte, olhando para o céu. Sorriu, céus, ela gostava tanto de estar com ele.. Era um sentimento novo, puro e sincero.

— Podíamos tê-las visto do jardim.. - disse ela e ele se virou.

— Assim parrece que estomos mais perrto delas! - ele respondeu sorrindo e andou até onde ela estava - Está muito bonita!

Ela sorriu. Viktor era assim, falava pouco, mas tudo parecia bem mais sincero. Ele a puxou pela cintura e a abraçou, fungando em seu pescoço.

Eles ficaram assim, unidos pelo abraço por algum tempo. Apenas observando todas aquelas estrelas lindas que brilhavam..

Hermione saiu do braço de Krum e ficou olhando para ele.. Então, beijou-lhe. Era a primeira vez que ela tomava a iniciativa, mas não se deixou acanhar. Viktor era calmo e sereno, e beijava a castanha com paixão e respeito. Apertava a cintura dela delicadamente, enquanto ela enfiava a mão no cabelo do moreno. O ar foi preciso e eles se separam, Viktor sorriu e deu um beijo na testa de Hermione.

— Eu gosto mesmo de você, Her-miô-nini! - ele disse.

— Eu também, Viktor!

Algumas horas haviam se passado, e era hora de voltarem ambos para seus alojamentos. Viktor e Hermione tiveram uma noite boa, com beijos, carinhos e estrelas.. Eles desceram as escadas em silêncio. A castanha já tinha se acostumado com o jeito de Krum e aquilo era confortável para ela.

Quando chegaram ao pé da torre, eles se beijaram mais uma vez. Ele sorriu e se afastou seguindo para seu Navio.

Enquanto Mione seguia para a Torre da sua casa..

~*~

Draco acordou atordoado, tivera um pesadelo horrível em que sua mãe era morta por um Comensal da Morte. Estava suado. E não conseguia mais dormir. Tinha medo de sonhar de novo. Se sentou na cama passando as mãos pelos cabelos cansado. Decidiu levantar, andar por aí, esfriar a cabeça e tentar esquecer o sonho..

Vestiu-se e saiu masmorra à fora, tentando pensar em outras coisas.

Tudo estava tão frio, o vento gélido castigava o castelo, e a neve ainda caía grossa nos terrenos de Hogwarts. Ele só queria poder voltar ao quarto e dormir. Mas não tinha coragem, não aguentava imaginar sua mãe morta.. Ela era a única pessoa que ele amava na vida.

Esquecera a varinha no dormitório, mas não se importava. Ele gostava do escuro.. Ele seguiu para o jardim mesmo congelado. Era a primeira vez que estava ali desde que viu Krum beijar a Granger. Granger! Já tinha até esquecido dela.. Quer dizer tentado, aquela garota deu trabalho para ele. Então, achou melhor evitá-la, queria conseguir sentir vontade de vomitar quando a visse. Mas desde a noite do baile tudo o que ele conseguia era sentir vontade de não tratá-la mal. Droga! Já estava pensando nela de novo. Não sabia o que era pior. Pensar na Granger, ou na sua mãe.

Quando ele enfim se esqueceu do pesadelo resolveu voltar para sua masmorra. Estava com muito sono.

— Ai!! - escutou quando esbarrou em alguém no escuro -  Lumus. - alguém murmurou e uma luz fina surgiu.

Hermione Granger estava caída no chão apontando a varinha para ele. Merda! Ela não!

— Olha por onde anda, Granger! - disse ele grosseiro não podia deixá-la pensar que aquilo mudaria algo.

— Você por um acaso enxerga no escuro Malfoy? - perguntou ela ainda no chão olhando brava para ele.

Patético, ele queria oferecer ajuda à ela, mas não faria isso. Não mesmo. Então veio a cabeça de Draco o que ela estava fazendo no escuro naquele horário.

— Espera aí... - disse ele - O que a certinha sabe-tudo tá fazendo no escuro?

— N-não te interessa, garoto! - disse ela nervosa e embora a luz fosse pouca ele pôde perceber um rubor se formar nas bochechas dela.

— Ahh, estava fazendo coisa errada hein? - perguntou ansioso - Quem diria.. - insinuou debochado.

— Cala essa boca! - ela levantou rapidamente vermelha  - Idiota! - ela xingou e saiu deixando-o novamente no escuro.

Ele riu e ficou imaginando o que ela estaria fazendo para ter ficado tão vermelha como ficou. E involuntário olhou para o lago onde viu o Navio da Durmstrang ancorado. Merda! Será que ela estava com o Krum? Esse pensamento fez suas entranhas se revirarem.

Balançou a cabeça tentando afastar aquele ataque de cólera que sentiu e voltou para a masmorra.

...*** Semanas Depois ***...

Era uma segunda-feira com um gosto mais amargo que as outras últimas, dito que era o recomeço das aulas.

— Andem seus idiotas, vamos nos atrasar para o café! - disse Draco para Crabbe e Goyle.

Os três foram para sua sala comunal e encontraram-se com Pansy Parkinson e juntos se dirigiram para o Salão Principal.

Os rapazes da Durmstrang já se encontravam à mesa da Sonserina e Draco revirou os olhos ao ver Krum.

— Ainda não acredito que ele levou a Granger para o Baile... - disse Pansy olhando penalizada para Krum.

— Ele é um idiota! - disse Draco.

— Tantas outras garotas mais bonitas e mais interessante para ele convidar.. - ela disse em tom de desaprovação.

— Tipo você? - questionou Goyle divertido -

— Sim tipo eu.. - disse ela com um sorrisinho.

— Ah então, melhor você sentar com ele.. - falou Draco de cara fechada.

— Oh Draquinho, não fica com ciúmes não...

— Não enche Parkinson! - rosnou o loiro e sentou-se à mesa.

A verdade é que Draco não entendia o porquê de toda aquela bajulação com o búlgaro, já que ele era apenas um garoto de dezesseis anos. Nem era bonito. Só era forte, mas fora isso tinha uma cara estranha, quase sempre fechada.. Hermione entrou no Salão com Potter e Weasley e Draco olhou para a castanha. Percebeu quando os olhos de Krum se encheram de um brilho rapidamente e sorriu para ela que retribuiu. “Ridículos” pensou antes de começar a comer.

~*~

A primeira aula do dia era - infelizmente - Poções com o pessoal da Sonserina.

Depois de tomar café eles, Harry, Rony e Hermione, seguiram para a masmorra. No meio do caminho encontraram algumas pessoas que insistiam em usar os distintivos

 “POTTER FEDE”.

— Não liga Harry! - disse Hermione mostrando-se indiferente aos insultos que o amigo recebia.

— Não ligo.. Não mais! - respondeu o moreno calmamente.

A aula foi mil vezes mais torturante. Snape parecia enfurecido por Harry ter conseguido passar a primeira prova e não via a hora de descontar pontos dos alunos da Grifinória. Neville estava aterrorizado, pois sabia que com certeza seria usado para este plano terrível do Prof.

Os insultos das garotas da Sonserina eram muitos para Hermione. Elas não paravam de olhar com desdém para a castanha que se concentrava ao máximo em sua poção.

— Hermione elas estão falando de você! - sussurrou Rony.

— Eu não estou nem aí.. - disse verificando os ingredientes da sua poção.

— Isso é tudo culpa do Krum! Porque é que você aceitou ir com ele? - questionou o ruivo num tom de acusação.

— Porque ele me convidou, oras! - respondeu a garota impaciente.

— Mas eu também te convidei. - disse ele confuso

— Só depois que não achou mais ninguém! - disse ela de forma ríspida.

Rony se calou. Não queria ter outra discussão com a amiga. E sabia que por um lado ela estava certa.

Os insultos para Harry e Hermione só aumentavam e aula parecia que não ia ter fim.

Hermione não pode esconder o sentimento de desapontamento quando escutou Malfoy proferir insultos terríveis à Krum por ter a convidado para o Baile. Se ela estava se sentindo tola por ter pensando que ele enfim deixaria de lhe infortunar? Sim, e muito!

Mas pensou consigo: Bom, pelo menos essa página está virada. Seremos como antes daquela noite.

E dedicou sua atenção e pensamentos à poção que estava preparando.

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