Valentim

Meu nome é Valentim tenho 20 anos e moro com meu pai na Fazenda da minha família, sou filho único já que meus pais me tiveram muito tarde quando minha mãe já tinha 49 anos, minha mãe não resistiu e morreu no parto.

Meu pai me criou cercado de amor e muita dedicação, quando tinha 18 anos me assumi gay e ao contrário do que eu pensei ele não me mandou embora ou ficou com ódio de mim ele simplesmente me abraçou e disse que nada havia mudado pra ele.

Seu Joaquim é um velho cheio de sabedoria,  ele tem a voz calma e profunda, as vezes acho que ele saiu de um desenho, mas eu amo esse meu pai com todas as forças do meu coração.

Meu pai mesmo tendo perdido minha mãe, permanece forte e inabalável.

Nossa família é dona da maior indústria de laticínios do estado, eu e meu pai trabalhamos na fazenda cuidando das vacas, o sócio do meu pai e meu padrinho o tio Adolfo, cuida da fábrica que fica na capital. Tio Adolfo e meu pai são melhores amigos desde sempre, é lindo ver a cumplicidade dos dois.

Eu e o filho do meu padrinho não éramos muito amigos por causa da diferença de idade, ele é 10 anos mais velho que eu, depois que os pais dele se separaram quando o Henrique tinha 18 anos ele foi morar na França e eu nunca mais vi ele. Foi difícil no começo pro meu padrinho porque ele sentia muita saudade do filho , muitas vezes vi meu padrinho chorando olhando as fotos do Henrique, era de cortar o coração.

Estava cuidando das vacas quando o capataz da fazenda o Luiz me chamou correndo pra casa, porque meu pai estava se sentindo mal.

Montei no meu cavalo e corri o mais rápido que pude, chagando lá vi meu pai frágil pela primeira vez na vida e aquilo me chocou, pedi pra mandarem buscar o médico, e me sentei ao lado dele na cama.

- Paizinho, o que aconteceu? O que deixou o senhor desse jeito?

- Oh meu filho, seu padrinho, ele morreu, seu padrinho tá morto!

Senti meu coração se quebrando em mil pedacinhos, meu padrinho era como um segundo pai pra mim, nos víamos toda semana e ele sempre me tratou com muito carinho, sabendo o quanto meu pai e ele eram próximos pude entender um pouco a sua dor.

- Ah paizinho eu sinto tanto! Eu amava muito ele pai de verdade!

- Eu sei meu filho, e ele também sabia já que você sempre dizia a ele.

Senti conforto nessas palavras, eu sou assim,sempre digo o que sinto para as pessoas e não tenho medo de demonstrar amor.

- O que aconteceu pai?

- Um acidente filho, ele perdeu o controle do carro que capotou.

Depois desse dia horrível, fomos até a cidade para o velório do meu padrinho, achei que o Henrique estaria aqui, mas ele não veio, meu padrinho sempre foi muito vago quando o assunto era o filho, então confesso que não fiquei muito supreso.

Meu pai esteve com o amigo até o último minuto, ajudou a carregar o caixão e jogou a primeira pá de terra, no fomos pra fazenda em silêncio absoluto.

Os dias foram se passando e meu pai foi ficando casa vez mais triste e deprimido, estava preocupado com a sua saúde, 30 dias após o falecimento do meu padrinho meu pai sofreu um derrame.

Foram dias de muita agonia sozinho naqueles corredores do hospital, nunca havia passado por nada parecido, os médicos o tempo todo fazendo um terrorismo na minha mente dizendo que meu pai não iria sobreviver e se sobrevivesse seria em estado vegetativo.

Após 24 dias de muita luta, melhoras e pioras eu recebi a pior notícia da minha vida, meu pai aos seus 82 anos de vida havia partido e agora eu estava sozinho no mundo. Meus pais eram descendentes de espanhóis e não tinham família no Brasil, éramos só nos dois,eu e meu pai, sozinhos no mundo, agora sou só eu.

Enterrei meu pai ao lado da minha mãe como ele sempre pediu.  Não quis velório porque esse também foi um pedido dele. Apenas uma breve cerimônia. Ali em pé diante do túmulo das duas pessoas que mais me amaram na vida eu jurei que nunca iria desistir de ser feliz como eles sempre quiseram.

Voltei pra fazenda e aquilo foi demais pra mim, tinha um pouco do meu pai em cada canto daquela casa, eu sentia tanta saudade

Após 15 dias de muito choro sem sair da cama agarrado às camisas do meu pai, Luiz me trouxe de volta a realidade.

- Bom dia mini Chefe, e aí já podemos receber os compradores?

- Que compradores Luiz?

- Da fazenda uai, cê vai vender né?

- Tá louco homem, nunca vou vender a minha casa, você andou bebendo foi?

- Então se você não vai vender pra com esse chororô e bora trabalhar porque ficar deitado o dia todo é atitude de quem já desistiu e não de quem quer continuar de onde parou.

Apesar de odiar como ele tá sempre com a razão, tive que concordar com Luiz, não tô agindo como o dono disso aqui, preciso reagir. Tomei um banho gelado, comi alguma coisa e sai pra lida, trabalhar vai me ajudar a lidar com o luto.

Luiz sempre teve do meu lado desde que me lembro, ele é 5 anos mais velho que eu, mas crescemos aqui na fazenda juntos e ele com certeza me considera seu melhor amigo, o problema é que eu sou apaixonado por ele desde que eu tinha 15 anos, mas ele só me vê como um irmão mais novo, fora que ele é hetero né.

Minha vida amorosa é um completo fiasco.

Agora eu preciso enfrentar a vida sozinho, sou responsável por essa fazenda, pelas famílias que vivem aqui e pela indústria também, estou morrendo de medo, não tenho experiência com nada disso, eu só gosto de cuidar das vacas e da fazenda.

Não sei se sou capaz de fazer isso sozinho.

Não tinha muito o que fazer então resolvi ir trabalhar, no final do dia recebi um telefonema do advogado do meu pai, marcando a leitura do testamento dele, será amanhã às 12:00 aqui na fazenda.

Não tenho ideia do que tá escrito nesses papéis, só espero que eu fique com a fazenda, esse lugar é meu lar, eu amo cada centímetro desse chão, conheço essas terras como a palma da minha mão, esse é o meu pedacinho do céu.

Agora só me resta esperar.

A propósito esse sou eu, Valentim Castilho  vai ser um prazer compartilhar a minha história com vocês!

Gente voltei!!!!!

Espero que essa história agrade vocês!!!

Essa história se passa no interior do Mato Grosso minha terra, espero que vocês gostem de passar um tempo comigo aqui no cerrado Matogrossense.

E aí, ansiosos pra conhecer o Henrique?

Henrique

Meu nome é Henrique Navarro da Cunha, tenho 30 anos, solteiro e bissexual.

Vivi no interior do Mato Grosso até os meu 18 anos. Minha vida era relativamente normal, eu tinha meu pai que era o meu herói, eu admirava muito a sua força, a sua postura e como todos tinham imenso respeito por ele. Gostava de passar os fins de semana na casa do Tio Joaquim, aquela fazenda foi o meu refúgio quando tudo começou a desmoronar.

Meus pais passaram a brigar com mais frequência, e eu que quase não via a minha mãe passei a ver menos, minha babá Ana, dizia que ela teve depressão, mas eu já tinha 18 anos e ela ainda não me olhava nos olhos, fui criado pela Ana, e foi ela que chamei de mãe grande parte da infância, minha mãe estava sempre em viagens ou em clínicas de estética, ela era obcecada pela aparência.

Quando finalmente o divórcio veio, minha mãe conversou comigo pela primeira vez me olhando nos olhos, ela me pediu pra ir pra França com ela, sempre quis que ela me amasse e me quisesse, achei que ela finalmente tinha me notado, apesar da imensa saudade que eu ia sentir do meu pai , eu aceitei ir com ela.

Me arrependo até hoje por ter tomando essa decisão, viver ao lado de uma mulher narcisista, egocêntrica e dominadora foi um inferno, tentei contato com meu pai por muitos meses, queria voltar pra casa, mas ele nunca me atendeu ou respondeu meus e-mails , até cartas eu mandei, mas nada, ele simplesmente me apagou da vida dele, essa foi a maior e mais profunda decepção que eu já sofri na vida, fora o dinheiro que era depositado todo mês, não havia sinal do meu pai na minha vida.

Eu mergulhei de cabeça nos estudos, fiz faculdade, pós graduação, Doutorado, Mestrado e MBI em Administração, estagiei mas maiores multinacionais da França, e trabalhei também em Londres e Berlim. Meu currículo é impecável.

Minha vida amorosa não é tão impecável assim, namorei apenas 3 vezes nesses meus 30 anos,meu primeiro relacionamento foi com uma garota durou 2 anos, depois com um homem trans durou 1 anos, e 5 anos foi o tempo que eu fui feito de idiota pelo Marcel, meu ex noivo. Depois de descobri que éramos um trisal eu saí fora. Estou solteiro a 1 ano e meio, e não quero nem saber de namorar por um bom tempo.

Não tenho mais contato com a minha mãe desde que eu descobri que ela só queria administrar o dinheiro que meu pai mandava, estou livre dela á 8 lindos e maravilhosos anos, soube que ela se casou com um Sheik marroquino, espero que Alá não a traga de volta pra minha vida tão cedo.

Sou consultor de várias empresas francesas, tenho a minha própria empresa, minha própria reputação, meu próprio império e há muito tempo não preciso do dinheiro do meu pai, sou rico ,influente e respeitado e consegui tudo isso sozinho, como sempre.

Não tinha planos de voltar pro Brasil até receber a notícia da morte do meu pai, largei tudo aqui em Paris e fui pra lá, quando cheguei achei tudo muito estranho, eu só fui avisado da morte do meu pai pelo seu advogado  2 dias depois do seu sepultamento, segundo o advogado meu pai não tinha nenhum contato meu e foi necessário me investigar para descobrir meu paradeiro, não pude sequer me despedir, fiquei sabendo que o velório foi organizado pelo tio Joaquim o que me deixou ainda mais desconfiado, também

não havia sido feita a perícia no local do acidente, o carro estava fora do local onde o acidente aconteceu, e nenhum dos policiais e paramédicos me deram uma explicação sobre isso, o que me deixou ainda mais intrigado, tive que ameaçar processar a cidade toda, até que me deixaram fazer a perícia no carro do meu pai, foi constatado que o cabo do freio havia sido cortado o que ocasionou o acidente.

Escondi a minha volta de todos para que eu pudesse investigar tudo sem fazer alarde.

Alguém tentou matar meu pai, provavelmente pra ficar com tudo que era dele, e eu vou descobrir quem foi.

Analisei os papéis na sala do meu pai e o contrato de sociedade entre meu pai e o tio Joaquim dizia que , no caso da morte do meu pai o tio Joaquim assumiria total controle da empresa. Acho que já sei quem mandou matar o meu pai, aquele velho desgraçado, o tempo todo disfarçado de bom velhinho só pra matar e  roubar o meu pai, meu pai o amava e o considerava um irmão, e esse velho o traiu.

Vou fazer ele pagar pelo que fez, nem que seja com as minhas próprias mãos.

Quando já me preparava para ir confrontar o velho, um dos meus homens me trouxe a notícia que ele havia morrido. Droga! Eu não contava com isso.

Fui até a capela e vi o filho do velho, quando eu sai daqui ele era só um pirralho melequento que vivia chorando por qualquer coisa, mas agora ele já era um homem, um homem muito bonito pra dizer o mínimo.

Ele chorava nos ombros de outro cara, eles dois pareciam próximos, foi ai que eu me toquei, não foi o velho que mandou matar meu pai, foi esse muleque magricelo.

Ele é jovem e o único herdeiro do pai, ele provavelmente acha que eu não vou reivindicar a herança do meu pai, e na sua cabeça doentia ele ficaria com toda a fortuna. Esse capataz mal encarado provavelmente é o cúmplice dele, ele é muito esperto pra ter sujado as mãos.

Valentim, eu te odeio com todas as minhas forças, vou provar o que você fez com o meu pai e vou te fazer pagar bem caro por isso.

Fiquei olhando ele naquela capela , tinha pouca gente como se ele quisesse acabar logo com aquilo, e seu choro fingido podia convencer a todos menos a mim.

Os boletins de ocorrência no escritório do meu pai denunciando ameaças, invasões a nossa casa e até uma perseguição sofrida por ele, só deixava mais claro que Valentim estava tentando matar meu pai a muito tempo, em seu diário ele escreveu que temia pela própria vida , e que se soubesse que aquela empresa iria custar a ele esse tipo de traição ele preferia ter ficado pobre, porém em paz.

Essa foi a confirmação que me faltava, quem mais poderia trair meu pai e deixa- lo assim tão decepcionado se não seu amado e querido afilhado, ele era o único que se beneficiaria financeiramente com a morte do meu pai.

Valentim vai se arrepender de ter despertado em mim tanto ódio! Em minhas veias agora só corre o desejo de vingança!

Esse sou eu, grava bem o meu rostinho Valentim, porque eu vou assombrar seus pesadelos por muito tempo, me aguarde !

Henrique

Consultei os melhores advogados criminalistas de toda a Europa, e todos eles me disseram o mesmo, não seria fácil colocar o Valentim na cadeia apenas com as informações que eu tenho, além do que nessa droga de país ele seria solto muito rápido e não cumpriria a pena, ou seja ele não pagaria pelo que fez.

Mas ele precisa pagar, e ele vai pagar, e muito caro pelo que fez, não com a justiça, mas pelas minhas próprias mãos o que vai ser muito pior.

Fui convocado pelo advogado do meu pai que é o mesmo do pai do Valentim, como ainda não havia sido feita a leitura do testamento do meu pai, ele decidiu ler os dois tratamentos de uma vez só.

Cheguei na fazenda e foi como se eu tivesse voltado no tempo, quase nada havia mudado naquele lugar, lembranças do meu pai e eu cavalgando juntos curtinho o silêncio vieram a minha mente, e uma dor imensa tomou conta de mim, mas vou transformar toda essa dor em ódio, ódio esse que vou descontar em quem causou tudo isso, Valentim.

De longe vi ele e seu cúmplice que descobri se chamar Luiz, da pra ver que o magrelo tá apaixonado no caubói só  pelo jeito que ele olha sonhador pra ele. Já o tal Luiz parece não estar na mesma vibe, acho que ele só tá usando o magrelo pra ganhar dinheiro e subir na vida, e o bestão todo iludido achando que tá vivendo um romance da Disney.

Acho que eu já tenho uma ideia de como começar meu plano de vingança.

Vejamos, o que uma pessoa carente , que está sendo mal amada ou se sentido rejeitada precisa? Exatamente, de um príncipe encantado, que vai encher ele de atenção, carinho ,cuidado , vai ser o homem perfeito.

Esse cara vai ser eu, vou conquistar ele, fazer ele se apaixonar por mim, e me olhar como ele olha pro Luiz, quando ele já estiver apaixonado por mim, peço ele em casamento, depois de casados, vou fazer da vida dele um inferno! Vou fazer ele pagar dia após dia, vou cobrar com juros cada lágrima que eu chorei pelo meu pai, vou fazer ele se arrepender da sua ambição e maldade.

E vou colocar meu plano em ação agora!

Cheguei perto dele com o meu melhor sorriso.

- Valentim? Sou eu Henrique, Henrique Navarro.

Ele me olhou surpreso e depois abriu um sorriso enorme, Deus como ele é fingido.

- Henrique não sabia que tinha voltado.

- Cheguei hoje, infelizmente estava em uma viagem fora de Paris por isso só soube da morte do meu pai recentemente.

- Eu sinto muito pelo seu pai, ele era um homem incrível e eu o amava muito.

O infeliz disse isso com os olhos cheios de lágrimas.

- Obrigada, digo o mesmo pelo tio Joaquim.

Toquei sei ombro levemente.

- Obrigada, vamos entrar o Dr. Mello já está esperando por nós na biblioteca.

Chegamos na biblioteca e o advogado não demorou muito pra começar a leitura.

Depois de muita enrolação e palavras pomposas descobri que herdei metade da fazenda e metade da fábrica, assim como Valentim. Segundo o testamento dos nossos pais, que eram exatamente iguais a propósito,nenhuma das duas propriedades deveria ser vendida pelo período de 18 meses, e tanto eu como Valentim seríamos os donos, sem poder passar o comando a mais ninguém durante esse período.

Havia também uma carta para cada um de nós, que só seria entregue nessa mesma data daqui 18 meses.

Observei a reação de Valentim durante a leitura, e devo admitir que ele é um bom ator já que não esboçou nenhuma reação de raiva ou descontentamento, ele fingiu muito bem. Não vejo a hora de quebrar essa banca toda dele.

Na saída Valentim veio falar comigo.

- Henrique, você pode vir aqui amanhã almoçar comigo, pra gente discutir como vamos fazer pra isso funcionar?

- Claro Valentim, vai ser um imenso prazer almoçar com você, te vejo amanhã.

Dei um beijo em sua bochecha e sai, deixando ele confuso, o infeliz conseguiu até ficar corado, ele deveria ser ator de Doramas, talento pra drama ele tem.

Valentim

Hoje foi um dia difícil, ficar ali parado ouvindo a leitura do testamento do meu pai, era como se tudo fosse um filme e eu fosse apenas um telespectador.

O que me deixou aflito foi saber que a fazenda não era só minha, não conheço o Henrique e não sei das suas intenções, por isso estou preocupado com o que ele pretende fazer com a parte dele da fazenda. Vou propor a ele vender a minha parte na fábrica e comprar a parte dele na fazenda assim garanto o futuro da fazenda e de todos nós que moramos aqui.

Ao final do dia estava no banho pensando em como o Luiz me ajudou nesses últimos meses, preciso agradecer a ele.

Decidi que vou fazer mais que isso,vou criar coragem e me declarar pra ele, quem sabe ele não me dá uma chance e a gente fica junto, vai ser muito mais fácil passar por isso ao lado dele.

Sai de casa disposto a me declarar pro Luiz, já estava de noite e ele provavelmente estava em casa, fui até a casa dele que fica na fazenda em uma espécie de vila onde todos os funcionários moram, os pais do Luiz me disseram que ele tinha saído pra cavalgar, selei meu cavalo e sai pelo campo nos lugares onde ele costuma andar.

Quando passava perto dos estábulos vi o Luiz escorado na parede com as mãos na cintura, ele é tão lindo que poderia ficar ali admirando ele pra sempre, quando estava prestes a ir falar com ele, vi uma mulher se aproximando e abraçando seu pescoço, e os dois começaram a se beijar e a trocar carícias, sai correndo com meu cavalo corri direto pra casa, pro meu quarto, meu lugar seguro. Lá eu chorei durante toda a madrugada pelo amor que nem cheguei a viver e já perdi.

Doeu como uma punhalada ver o homem que eu amo feliz nos braços de outra. Não sei porque estou vivendo mais essa dor, não sei como vou sobreviver a isso. Eu só queria alguém que me amasse e que eu pudesse amar também, será que eu pedi demais? Alguém pra compartilhar os meus dias, alguém pra chamar de meu.

Acho que a vida é assim, nem todos nasceram para serem amados, acho que eu sou uma dessas pessoas.

Sim meus xuxuzinhos, eu sei que eu sou muito dramática, e meus protagonistas sempre sofrem muito, mas não posso evitar sou dramática por natureza, pisciana né amores não tem jeito.

Mas, eu também sou a rainha do final feliz então acho que compensa kkkk

E aí meus xuxus, me contem o que estão achando da história?