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O Segredo da Nora Bilionária

Capítulo 1

Um homem é visto curvando-se repetidamente com as mãos postas na frente do peito. Ele parece estar se desculpando por sua falta de intenção.

"Eu não quis fazer isso, senhor. Eu o consertarei até que esteja bom", disse o jovem com as mãos cobertas de graxa.

"Não precisa. Este carro é o favorito da minha filha. Consertá-lo uma vez é caro, e seu dinheiro não será suficiente para substituí-lo!" Disse uma mulher com raiva ao lado de um homem bem vestido de meia-idade. "Se você não pode consertar, não finja saber! Você pode comprar um carro novo para substituir este!"

Abraham Barraq Alkahfi, o homem bonito, apenas abaixou a cabeça. Ele admitiu que tudo isso aconteceu por causa de seu próprio descuido.

"O que devo fazer, senhor?"

"Substitua o carro da minha filha!" Gritou a mulher com roupas luxuosas e olhos penetrantes.

"Querida..." O homem de meia-idade, que estava em silêncio até então, a persuadiu.

"Entre no carro. Deixe-me falar com ele primeiro", disse o homem de meia-idade em um tom suave.

"Mas, pai, ele..."

"Eu resolvo tudo!" Ele disse em um tom firme que fez a mulher parar de falar.

"Cuidado, seu pobre homem! Você tem que substituí-lo!" A mulher disparou antes de deixar os dois homens de idades diferentes.

"Qual o seu nome?"

"Abraham, senhor", respondeu Abra rapidamente.

"Seu erro foi fatal. O Bugatti La Voiture Noire custa 255,9 bilhões, consertar a carroceria por si só não sairia por alguns milhões. Você pode substituí-lo?"

Abraham engoliu em seco. Ele também sabia que o carro que estava consertando era o segundo carro mais caro do mundo. Um carro com um preço realmente exorbitante, que só podia ser comprado pelos ricos.

"Tenho certeza de que você não pode. Portanto, tenho outra oferta para você compensar seu erro", disse ele, deixando Abraham confuso.

"Que oferta, senhor?"

"Case-se com minha filha e considerarei este assunto encerrado!"

"O quê!" Abraham ergueu a cabeça.

Seus olhos se arregalaram em descrença. Ele olhou para o homem de meia-idade à sua frente com grande surpresa. O homem que ele estava encontrando pela primeira vez pediu que ele se casasse com sua filha por causa de um erro não intencional.

A coisa mais louca que ele já havia experimentado em sua vida!

"Desculpe, senhor. Eu não posso aceitar isso!"

"Se você não pode, então substitua o carro da minha filha! Estou lhe dando uma semana para substituí-lo!" Gritou o homem em um tom firme e inflexível. "Se você não puder, então denunciarei sua oficina e seu nome até que tudo seja destruído sem deixar vestígios!"

O coração de Abraham batia ainda mais rápido. Isso não poderia acontecer. Esta oficina era o único bem que ele possuía. Era um dos lugares onde ele morava e ganhava a vida há quase um ano.

"Não, senhor! Por favor!"

"Pense bem! Minha oferta é muito fácil, jovem! Você substitui tudo se casando com minha filha ou substitui o carro dela. Se você não puder, então sua oficina será fechada à força!" Disse o homem e então deu um tapinha no ombro de Abraham, que parecia confuso.

"Este é meu cartão de visita! Estou lhe dando apenas três dias para pensar. Quando tiver uma resposta, ligue para mim aqui!"

Depois de dizer isso, o homem bem vestido de meia-idade deixou Abraham, que ainda estava congelado com o cartão de visita em suas mãos.

O carro de luxo começou a deixar o pátio de sua oficina. Ele abaixou a cabeça e olhou para o papel que lhe foi dado.

"Akmal Atharrayhan, empresa Rayhan Group", disse Abraham, soletrando enquanto prendia a respiração ao reconhecer o nome da empresa.

...****************...

Por três dias, Abraham não conseguiu dormir. Ele estava realmente sobrecarregado de pensamentos. A oferta maluca do Sr. Akmal foi o suficiente para transformá-lo em um zumbi pela metade. Suas olheiras estavam escuras por causa da falta de sono e seu corpo estava um pouco magro porque ele não estava comendo direito.

Suspiros profundos podiam ser ouvidos repetidamente até que o toque de seu telefone o fez sentar-se ereto.

"Alô?" Abraham atendeu quando a chamada foi conectada.

"Oi, irmão?"

"Omri?" Abraham respondeu surpreso.

"Sim, sou eu!"

"Como você conseguiu meu número?"

"Comprando um novo número, é claro!" Omri respondeu com uma risada do outro lado.

Abraham sorriu. Omri, seu irmão mais novo, era o mais próximo dele.

"Onde você está, irmão? Você não sente falta do papai e da mamãe?"

Abraham ficou em silêncio. A discussão sobre seus pais sempre fazia com que ele sentisse ainda mais falta deles.

"Já faz um ano que você está procurando por si mesmo. Você não quer voltar para casa?"

"Ainda não é hora, Omri!" Abraham respondeu brevemente.

"Mamãe está sempre procurando por você, irmão", disse Omri em voz baixa, indicando que estava prestes a chorar.

"Espere até que eu tenha sucesso, então eu volto para casa!"

"Mas quando?"

"Em breve!"

Depois de responder, Abraham finalmente desligou a chamada. Ele olhou para uma pequena moldura no criado-mudo ao lado de sua cama e a pegou.

"Eu não posso destruir meu sonho de infância. Esta oficina é meu sonho e tenho que lutar por ela!"

Ele rapidamente pegou o celular que estava na cama. Ele imediatamente procurou o número de telefone que havia adicionado aos contatos de seu celular três dias atrás.

Sem perder tempo, ele discou o número e aproximou o objeto achatado do ouvido.

"Aqui é Abraham, gostaria de me encontrar com o Sr. Akmal!"

Finalmente, Abraham estava começando. Um caminho de vida que ele nunca havia planejado. Ele estava parado em frente a um prédio alto de uma empresa de renome.

Com passos determinados, ele começou a entrar no prédio alto e foi até a recepcionista.

"Com licença, posso me encontrar com o Sr. Akmal?" Abraham perguntou educadamente.

As palavras de Abraham fizeram com que as duas mulheres atrás da mesa olhassem para ele com desconfiança. Elas olharam para a aparência de Abraham, que era muito simples, usando apenas chinelos, calça comprida e uma camiseta lisa para cobrir seu corpo musculoso.

"Você tem hora marcada?"

Antes que Abraham pudesse responder, uma voz o fez virar a cabeça.

"Sr. Abraham Barraq Alkahfi?" Disse um homem bem vestido, aproximando-se de Abra educadamente.

"Sim, sou eu!"

"Por favor, me acompanhe. O Sr. Akmal está esperando por você."

Finalmente, Abraham começou a andar atrás do homem que parecia ter a mesma idade que ele. Os dois entraram no elevador para ir ao andar onde ficava a sala do homem que ele iria encontrar.

"Por favor, entre! O Sr. Akmal está lá dentro", disse o homem, abrindo a porta para ele.

"Obrigado."

Abraham começou a entrar. A primeira coisa que sentiu foi o frio do ar-condicionado em sua pele. Ele girou a cabeça, tentando ver o que havia naquela sala.

"Já tem a resposta certa?" O Sr. Akmal perguntou sem demora.

Ele girou sua cadeira de escritório para olhar para Abraham, que estava parado em frente à sua mesa. Seu rosto parecia carrancudo ao ver a chegada de Abraham em seu escritório.

"Sim, senhor", respondeu Abraham com a mesma firmeza.

"Espero que sua resposta não me decepcione, Abra", disse o Sr. Akmal com uma voz profunda.

Abraham respirou fundo. Ele não podia deixar tudo dar errado. O sonho que ele havia construído do zero não podia ser destruído tão facilmente.

"Eu aceito sua oferta."

"Então...?"

"Sim, concordo em me casar com sua filha, senhor!"

~Continua

Olá, olá, finalmente nos encontramos novamente no meu novo romance. A história do primeiro filho de Bara e Almeera.

Espero que gostem. Não se esqueçam de curtir, comentar e votar, pessoal.

Capítulo 2

"Irmão!" Gritou uma jovem com um rosto bonito, correndo em direção a um homem que estava esperando por ela.

A mulher rapidamente o abraçou. Como se este encontro fosse um momento pelo qual ela ansiava por toda a vida.

"Bia", ele disse suavemente, fazendo a mulher chamada Bia chorar.

"Eu senti sua falta, irmão Abra!" Bia soluçou, sem querer soltá-lo.

"Eu também senti sua falta", respondeu Abra, finalmente a soltando. "Obrigado por vir aqui."

Bia sorriu. Ela passou o braço em volta do braço de Abraão e finalmente os dois irmãos começaram a caminhar em direção à saída do aeroporto.

"Claro. Eu estava com medo de que algo tivesse acontecido com você, irmão. O que aconteceu?" Bia perguntou, muito curiosa. "E você esteve na Indonésia todo esse tempo?"

"Vou te contar mais tarde. Agora vamos para casa!" Abraão a convidou, e ela assentiu com a cabeça.

Os dois foram direto para o estacionamento. Abraão levou sua irmã para a fila de motocicletas, fazendo Bia franzir a testa.

"Onde está o carro, irmão?"

"Está aqui, mas vamos de moto primeiro. Tudo bem para você?"

"Tudo bem. Vamos!"

Bia passou os braços em volta da cintura de Abraão. Então, a mala de Bia foi colocada no assento dianteiro. Eles imediatamente foram para o lugar onde Abraão estava hospedado. Havia muito medo dentro do belo jovem de 28 anos. No entanto, sua decisão era definitiva e ele tinha que contar à sua irmã de 18 anos.

Eles dirigiram por quase uma hora. Finalmente, Abraão começou a entrar em sua oficina. Ele parou sua moto bem na frente da porta, o que fez Bia descer lentamente.

"Não me diga que isso é...?" Bia perguntou, olhando atentamente para a oficina de seu irmão. "Então..."

"Sim. Esta é a minha oficina. É onde eu aprendo, trabalho e ganho dinheiro."

Bia se virou espontaneamente. Ela olhou para o corpo de seu irmão cuidadosamente. Seus olhos se encheram de lágrimas ao perceber que havia uma diferença no corpo de seu irmão mais velho. Lentamente, Bia se aproximou. Ela pegou as duas mãos de Abraão e as acariciou.

"Então você realizou seu sonho aqui?" Bia perguntou, olhando para os olhos de Abraão.

"Sim."

"Você começou tudo do zero? Sem a ajuda do pai e do sobrenome?"

"Sim", respondeu Abraão, o que fez Bia chorar e abraçar seu irmão.

"Eu, Thalla e Thaya gostamos do trabalho duro do pai, mas você, irmão..."

"Vocês ainda são jovens. Ainda são responsabilidade do pai. Eu quero encontrar minha própria identidade primeiro", respondeu Abraão suavemente.

"Mas a empresa principal é sua!"

"Mas eu quero ter uma grande oficina e entrar no mundo do MotoGP."

Essas palavras silenciaram Bia. Ela recuou lentamente e olhou para Abraão.

"Então por que você se escondeu? Por que você continuou mudando seu número e agora por que você me pediu para vir aqui? Não me diga que você está com problemas?"

Abraão respirou fundo. Afinal, os sentimentos de um irmão e uma irmã devem estar conectados e ele tinha certeza de que Bia estava sentindo isso.

"Sim. Estou com problemas", respondeu Abraão, fazendo o coração de Bia dar um salto.

"Que tipo de problemas, irmão?"

"Vamos entrar. Eu vou te contar tudo!"

...****************...

"O quê!" Bia gritou de surpresa, pulando da cadeira. "Você está louco? Você se casou sem o conhecimento do papai e da mamãe?"

"Por favor, Bi. Me ajude! Eu realmente não quero que essa identidade seja revelada", respondeu Abraão com uma expressão tensa.

"Mas este é um momento sagrado, irmão! É o momento que a mamãe mais esperava. Ela queria ver você se casar e agora, eu fui convidada para ser sua guardiã? Como o papai e a mamãe se sentirão quando descobrirem?"

"Eu assumirei a responsabilidade por tudo o que acontecer!"

Bia balançou a cabeça. Seu irmão era realmente imprudente. Ela esperava que sua vinda aqui trouxesse seu irmão mais velho para casa, mas em vez disso, ela foi atingida por essa notícia maluca.

"Quem é a mulher?"

"Eu ainda não sei."

"Então você vai se casar, mas não conhece a mulher? Isso é loucura... isso é loucura!"

"É loucura, mas tenho que assumir a responsabilidade!" Abraão disse com firmeza.

"Você tem certeza de que não vai se arrepender?"

"Não!"

"Você tem certeza de que não vai se decepcionar com o que vai acontecer?" Bia perguntou pela enésima vez.

Ela conhecia o jeito de seu irmão. No entanto, ela esperava que ele mudasse de ideia.

"Tenho certeza. Minha decisão é definitiva. Aceitei a oferta e vou me casar com a filha do Sr. Akmal!" Abraão disse com firmeza, fazendo Bia assentir.

"Nesse caso, também estou pronta para ser sua guardiã no casamento, irmão!"

Abraão respirou aliviado. Ele finalmente conseguiu convencer sua irmã. Ele não iria desistir, embora soubesse que se o caminho a seguir não fosse tranquilo, seu pensamento seria.

Tudo pode ser mais difícil. Suas responsabilidades até aumentariam. No entanto, Abraão estava confiante de que o que estava acontecendo agora não excederia suas capacidades.

***

O dia tão esperado finalmente chegou. Bia deu um tapinha no ombro de seu irmão, que estava usando um terno luxuoso para cobrir seu corpo musculoso. Seus olhos estavam marejados, como se ela não pudesse acreditar que estava prestes a acompanhar seu irmão em uma nova jornada na vida.

"Não chore!"

"Você tem que ser forte, ok? Lembre-se! Suas responsabilidades aumentaram. Nunca machuque sua esposa, mesmo que vocês não se conheçam."

"Sim. Vamos. Vamos nos atrasar!"

Abraão finalmente partiu para a residência da noiva usando o carro do Sr. Akmal. Ele também pediu a todos os seus funcionários para levá-lo ao casamento.

A grande casa com pilares de sustentação parecia muito movimentada. Carros luxuosos estavam alinhados em frente à casa, o que fez Abraão suar frio.

"Você está pronto, irmão?"

"Claro!"

Finalmente eles começaram a descer. A família da mulher também já estava esperando lá. Abraão caminhou com firmeza. Ele também olhou para a figura de meia-idade que lhe pediu para estar nesta posição.

"Bem-vindo, genro", disse o Sr. Akmal, abraçando Abraão.

Quando Abraão estendeu a mão para seu futuro sogro, algo inesperado aconteceu. Sua mão foi empurrada para longe e a mulher colocou as duas mãos na cintura.

"Não suporto ter um genro pobre como você! Só um mecânico sonhando em ficar ao lado da minha linda e rica filha?" Ela o repreendeu asperamente.

"Mãe!"

"A culpa é toda sua, pai! Nunca vou aceitá-lo como genro! Nunca vou aceitá-lo como marido de Aufa!" Depois de dizer isso, a esposa do Sr. Akmal saiu imediatamente, e Bia quase avançou, mas Abraão segurou sua mão.

"Mas, irmão. Ela o insultou!"

Abraão sorriu. Ele balançou a cabeça lentamente.

"Desculpe minha esposa, genro. Ela..."

"Tudo bem, senhor. Eu também entendo que sua esposa certamente não aceitaria este casamento", Abraão o interrompeu com uma expressão calma e firme.

"Mas estou falando sério em pedir que você se case com minha filha. Sem considerar seu trabalho ou quem você é. Acredito que você pode fazer da minha filha uma pessoa melhor!"

~Continua

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Capítulo 3

"Que dizem as testemunhas? É válido?"

"É válido!", gritaram todos os presentes que serviram como testemunhas.

Abraham só conseguia fechar os olhos naquele momento. Esfregou o rosto com as mãos, esperando que a sua decisão não decepcionasse ninguém, especialmente os seus pais.

Enquanto isso, Bia, a sua irmã, derramava lágrimas. Não de alegria, mas ao recordar o comportamento humilhante do sogro desde a sua chegada, o que lhe apertava o coração.

"Parabéns, mano", disse Bia, num tom de voz carregado, enquanto abraçava o irmão com força.

"Porque é que parece que não estás feliz por mim?", brincou Abraham, dando-lhe palmadinhas nas costas.

Ele compreendia os seus sentimentos, especialmente depois de testemunhar pessoalmente as humilhações. Tinha a certeza de que ela estava magoada com a situação.

Quando se separaram, Bia olhou fixamente para o irmão, segurando-lhe as mãos com delicadeza.

"Lembras-te da nossa infância, mano? Estávamos sempre juntos, enfrentávamos tudo lado a lado com força, mas agora... vais ter de enfrentar tudo sozinho. E eu vou ter de assistir a tudo...", disse Bia, sem conseguir terminar a frase.

"Eu vou ser forte", afirmou Abraham com um sorriso.

"Ele humilhou-te, mano!"

"Não é como se não estivéssemos habituados a isso, pois não?", respondeu Abraham, erguendo as sobrancelhas.

Bia assentiu. Era verdade que, no passado, os seus pais tinham falecido precocemente. O seu pai, que tinha voltado a casar, tinha-se tornado num alvo de desprezo na escola, e Bia e Abraham também tinham sofrido com isso.

Contudo, os dois irmãos nunca contaram nada aos pais, como se a humilhação fosse algo que apenas viam, ouviam e ignoravam.

"Se não conseguires aguentar, liga-me! Eu vou ajudar-te, aconteça o que acontecer", disse Bia com sinceridade, recebendo um aceno de cabeça de Abraham.

Antes que ele pudesse responder, um homem de meia-idade aproximou-se, fazendo com que os irmãos se virassem para ele.

"Vamos, meu filho. A tua esposa já vem a caminho", disse o Sr. Akmal, aproximando-se deles.

Abraham começou a ficar nervoso, mas tentou manter a calma e a compostura ao lado do sogro. Os seus olhos estavam fixos na escada, aguardando a mulher que se tornara sua esposa há poucos minutos.

À medida que esperava, ouvia um crescente burburinho vindo do andar de cima. Pareciam ser pessoas a discutir, o que fez com que Abraham erguesse a cabeça instintivamente.

"Não quero, pai! Não quero!", gritou uma mulher, tentando soltar-se de alguém que a puxava.

"Cala-te, Aufa! Olha para ti! Estragaste o teu vestido de noiva!", repreendeu uma mulher mais velha, que parecia ser a mãe da noiva.

"Foi mesmo para estragar! Não me vou casar com um homem pobre. Deve ser feio, rústico e desajeitado!", vociferou Aufa, deixando Abraham em silêncio.

Os seus insultos foram ouvidos por todos os presentes. Algumas pessoas sentiram pena de Abraham, que mantinha uma expressão impassível. No entanto, o Sr. Akmal não foi uma delas.

O homem de meia-idade subiu as escadas com determinação, indo ao encontro da filha, que continuava a proferir insultos.

"Pai..."

"Anda, Aufa. O teu marido está à tua espera!", disse o Sr. Akmal, segurando-a pelo braço e puxando-a consigo.

Abraham focou o olhar na figura feminina de aspeto desleixado. O casamento, geralmente associado a um vestido impecável, apresentava um cenário completamente diferente.

O lindo vestido que a sua esposa usava estava cortado e rasgado em vários pontos. Os rasgos eram irregulares e a maquilhagem estava borrada.

"Mano...", sussurrou Bia, segurando a mão do irmão e colocando-se atrás dele.

Abraham virou-se para ela, sorriu e acenou com a cabeça, indicando que estava bem.

"Olha para o teu marido, Aufa!", ordenou o Sr. Akmal à filha, que mantinha a cabeça baixa.

"Não quero, pai. Já consigo imaginar a sua cara!", gracejou Aufa num tom arrogante.

Abraham limitou-se a observar enquanto o sogro sussurrava algo ao ouvido da filha. A mulher de aspeto desgrenhado levantou lentamente a cabeça.

"Aufa, este é o Abraham, o teu marido", apresentou o Sr. Akmal.

Abraham ficou paralisado. Os seus olhos cruzaram-se com um par de olhos castanhos cativantes. Embora a maquilhagem estivesse borrada, não conseguia esconder a beleza da mulher com quem tinha casado há poucos minutos.

"Filho, esta é a Aufa Falisha, a tua esposa", disse o Sr. Akmal a Abraham.

Após a apresentação, Aufa desviou o olhar, endireitou-se e olhou para o lado.

"Vamos, Aufa! Cumprimenta o teu marido!"

"Mas, pai..."

"Lembras-te do que conversámos?", interrompeu o Sr. Akmal.

Aufa estendeu a mão a contragosto. Abraham, hesitante, estendeu a sua mão, que Aufa levou até ao seu rosto num gesto rápido.

"Aufa!"

"Já o cumprimentei, pai! É a mesma coisa!", exclamou Aufa, afastando-se para perto do pai.

...****************...

O evento prosseguiu até ao seu término. Durante todo esse tempo, Abraham foi tratado com frieza e desdém. Os seus ouvidos pareciam estar a arder com os comentários cruéis da família de Aufa.

"Tens a certeza de que queres casar com este homem, Aufa?"

"Vens de uma família de prestígio, Aufa. E este teu marido... é um reles plebeu a tentar ser o teu príncipe!"

As palavras dolorosas martelavam os ouvidos de Abraham, mas ele não reagiu. Mantinha a calma e a expressão impassível, acompanhando a esposa para onde quer que ela fosse.

"Vou à casa de banho. Não me sigas! Fica aqui!", ordenou Aufa num tom ameaçador.

Ela afastou-se, deixando Abraham sozinho. O homem respirou fundo até que o seu sogro se aproximou.

"Não leves a peito as palavras da Aufa, Abraham. A minha filha é diferente dos seus irmãos."

"Diferente como, Sr. Akmal?", perguntou Abraham calmamente.

O Sr. Akmal olhou para o genro com atenção. Respirou fundo e começou a descrever a sua segunda filha.

"Fui pai e mãe da Aufa, e acabei por mimá-la demasiado. Ela é muito gastadora, mimada e tem más companhias", explicou o Sr. Akmal, deixando Abraham pensativo. "Vais precisar de muita paciência com ela, meu filho!"

"Tenho a certeza de que a consegues mudar. A Aufa ainda pode ser controlada, mesmo que seja com ameaças. Por isso, sê firme e não tenhas receio de a colocar no seu lugar!", disse o Sr. Akmal, deixando Abraham em silêncio.

"Acredito que consegues domar a Aufa, Abraham. Confio em ti!"

"Se assim for, gostaria de lhe pedir um favor."

"Claro. Diz-me o que queres", respondeu o Sr. Akmal, olhando para o genro com expetativa.

"Gostaria de levar a Aufa comigo esta noite. Quero levá-la para minha casa, se não se importar."

O Sr. Akmal sorriu e pousou a mão no ombro de Abraham, concordando.

"Ela é tua esposa agora e tens todo o direito de a levar para onde quiseres."

~Continua

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