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Maktub - Já Estava Escrito

Maktub Capítulo I

Essa é uma história real...

Tudo acontece na década de 80. Em uma pequena cidade do interior chamada Nossa Senhora da Conceição, no nordeste brasileiro.

Naquela época, os mais ricos moravam em suas enormes fazendas, e mantinham uma casa na cidade para que seus filhos não perdessem tempo nas estradas de terra para irem ao colégio estudantil.

Geralmente, esses estudavam na escola mais importante de toda a região. Era uma escola frequentada somente pelos filhos das mais importantes famílias da região, e alguns pouquíssimos bolsistas.

Clara era bolsista nesta escola. Seus pais eram operários na única fábrica que havia na cidade.

Era uma fábrica de móveis. Os melhores, mais lindos e sofisticados móveis de todo o vale.

Com muito esforço, eles conseguiram uma bolsa integral para a sua única filha. Pois não queriam que ela tivesse o mesmo futuro que eles tiveram. Aquele serviço era meio desumano!

Clara era uma jovem bonita. Seus cabelos pretos, levemente ondulados. Olhos escuros, pequenos. Tinha um corpo esbelto, cintura fina quadril largo, pele levemente amendoada, altura mediana. Ela era estudiosa, uma boa filha...

Ela só não era muito popular no colégio. As meninas ricas tinham inveja por ela mesmo sendo pobre, chamar a atenção dos meninos mais bonitos e ricos da cidade.

Mas ela não se importava com isso. Pois, o que mais ela queria era se formar e realizar o sonho de seus pais. Que era algo muito diferente da realidade deles. Então ela se dedicava muito aos estudos. E sempre ajudava com os afazeres de casa, para não sobrecarregar seus pais.

Ela tinha um grande amigo, Mansur. Eles eram da mesma sala. Ela o ajudava nas lições.

Mansur era um rapaz alto, popular. Porém, vivia no mundo da lua. Gostava de se reunir com os amigos, na praça do Santuário, para jogar conversa fora, tocar violão, e fumar um bäsëädö (na época, não era algo TOTALMENTE ERRADO ou ilegal/criminal, mas não era algo que se fazia à vista dos outros ou para os pais saberem)... Seus pais eram os donos do único grande comércio da cidade.

Tal amizade virou um namoro. Era um namoro à moda antiga. Eles apenas pegavam na mão um do outro, pouca conversa... raramente trocavam um bejinho rápido na boca. E assim os dois seguiram por um longo tempo. Ele tinha uma bela namorada, e ela se sentia confortável com ele.

Entre os amigos de Mansur, tinha um novato muito gente boa: Carlos.

Carlos e Valter eram 1 ano mais novo que todos da turma de Mansur.

Na verdade, Carlos era amigo de Valter, que era irmão de Diogo, que era amigo de Mansur. 😅 Por isso andavam todos juntos.

Carlos, era o mais divertido. Ele era brincalhão. Sabia fazer a festa, e nem precisava estar sob efeito do "cigarro" ou de bebidas alcoólicas, mas não por isso ele ficava de fora...

Ele tinha um brilho no olhar diferente quando via a namorada do amigo, a Clara. Isso era uma coisa que ele não conseguia esconder. Mas ele respeitava o relacionamento do amigo.

Mansur, sabia do interesse do amigo pela sua namorada. E viu no Carlos um homem de caráter. Pois, apesar do brilho no olhar, o amigo jamais disse ou fez algo que desrespeitasse seu namoro com Clara. E como a relação dele e de Clara era mais por comodismo, ele tomou uma decisão.

Ele chamou e Clara e disse:

"Clarinha, já namoramos há tanto tempo... Mas sabemos que nossa relação, desde o início, foi mais por comodismo. Por estarmos sempre juntos por causa dos estudos... Então creio que seja melhor para nós dois, dar um fim nessa relação que não evoluiu em nada. Tudo bem por você?"

Clara, apesar de tudo, ficou triste. Até mesmo porque as meninas do colégio iriam aborrecer ela novamente. Mas, mesmo assim, faz sinal positivo com a cabeça para Mansur. Pois partilhava do mesmo sentimento.

Mansur então continua:

"Olha, não sei se você percebeu, mas todos nós sabemos que o Carlos tem um quedinha por você. "

Clara olha assustada para ele sem entender direito o que ouviu.

💭 Como assim um dos melhores amigos dele tinha uma queda por ela, e ele fala assim na maior tranquilidade? E como ela nunca havia percebido isso? 💭

Mansur dar um último selinho nela e estende a mão:

"Amigos?"

Ela estende a mão de volta e ela firmemente responde:

"Amigos!"

Eles se abraçam, e antes de se afastarem, ele fala:

"Juízo, menina 😘"

Clara continua na companhia de Mansur e dos amigos. Carlos percebe que ela já não fica mais ao lado de Mansur como antes. Ele e o moleque peralta que habita em seu ser ( rsrs), fica "rondando" o ex casal, até saber a verdade. E o grande brilho nos olhos de Carlos não passou desapercebido, nem mesmo por Clara.

Carlos não perde a oportunidade. Ele se oferece para levar Clara em casa. Por sua vez, esta não se opõe. Pois quem sempre a levava para casa, era Mansur.

No caminho, Carlos abre o seu coração. Clara fica um pouco envergonhada. Pois, por mais que Carlos fosse amigo de Mansur, eles nunca passaram do cumprimento ao chegarem e saírem.

Nunca trocaram nenhuma palavra.

Apesar daquele namoro estranho, Clara focava apenas em Mansur. Ela adorava o ouvir cantar tocando o seu violão.

Carlos percebendo o desconforto dela, completa:

"Não precisa me responder agora. Afinal você acabou de sair de um relacionamento. Estranho! Mas ainda assim, um relacionamento."

Ela rir com a fala dele, e responde dizendo que vai pensar. Ele fica feliz. E se despede dela com um beijo no rosto. Ela fica corada no mesmo instante. Ela entra em casa, e ele segue o seu caminho.

●○● > continua... < ●○●

Maktub Capítulo II

Carlos realmente estava apaixonado por Clara. Ela era diferente de todas as outras meninas. Ela parecia brilhar para ele.

Diferente das outras garotas, ela não ficava se insinuando para nenhum garoto. Não ficava tentando aparecer e nem provar nada para ninguém.

Mas Carlos, apesar de ser 1 ano mais novo que os outros da turma de Mansur, ele era o mais "experiente" — Se é que me entendem! 😏

Ele é magro, alto, bonito, cabelos de anjo... mas de anjo, ele não tinha absolutamente nada. Ele é filho caçula do maior fazendeiro de todo o vale. Tem 3 irmãos: Geraldo, Catarina e Agnes.

Carlos se dava muito bem com Geraldo. Pode-se dizer que eram melhores amigos.

Já com as duas irmãs, era mais por interesse nas amigas delas... 😉

●○● >♡< ●○●

Clara, apesar de saber que o seu namoro estranho era meio fictício, estava triste pelo o término. Fora o lance do "cigarro", ela gostava de estar na companhia de Mansur.

Mas, por outro lado, ela estava pensando no porquê de não ter dito logo um NÃO ao Carlos. Ela conhecia bem o tipo dele. E a família dele nunca a aceitaria.

●○● >♡< ●○●

Passaram-se alguns dias...

Carlos sempre acompanhava Clara depois da aula até a sua casa. Mas ela ainda não tinha uma reposta para ele. Mesmo ele dizendo todos os dias que era real, que ele de fato gostava muito dela.

Certo dia, Carlos decidiu agir. Roubou de Clara um beijo, um selinho.

Clara ficou corada, sem reação.

Carlos, então, foi se aproximando, olhando nos olhos de Clara, como se tivesse pedindo permissão para um beijo.

Ela somente fechou os olhos, assim, assentindo que ele "se aproximasse".

Carlos não perdeu tempo, deu-lhe AQUELE beijo. Clara foi ao céus. Nunca tinha dado um beijo daqueles. Um beijo que enchia seu estômago se borboletas, que fazia seu coração acelerar, e que ela queria mais e mais, sempre.

À partir daquele dia, tudo foi muito intenso. Mas com muito respeito e limites. Mas os dois não se desgrudavam mais. Era nítido o amor genuíno entre os dois.

As meninas que antes não gostavam da Clara, agora gostavam menos ainda.

Carlos estava calmo. Só tinha olhos para a sua Clara. E isso fazia com que as meninas implicassem mais ainda com Clara.

Elas ficavam falando coisas que, supostamente, tinham feito com Carlos. No entanto, Clara não absorvia nada do que elas falavam. Até porque Carlos era grudado nela quase 24horas por dia.

Carlos a pediu oficialmente namoro. Os pais de Clara, obviamente, e aceitaram a escolha da filha. Pois era melhor que namorassem em casa, do que escondidos. Sabiam bem o que era o fogo dos adolescentes.

Porém, com a família de Carlos foi diferente. Primeiro por que ficaram sabendo por um casal de amigos, que tinham interesse em casar sua filha com Carlos. Pois a mesma, Marla — sempre foi apaixonada por Carlos, e era uma das meninas que ficavam "lançando veneno" contra Clara. — E segundo, porque a namorada do filho, tinha origem humilde e era 1 ano mais velha que o seu filho precioso.

Clara era de origem humilde sim. E tinha muito orgulho de suas origens. Seus pais eram de grande caráter, íntegros, amorosos e cuidados. Eles eram uma família unida, sempre muito religiosos.

No entanto, toda essa castidade de Clara estava começando a irritar Carlos. Já tinham quase 2 meses de namoro, e ele mal podia encostar nela.

Para ele, ela não se entregava tanto quanto ele.

Carlos estava acostumado a sempre ter tudo o que queria das meninas. E quanto mais Clara se negava a ele, mais vontade de tê-la, ele tinha.

●○● >♡< ●○●

Marla era uma menina muito bonita. Tinha cabelos negros, lisos, parecia uma ceda preta que chegava até a altura do seu bümbüm. Porém, ela tinha apenas 150cm de altura.

Marla era totalmente o oposto de Clara: atirada, falsa, ardilosa. Ela era muito mimada, e fazia qualquer coisa para ter o que queria. Seus pais, e seus dois irmãos mais velhos se empenhavam em realizar todos os desejos da garota. E o seu maior objeto de desejo era, sem dúvida, Carlos. E sendo venenosa como é, armou uma situação comprometedora, que faria Clara ficar chateada com Carlos, e, possivelmente, terminar o seu namoro.

Ela, junto das suas amigas, armaram o seguinte:

《 Quando Carlos estivesse sozinho, na saída do colégio esperando Clara, ela puxaria qualquer conversa com ele. E quando as meninas vissem que Clara estava saindo, elas empurrariam Marla para cima de Carlos, e ela o beijaria para que Clara pudesse vê-los.》

Clara vendo aquela cena voltou para dentro do colégio — que era dividido em três blocos: o dos meninos, o das meninas e a habitação das freiras. — Ela foi direto para a capelinha que havia na habitação das freiras, pois sabia que lá, Carlos não poderia entrar.

Clara ficou lá por horas, chorando.

Carlos ficou possesso de raiva com a armadilha de Marla, a empurrou e disse a ela que isso iria ter troco.

Marla:

" Estarei ansiosa esperando. 😘"

Ele ficou esperando Clara a tarde inteira na saída do colégio. E Clara só saiu de lá por que uma das freiras a viu, e disse que ela não poderia mais se demorar por lá.

Clara respirou fundo, e saiu de lá triste, cabisbaixa. Mas certa de quê não encontraria Carlos e de quê não queria vê-lo tão cedo. Mas para a sua surpresa, lá estava ele sentado no chão, debaixo da marquise da entrada principal.

Ela até tentou não falar com ele. Mas Carlos não ia jogar tudo para o alto por causa daquela pirralha venenosa.

Carlos a convenceu de irem a uma padaria ali próximo, para tomarem um café e conversarem sobre o que aconteceu.

Carlos:

"Você precisa acreditar em mim. Aquilo foi tudo armado por Marla, para que você visse e terminasse comigo. Sua atitude é tudo o que ela espera.

Você sabe que, desde que estamos juntos, eu mudei muito. Sou somente seu."

Clara:

"Vou lhe dar o poder da dúvida. Mas estou cansada de ficar ouvindo histórias suas com outras meninas. Estou cansada disso tudo. Eu quero paz na minha vida. E ainda tem a sua família, que nem conheço, mas já sei que são contra o nosso namoro. Se os meus pais souberem disso... aí sim não existirá mais nós" — fala apontando a mão para ele e ela.

Carlos:

"Tudo bem. Você tem razão. Vou ter uma conversa com eles sobre isso. Você é a única garota que quero namorar, casar, ter filhos..."

Clara fica vermelha de vergonha, mas balança a cabeça em positivo, concordando que, se eles querem ter um namoro de verdade, ele deve enfrentar os seus pais primeiro.

●○●☆ Continua ☆●○●

Maktub Capítulo III

Bom, a família de Carlos não aceita Clara de modo algum.

 

Já os pais de Clara tinham orgulho da filha. Ela cuidava dos dois, era atenciosa, estudiosa... mas eram alheios ao namorado da filha. Na verdade, AOS PAIS do namorado da filha.

 

E enquanto isso, Marla não dava trégua. Ela agia como se realmente fosse namorada de Carlos. E Carlos odiava isso, pois o seu coração pertencia à Clara, que não era de família rica, mas era mais nobre que muitos, especialmente mais que Marla.

 

...

 

Clara estava cansada das desculpas de Carlos. Ela sabia a fama que ele tinha. Mas ela sabia também que ele era um bom rapaz, que ele tinha comprometimento principalmente com ela, e também sabia das fantasias de Marla.

 

Carlos:

 

"Você sabe que é a única aqui "— fala apontando para o seu próprio coração — "não sabe?!"

 

Clara:

 

"Eu sei... Mas é difícil parecer ser a outra  quando na verdade EU SOU A SUA namorada. Sem falar nos irmãos da Marla que toda hora parecem que vão me matar. Eu não tenho irmãos que me defendam das ameaças deles."

 

Carlos:

 

"Eu sei. Eu vou proteger você, sempre. Eu prometo!"

 

Carlos era sincero nas suas palavras. Ele a amava de verdade.

 

               ● ○ ●  > ♡ <  ● ○ ●

 

Chegando o fim das aulas, Clara viajou de férias, como sempre, para a casa de sua madrinha, no Paraguai. Deixando Carlos muito enciumado pois ele conhecia Charles, o filho da madrinha de Clara.

 

José e Gorete, os padrinhos de Clara, eram grandes amigos dos pais de Clara, e eram muito ricos Eles amavam a garota como se fosse filha deles.

 

O casal tinham dois filhos, Charles e Sheila. Charles tinha 19 anos, e Sheila 16 anos.

 

Charles parecia um príncipe com os seus cabelos negros muito bem penteados para trás, olhos verdes, pele bronzeada, e um verdadeiro cavalheiro. Ele tinha a aparência do pai, exceto pelo o olho verde, que herdara da mãe. Charles era como o irmão mais velho de Clara.

 

Já Sheila, era bem diferente do irmão. Ela era muito "serelepe". Tinha olhos e os longos cabelos cor de mel. A pele era mais clarinha... a menina chamava atenção por onde passava. Ela e Clara eram muito amigas.

 

Os três juntos não preocupavam o casal, pois confiavam na educação dada aos filhos. Mas os três jovens aproveitavam muito, e curtiam muito as noites uruguaias. Afinal, se tem uma coisa que o brasileiro sabe bem,  é se divertir, né?!

 

 

            ● ○ ●  > ♡ <  ● ○ ●

 

 

 Carlos estava perdido.

Em apenas 50 dias, sua vida virou de ponta cabeça. Ele passou uns dias na casa do irmão na Capital, e foi quando teve paz, apesar da saudade avassaladora que ele sentia de Clara.

Geraldo era o irmão mais velho de Carlos, eles tinham uma diferença de 10 anos idade. Ele era casado com Margarida, que também vinha de família de humilde. Margarida também apreciava muito a amizade do cunhado caçula.

Os dois sempre aconselhavam Carlos. E Geraldo ajudava sempre que o irmão precisava de "socorro". E por isso Carlos abriu o coração para o irmão.

Geraldo:

"É meu irmão... pelo o visto você gamou mesmo nessa moça. Mas principalmente a mamãe, nunca vai aceitá-la. Mas se precisar de ajuda, pode contar com seu mano aqui." - os dois se abraçam.

Geraldo tinha telefone em casa, e de lá, Carlos conseguiu se conectar com Clara, que também estava morrendo de saudade do seu grande amor.

Mas, como nem tudo são rosas, ao voltar para o interior, Carlos caiu numa armadilha criada por Marla e Eloína, mãe de Carlos.

O plano foi o seguinte:

《Quando Carlos chegasse da Capital, iria chegar cansado, e como Clara não estava na cidade, ele com certeza iria ficar em casa na fazenda. Então quando ele estivesse descansando, Marla ficaria de lingerrie deitada ao lado dele. E Eloína iria dar um "flagra" nos dois, assim o obrigando a casar com ela》

Carlos, acordou antes do flagra:

"Mas que mërdä é essa aqui? O que você tá fazendo aqui no meu quarto garota? E ainda pelada? Tá louca?"

Marla dissumulada:

"Como assim louca? A gente vai casar. Você é meu!" _ fala chorando e aos gritos.

Carlos:

"Não pensei que a sua loucura chegaria a tanto. Você precisa ser internada. Anda, veste a sua roupa e sai daqui antes que alguém te veja nesse estado."

Mal Carlos fechou a boca, apareceram os pais dele na porta, e por "coincidência" (graças à Eloína), os pais de Marla também.

Francisco (pai de Marla):

 

"Seu moleque, como se atreve a mexer com a minha filha?"

Carlos tenta se defender das acusações, mas é golpeado por Francisco. Olivardo (pai de Carlos) acredita na inocência do filho, mas diante da situação, algo precisa ser feito, pois tem muita coisa em jogo além da reputação de Marla.

Depois de tantas brigas, discussões, resolveram marcar a data do casamento em duas semanas.

Carlos estava arrasado. Primeiro que ele não havia feito nada. E segundo e mais importante, Clara ia sofrer muito por causa de toda essa armação.

...

Apesar de Clara estar fora do país, Carlos estava sendo vigiado pelos os irmãos de Marla.

Carlos havia escrito uma carta se explicando para Clara. Ele pediu que Mansur entregasse a carta a Clara e que a convencesse de que ele era inocente nessa história. Que ele estava casando por obrigação. Carlos pediu também que Mansur cuidasse dela, pois era possível que Alexandre e Marcos fizessem algo contra Clara, mesmo ele, Carlos, se comportando.

Mansur acredita em Carlos, assim como todos os outros amigos dele. Pois conheciam o caráter de Carlos. E sabiam o tanto que ele amava Clara.

● ○ ● > continua... < ● ○ ●

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