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Um Amor Para Lembrar

Capítulo 1

Um Amor Para Lembrar

Apresentação dos personagens:

Theodoro Bernardo Cooper - protagonista principal.

George Cooper - pai do Theo

Dona Cooper - Mãe do Theo

Maia Gabriela Stevens - protagonista principal

Michael Stevens - pai da Maia

Leonora (Nora, seu apelido) Stevens - Mãe da Maia

Olga - namorada do Theo.

July - amiga da Maia.

Jordan - colega bonito, que Maia tem um crush.

Sinopse:

Maia e Theo se conheceram com apenas sete anos, se tornaram melhores amigos, faziam tudo juntos, mas os pais do Theo tiveram que se mudar para uma cidade vizinha quando eles tinham apenas dez anos.

Seis anos depois, ele retornou para a cidade e para a escola que Maia estudava. Só que agora Theo namorava e Maia tinha uma quedinha por um colega. Porém, ele acabou descobrindo uma traição e Maia não conseguia chamar a atenção do menino que gostava. Foi aí que tudo realmente começou.

- vamos fingir namorar! - ele falou como se fosse óbvio.

- O que? - falei quase gritando.

- Ei, fala baixo Maia! - ele disse.

- Como assim fingir namorar?

***

Capítulo 1

- Eu o amo e não posso deixar você partir novamente! - falei olhando em seus olhos.

- Não precisa me deixar partir novamente! - ele disse e sorriu segurando minhas mãos - venha comigo!

Espera, espera, espera! Vocês não devem estar entendendo nada não é?

Vou contar a história para vocês!

Mas, primeiro precisamos voltar dezoito anos atrás, nós tínhamos apenas sete anos quando nos conhecemos.

- Oi vizinho novo! - falei parando com minha bicicletinha rosa  em frente a casa dele. Eu o vi parado ali com a sua bicicleta, mas sem sair do lugar, resolvi ir falar com ele. - quer andar de bike comigo? - perguntei

- Sim, mas não posso passar daquela e daquela esquina! - ele falou apontando.

Dali em diante, passamos vários momentos juntos, andávamos de bicicleta, íamos no aniversário um do outro, nas festas de halloween combinávamos fantasias. Trocávamos presentes de natal e por fim juramos nunca deixar de sermos melhores amigos.

Mas os pais dele tinham outros planos e se mudaram para uma cidade vizinha quando a gente tinha dez anos.

Foi uma dor terrível perder meu melhor amigo, minha mãe disse que eu estava exagerando e que parecia até que ele tinha morrido, mas na minha cabeça, eu realmente tinha perdido ele.

 Nunca o esqueci.

**

Eu estava no ensino médio, agora com dezesseis anos.  

Quando o avistei entrando na minha escola, tudo naquele corredor pareceu parar, exceto ele, mais velho, com uma calça jeans clara, um tênis preto e uma camiseta branca, com uma mochila pendurada em um dos seus ombros.

Era ele, Theodoro Bernardo Cooper, meu amigo Theo.

Mas toda a magia sumiu, quando uma garota se aproximou e beijou ele nos lábios e eles dobraram no corredor antes de passar por mim.

- O que tá fazendo aí parada no meio do corredor garota? - perguntou minha amiga July se aproximando com suas botas brancas, se destacando no seu look preto.

- Só estava... pensando - falei a ela.

- Vamos para as salas amiga, já deu o sinal! - ela disse e me puxou.

Assim que entrei na sala de biologia, me deparei com ele sentado lá, sem aquela garota que eu não conhecia.

Sentei na minha cadeira de sempre, e fiquei bem quietinha, ele não iria se lembrar de mim, não fazia sentido me aproximar, afinal só iria me decepcionar.

 Com certeza, só eu que pensei na nossa amizade por todos estes anos.

- E ai Stevens! - falou Jordan se aproximando - posso sentar do seu lado?

- Pode e já disse para me chamar de Maia! - falei

- Tá garota, eu só quero uma cadeira para sentar! - ele disse e sentou ao meu lado, o que me deixou um pouco eufórica.

Jordan era lindo, cabelos escuros e olhos claros. Eu tinha uma quedinha por ele, mas ele era meio babaca às vezes.

O professor fez a chamada da turma e começou sua aula. Foi o tédio de sempre, ele falava muito devagar. Mas também, tinha uns setenta anos no mínimo, ele não devia tá aposentado não?

Quando o sinal tocou avisando que aquela aula tinha acabado, eu dei graças a Deus. Peguei minha mochila e meus livros e fui saindo.

- Aí - ouvi uma voz diferente - Maia Stevens?

Me virei e me deparei com ele, Theo. Parado perto da porta, com sua mochila pendurada no ombro, ele segurava a alça com uma das suas mãos. Sua pele estava bem bronzeada, devia ser porque ele estava morando perto da praia, como ele tinha me dito seis anos atrás que iria.

- Sim! - falei dura igual uma estátua, o encarando. - Theo? - perguntei baixo erguendo minhas sobrancelhas.

- Achei que fosse quando a vi entrando na sala, mas quando o professor falou seu nome, eu vibrei! - Theo disse e se aproximou, para minha surpresa, ele me envolveu em um abraço apertado.  - Maia, Maia, não posso acreditar que ainda estuda na mesma escola!

- Pois é, ainda... - falei quando ele me soltou.

- Garota, essa cidade parece que não mudou nada, tudo continuou exatamente igual eu me lembrava.

- Cidade pequena é assim mesmo! - falei segurando firme meus livros.

- Bom, espero que a gente possa conversar mais, mas agora preciso ir encontrar minha namorada, quero que conheça ela! - ele falou

- Claro, vou adorar! - falei e tentei sorrir, acho que não deu certo.

Fiquei olhando ele ir embora e logo Jordan passou por mim andando de Skate no corredor.

- Aí Maia, sai do caminho! - ele falou quando quase me atropelou.

Fui para minha outra sala, aula de matemática, ninguém merece...

--

Finalmente o intervalo tinha chegado, encontrei minha amiga July no caminho e fomos para o refeitório. Assim que passamos a porta que dividia o corredor com o refeitório, vimos um alvoroço, várias pessoas se amontoando e fazendo um círculo. Nos aproximamos e fomos ver o que estava acontecendo.

- Fala Olga, você tá me traindo com esse cara das mensagens? - perguntou Theo para sua namorada, ou ex... enquanto segurava o celular, que devia ser dela.

- Sim! - ela admitiu e todos soltaram um “uuuu” como se estivessem combinado.

- Não acredito que teve coragem! - ele disse e largou o celular dela em cima de uma mesa do refeitório e depois passou esbarrando em todos, com cara de bravo.

- Que babado com esse novato, amiga! Ele é um gatinho né? - ela disse o olhando pelas costas.

- Theo - falei baixo - Theo, é o nome dele!

- Aquele seu amigo de infância que você nunca superou? - ela perguntou com a voz um pouco estridente.

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Amores, sejam bem vindas. Os próximos capítulos serão postados a partir do dia 16/12/2022. Coloquem nos favoritos de vocês, para receberem as notificações dos novos capítulos.

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Se preparem! 🔥🔥🔥🔥

capítulo 2

Capítulo 2

- O que tá esperando garota? Vai atrás do seu amigo gato! - disse July e me deu um empurrão.

- Não, está maluca? Não temos mais intimidade!

- Mas podem ter! - disse ela em tom malicioso.

- Pare! - falei enquanto ela me empurrava na direção da porta que o Theo passou.

- Vai garota! Reconquiste o seu... amigo de volta! - ela falou e eu bufei.

Passei a porta e fui andando naqueles corredores da escola. Os armários que cercavam as paredes, estavam todos fechados e com adesivos decorando, era proibido, mas ninguém ligava. Dobrei em outro corredor e vi uma porta aberta.

Me aproximei e espiei. Ele estava sentado numa cadeira, na sala de química. Suspirei e entrei.

- Theo... - chamei seu nome e ele me olhou - como você está? - perguntei me aproximando e sentei na cadeira a sua frente e arrastei ela, para olhar em seus olhos.

- Apenas me sentindo humilhado, mas nada demais! - ele disse ironicamente.

- Gostaria de ficar sozinho? Só vim ver como você estava! - falei ficando de pé.

- Não, espera! Desculpa se fui grosso, mas um colega nosso, que eu nem conheço, me mostrou aquelas mensagens! - disse Theo.

- Uau, sinto muito, deve ter sido um choque! - falei.

- É foi mesmo, namorávamos por mensagem e só nos víamos duas vezes por mês, quando meu pai falou que teria que voltar para cá fiquei eufórico, mas agora, não vejo mais sentido!

- Não diga isso! É bom se mudar, imagino eu, nunca me mudei, mas acho que é bom poder rever todos os seus amigos do tempo em que morou aqui! - falo a ele.

- Você era minha única amiga aqui na época!

- Bom, já é alguma coisa né? - perguntei nós dois rimos.

- Obrigado por ter vindo ver como eu estava - ele disse e suspirou - quero me vingar dela! - Theo falou.

- Não  faça nada que vá se arrepender! - avisei Theo.

- Não se preocupe, não vou matá-la! - disse ele e nós dois rimos de novo.

- No que pensou então? - perguntei

- Ainda nada, mas vou pensar em algo, mas vamos mudar de assunto, antes que eu pire! Me fala de você e do Jordan, estão ficando?

- Ah não, não, não, não... só colegas! - falei ficando nervosa.

- Se você diz...

- Quer pular o muro do pátio e pegar uns hambúrgueres do outro lado da rua? - perguntei erguendo as sobrancelhas e sorrindo para ele.

- Primeiro dia de aula descobrindo que sou corno e pulando o muro, sujeito a ser suspenso? Não vejo como poderia piorar! Então bora! - ele falou e ficou de pé.

Ajeitei minha calça preta e meu casaco azul marinho e fomos nos esgueirando pelos corredores, depois chegamos no pátio e fomos até a parte do muro em que todo mundo pulava.

- Vou levantar você e depois eu pulo! - ele disse olhando a altura do muro, com suas mãos na cintura.

- Ok - falei e um segundo depois ele me ergueu e me segurei no topo do muro, com dificuldade consegui me sentar. Theo pulou e se segurou com as duas mãos, depois sentou ao meu lado, com muito menos dificuldade do que eu.

Ele pulou para o outro lado, que dava num beco sem saída e me ajudou a descer.

- Quantas vezes já fez isso? - perguntou ele com as mãos nos bolsos da sua calça jeans, enquanto caminhávamos para a rua principal.

- Sendo sincera, nunca! - falei e ele me olhou.

- Nunca fez isso e ainda sim, me corrompeu a isso? Que feio mocinha! - ele me deu um leve empurrão no braço.

- Não se faça de santo, a alguns anos atrás, você me ajudava a pular a janela da minha casa, no segundo piso, para irmos na sorveteria, depois das dez da noite! - falei

- Verdade! Ainda existe aquela sorveteria? Precisamos ir lá! - ele falou animado.

- Ainda existe e ainda vou lá, todo sábado à tarde!

- Você não mudou nada Stevens! - ele falou e meu estômago embrulhou um pouco, parecia até os velhos tempos.

Pegamos nossos hambúrgueres, Theo fez questão de pagar, eu acabei deixando, antigamente cada um pagava numa semana, então na próxima eu pagaria.

Voltamos para a escola e eu não pude deixar de ficar pensando no quanto foi bom essa reaproximação, embora estivesse louca de pena do Theo, a escola ia demorar para esquecer isso. Exceto se ele achasse uma namorada nova, mas podia ser que nos afastássemos se isso acontecesse.

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Amigas, deixem suas florzinhas poooor favooor.

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capítulo 3

Capítulo 3

No dia seguinte, eu estava na educação física, correndo ao redor da quadra e ouvi um “psiu, psiu, psiu”. Olhei para todos os cantos e não vi nada.

- Stevens! - alguém chamou baixo meu sobrenome. Olhei debaixo das arquibancadas  e o vi. Procurei pelo professor e ele estava se engraçando com a moça da limpeza. Aproveitei e me embretei debaixo das escadas.

- O que aconteceu? - perguntei preocupada, visto que ele devia estar matando aula.

- Não se preocupe, está tudo bem! - ele disse me tranquilizando. - mas sei como posso me vingar da Olga!

- Deus... tenho medo de perguntar! - falei passando meu braço na minha testa suada. Minha roupa de educação física estava toda suada.

- Você vai gostar, relaxa! - ele disse e tocou meu ombro - Enfim, estive pensando. Vai beneficiar nós dois! Ninguém aqui lembra que éramos amigos de infância, então podemos fazer ciúmes para a Olga e para o Jordan, que você claramente tem interesse!

- Não estou entendendo! - falei confusa.

- Stevens, vamos fingir namorar! - ele falou como se fosse óbvio.

- O que? - falei quase gritando.

- Ei, fala baixo Maia! - ele disse.

- Como assim fingir namorar? Isso iria afastar o Jordan! Não atrair! - falei.

- Não seja boba, homem só percebe que uma garota é atraente, ou que ela de fato existe, quando outro cara ta com ela. Garanto a você, nós dois vamos ganhar com isso.

- Acha que Olga vai ficar com ciúmes? - perguntei.

- Acho, porque ela estava me ligando e mandando mensagens ontem a noite. Eu não atendi, mas numa das mensagens ela pediu desculpas e disse que queria conversar, por isso, temos que ser rápidos. Quanto antes  ela nos ver juntos, mais cedo a vingança começa!

- Mas o que você vai ganhar com isso?

- Nada, só o gostinho dela saber como é ser trocada! Por isso estou com pressa, ela com certeza acha que eu devo estar sofrendo.

- Se você quer vingança, então está sofrendo!

- Olha, isso é discutível! - ele falou e fez cara de desentendido - Mas me conheço bem, logo vou ter esquecido ela e me sentir vingado!

- Acho arriscado!

- Qual é Stevens, você era mais corajosa aos dez anos!

- Não sei Theo...

- Aceito os termos que você impor! - ele falou e então fiquei tentada.

- Qualquer coisa? - perguntei

- Hum... qualquer coisa!

- Quero carona para ir e voltar da escola!

- Isso é fácil - ele disse sorrindo - mas porquê você não tem carteira?

- Eu tenho!

- Então não tem carro?

- Tenho! - falei olhando para o chão.

- Não estou entendendo...

- Sofri um pequeno acidente, bati o carro na entrada da garagem de casa e ele está todo amassado, meus pais não sabem ainda...

- Uau, sabe que eles vão descobrir né?

- Isso deixo para quando acontecer, vai fazer isso? - perguntei.

- Sim, pago o preço! - ele falou estendendo a mão.

- Não é só isso, não vamos nos beijar! - afirmei.

- O que? E quem vai acreditar que estamos namorando, se não nos beijarmos por aí? - Theo perguntou.

- Podemos andar de mãos dadas, comer juntos no intervalo e você já vai me levar e me buscar da escola, então todos vão acreditar!

- Acho que vão pensar que eu sou meio molenga... mas quero falar no seu ouvido e beijar pelo menos perto da sua boca, quando Olga estiver por perto! E preciso que vá em todas as festas do pessoal da escola!

- Que festas? Como foi convidado? Você mal chegou! - falei chocada.

- Já fiz novos amigos! - ele disse.

- Antes você só tinha eu de amiga, quem diria! - falei rindo.

- Entrei pro time de futebol da escola, só ontem recebi três convites! - ele falou.

- Ta! Combinado! Mas vai ir no aniversário de casamento dos meus pais!

- Aniversário de casamento? - ele falou fazendo careta - fechado!

Estendi minha mão pela ele e apertamos as mãos.

- Nos vemos no intervalo Maia! - disse o Theo enquanto saia debaixo das arquibancadas. Fiquei ali mais um minuto, sabia que iria me arrepender. Alguém sairia ferrado nessa história e eu achava seriamente que ia ser eu.

A manhã passou voando. Quando chegou a hora do intervalo, eu estava nervosa.

- Por que está assim amiga? - perguntou July caminhando do meu lado.

- Bom... é que... - antes que eu pudesse terminar, Theo se aproximou por trás de nós e pegou minha mão.

- E ai Stevens! Amiga da Stevens! - ele falou olhando de mim, para ela.

- AI MEU DEUS! - July falou arregalando os olhos quando viu nossas mãos juntas. - Amiga do céu! Como você não me contou uma coisa dessas?

- Eu ia contar neste exato momento - falei baixo

- Você odeia que te chamem de Stevens, mas ele pode? - ela perguntou

- Ela odeia? Mas chamo ela assim desde que tínhamos sete anos! - disse o Theo.

- Quando eu conheci ela, Maia já não gostava que chamassem ela assim! - disse July.

- Deve ter sido porque era uma coisa nossa! - ele falou maliciosamente.

- Eu estou aqui! - falei lembrando eles.

- Desculpa amiga, quando falei para você ir atrás dele ontem, não achei que vocês iam engatar algo tão rápido, achei que podiam dar uns amassos por aí, mas só!

- Ah, então foi falar comigo, por que ela mandou? - ele perguntou me olhando.

- Não foi bem assim! - falei.

- Ah foi sim, tive que empurrar ela pelo corredor!

- July! - falei entre os dentes.

- Tudo bem July, obrigado! - Theo falou. - graças a você descobrimos que tínhamos que tentar!

- Vocês não vão ficar de melação por aí né? Não vou segurar vela, já aviso, então quando forem se agarrar, me avisem que eu vaso! - falou July

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