Prologo
Beatriz
narrando
25
anos depois....
Eu olho para todas as fotos e as cartas que estão sobre a
minha mão e eu não consigo acreditar que a vida toda eu vivi a maior farsa da
minha vida, acreditei nas pessoas erradas e fui usada que nem a minha mãe foi.
As lagrimas começam a cair pelos meus olhos e eu passo a mão
pela minha barriga.
- Beatriz – A voz de Lorenzo soa atrás de mim\, e eu o
encaro.
- Vai embora – eu falo
- Beatriz\, por favor me escuta – ele fala.
- Você sabia toda a verdade e nunca me contou nada – eu olho
para ele.
- Eu soube quando você já estava gravida – ele fala – eu não
queria que as coisas piorasse, a sua situação já estava dificil. – eu olho para
ele com raiva.
- Quem tem que decidir se a minha situação estava ruim ou
não – eu olho para ele – sou eu e não você, você não tinha o direito de me
esconder tudo isso.
- Eu sei que eu não tinha e me arrependo por isso – ele fala
– como eu te contei, eu não poderia deixar você acreditando no seu tio para o
resto da vida.
- Eu o odeio – eu falo – a única coisa que eu quero é matar
ele, se vingar por tudo que ele fez com a minha mãe. Ele foi o culpado pela
morte deles, ele é o culpado o tempo todo – Lorenzo me encara e me vê entrando
em desespero.
- Se acalma meu amor – ele fala passando a mão pelo meu
rosto.
- Eu passei a vida toda idolatrando ele\, você tem noção
disso? Meu tio era tudo para mim, na minha cabeça ele tinha me criado com tanto
amor. Eu me lembro dele na minha casa com os meus pais, eu me lembro. O meu pai
morreu acreditando que ele era o seu irmão, que ele era de confiança e me
entregou a ele para ele cuidar de mim, e tudo era um plano Lorenzo. – ele me
encara – A gravidez da minha mãe foi algo implacável para ele . Nunca foi
apenas uma organização criminosa no Brasil, ele mentiu para mim , ele me fez
acreditar que ele apenas comandava essa organização, enquanto ele me moldava
para ser a sua arma, para realizar todos os seus planos suicidas, enquanto na
verdade eu sou a verdadeira dona da máfia Australiana.
- Eu sinto muito por tudo – ele fala.
- Você tem noção de tudo isso? – eu olho para ele – você é o
chef da máfia francesa e eu por lei da máfia sou a sucessora do meu pai, nós
vamos ter um filho Lorenzo, o que torna ele muito poderoso nesse mundo.
- Ele não vai encostar em você e nem no nosso filho – ele
fala – isso eu te prometo que ele não vai.
- Sempre foi um plano a gente se envolver dessa forma – eu
falo e ele me encara – desde o começo, o meu tio sabia que poderia alimentar
dentro de mim a vingança sobre a morte dos meus pais, ele me criou para matar
Saimon e Samuel , ele me treinou para isso. Só que quando ele viu que você
também poderia se tornar uma pedra no sapato dele, ele deu um jeito que a gente
se encontrasse e foi moldando o nosso relacionamento.
- Esquece o seu tio\, eu prometo que eu mesmo vou acabar com
ele – ele fala.
- Eu não quero que você faça nada – eu olho para ele – quem
irá matar o meu tio vai ser eu mesmo.
Eu saio pegando a chave do meu carro e vou em direção a
porta.
- Beatriz\, volta aqui! – Lorenzo grita e eu saio correndo
para o elevador, aperto os botões rapidamente e ele se abre e eu entro –
Beatriz, não desça nesse elevador.
Foi a última coisa que eu escutei Lorenzo falando, ele
realmente acha que iria mandar em mim? Que iria me fazer escuta r ele? Confesso
que ele saber toda a verdade e ter me escondido nesse momento não fazia tanta
diferença, o que realmente me deixava irritada era ter confiado em meu tio,
irritada não, me deixava muito nervosa.
Agora eu sei tudo que a minha mãe sofreu nas mãos daqueles
filhos da puta e que eu não tinha apenas que me vingar pela morte deles e sim
por todos os anos que eles a torturaram e ela teve que guardar para si mesmo
todos os seus segredos, até mesmo de meu pai que era um homem tão apaixonado
por ela.
Flash black onn
Eu e minha mamãe estamos brincando de pintar na sala.
- Aqui\, pinta de rosa – ela fala apontando para o desenho e
eu sorrio para ela.
- Assim? – eu pergunto
- Lindo minha pequena Beatriz – ela fala beijando a minha
testa.
A porta se abre e era o papai.
- Papai – eu falo correndo até os seus braços.
Ele se abaixa e sorri para mim.
- Você está cada dia mais linda minha princesa – ele diz e
eu dou um beijo em seu rosto – o que vocês estão fazendo?
- Estamos pintando – eu falo sorrindo para ele – olha como
está ficando lindo o nosso desenho – eu pego mostrando para ele.
- Duas artistas – ele fala sorrindo e minha mãe se levanta.
Eu me sento para continuar pintando e ele vai ao encontro
dela, beijando a minha mãe.
- Eu te amo – ele fala para ela sorrindo.
- Eu também\, estamos felizes que você chegou antes Fred –
ela diz sorrindo para ele.
Flash black onn
Minha mãe sorria o tempo todo para nós escondendo todas as
suas tristezas e todos os seus segredos, ela poderia ter pedido ajuda e para
não colocar em risco a minha vida e do meu pai, ela ficou em silêncio, apenas
contando com a sorte e nada mais.
Eu estaciono o carro na frente onde o meu tio está hospedado
e pego a minha arma colocando no colo, o bebê começa a chutar e eu passo a mão
pela minha barriga.
- Se acalma meu amor\, essa guerra está terminando – eu falo
vendo meu tio saindo do hotel – eu vou colocar fim nela ainda hoje. – eu pego a
arma na mão e desço do carro.
Capítulo
1
Antonio
narrando
31 anos antes...
- Aqui estão todas as garotas do orfanato – Saimon fala –
consegui pegar os dados de todas.
- Selecionou as que a gente precisa? – Jean Carlos pergunta
para o filho.
- Acho que vão gostar dessa aqui – ele fala escolhendo a
foto – Sophia Moreira, ela é brasileira, seus pais tentaram entrar na Australia
ilegalmente quando ela tinha apenas 4 anos de idade, o barco afundou, os pais
morreram e a menina sobreviveu porque um dos passageiros conseguiu salvar ela e
colocar ela dentro de um pequeno bote que tinha no barco, ela foi levada para o
orfanato e ainda está lá.
- Interessante – eu falo – e a família que ficou no Brasil?
- Todo mundo acredita que ela morreu – Saimon responde – Ela
foi levada direto para um orfanato, nenhum consulado nem o governo da
Australia, quis gastar dinheiro mandando-a de volta, então decidiram jogar ela
em um orfanato com poucas condições, seria mais barato para eles do que todo o
trabalho de enviar ela para o Brasil.
- Será que ela vai ser a nossa primeira garota Antonio? –
Jean Carlos pergunta. – Ela não tem família, todo mundo acredita que ela está
morta, ela é uma indigente para o resto do mundo.
- Você tem mais fotos dela? – eu pergunto.
- Aqui estão algumas fotos que nossa amiga monitora tirou
dela para avaliação médica – ele fala colocando fotos dela apenas de calcinha e
sutiã sobre a moça – é bonita.
- Ela realmente é bonita\, seu rosto é angelical e faz
qualquer homem acreditar que é muito inocente – eu pego uma foto na mão.
- O corpo dela também é bonito\, algumas cirurgias e
exercícios ela fica sensual a ponto de conquistar qualquer homem e levar ele
para cama. – Jean Carlos fala.
- Posso ensinar ela vários truques – Saimon fala levantando
as mãos e a gente começa rir.
- Eu vou buscar ela no orfanato – Jean Carlos fala – se por
acaso der errado, a gente mata e busca outra, até encontrar a garota certa.
- Meu pai está ansioso para esse negócio – Eu falo – vai dar
um bom dinheiro se a gente conseguir treinar ela.
- E o seu irmão sabe dos negócios? – Jean Carlos pergunta.
- Não\, meu pai não contou a ele. Frederico é um homem muito
certo em relação as mulheres, não sabe como é bom brincar com elas e como elas
podem se tornar tão perigosas – Eu respondo.
- Eu vou trazer a garota para cá – ele fala.
- Eu prefiro ficar ainda no sigilo – Eu respondo – eu tenho
planos para ela futuramente.
- Quais? – Samuel pergunta
- Meu pai já tem idade e a qualquer momento ele pode morrer
e se isso acontecer, meu irmão assume tudo – eu falo – nada do que uma boa
mulher para mexer com a cabeça de um homem.
- Você já está pensando longe – Jean Carlos fala – vamos
primeiro trazer ela para cá e ver o quanto essa garota pode ser útil para nós.
- Meu pai tem razão\, só que eu tenho certeza de que ela é
perfeita para o que a gente quer – Saimon fala.
Jean
Carlos narrando
- Sophia – A diretora do orfanato fala olhando para ela –
Esse é Jean Carlos.
Sophia me encara meio tímida e parecia querer advinhar o que
está acontecendo aqui, ela coloca as suas mãos na frente do seu corpo e coloca
uma sobre o seu braço.
- Olá Sophia – eu falo sorrindo e me levantando – é um
prazer conhecer uma menina tão doce e bonita que nem você.
- Dê Oi a ele Sophia\, não seja mal educada – A diretora fala
para ela e ela ainda me olha desconfiada.
- Oi\, é um prazer conhecer o senhor Jean Carlos – ela fala
dando um leve sorriso.
Eu devolvo o sorriso a ela.
- Sophia\, esse senhor é um dos empresários mais famosos da
Australia, você teve sorte – A diretora fala se aproximando dela.
- Sorte? – ela pergunta.
- Você foi adotada por ele – A diretora diz e depois me
encara – Agora você terá uma casa, você terá irmãos, vai poder frequentar
escolas, ter amigos – ela passa a mão pelo rosto de Sophia lentamente – tudo
como você sempre quis.
Ela olha para diretora com um olhar estranho, ela arqueia as
sobrancelhas para mim.
- Eu preciso realmente ir? Eu gosto tanto daqui – ela fala .
- Sophia\, querida – A diretora fala encarando ela – não seja
mal educada, a chance que você está tendo é única. Esse homem ele é milionário,
você terá todas as chances na vida de crescer.
- Tenho certeza que você vai gostar da sua nova ida – eu falo
me aproximando ela – não quero te fazer mal, o sonho de minha esposa sempre foi
ter uma filha mulher, ela faleceu a alguns meses e me fez prometer que eu
cumpriria o seu sonho, que eu adotaria uma menina – ela me olha. – Você será
muito bem vinda a sua nova família.
Ela apenas assente com a cabeça, a diretora manda ela ir
organizar as suas coisas e ela sai da sala.
- Me perdoe por isso – A diretora fala – ela está nervosa\,
está aqui a oito anos e nunca ninguém cogitou em adotar ela pelo único motivo
de ser brasileira.
- Eu entendo\, ela está nervosa - eu falo – aqui está o que
eu prometi para você, como você sabe as mídias são curiosas demais e se saber
que adotei uma menina de 12 anos pode ser que leve para maldade, só que tudo
que eu quero é cumprir a promessa que fiz a minha esposa no leito de sua morte.
- Você é um homem digno seu Jean Carlos – ela fala sorrindo
– tenho certeza de que Sophia será muito feliz e fique tranquilo ninguém irá
saber que você adotou ela.
- Obrigado – eu falo para ela.
Sophia volta para sala da diretora com uma pequena mochila
em suas costas.
- Seja feliz minha pequena Sophia – A diretora fala para ela
e os seu olhar é de medo.
- Me deixe ficar – ela fala – tem as crianças\, eu cuido
deles.
- Eles ficarão bem e você também – Ela fala. – agora vai –
ela fala apontando para que ela viesse comigo.
Sophia com muito medo anda até minha direção, eu assinto
para ela e ela me segue até o carro.
- Você vai gostar da sua nova casa – eu falo para ela que
escuta tudo em silêncio – você não terá que fazer mais nada, apenas cuidar do
seu futuro – ela me encara. – terá empregados, irmãos e uma vida tranquila e
feliz. – Eu falo colocando a minha mão sobre a sua perna e ela me encara dando
um sorriso falso.
Assim, que chegamos em casa, ela desce olhando tudo com
muita atenção, entramos dentro de casa e ela parece paralisar olhando o tamanho
dela.
- Saimon\, Samuel – eu chamo os meus dois filhos que tem 18
anos, mas já me ajudam muito nos meus negócios, eles são gêmeos – Essa aqui é
Sophia, a nova irmã de vocês. – os dois encaram ela – estamos realizando o
último desejo de nossa querida Amélia.
- Prazer\, Sophia – Saimon se aproxima dela
- Oi Sophia – Samuel fala de longe.
Ela olha para os dois assustados.
- Oi – ela fala baixo e tímida.
- Não precisa ficar tímida\, agora vamos formar uma grande
família – eu falo colocando a minha mão sobre o seu ombro – Saimon, leve sua
nova irmã até o novo quarto dela.
- Com todo prazer – ele fala olhando para ela – venha comigo
Sophia – Sophia o acompanha até o andar de cima.
Capítulo
2
Jean
Carlos narrando
Com a televisão do meu escritório ligado eu monitoro todos
os passos de Sophia em seu quarto.
- Será que vai demorar para ela trocar de roupa? – Saimon
pergunta quando entra.
- Poderia ir tomar banho de uma vez né – Samuel fala – diz
que colocou câmera no banheiro também, pai.
- Coloquei meninos\, apenas na parte do chuveiro e da
banheira, assim conseguimos enviar as imagens para o cirurgião ver o que será
preciso fazer para moldar ela – eu falo.
- Você realmente acha que ela vai ser a garota certa para o
que queremos? – Samuel pergunta.
- Vamos ter que ver conforme for fazendo o treinamento –
Saimon fala a ele – porém, seu histórico é bom, ela é uma indigente na
Austrália, seus familiares todos acreditam que ela morreu, não existe ninguém
procurando por ela.
- Saimon tem razão\, isso já faz ela ganhar pontos\, eu irei
conversar com ela e vou fazê-la entender que para sobreviver ela terá que
passar por um treinamento rigoroso – eu falo – mas ela terá tudo que ela sempre
desejou na vida.
- Meu pai – Samuel fala – Espero que vocês dois esteja certo
no que estão dizendo para a gente não perder tempo com uma mulher que pode nos
trair no futuro.
- Quem passar pelo nosso treinamento meu irmão\, nunca mais
irá pensar por si mesmo – Saimon fala. – não terá mais desejo próprio e muito
menos sentimentos.
A gente a observa no quarto, faz alguns dias já que ela está
aqui e ela ainda está bastante assustada, nas refeições ela ainda não falava
nada.
- Vamos entrar em ação o quanto antes – Eu falo. – Busque
sua irmã Saimon.
- Não precisa pedir duas vezes papai – ele fala.
A vontade de criar um grupo de mulheres poderosas surgiu
algum tempo conversando com Antonio e seu pai, era dificil se vingar e matar os
nossos inimigos sem que alguém investigasse ou desconfiasse. Então começamos a
investigar como era a forma mais rápida de chegar neles e percebemos que as
mulheres consegue envolver um homem tão rapidamente que nem uma cobra envolve
sua presa. A primeira seria Sophia que irá passar por todo o treinamento
necessário, a gente iria tentar moldar ela da nossa forma e se desse certo, a
gente iria fazer igual com outras mulheres e assim a gente teria armas humanas
andando pelo mundo matando por nós, se uma fosse descoberta, a gente as matava
e seria eliminada e depois treinaria mais uma em seu lugar, fazendo com que o
ciclo nunca terminasse.
- Papai – Samuel fala se aproximando de mim. – o que vocês
vão fazer com essa garota de verdade? Vocês vão machucar ela?
- Calma – eu falo para ele – vamos treinar ela para dor\,
para tortura, vamos dar uma nova chance de vida para ela, vamos treinar ela
para matar, para obedecer e ser uma grande mulher.
- O senhor não acha que está brincando de mais de como ser
Deus? – ele pergunta.
- Samuel para de ser bobo\, você sabe o que a gente faz aqui\,
você sabe todos os inimigos que a gente tem, precisamos inovar e está a frente
deles, daqui a pouco um deles entra por essa porta e mata a gente e ai eu quero
ver como será.
- Ela não tem culpa de nada – Samuel fala.
- Ela é mulher e mulher nasceu para seguir as nossas ordens
– eu falo a ele – você precisa aprender como se trata uma mulher Samuel.
Quando ele ia falar algo, a porta é aberta e era Saimon com
Sophia.
- Chegamos papai – Saimon fala.
- Querida Sophia\, você dormiu bem? – eu pergunto para ela.
- Sim – ela fala sorrindo.
- Estamos muito felizes de ter você aqui com a gente – eu
falo para ela e me aproximo dela encostando a minha mão agora em seu queixo e
fazendo seu rosto levantar-se para encarar os meus olhos.
- O senhor queria falar comigo – sinto um nervosismo em sua
voz.
- Sim – eu respondo para ela sorrindo – Eu te tirei daquele
orfanato porque vi em seus olhos que você era uma garota sonhadora, cheia de
vida e que tinha muitos desejos para realizar nessa vida e um desses desejos
era – eu a viro para ela se olhar para o espelho – ser livre e se tornar uma grande
mulher no futuro.
Saimon e Samuel se senta no sofá e nos encara, ela se encara
no espelho e depois me encara através dele, eu sorrio para ela passando as
minhas mãos pelos seus ombros.
- Eu não estou entendendo o que você quer dizer – ela fala.
- Você perdeu os seus pais muito jovens\, o governo tirou
você de sua família quando decidiu não te enviar novamente para o Brasil, você
deve ter muito rancor dentro do seu coração – eu encosto as minhas mãos em seus
ombros, baixando a alça da sua blusa. – Eu quero te tornar uma mulher invencível,
uma mulher que todos vão temer, vão elogiar, vão se espelhar e querer ser
igual. Eu vejo potencial em você, você fará parte da nossa equipe, uma equipe
que está sempre junto, batalhando junto. A gente quer o seu bem minha pequena
Sophia – ela me encara – e você sabe disso – eu beijo o seu ombro e sinto que
sua mão começa a tremer e eu viro ela novamente para mim – olha nos meus olhos
e apenas me responda, se você confia em mim, confia que eu quero o seu bem e
que eu quero te ensinar a ser uma mulher forte, uma mulher que vai conseguir se
defender sozinha de todos que tentarem te fazer mal. Eu sei que você sofreu
muito dentro daquele orfanato e eu quero mudar a sua vida a partir de hoje. –
ela nem pisca os olhos – você confia em mim, pequena Sophia?
Eu passo a minha mão lentamente pelo seu rosto.
- Eu sei que os seus pais te amava de mais e vieram para cá
querendo o seu bem, querendo te dar uma vida melhor – seus olhos se enche de
lágrimas – você deve ter lembranças lindas com eles, então está na hora de você
fazer com que eles sinta orgulho de você, você sabe que pode dar orgulho a eles
não é mesmo? – ela assente – e você quer isso? – ela assente – então você
confia em mim?
- Confio – ela responde e eu sorrio para ela.
- Saimon vai te levar para o treinamento – ela me encara –
você vai sair de lá uma nova mulher.
Saimon se levanta e estende a sua mão para ela.
- Pelos seus pais e por você – eu falo para ela – me deixe
orgulhoso da minha nova filha – ela me encara e depois encara Saimon.
- Vamos? – ele pergunta sorrindo para ela e ela pega em sua
mão.
Ele a tira de dentro do escritório e a partir de agora, ela
não teria mais contato com ninguém, a não ser com quem ela precisasse ter.
(...)
Um ano se passou e Sophia nunca mais saiu do quarto
vermelho, ela vivia lá dentro e eu observava junto de Saimon, Samuel e Antonio
todo o seu treinamento.
- Seus gritos de dor é música para o meu ouvido – Antonio
fala.
- Ela resistiu os primeiros dias – Saimon fala – Até achamos
que ela não iria conseguir aguentar tudo que foi estabelecido a ela.
- Sophia não vai me decepcionar – eu falo olhando para a
tela da televisão – ela melhorou a sua mira rapidamente.
- Também\, ela errou duas vezes e você mandou queimar ela –
Samuel fala.
- É necessário aprender a lidar com a dor – Antonio fala
para ele – Quando ela aprender a não sentir mais dor, ela vai estar pronta.
- Se ela for pega\, descoberta\, ela vai ser torturada e vamos
ter que ter certeza que ela jamais vai abrir a boca e entregar a gente – Eu falo
– ninguém pode saber que estamos por trás desse projeto.
Eu encaro Saimon que olhava para Sophia com outros olhares,
eu sei que Saimon se encarregaria de moldar ela como a gente queria.
- O cirurgião enviou as mudanças que será feito nela –
Saimon fala – apenas no corpo, ele disse que seu rosto é perfeito.
Ele pega as fotos dentro de um envelope e coloca sobre a
mesa, eu as pego observando.
- Acredito que ainda não precise mexer em seus seios\, ela
ainda vai crescer e eles também vão – eu falo – até porque, ela é atraente da
forma que é.
- Ela tem apenas 13 anos\, eu concordo com meu pai – Samuel
fala.
- É – Saimon fala – ela está ficando cada vez mais bonita\,
quando ver a metade dessas cirurgias serão descartas.
- O importante é ela se tornar uma assassina fria – Antonio
fala – não podemos deixar com que ela tenha sentimentos, que ela se apaixone
por alguém, porque se isso acontecer, todo o treinamento pode ir por água baixo.
Eu olho para as cenas no monitor da televisão e abro um
sorriso em meu rosto, o meu plano estava começando a dar certo e eu em sinto
satisfeito por isso.
Capítulo
3
Saimon
narrando
Sophia está completando 15 anos de idade, meu pai ficou
doente e está internado em casa em seu quarto, mas acompanhava todo o
treinamento dela pelas câmeras de segurança.
Eu não tinha me enganado quando eu a escolhi, ela era
perfeita para o que a gente queria e eu soube disso desde a primeira vez que eu
a vi.
Ela está com uma arma mais pesada em sua mão olhando para
frente, era a primeira vez que ela treinava com essa arma, sua mão escorria
sangue e ela se mantinha firme com a dor que deveria estar sentindo.
- Levanta o braço Sophia – eu falo e ela faz – segura
direito a arma se não você não vai conseguir acertar a mira novamente e será
punida por isso. – Ela arruma a arma. – Prepara, engatilha, atira – eu grito e
ela atira, mas erra a mira novamente.
Ela desce a arma para baixo e eu ando até onde ela deveria
ter acertado e tiro a bala, ela tinha errado por menos de 1 cm, eu olho para
ela e ela coloca a arma sobre a mesa do seu lado e estende a mão que está
machucada.
- A arma é pesada – ela fala.
- Eu não perguntei Sophia se a arma é pesada\, você precisa
acertar o tiro e ponto final – eu falo me aproximando dela – eu pego o ferro
que tinha vários pregos afiado nele para baixo – estende a sua mão toda – ela
faz sem hesitar – olha para mim, em meus olhos – ela faz – Eu não quero ver dor
em seu rosto, em seus olhos e em seu corpo, se eu sentir o cheiro do medo e da
dor em você, as consequências será pior.
Ela estende a mão toda e eu bato três vezes com aquele ferro
forte em suas mãos, e a última vez faço questão que os pregos entre em sua pele
e puxo para rasgar ainda mais a pele da sua mão, e ela se mantém firme e forte
me encarando, sem hesitar em sentir dor ou demonstrar ela.
- Pega arma de novo – eu falo colocando o ferro em cima da
mesa – com a mesma mão – ela me olha e pega a arma com a mão machucada, ela
quase não conseguia segurar a arma, mas se mantém firme colocando-a para cima –
agora se concentra da mesma forma que você está se concentrando para não me
mostrar a sua dor. O que é melhor Sophia, você se concentrar para não sentir
dor ou você se concentrar e acertar para matar o inimigo? – eu falo em seu
ouvido quando eu paro atrás dela.
- Se concentrar para matar o inimigo – ela responde.
- E por que você não está fazendo isso? – eu pergunto para
ela – por que não está se concentrando em acertar para matar o inimigo?
- Me perdoe\, senhor – ela fala
- Estou ficando triste com você Sophia – eu falo e ela
engole seco – você não irá me decepcionar dessa vez, não é mesmo?
- Não irei – ela responde.
- Ótimo – ele fala – levanta o braço – ela faz –
concentração, arruma a mira da arma no alvo – ela arruma a arma – engatilha –
ela engatilha – atira! – eu grito em seu ouvido e ela atira, e sinto uma
respiração de alivio nela quando ela acerta a mira – novamente – eu falo e ela
faz todo o passo a passo e acerta novamente – de novo Sophia – eu falo e ela
atira novamente – quatro tiros um atrás do outro – Ela começa atirar e acerta
os quatro tiros.
Eu abro um sorriso satisfeito para ela, e ela abaixa a arma
e coloca sobre a mesa.
- Parabéns Sophia\, você finalizou mais uma etapa. Agora é só
continuar treinando todos os dias – eu falo me aproximando dela – deixa eu ver
sua mão – ela me estende a mão que sangrava muito. – Eu vou cuidar dos seus
machucados.
- Obrigada – ela fala me olhando.
Eu passo a mão em seu rosto, a gente entra para dentro do
quarto vermelho, eu pego o kit de primeiros socorros que tinha ali dentro.
- Pode tirar sua roupa – eu falo para ela.
Ela tira a sua roupa toda e fica de pé me encarando, eu
encaro seu corpo todo marcado pelo forte treinamento que o meu pai e Antonio
obrigaram ela a passar.
Ela se senta em uma cadeira e eu pego o kit de primeiros
socorros. Ela me encara e sinto que dentro dela ela estava preste a surtar.
- Lembra do que eu te disse Sophia? – eu pergunto para ela
que me encara –Quando você estiver na frente das pessoas que você confia,
apenas quando tiver as pessoas que você confia, você não precisa ser forte,
porque as pessoas que você confia são aquelas que vão conhecer sua fraqueza o
tempo todo e vão está aqui para te ajudar , a dor que você sente com os
castigos não é uma dor ruim, é uma dor que te deixa forte – eu pego o controle
desligando o áudio da câmera – me dê sua mão novamente – ela me estende a sua
mão e a sua mão sangrava muito – sua mão está doendo Sophia?
- Não – ela responde
- Tem certeza? – eu pergunto para você – você sabe que pode
confiar em mim. Então eu vou repetir a minha pergunta – ela me olha – está
doendo Sophia?
- Sim – ela responde – está doendo bastante – vejo uma
lágrima descer sobre seu rosto – é uma dor insuportavel.
- Eu estou aqui para cuidar de você – eu falo para ela
encostando em seu rosto – eu preciso estancar o seu sangue e vai arder
bastante. Você pode gritar – ela me olha com os olhos arregalados e eu viro o
líquido em sua mão para estancar o sangue que escorria e impedir que vire uma
infecção.
Ela começa a gritar de dor e eu seguro a sua mão forte para
que ela não mexa, eu seguro o seu rosto com a minha outra mão obrigando que ela
me olhe, as lagrimas descia silenciosa e ela respira fundo.
Eu faço o curativo em sua mão e depois enrolo um papel filme
nela.
- Você vai ficar bem\, eu prometo que irá – eu falo para ela.
– Eu não quero o seu mal Sophia, eu quero apenas o seu bem.
- Eu sei disso – ela fala.
- Eu fico feliz que você concorde que eu quero apenas o seu
bem – eu falo dando um leve sorriso a ela – venha, eu vou mandar trazer a sua
janta e vou te ajudar no banho.
Ela anda em direção ao chuveiro e eu o arrumo esquentando o
banho, normalmente ela tomava banho no gelado, mas por ela ter acertado os
tiros, ela ganharia essa regalia.
Além de ser uma arma para matar, ela tinha que virar uma
mulher envolvente, atraente e que envolvesse os homens na cama e em toda sua
sensualidade.
Ela entra de baixo do chuveiro.
- Você ensaiou a dança que eu mandei? – eu pergunto.
- Sim\, ensaiei a noite inteira – eu falo.
- E está pronta para me mostrar depois do banho? – eu
pergunto para ela.
- Sim – ela responde.
- Eu vou ficar feliz vendo você dançar? – eu pergunto a ela.
- Sim\, você irá ficar feliz – ela responde e eu sorrio para
ela encostando os meus dedos em sua boca e ela abre um sorriso de canto – você
sabe que quando me deixa feliz, você é muito bem recompensada.
- Sim\, por isso faço tudo para isso – ela responde.
Eu pego o sabonete e começo a passar pelo seu corpo, pelos
seus seios ensaboando-a toda, encosto minha mão em sua intimidade e encaro os
seus olhos encostando a minha boca na sua, ela corresponde todos os meus
toques.
- Se ajoelha – eu falo para ela – vamos ver se você aprendeu
como uma mulher deve satisfazer um homem.
Capítulo
4
Saimon
narrando
Faz exatamente dois anos que Sophia está sendo treinada e
está dentro do quarto vermelho é assim que chamamos o lugar que foi criado para
o treinamento, era um galpão enorme dentro de nossa casa mesmo, o quarto era
todo vermelho e com pouca ventilação, lá dentro a gente fazia ela sentir todas
as sensações possíveis para ver como estava o seu sentimento, ela sabe que está
sendo monitorada 24h do seu dia e por isso não poderia fraquejar em nenhum
momento, e eu coloquei na cabeça dela que ela só poderia demonstrar as suas
fraquezas para mim, porque assim quando ela estiver fora desse quarto e
acontecer algo, ela vai contar para mim sem que eu preciso ficar perguntando.
- Você chuta mais alto que isso\, não é mesmo? – eu pergunto
para ela.
Eu tinha passado da etapa da tortura com ela, tentava levar
os treinos mais descontraído porque preciso que ela tenha confiança em mim e ao
mesmo tempo medo.
Ela tinha horário para tudo, ela acordava as 6h tomava seu
café da manhã e treinava tiro todas as manhãs, as 10h ela tinha aula até 12h,
onde aprendia o básico e inglês, espanhol e todas as línguas tradicionais,
12h30 ela almoçava e a 13h eu ia até lá para auxiliar o seu treinamento e
ficava com ela até a parte da noite, onde a noite eu treinava outras coisas com
ela e confesso que cada noite que passa ela ficava ainda melhor nisso. Eu não
queria descartar ela e possível tomei a frente do seu treinamento, se não desse
certo meu pai e Antonio iriam descartar ela que nem lixo e eu sei que ela tem
potencial para isso.
- Porra\, essa você acertou em – eu falo quando ela me dar um
soco forte, eu vejo que ela segura sua mão – está doendo? – ela nega – está
doendo sim, você precisa fechar mais a sua mão e dar o soco dessa forma – eu
vou com a minha mão fechada em sua direção e ela se defende colocando o corpo
para o lado e eu abro um sorriso para ela – sua defesa está ótima, parabéns. –
Ela abre um pequeno sorriso de volta.
- Eu posso tomar água? – ela pergunta
- Depois dessa defesa perfeita\, pode – eu falo para ela\, ela
estava suando e anda em direção onde tinha a sua garrafa de água, ela tira sua
camiseta ficando apenas com o top e eu a observo tomando água, até mesmo a sua
postura era outra e quando ela percebe que eu estou a observando, ela me olha.
– Daqui alguns meses você completa 16 anos de idade, o certo é você sair daqui
no dia que você completar 16 anos de idade.
- E depois que eu sair daqui o que acontece? – ela pergunta.
- Você vai estar pronta para trabalhar ao meu lado – eu falo
em aproximando dela – eu e você junto – ela sorri – mas, como seu treinador
posso dizer que você está tirando nota 10 em tudo, em todas as matérias do dia
– eu passo a mão pelos seus seios.
Eu abro um sorriso quando ela encosta a sua boca na minha e
ela me beija e eu correspondo o seu beijo, eu passo a minha mão por trás do seu
pescoço.
Escuto uma batida forte na porta e ela é aberta.
- Saimon – Samuel fala – papai\, acabou de falecer. – Eu o
encaro e depois encaro Sophia.
Eu tento digerir o que ele acabou de me falar, ela me olhava
o tempo todo e seu olhar era meio de desespero, ela nos tinha três como seus
protetores e que deram a oportunidade para ela de uma vida nova, mesmo com
tantas torturas e sofrimentos.
- Entra para o quarto - eu falo para ela - Treine com os
brinquedos que eu deixei com você na semana passada, treine até eu voltar. –
ela assente com a cabeça.
Ela se vira e vai para o quarto e eu aperto o botão para que
o quarto se tranque, eu corro para o quarto e vejo meu pai morto em cima da
cama.
Eu me aproximo dele e não consigo acreditar que meu pai, meu
herói, meu melhor amigo tinha falecido. Nós perdemos a nossa mãe no parto e
fomos criado apenas por ele, que mesmo sendo um homem tão frio com os outros,
sempre foi um bom pai para nós.
- E agora? – Samuel fala – o que vamos fazer?
- Seguir o que ele criou – eu falo
- Solta aquela garota – Samuel fala – ele está morto.
- Sophia você diz? – eu pergunto e ele assente e eu nego com
a cabeça – Sophia está pronta para realizar todos os desejos e sonhos que o meu
pai sempre teve, ela vai começar eliminando um a um da lista que ele criou.
Antonio entra no quarto e se aproxima do corpo do meu pai e
fecha os olhos.
- Eu sinto muito meninos – ele fala.
- Ele estava muito doente – eu falo – ele já tinha me
deixado no comando de tudo, ele já imaginava que não iria sobreviver.
- Você será o grande sucessor do seu pai – ele fala me
olhando.
- Eu prometi isso a ele no leito de sua morte - eu falo - e
estou cumprindo com a minha palavra. A sua arma mais perigosa e valiosa está
pronta. - Antonio me encara abrindo um sorriso.
- Você está falando sério? - ele pergunta.
- Como ele sempre sonhou - eu falo para ele.
Eu me aproximo do meu pai e fecho os seus olhos lentamente.
- Descansa em paz meu pai – eu falo para ele e Samuel apenas
nos encara.
Meu pai sempre disse que Samuel tinha puxado muito a mamãe e
eu a ele, a gente tinha personalidades fortes, mas completamente diferentes. E
tanto eu como Samuel a gente sabia que só eu iria conseguir levar para frente
tudo o que o papai construiu.
(..)
Algumas semanas se passaram e eu comecei a colocar Sophia em
ação, coloquei ela para brigar com alguns dos nossos homens e como eu imaginei,
ela não tinha sido treinada para apanhar.
Um deles vai para cima dela com uma faca e rapidamente ela
consegue tirar a faca da mão dele e furar a sua mão, o homem sai gritando.
Eu a observava por trás de um vidro preto junto de Antonio.
- Você fez seu trabalho direitinho – ele fala me olhando.
- Eu te avisei que eu não entrei aqui para treinar por
brincadeira e sim para valer – eu falo – Sophia é a minha garota e eu a moldei
como eu quis. Ela confia em mim.
Capítulo
5
Sophia
narrando
Meu corpo está dolorido por causa da recuperação da cirurgia,
eu me olho no espelho e não existia mais marcas de nada em meu corpo. Tinha
sido uma cirurgia agressiva em todo meu corpo e eu sentia bastante dor.
- Como você está se sentindo? – Saimon fala entrando em meu
quarto – você deveria estar deitada e não de pé.
- É que\, eu precisei ir ao banheiro – eu respondo.
- Deita-se – ele fala – eu vou passar essa pomada hidratante
em seu corpo, tira roupa. – eu assinto.
Eu me aproximo da cama e tiro o roupão e depois a minha
camisola, ficando nua na frente, eu me deito com dificuldade de barriga para
baixo.
Faz alguns meses que ele me trouxe para dentro de casa, eu
continuava os meus treinamentos, mas conseguia morar aqui, andar pela casa e
até mesmo no pátio. Ele estava me preparando para uma grande noite que
aconteceria em algumas semanas.
- Você ficou ainda mais bonita – ele fala encostando suas
mãos sobre o meu corpo e me fazendo suspirar de dor – calma – ele fala passando
delicadamente o hidratante gelado pela minha pele – toda dor vale a pena.
Eu olho para ele de canto de olho e ele me encara e continua
passando o hidratante pelo meu corpo, ele cuidava de mim apesar de tudo, ele se
preocupava comigo.
- eu preciso de um remédio para dor – eu respondo para ele.
- Por que não pediu para o medico quando ele veio te ver?
Ele não me receitou nada – ele questiona e eu sei que as suas perguntas sempre
tinha um pouco de teste.
- E mostrar minha fraqueza a ele? – eu pergunto – eu só
confio em você. – ele sorri e me vira de frente com cuidado, passando o
hidratante pelos meus seios.
- Eu gosto que você confie em mim\, Sophia – ele fala – tenho
uma grande notícia para te dar.
- Qual? – eu pergunto
- Seu primeiro dia será hoje – ele fala. – eu preciso de
algumas informações sobre a máfia australiana e você vai poder tirar elas hoje
em uma festa.
- Como você quer que eu faça isso? – eu pergunto
- Está vendo esse anel? – ele fala tirando do bolso – aqui
dentro vai ter um pozinho que vai fazer o chef dormir, você vai acessar o
celular dele com esse pen drive, vai puxar tudo automático, mas não se preocupa
eu te acompanharei o tempo todo.
- Como é o nome dele? – eu pergunto
- George – ele responde – eles tem negócio com a gente\, os
seus filhos Antonio e Frederico, quero saber se o pai dele sabe o que
negociamos.
- Você acha que eu consigo? – eu pergunto
- Eu não te treinei para isso? – ele me questiona. – todos
esses anos Sophia? Será que você vai ser capaz de me decepcionar dessa forma? –
eu o encaro e ele passa a sua mão pela minha intimidade – eu espero que não.
- Eu não irei te decepcionar – eu falo para ele.
- Eu sei que não\, da mesma forma que você confia em mim\, eu
confio em você – ele fala.
Eu estou muito nervosa, era a primeira vez que eu entraria
em ação depois de 4 anos de treinamento, eu respiro fundo enquanto ele ainda
passava o hidratante pelo meu corpo, depois eu me sento para me arrumar, eu
tinha feito até isso, cursos de maquiagens, de como me vestir, ser atraente.
Eu tremia passando o batom vermelho pela minha boca, eu só
me arrumava para Saimon, ele está sentado na cama me observando e eu tentava
passar que eu estava muito tranquila, eu não queria decepcionar ele.
Eu coloco um vestido vermelho, um salto preto e ele vem em
minha direção me entregando o anel.
- Despeje isso no copo para entregar a ele quando vocês
estiverem no quarto já – ele fala – seja envolvente como é comigo todas as
noites, você não pode falhar Sophia.
- Eu não irei – eu falo e coloco o anel sobre o meu dedo.
- Você lembra como se dirige não? – ele me entrega a chave
do carro – esse é o seu celular, seu gps, sua arma, cartão de credito e
dinheiro. – ele coloca tudo na bolsa e me entrega – a partir de agora tudo isso
é seu, você vai poder ter uma vida livre, compras, shopping, escolher suas
roupas, só não pode fugir do seu destino.
- Você está falando sério que eu vou ter um carro? – eu
pergunto a ele.
- Tudo isso e mais um pouco\, basta as coisas saírem como planejado
– ele fala. – esse é o endereço e esse a foto de George, seu nome é Melina e
você é a garota acompanhante dele. Ele vai estar te esperando na festa e a
gente se encontra lá, mas – ele se aproxima – lembra, ninguém pode achar que a
gente se conhece.
- Pode deixar – eu falo a ele.
Eu entro dentro do carro sem acreditar que ele tinha me dado
a chave, ele tinha me ensinado tudo, Saimon era bom para mim.
Saimon
narrando
- Ela foi? – Antonio fala saindo do escritório.
- Sim – eu respondo.
- O primeiro passo vai ser dado – ele fala.
- Será que ela vai dar conta? – Samuel pergunta
- Vai – eu respondo – eu confio na minha garota.
- Meu pai vai estar morto – ele fala.
- Eu segui o que combinamos não disse a ela que ela iria
matar ele – eu falo – apenas disse que precisava de algumas informações, eu
disse para ela colocar pouco pó, pegar colocar o pen drive no celular para
apagar todo o histórico e sair de la.
- De qualquer forma vamos estar lá para ficar de olho nela –
Antonio fala. – E amanhã vamos ter um enterro.
- Você não se sente mal matando seu próprio pai? – Samuel
pergunta para Antonio.
- Me sentiria se eu não o matasse – Antonio fala para ele.
Eu acompanho em tempo real a localização de Sophia em meu
celular, quando chegamos na festa eu consigo ver ela de longe com George,
Frederico estava fora da Australia e só chegaria amanhã já com a notícia da
morte do pai, só que Antonio sabe que ele seria o sucessor do pai, já que
Frederico é o mais velho.
Eu observava cada passo de Sophia de longe e como eu
imaginei, ela não iria me decepcionar, ela levava uma conversa descontraída com
George e os seus outros sócios, deixou todos eles envolvido em seu sorriso, em
seu corpo e em seus gestos. George olhava para ela com um olhar de admiração, e
ela chamava atenção de todos a sua volta.
- Eles estão subindo – Samuel fala se aproximando de mim.
- Eu vou dar uma volta e subo também – eu respondo.
Antonio não veio ao jantar, criou um álibi para não parecer
culpado e ninguém desconfiar dele.
Sophia narrando
Eu suava que nem louca, ele se senta na poltrona do quarto enquanto eu vou até o bar que tinha no quarto preparar a sua bebida.
- Com gelo ou sem gelo? – eu pergunto tirando os meus sapatos.
- Com – ele responde. – eu nunca tinha te visto na boate.
- Eu cheguei a pouco – eu respondo a ele.
Eu fico na frente do copo que eu estava arrumando e despejo o pó so que eu levo um susto quando ele se aproxima de mim e acabo virando todo o pó que estava no anel e Saimon tinha sido claro que eu deveria colocar pouco.
- Para você – eu me viro entregando o copo para ele. – Deixa que eu faço uma massagem em você na banheira – eu sorrio passando a minha mão pela sua gravata e abrindo os botões da sua camisa social. George era um homem bonito e bem apresentável.
Ele me entrega seu copo enquanto tira a sua roupa e entra dentro da banheira que eu tinha colocado para encher, eu me ajoelho atrás dele e começo a fazer uma massagem em seus ombros, passando a minha mão pelo seu peitoral.
- Você tem quantos anos Melina? – ele pergunta
- 18 – eu respondo.
- Nova e muito bonita – ele fala – já sabe os prazeres da vida.
- Dar prazer aos homens como o senhor é o meu trabalho – eu falo beijando o seu pescoço e ele bebe o resto da sua bebida\, até que ele começa a passar mal.
- Estou com falta de ar – ele fala e começa a tossir – o que você colocou nessa bebida? – ele fala jogando longe – sua vagabunda! – ele grita.
Ele tenta se levantar, mas coloca a mão sobre o peito, eu começo a me desesperar.
- Espera – eu falo – calma.
- Você é contratada por quem? – ele pergunta me olhando – quem mandou você me matar?
Eu olho para ele e ele começa a espumar pela boca, eu me aproximo para ajudar e ele me empurra e tenta se levantar, só que quando ele se levanta, ele se desequilibra e cai na banheira batendo a cabeça e quando eu me aproximo, ele está morto.
Eu começo a me desesperar naquele momento e meu celular começa tocar, eu pego e vejo que era Saimon com diversas mensagens perguntando por que eu estava demorando tanto, eu pego o celular de George e começo a colocar o pen drive, só que começa escorrer sangue pela banheira toda e pelo quarto, e eu começo a ficar cada vez mais nervosa.
A porta é aberta e era Saimon.
- O que ouve? – ele pergunta – cade George? – ele se aproxima do banheiro vendo o sangue escorrendo pelo quarto.
- Foi sem querer – eu falo – ele se desequilibrou e bateu a cabeça – Saimon me encara com raiva e depois olha para ele – ele começou a passar mal \, com falta de ar – eu começo a chorar e ele me encara bem sério – eu acho que coloquei o pó todo que tinha no anel.
Ele se aproxima de mim e me dar um tapa forte em meu rosto.
- Você estragou tudo! – ele grita comigo e eu olho para ele que pega o celular – deu errado os nossos planos \, estou descendo com ela\, desligue as câmeras. – ele fica com o celular na mão – ok\, estamos saindo. Vamos – ele me pega pelo braço.
- Por favor\, perdoa – eu falo para ele.
Ele não fala nada, eu começo a ficar cada vez mais desesperada por ter matado aquele homem, não era a minha intenção.
Saimon me joga dentro do carro e entra no outro lado e sai dirigindo em toda velocidade até a casa.
- Vem – ele fala abrindo a porta do carro e eu nego com a cabeça – eu estou mandando você descer da porcaria do carro Sophia! – ele fala gritando e eu desço.
Ele me empurra para que eu caminhe e eu vou caminhando na sua frente, ele me leva para o quarto vermelho.
- Não\, por favor não – eu falo chorando para ele.
- Tira sua roupa – ele fala e eu o encaro – tira a sua roupa agora – eu obedeço e tiro toda ela. – se ajoelha – eu não faço\, ele me pega pelo cabelo me ajoelhando na força.
Ele se aproxima de mim com o mesmo ferro com os pregos e para na minha frente, eu apenas estendo a mão para cima.
- Você foi treinada durante anos para não escorrer uma lagrima do seu rosto\, para não ficar nervosa\, eu te treinei para não ter emoção Sophia – ele fala batendo forte na minha mão e eu fecho os olhos sentindo os pregos entrar na minha mão e ele puxa eles rasgando a minha pele toda – você foi treinada para seguir as minhas ordens – ele me faz levantar a outra mão – Você fez todo o plano ir por água baixo\, agora irão investigar a morte dele e não será um mal súbito – ele bate na outra mão fazendo o mesmo – olha para mim – eu encaro ele – você está sentindo dor Sophia?
- Não – eu respondo não deixando que nem uma lagrima caísse do meu rosto.
- Você vai ficar aqui até eu achar que você está preparada mais uma vez – ele fala – ou\, eu vou ter que te descartar.
- Eu juro que estou preparada\, por favor confia em mim – eu falo para ele – eu faço o que você quiser\, para te mostrar que o treinamento valeu a pena.
- Será que valeu mesmo ou você me fez de idiota fazendo que eu acreditasse em você? – ele pergunta.
- Foi a primeira vez\, aquele homem começou a me xingar – eu falo para ele – eu fiquei com medo\, você não me disse que aconteceria tudo daquela forma – ele me encara – me perdoa Saimon\, por favor confie em mim. Eu prometo que vou fazer diferente.
Ele anda por trás de mim e bate aquele ferro com os pregos nas minhas costas e eu respiro fundo para não gritar de dor, ele puxa o meu cabelo para trás e me faz encarar os seus olhos, eu seguro de toda forma possível me concentro para não gritar e nem deixar que os meus olhos se enche de lagrima enquanto ele rasgava as minhas costas com aquele prego. Ele tira e me solta me jogando no chão e eu acabo desmaiando quando vejo tanto sangue escorrendo de mim.
Capítulo 7
Frederico narrando
- Ele estava acompanhando ontem na festa por uma garota chamada Melina – Kaio que era investigador da polícia e meu amigo fala – só que ninguém tem fotos\, imagens\, as câmeras de segurança foram apagadas.
- Alguém a contratou para matar ele – eu falo indo até a janela do escritório e vendo carros e mais carros chegando para o velório – mas quem?
- Seu pai tinha diversos inimigos – ele fala – pode ser qualquer um desses que estão ali embaixo\, fingindo que estão chorando pela morte dele.
- Nesse meio é tudo oportunismo\, tudo mentira – eu respondo.
- Desculpa incomodar – Maria\, esposa do meu irmão fala entrando – o corpo vai chegar em meia hora cunhado\, Antonio mandou avisar que já estão vindo.
- Obrigado Maria – eu falo a ela e ela assente com a cabeça.
- A morte dele foi por excesso de substâncias que é considerado veneno e por ter batido a cabeça – Kaio fala – o legista acabou de me mandar.
- na banheira? Ele bateu a cabeça na banheira? – eu pergunto
- Sim – Kaio fala.
- Eu vou até o local – eu falo – eu quero ver o local todo.
- Agora? – Kaio pergunta
- Vamos sair pelos fundos – eu respondo a ele.
Eu e Kaio vamos até a sede de festas da máfia Australiana, entramos dentro e vamos até o quarto, encontrando da forma que está.
- Um anel – eu falo olhando em cima da bancada.
- O anel que foi usado para colocar o veneno – Kaio fala.
- Conseguimos as digitais da pessoa? – eu pergunto.
- Se tiver dados dessa mulher misteriosa na Australia\, conseguimos descobrir quem ela é – ele fala.
- Procure pelo mundo todo – eu falo – não quero que se limite apenas aqui.
Eu ando pelo quarto e não vejo mais nada de estranho, eu iria descobrir quem encomendou a morte de meu pai e iria me vingar do mandante e de quem o matou.
Eu volto para o velório e quando desço o corpo do meu pai já está sendo velado, Antonio está ao lado olhando em choque para o corpo.
- Onde você estava? – Antonio pergunta – todos estão perguntando sobre você.
- Fui até o local do crime – eu falo e ele me encara – descobri algumas coisas interessantes.
Eu olho para o corpo de meu pai e fecho os olhos colocando a minha mão sobre ele.
‘’ Eu vou vingar sua morte meu pai ‘’ eu penso.
- Frederico\, Antonio – Saimon fala se aproximando – meus sentimentos.
- Obrigado meu amigo – eu respondo.
Eu, Saimon, Samuel e Antonio crescemos juntos, nossos pais eram muito amigos e acabamos que nós também.
- Se você precisar de ajuda\, meus homens estão à disposição – Saimon fala.a
- Obrigado – eu respondo.
Eu olho para todos naquela sala e me afasto para observar cada um deles, as mulheres, os homens todos entrariam na minha lista de suspeito. Quem matou meu pai? Quem era o mandante? E quem era a mulher misteriosa?
- Frederico – a mulher do comandante das forças armadas da Australia fala me olhando – O nome da garota era Melina – eu a encaro.
- Como você sabe? – eu pergunto a ela.
- Eu escutei seu pai apresentando-a – ele fala. – os dois subiram uma hora antes dele ser encontrado morto. Ela envolveu a todos a sua volta\, principalmente os homens.
- Eu tenho certeza de que ela foi contratada por alguém – eu falo.
- Eu nunca a vi em nenhuma festa – ela fala – mas eu a reconheceria.
Saimon narrando
Eu observo Frederico de longe, ele parece desconfiado, Antonio se aproxima de mim.
- A garota\, está morta? – Antonio pergunta – quando Frederico assumir a máfia e ver o investimento que meu pai fez nessa garota\, ele vai ficar louco e da forma que está desconfiado ele vai descobrir tudo.
- Não irei matar ela\, eu gastei tempo e dinheiro com ela – eu falo baixo – ela levou uma boa lição e tenho certeza que não irá mais falhar.
- Eu quero Sophia\, morta – ele fala.
- Se você tentar se aproximar dela\, quem morre é você – eu falo para Antonio que ergue o seu olhar para mim - você inventou o plano maluco\, dê um jeito para se safar. Na minha garota ninguém encosta a mão.
Eu me afasto dele e sinto seu olhar de raiva para cima de mim, eu entro dentro do meu carro e volto para casa para ver como ela está.
Eu entro e encontro o médico saindo do quarto vermelho.
- Os machucados foram feios – ele fala me olhando – ela vai demorar para se recuperar deles. Ela arrecem tinha passado por uma cirurgia bem agressiva.
- Eu perdi a cabeça – eu falo – ela não cumpriu a missão como deveria cumprir.
- Seja lá qual for o seu plano\, não seja mais agressivo com ela – ele fala
- O senhor quer mandar doutor Vinicius em como eu a treino? – eu pergunto
- Faça que nem o Henrique da máfia francesa que torturou a mulher e quando ela conseguiu\, ela fugiu levando as suas filhas dele – ele fala me olhando. – faça igual. E você verá sempre ela falhar\, você precisa criar confiança nela e não medo. Dessa forma ela sempre irá falhar e não irá te servir em nada\, eu atendo todas as máfias do mundo\, eu sei do que estou dizendo.
Ele fala saindo de perto de mim, eu entro dentro do quarto vermelho e vejo ela encolhida na cama, ela levanta seu olhar para mim e tenta mudar sua postura para ficar apresentável.
Capítulo 8
Saimon narrando
- Me perdoa por ter falhado na missão que você me deu – ela fala – é que\, eu não imaginei que ele iria morrer na minha frente.
- Você precisa se acostumar – ele fala – ele não será o primeiro e nem o último em suas missões.
- Então\, você não vai me descartar? – ela pergunta.
- Mesmo que todos queira que sim\, eu não irei fazer isso\, porque eu acredito em você\, eu só perdi a cabeça por você ter falhado – eu pego em sua mão e ela a encolhe e eu pego novamente – você é uma boa menina Sophia\, não precisa ter medo de matar ninguém.
- Matar alguém me lembra de quando meus pais morreram\, ninguém os salvou – ela fala me olhando com os olhos cheios de lagrimas.
- Sabe o homem que você envenenou na noite passada? - eu pergunto para ela – na época em que os barcos traziam imigrantes para cá\, se eles não morriam\, viravam escravos dele. Se teus pais não tivesse morrido nos barcos\, até você estaria vivendo uma escravidão nas mãos dele – ela arregala os olhos – por algum motivo\, você foi para um orfanato e se salvou da desgraça que seria a sua vida. Eu não quero teu mal\, meu pai nunca quis o seu mal. Você é a minha princesa\, você sabe disso – eu acaricio o seu rosto – Eu não sou uma pessoa ruim Sophia\, eu quero melhorar esse mundo acabando com esses imundos.
- Eu sei que você quer o meu bem – ela fala e eu sorrio de leve para ela – eu confio em você Saimon.
- Vem – eu falo – você não precisa ficar aqui.
- Você vai me tirar daqui? – ela pergunta
- Sim – eu respondo para ela – você vai ficar comigo em meu quarto – ela me encara – aqui dentro seremos eu e você sem que o mundo precise saber de nós dois\, eu vou cuidar de você e você será a minha mulher – eu beijo a sua boca.
Doutor Vinicius tem razão, ela precisa ter confiança em mim e não medo, Sophia tinha muitos traumas principalmente por causa da morte dos seus pais, os treinamentos durante todos esses anos fizeram ela forte fisicamente, ela atira como ninguém, ela luta como ninguém, ela se transformou com George o único erro foi quando ele começou a morrer, que ela percebeu que ele iria morrer e entrou em um desespero sem fim.
- Você a levou para o seu quarto? – Samuel pergunta enquanto eu encho um copo de bebida – achei que iria descartar ela depois de você ver que ela não serve para o seu plano.
- Ela serve sim – eu falo.
- Frederico está atrás dela – ele fala
- Ele não vai a encontrar – eu falo – Antonio não vai deixar ser descoberto dessa forma.
- Você confia nesse Antonio? – ele pergunta
- Na posição que eu tenho e na posição que ele está\, somos muito mais poderosos que ele – eu falo
- Você sabe que o dinheiro que o papai deixou não é muito e precisamos de dinheiro – ele fala.
- Por isso mantenho Sophia comigo – eu falo.
- Vai fazê-la fazer programas milionários? – ele pergunta.
- Ela é nossa galinha de ouro\, com ela vamos rodar o mundo dando golpes\, em um ano estamos ricos – eu falo.
- Você está louco? – ele pergunta.
- Eu nunca tive tão sã em minha vida – ele fala – dinheiro e investimento – eu sorrio – seremos os homens mais ricos da Australia.
Samuel parecia não acreditar no que estava falando, só que eu sempre acreditei que ela tinha um potencial enorme.
5 meses depois....
Estamos em Las Vegas quando vejo de longe Sophia se envolver com o dono do cassino, ela senta em seu colo e começa a dançar para ele na parte em que ficava uma balada privativa para convidados, estou sentado em uma mesa admirando a mulher que ela tinha se tornado.
- Está comendo-a com os olhos – Aluízio fala do meu lado. – realmente\, ela é muito bonita.
- Deixa qualquer homem maluco por ela – eu falo para ele.
- Até mesmo você – ele fala rindo – que não tira o olho dela.
- Ela é minha todas as noites – eu falo – essa come na minha mão\, faz tudo que eu mando\, submissa.
- Como você conseguiu isso? – Aluízio pergunta.
- Muito tempo\, anos – eu falo – até que eu conseguisse polir esse diamante como eu realmente queria.
Ela vai por trás do dono do cassino que se chama Arthur Benicio, e coloca as suas mãos sobre o seu ombro e fala algo em seu ouvido e me encara piscando os olhos, era o sinal que eu precisava.
- Vamos – eu falo para ele.
Eu e Aluízio nos levantamos e subimos para o hotel que fica na parte de cima do cassino, entramos dentro do quarto aonde ela iria com ele e se escondemos no banheiro.
- Vai aguentar ver ela se sentando para outro? – ele pergunta debochado e eu o encaro.
- Quero o dinheiro dele – eu respondo.
Eles entram dentro do quarto e ficamos em silêncio, Sophia joga todo o seu charme para ele e começa a tirar a roupa dele, ela beija a boca dele e eu encaro toda aquela cena, ela sorri para ele e joga ele na cama, ela tira a sua roupa ficando apenas com a bota em seus pés, ela vai para cima dele e começa a sentar nele, ela fecha os olhos dele e tira a faca da sua bota, acertando várias facadas no pescoço dele e saindo de cima dele.
Ele morre rapidamente.
- Veste – eu falo entregando para ela a minha camiseta e ela tira a peruca ruiva de seus cabelos.
- Cadê o celular? – Aluizio pergunta.
- Aqui – ela estende pegando no paletó dele.
- Você consegue? – eu pergunto.
- Em minutos – Aluizio fala.
Eu me aproximo dela e a gente se beija
- Você foi muito bem – eu falo
- Contas registradas no celular dele todas esvaziadas – Aluizio fala. – o dinheiro está de volta na sua conta e o cassino é seu Saimon.
Eu tinha comprado o cassino por dois bilhões de reais e agora tinha pegado o dinheiro todo de volta, um dos faxineiros do hotel coloca o corpo dele dentro do carrinho de lixo e leva para baixo, as câmeras voltam a funcionar quando saímos do hotel e entramos dentro do carro.
Sophia está servido para descartar todos que barra o meu sucesso.
Frederico
narrando
- Você não pode parar com todos esses projetos – Antonio
fala.
- É perca de dinheiro e não podemos perder dinheiro dessa
forma – eu falo.
- Vai cancelar todos os projetos com Saimon? – ele pergunta
– ele é nosso amigo de infância.
- Ele pode ser o nosso amigo de infância\, mas eu não vou
admitir uma coisa dessa – eu respondo – não com o nosso dinheiro, se ele quer
fazer uma quadrilha de mulheres, ele que faça sozinho.
- Você não aceita nada que eu estou impondo – Ele fala me
olhando – eu também sou herdeiro.
- Quem é o chef aqui sou eu Antonio\, você é totalmente
irracional e não entende nada de negócios – ele me encara – nesses cinco meses
que o papai morreu, eu só vejo dinheiro sem transbordado. Precisamos de armas
de verdades, de munição, de homens treinados.
- Faça como quiser\, você é o chef – ele fala chutando tudo e
saindo do escritório com raiva.
Eu encaro pela janela a sede da máfia e vejo o movimento lá
fora dos homens sendo treinados, eu fiquei anos fora estudando e meu pai pecou
de mais nos treinamentos dos nossos homens e dos nossos negócios, retomar tudo
e colocar a gente sobre o controle de tudo estava sendo muito dificil.
Por isso mataram o meu pai tão fácil, ele não tinha a
proteção que um chef de máfia precisava e muito menos um pulso firme, um chef
de uma máfia não tem piedade de ninguém como ele tinha e não se envolvia com
ninguém da forma que ele fez com aquela garota naquela noite. A gente tinha inimigos, negócios milionários,
armas poderosas e muito dinheiro em jogo e ao mesmo tempo muitas mortes para
colecionar em nossas costas.
Tudo tinha que ter o seu devido controle, coisa que Antonio
não iria conseguir fazer jamais.
Saimon
narrando
Antonio entra dentro do escritório e parecia muito nervoso.
- Você foi atrás das novas garotas para ser treinadas? – ele
pergunta.
- Não – eu respondo.
- Frederico cortou a verba – ele fala
- Como é? – eu pergunto
- A verba de todos os projetos que a gente tinha junto com
meu pai – ele fala – aquele filho da puta está me dando muito trabalho, eu
preciso dar um fim nele.
- Estou vendo que Frederico será uma pedra no nosso sapato –
eu falo – as garotas treinadas iriam agir junto com a máfia Australiana, você
acha que foi certo matar seu pai? Estou vendo que isso me trouxe ainda mais
problemas, pelo menos ele nos apoiava.
- Eu preciso entrar no poder – ele fala.
- Se Frederico morrer agora\, todos vão se virar contra você\,
alguém mais esperto existe nesse mundo, precisa dar um tempo – eu falo.
- Eu preciso enfraquecer ele – ele fala – Frederico está
agindo pelas minhas costas, ele e aquele Kaio , acredita que ele colocou ele
dentro da empresa?
- Precisamos achar um plano – eu falo – para fazer Frederico
dependente de nós.
- Podemos usar Sophia – ele fala.
- Não – eu falo – ela já falhou uma vez\, irá falhar de novo.
- Você disse que não descartaria ela e eu também coloquei
dinheiro em cima dela – Antonio fala – ela é uma sociedade nossa.
- Você já a usou para matar o seu pai – eu falo.
- E você está usando para ganhar dinheiro e muito dinheiro –
ele fala – comprou cassino, apartamentos, restaurantes de luxos, empresas de
tecnologia. Tudo com o dinheiro que ela consegue nos golpes que você está
fazendo ela fazer. Eu sei que ela está matando sem piedade. Agora é a minha vez
de usar ela.
- Eu não acho certo – eu falo.
- Então me pague 780mil dolares pela sociedade – ele fala.
- Como é? – eu pergunto
- 780 mil dolares e a garota é toda sua – ele fala.
- Você está de brincadeira comigo\, isso é muito dinheiro –
eu falo dando um soco na mesa.
- Então\, faça ela se envolver com Frederico\, começamos um
plano, enfraquecemos ele e tiramos ele do poder – Antonio fala – depois disso,
Sophia é toda sua.
Eu fecho os olhos e respiro fundo.
- Eu não irei perder ela – eu falo.
- Você não vai perder ela\, um envolvimento de alguns meses é
tudo que a gente precisa – Antonio fala – se ela conseguir tirar ele do poder e
me colocar lá dentro, além de te deixar Sophia para você, eu te transfiro 1
milhão de dolares e fechamos todas as parcerias no futuro.
- Você disse um milhão de dolares? – eu pergunto
- E a máfia australiana irá pegar apenas de você todas as
produções de armas e arsenal – ele fala – sua empresa produz e irá produzir
mais ainda para nós. Você só precisa colocar ela no meu plano.
Eu respiro fundo e o encaro.
- Qual é o seu plano? – eu pergunto para ele e ele começa a
me explicar todo ele.
Antonio sai e eu começo a bater a caneta na mesa, eu entro
dentro do quarto e encontro Sophia penteando os cabelos.
- Frederico – Eu falo jogando a foto dele em cima da mesinha
que ela tinha suas coisas – É a sua nova vitima.
- Frederico\, não é filho de George? – eu assinto – eu não
corro risco dele me descobrir?
- Não – eu falo. – fica tranquila\, só que o plano com ele é
um pouco mais intenso.
- Como assim? – ela pergunta
- Senta\, que eu te explico – eu falo e ela me encara.
Capítulo
10
Sophia
narrando
Saimon tinha me passado um plano muito bem elaborado e
parece que ele não tinha sido planejado de uma hora para outra, demorou muito
tempo para ele ser desenvolvido.
- Você acha que consegue? – ele pergunta.
- Sim – eu respondo a ele – eu prometo que irei te fazer
feliz.
- ótimo minha menina – ele responde.
Eu fui adotada pelo seu pai quando eu tinha 12 anos de idade,
eu fui treinada para atirar, lutar, matar, ser forte e não sentir dor nenhuma.
Eles colocaram na minha cabeça que eu teria um destino muito ruim se tivesse
ficado naquele orfanato e que até o pior poderia ter acontecido, Saimon me dava
uma vida boa, dinheiro, carro, cartões, eu tinha tudo que eu queria.
Eu me deito na cama sobre o peito de Saimon, e ele passa as
mãos pelas minhas costas, ele nunca mais tinha encostado um dedo em mim, eu
tinha feito uma nova cirurgia para esconder as cicatrizes.
Eu fico deitada sobre o seu peito pensando nos dois
risquinhos de positivo que tinha dado naquele teste de farmácia, ele era o pai,
eu nunca chegava a me envolver com outros homens até o fim, faz algumas semanas
que eu fiz o teste de farmácia e fiquei em silêncio sem contar nada e ele,
porque eu não sabia como contar, eu não sabia se ele ia surtar ou aceitar, mas
eu não conseguia esconder mais nada dele.
- Você já pensou em ser pai Saimon? – eu pergunto e ele
quase se engasga com nada.
- O que você está perguntando? – ele questiona.
- Sobre filhos – eu pergunto e ele parece me olhar
pensativo.
- Você pensa em ter filhos Sophia? – ele pergunta se
sentando na cama e agora me encarando sério.
Eu não iria conseguir esconder nada dele, eu nunca conseguia
não dizer a verdade a ele.
- É que – eu começo a gaguejar.
- Você vai mentir para mim agora Sophia? – ele pergunta
- Eu estou grávida Saimon – eu falo e ele me olha com os
olhos arregalados.
- O que você disse? – ele pergunta.
- Que eu estou grávida – eu falo – estou esperando um filho
seu.
- Isso só pode ser mentira – ele fala passando a mão pelo
rosto e se levantando e pega o seu celular – você está mentindo, não está?
Quando você descobriu?
- Hoje à tarde – eu respondo.
Ele caminha de um lado para o outro mexendo em seu celular e
eu começo a ficar nervosa.
- Saimon\, me responde algo – eu falo.
- Essa gravidez não vai ir para frente – ele fala – se
arruma Sophia, agora.
- Para onde vamos? – eu pergunto.
- Se arruma – ele fala.
- Pensa melhor Saimon\, é uma vida – eu falo.
- Sophia eu não passei todos esses anos\, 6 anos te treinando
para você engravidar, para você virar mãe. Essa criança não vai existir – ele
fala.
- Ela está aqui Saimon\, você é o pai – eu falo.
- Essa criança não vai existir! – ele grita – você me entendeu?
Você não foi treinada para ser mãe, você foi treinada para ser uma assassina –
ele fala dando um soco na mesa – se arruma Sophia, agora. Se não eu vou te
levar a força para o hospital.
Eu apenas assinto com a cabeça e ando até o closet trocando
a minha roupa, eu volto e ele já está vestido e parece muito nevoso, eu me
aproximo dele e ele apenas sai do quarto e eu ando atrás dele.
- Vocês vão sair? – Samuel pergunta e eu seguro as minhas
lagrimas.
Entramos dentro do carro e eu deixo as lagrimas saírem pelo
meu rosto.
- Por que está chorando? – ele pergunta – você não pode
chorar – ele liga o carro.
- Você me disse que com você eu poderia me dar o privilégio
de ser fraca e é isso que estou fazendo – eu falo.
- Você queria essa criança? – ele pergunta.
- Podemos conciliar tudo – eu falo e ele nega rindo.
- Conciliar com o que? Com o crime? Com golpes? – ele
pergunta – com choro, noites sem dormir? Com você nove meses enjoando e
engordando Sophia? Isso está fora de cogitação. Nove meses da sua gravidez pode
ser nove meses que algum inimigo nosso, nos mate.
- Saimon – eu falo para ele – por favor\, me escuta.
- Esquece essa criança – Ele fala – você nunca será mãe – eu
o encaro – isso está fora de cogitação. Vinicius vai tirar de dentro de você
tudo que possa te fazer gerar um filho – eu arregalo os olhos para ele e depois
olho para frente.
Eu começo a ficar desesperada com o que ele me disse e eu
nem sei por que fiquei tão nervosa com toda essa situação, com a possibilidade
de não poder ter mais filhos.
- Tira essa criança dela – Saimon fala para doutor Vinicius
quando chegamos em uma clínica que eu nunca tinha entrado.
- Precisamos ver de quanto tempo ela está – ele fala.
- Isso realmente é necessário? – eu pergunto e Saimon me
encara estranho.
- Sim\, precisamos ver de quanto tempo você está – Vinicius
fala – para saber qual procedimentos vamos tomar.
Eu engulo seco.
- Por que está com medo de algo? – Saimon pergunta
desconfiado e eu nego com a cabeça.
- Deita-se – Vinicius fala.
Eu me deito na maca e eu levanto a minha blusa, ele encosta
em mim pedindo permissão e coloca o gel sobre a minha barriga, ele coloca um
aparelho em minha barriga e começa aparecer algumas manchas brancas e pretas em
um telão, ele liga o som de um coração batendo.
- O que isso significa? – Saimon pergunta.
- A estatura de Sophia é pequena – ele fala – então
provavelmente demoraria para aparecer barriga, talvez lá pelos seis, sete, oito
meses de gestação. Você descobriu quando?
- Hoje a tarde – eu respondo.
- Você está gravida de 21 semanas – ele fala
- O que isso significa? – Saimon pergunta.
- O bebê está com 26cm e 400g \, já não é mais um feto – ele
fala.
- Você vai tirar isso de dentro dela – ele fala e ele me
encara.
- Ela terá que passar por um parto – Vinicius fala – uma
cirurgia cesariana com duas cirurgias plásticas pesadas em tão pouco tempo,
pode levar ela a morte.
- Você sabia disso não é mesmo? – ele pergunta me olhando –
a quanto tempo você descobriu essa gravidez?
- Eu juro que foi hoje – eu falo olhando em seus olhos.
- Você está mentindo\, eu te conheço tão bem Sophia – ele
fala – eu vejo nos seus olhos quando você está mentindo. A quanto tempo você
descobriu a porcaria dessa gravidez? – ele pergunta se aproximando de mim e me
encarando com os seus olhos.
- Acho que um a dois meses – eu respondo nervosa e Vinicius
me encara com um olhar de pena.
- Tira dela – ele fala.
- Apenas por um parto normal induzido – Vinicius fala – e
ela vai sofrer muito, a indução é horrível, ainda mais que será colocado um líquido
para matar a criança e depois ela dará luz a um bebe morto.
Eu fecho os meus olhos.
- Ela foi treinada para não sentir dor – ele responde a
Vinicius – faça isso nesse exato momento – eu o encaro e ele me encara – eu não
consigo acreditar que você me escondeu algo.
- Eu não fiz por mal – eu falo.
- Você nunca faz por mal\, cada vez que você me esconde algo
eu perco a confiança em você e se eu perco a confiança em você, eu perco a
vontade de te ter ao meu lado Sophia – ele fala e eu começo entrar em pânico.
- Por favor – eu falo – me perdoa – eu falo chorando e
Vinicius encara a cena em choque parece.
- Saimon - Vinicius fala – será muito dolorido a ela\,
precisamos ir para um hospital, não tenho nem analgesia aqui para aliviar a dor
de um parto normal.
- Ela não sente dor – ele fala – eu a trenei para não sentir
dor – eu engulo seco. – Siga o procedimento agora! – ele se exalta e Vinicius
apenas assente.
- Você pode se levantar\, ir até o banheiro Sophia\, colocar a
camisola que está lá aberta para trás – eu assinto com a cabeça.
Capítulo
11
Saimon
narrando
Eu fico do lado de fora de onde está Sophia com doutor
Vinicius, tudo que não poderia acontecer era ela engravidar e confesso que esse
detalhe a gente não tinha planejado.
- Você vai fazê-la sofrer de mais – Vinicius fala.
- Quanto tempo? – eu pergunto – quanto tempo vai durar o
procedimento?
- Um trabalho de parto demora – ele fala – de 24h a 36h essa
menina vai sofrer as dores. Eu vou mandar buscar analgesia para ela.
- Não – eu respondo.
- Você está louco? – ele pergunta.
- Ela precisa aprender a não me esconder nada – eu respondo.
– ela vai sentir tudo.
- Eu não irei discutir sobre as suas ordens – ele fala .
- Uma cesárea\, é impossível? Eu preciso que você tire tudo
que faça ela gerar um filho – eu falo para ele.
- A gente faz isso em dois meses – ele fala – é mais seguro
para ela, ah não ser que você a queira morta Saimon.
- Eu a quero viva – eu respondo – deixe ela viva.
- Eu volto para acompanhar tudo – ele fala – preciso atender
uma paciente no hospital, ela vai começar sentir dores e não terá muito o que
fazer.
- Ok – eu respondo.
- Terá uma enfermeira monitorando-a – ele fala – e qualquer
coisa vai me ligar, volto em algumas horas.
Eu treinei tanto Sophia e não consigo acreditar que mesmo
com tanto treinamento, ela conseguia sair fora, ela não era 100% manipulável,
ela ainda conseguia pensar em me esconder as coisas e isso acaba se tornando um
perigo.
Eu entro dentro do quarto e ela está de pé, os seus olhos
estão inchados e vermelhos.
- Vinicius falou que eu posso tomar um remédio para aliviar
as dores e eu não vou sentir nada – ela fala.
- Ele não vai te dar nada\, eu não autorizei – ela me encara.
- Por favor Saimon\, elas estão fracas\, as dores estão indo e
vindo e elas vão aumentar - ela fala.
- Está suportável? – eu pergunto.
- Agora ainda está – ela fala.
- Da próxima vez não me esconda – eu falo.
- Eu fiquei apavorada\, desesperada – ela fala se virando
para mim – eu não fazia ideia como você reagiria.
- Se você tivesse me contado antes não estaria passando por
isso agora, não estaria temendo sentir tanta dor – eu falo – você deixou chegar
nessa altura, você está matando um bebê grande.
Uma lagrima desce do seu rosto.
- Eu sei que você quer que eu seja forte\, mas eu faço tudo o
que você quer e eu não me arrependo por isso – ela fala olhando em meus olhos.
– você é bom para mim Saimon, sua família me salvou de um futuro escuro, me deu
uma oportunidade. Por favor, autoriza Vinicius.
- Não é que eu queira que você seja forte\, você é forte meu
amor – eu falo passando a mão pelo seu rosto – não se preocupa, tudo isso vai
passar rápido.
Ela geme de dor.
Eu me afasto dela e me sento no sofá respondendo as
mensagens de Antonio que estava preocupado sobre o plano, mas eu não daria
folga a Sophia e ela realizaria esse plano o quanto antes.
A enfermeira entra quando Sophia começa a gemer mais alto de
dor, ela manda Sophia se deitar e Sophia não aguentava ficar deitada, ela gritava,
se contorcia na cama.
- Fica calma – ela fala. – você precisa fazer força.
Doutor Vinicius está ao meu lado observando a cena, faz umas
14h que ela está em trabalho de parto, se via em seu olhar o cansaço, ela me
implorava pela anestesia e eu negava, eu queria ver ela sofrendo, queria que
ela sentisse o que poderia acontecer com ela quando ela me desobedecesse.
Ela gritava, ela se baixava, ela estava desesperada, a
enfermeira tentava ajudar ela, mas ela se agachava e segurava sobre a cama do
hospital, gritando, implorando e chorando muito.
- Eu não aguento mais – ela fala – você quer me matar
Saimon.
- Saimon de a anestesia a ela\, autoriza – Vinicius fala –
olha o estado de Sophia.
Eu a encaro e ela me encara chorando.
- faça força – A enfermeira fala a ela.
- Sophia – Vinicius se aproxima dela – olha para mim – ela
olha para ele – se você entrar em desespero é pior, me dê sua mão – ela agarra
a mão de Vinicius – confia em mim e quando vir a dor você faz força, se não
você ainda vai ficar muito tempo aqui.
As horas iriam passando e já era 20h de parto, eu estava
cansado mas não iria arredar o pé dali, estão todos exaustos dentro da sala,
ela está deitada e apenas se contorcia , ela não tinha mais forças para nada.
- Faça força – a enfermeira fala colocando um pano molhado
sobre as suas testas.
Sophia começa a forçar ainda mais e o seu corpo expulsa o
bebê morto, ela parece não acreditar vendo o bebê morto nos braços de Vinicius,
ela me encara e começa a chorar muito.
Eu me aproximo dela e passo a mão pelo meu rosto.
- Agora vai ficar tudo bem – eu beijo sua testa – descansa.
– ela me encara.
Capítulo
12
Sophia
narrando
Tinha sido cruel o que Saimon fez comigo, ele não deveria
ter me feito sofrer tanto daquela forma, mas ele colocou na minha cabeça que eu
mereci e que eu era culpada por isso, que ele me amava e não queria me
machucar.
Não faz nem 30 dias que eu tinha dado a luz a um bebê morto,
ele me deixou descansar nesses dias e infernizou a minha cabeça me deixando
muito atordoada e me fez estudar todos os passos da minha próxima vítima,
Frederico.
Saimon me dar vários tapas e socos no rosto e eu seguro a
respiração quando ele passa a faca pelo meu braço, ele rasga a minha roupa.
- Boa sorte – ele fala me olhando.
Eu estava perto da sede da máfia Australiana e Frederico
sempre passava por uma estrada de chão para ir até ela, ela ainda ficava longe
da entrada da sede e essa região tinha pouco movimento e era de mata fechada.
Saimon é avisado que Frederico está se aproximando e eu saio correndo para
estrada, estava toda machucada, com os olhos roxos, os braços sangrando e a
roupa rasgada, eu me jogo na frente do carro quando saio da mata fechada e por
pouco ele não me atropela.
- Por favor não me machuca – eu falo me arrastando no chão
quando ele sai do carro, ele está com a arma em suas mãos e me olha com a cara fechada,
nesse momento eu fico com medo que ele atire em mim – por favor, chama a polícia.
Me ajuda – ele me encara.
- Quem é você e o que faz aqui? – ele pergunta.
- Eu fui assaltada\, eles me trouxeram para essa mata\, eu
consegui fugir, eles estão vindo – eu falo ficando de pé e me aproximando dele
chorando muito – por favor me ajuda, eu estou com medo. Eles tentaram me estuprar e vão querer me
matar se me encontrarem.
Ele olha para os lados e eu o encaro chorando muito.
- Como é seu nome? – ele pergunta
- Sophia – eu falo
- Você foi sequestrada? – ele pergunta.
- Eu parei meu carro na estrada para atender o telefone\,
dois homens entraram nele armados e me trouxeram para cá – eu falo – eu não sei
quanto eu corri, mas eu só sei que eu sai correndo e correndo com muito medo.
Eu me encolho segurando o meu braço na frente do meu corpo
quando vejo que ele está me observando, minha roupa está rasgada, estou
sangrando e olho para arma na sua mão.
- Eu não quero incomodar você – eu falo para ele e começo
olhar para trás – eu preciso sair daqui.
- Entra no carro – ele fala apontando a arma para minha
cabeça. – entra no carro.
- Por favor\, não me machuca – eu falo entrando em desespero.
- Eu mandei você entrar na porcaria do carro – ele fala.
- Por favor não – eu falo chorando toda indefesa – me deixa
ir embora, não faz nada comigo.
- Entra agora – ele fala se aproximando de mim e me guia até
o carro, ele abre a porta e me faz entrar.
Ele pega seu celular e fica na frente do carro e começa a
ligar para alguém, ele me encara o tempo todo com um olhar misterioso, começo
achar que esse plano não vai dar certo e eu seria descoberta.
Ele entra dentro do carro e eu estou tremendo, ele dirige o
carro.
- Eu não quero incomodar o senhor\, eu posso descer do carro
– eu falo – eu posso andar até um hospital.
- O seu carro é uma Mercedes azul com placa xxm3456? – ele
pergunta
- Sim – eu respondo. – como você sabe?
- Não se preocupa\, os dois homens fugiram – ele fala me
olhando – deixaram seu carro pegando fogo no meio da mata.
- Meu carro? Pegando fogo? – eu pergunto – Meu Deus\, eu
demorei anos para comprar meu carro e ainda estou pagando-o – eu falo olhando
para ele,
- Você deveria está feliz que você está viva – ele fala .
- Você não vai me matar? – eu pergunto
- Deveria – ele fala e eu arregalo os olhos e fico em
silêncio.
É quando eu percebo que ele está me levando para dentro da
máfia australiana e eu olho para ele nervosa quando vejo todos aqueles homens
armados.
- Obrigada\, mas eu
prefiro descer e voltar andando – eu falo tentando abrir a porta do carro mas
ela está trancada – eu gosto de caminhar, caminhar emagrece e faz bem para
saúde, eu entrei com um projeto fitnes – eu falo nervosa e nem fazia parte do
plano, realmente fiquei com medo.
- Você não vai descer – ele fala.
- Por favor – eu falo – eu sou muita nova para morrer\, olha
eu tenho apenas 18 anos, quero cursar faculdade, viajar pelo mundo, quem sabe
criar uma família.
- Cala boca – ele fala bem paciente me encarando e os
portões são abertos.
Era enorme esse lugar e eu começo a ficar ainda mais
nervosa, era homens armados para tudo que era lado, eu nunca tinha visto nada
igual nem mesmo com Saimon, era uma potencia enorme e eu fico pensando que
merda que Saimon quer fazer com esse homem?
Ele desce do carro e fala com uma mulher que está parada no
degrau, ele anda até o carro.
- Sophia\,desce – ele fala.
- Como você sabe meu nome? – eu pergunto ainda sentada no
banco do carro.
- Você me disse – ele fala.
- Ah – eu apenas falo abrindo a boca.
Eu desço do carro e olho para ele e depois para aquele lugar
todo.
- Essa é Maria\, ela vai te levar para ver os seus machucados
– ele fala.
- Se você vai ver os meus machucados\, então você não vai me
matar? - eu pergunto para ele que me
encara – não faz sentido você cuidar dos meus machucados para depois atirar em
mim, gastar esparadrapo, não é mesmo?
- Você não vai morrer – ele fala – está precisando de
cuidados médicos, está toda machucada. Depois eu te deixo na sua casa – ele
fala dando um sorriso de canto e eu encaro ele sem entender nada.
Capítulo
13
Frederico
narrando
Encaro aquela garota indo com Maria para a enfermaria, Kaio se
aproxima.
- O que descobriu dela pela placa do carro? – eu pergunto.
- Sophia Souza Alves\, Brasileira\, 18 anos – ele fala – veio para
um intercambio a dois anos e ficou na Australia.
- Grupo de amigos? Família? Amizade? – eu pergunto
- ela é reservada\, não usa muito as redes sociais\, posta apenas
comidas e suas viagens – ele fala.
- E os homens que as sequestraram? – eu pergunto
- Foram pegos e estão nesse momento sendo questionados sobre o que
ela falou – ele fala. – está desconfiando dela?
- Não sei\, algo me diz que tem algo de errado com ela – eu falo -
por mais que ela tenha ficado com muito medo quando me viu armado e viu os
nossos homens também.
- Dê uma prensa nele – ele fala – se ela ficou nervosa significa
que abre a boca rapidinho e se ela ficar com medo de você, ela vai falar.
- Depois da morte do meu pai todo mundo virou inimigo para mim –
eu falo – ainda mais depois que foi usado uma mulher para matar ele, vai saber
se não é a mesma jogada?
- Nenhum burro faria a mesma jogada com você desconfiado dessa
forma – Kaio fala.
- Cadê o meu irmão? – eu pergunto.
- Lá dentro resolvendo as finanças – ele fala.
- Deixe ele fora dessa história – eu falo – eu vou encontrar a
garota e tirar a limpo se ela veio a mando de alguém ou ela está falando a
verdade.
- Eu te aviso quando tiver mais informação sobre ela – ele fala.
- Vai até lá – eu falo e ele assente.
Eu entro na enfermaria onde ela já tinha sido atendida e ela está
sentada com Maria ao seu lado, ela observava tudo e quando em ver parece que
fica assustada.
- Pode sair Maria – eu falo para ela e Maria assente com a cabeça.
- O médico já me liberou\, eu posso ir embora? – ela pergunta.
- Você é de onde? - eu
pergunto
- Eu sou brasileira – ela fala.
- Aqui a quanto tempo? – eu pergunto.
- Dois anos – ela responde.
- Você tem certeza que você foi sequestrada? – eu pergunto e ela
me olha e assente.
- Sim – ela responde – eles colocaram fogo no meu carro\, você
mesmo falou isso. Eles me machucaram toda – ela fala.
- Você sabe que lugar é esse? – eu pergunto.
- Não – ela fala.
- E você sabe quem eu sou? – eu pergunto.
- Me desculpa\, mas eu não sei. Eu deveria? – ela pergunta me
olhando.
- Meu nome é Frederico\, Sophia. Você está na sede da máfia
Australiana – ela me encara – e eu sou o chef dela , você se jogou na frente do
meu carro para vir até aqui, me entrega seu microfone e sua câmera.
- Eu não tenho nada disso – ela fala
- Se eu te revistar\, vou encontrar algo? – eu pergunto.
- Você pode me revistar – ela fala – não irá encontrar nada – eu a
encaro – eu juro para o senhor que eu estava apenas fugindo dos assaltantes,
eles rasgaram a minha roupa, tocaram em mim – ela fala chorando e se encolhendo
na cadeira – eles iriam me estuprar, fazer coisas horríveis comigo, eu apenas
consegui fugir e sai correndo, correndo sem parar. Eu não vi seu carro, eu não
sei onde eu estou. Se você me perguntar como chegar aqui eu não sei, eu juro.
Ela começa a chorar sem parar e olha em meus olhos, eu a encaro observando-a
e ela não recua os seus olhos, ela continua me olhando e afirmando as coisas
que já tinha falado.
- Boa tarde – Kaio fala entrando – Esses são os assaltantes? – ele
mostra uma foto de dois homens para Sophia.
- Não – ela responde.
Eu o encaro arqueando a sobrancelha.
- Ela está falando a verdade – ele fala – esses realmente não são
os assaltantes, conseguimos a câmera de segurança de quando ela para na estrada
para atender o telefone e os dois homens que encontramos vão até o carro
armados e surpreende ela.
- Viu\, eu estou falando a verdade – ela fala me olhando – eu não
tenho por que mentir, eu prometo, eu juro que eu não vou falar nada para
ninguém, eu nunca estive aqui, você pode me dar um remédio para dormir, tampar
meus olhos, me soltar em qualquer estrada, eu não sei chegar aqui mesmo. Eu
juro que eu não sei – ela começa a falar.
- Cala boca pelo amor de Deus – eu falo para ela e ela fica em
silêncio.
- Estamos perdendo tempo\, é apenas mais uma estudante de
intercambio estrangeira que foi assaltada – Kaio fala e ela assente rapidamente
com a cabeça.
Eu pego a arma na minha mão e a encaro, e ela se encolhe novamente
na cadeira, mas ela não tira os seus olhos do meu.
- Eu vou te levar até a sua casa – Eu falo.
- Não precisa\, eu vou andando – ela fala.
- Eu faço questão – ele fala.
- Frederico\, qualquer um pode levar ela – Kaio fala – nós temos
coisas para resolver.
- Eu faço questão de acompanhar essa jovem até a casa dela – eu
falo ainda desconfiado dela.
Ela apenas assente com a cabeça e agradece, Kaio me encara sem
entender, mas eu ainda desconfio dela.
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