Eu me chamo Yasmin Moralles de Souza, tenho 20 anos e há dois, estou presa em uma casa de prostituição.
Eu sou natural de Cilda Rimenes, no México e vim para a capital em busca de uma vida melhor para os meus irmãos que cuido desde os meus onze anos.
A minha mãe faleceu no parto do Miguel, o meu irmãozinho mais novo, que atualmente tem oito anos de idade. Além do Miguel, tenho a Isabel de doze, e o Vitor catorze.
O meu pai? Após a morte da minha mãe nunca mais eu o vi. Ele sumiu no mundo, se entregando ainda mais aos vícios.
Assim que a minha mãe foi embora desse mundo, tive que começar a trabalhar para manter os meus irmãos, e de certa forma eu consegui, mesmo tendo que sacrificar até a minha alimentação para que eles pudessem comer.
Não temos ninguém por nós. Foram somente nós desde sempre, até que uma moça que parecia ser um anjo, bateu na nossa porta e me ofereceu um emprego aqui na capital.
Ela parecia ser alguém disposta a me ajudar, afinal, só tinha dezoito anos de idade, com irmãos para tomar conta, e precisava de trabalho, além de correr um sério risco de perder a guarda dos três.
Eu aceitei o trabalho, e ela me disse que ela era de uma agência de babás, que estavam a procura de pessoas que gostassem de crianças, que tivessem experiência, já que a agência havia crescido e várias pessoas haviam procurado por ela. Aceitei de imediato, e vim para cá.
Ela me deu uma adiantamento para que eu pudesse comprar algumas roupas para os meus irmãos, alimentos, material escolar, e até arrumou uma casa para que eu pudesse morar com eles aqui.
Tudo parecia um sonho! Mas, assim que pisamos os pés aqui, tudo mudou e a dura realidade veio á tona: eu havia sido enganada, e a partir daquele momento, teria a virgindade leiloada, e seria obrigada a me prostituir.
A Raika é uma mulher fria, gananciosa, que faz de tudo por dinheiro. Acreditei nas mentiras dela, e agora, tenho uma dívida enorme com ela, tendo os meus irmãos nas garras dessa maldita.
Eles acreditam que eu trabalho como babá, e que tenho patrões exigentes, e o alto salário me permite dar uma vida boa á eles, quando na verdade, quanto mais luxo e conforto ela proporciona á eles, mais eu me endividado com ela.
Os meus irmãos estão bem cuidados, bem protegidos, e estudam na melhor escolha da cidade, e uma das maiores do país. Fazem aulas extras, e têm tudo o que querem. As vezes, sou liberada para passar o dia com eles em casa, mas sempre sob vigilância.
Qualquer passo em falso, essa desgraçada mata os meus irmãos, e infelizmente já presenciei a dor de quem ousou desafia-lá, e perdeu filho, mãe, ou alguém que amava muito, além de perder a própria vida.
Aqui, embaixo do chuveiro, esfrego o meu corpo sem parar, na intenção de tirar todo o nojo que sinto de mim mesma.
Hoje, fiz cinco programas. Os dois primeiros, foram com velhos asquerosos, e os outros três, com homens da minha idade que me machucaram muito.
E, essa tem sido a minha dura vida! Sempre me perguntando se isso vai ter fim. A dor é grande, as minhas forças estão se esgotando, mas, ainda sou forte pelos meus irmãos que precisam de mim.
Me mantendo assim, consigo mantê-los em segurança. Fugir com eles é algo que cogito todas as noites, mas, pode dar muito errado, e eles podem pagar muito caro por isso.
Após tomar banho, coloco uma roupa confortável, e me deito na cama. Hoje, está uma noite chuvosa, e o clarão dos raios iluminam o meu quarto escuro. Deitada aqui, choro muito, perguntando o motivo de tudo isso.
As minhas partes intimas doem, assim como todo o meu corpo, mas, as feridas da minha alma doem muito, muito, muito mais!
As lágrimas molham o meu rosto, até que depois de ficar encolhida na minha cama, consigo dormir finalmente, até acordar no outro dia com o meu alarme, e o barulho de alguém batendo na minha porta...
— Yasmin? — me levanto e abro a porta. — a Raika quer todas nós lá embaixo em 10 minutos! — Cleia diz, e desce.
Faço a minha higiene matinal, coloco uma roupa de frio devido ao tempo, e desço as escadas. Tomo somente um café preto para não ficar com dor de cabeça mais tarde, e logo vou para o salão onde as outras meninas estão começando a se reunirem.
— Como sabem, hoje é um dia muito especial. Hoje teremos a visita de uma pessoa muito importante, que escolheu a nossa casa para uma festa em comemoração á uma parceria com o maior Cartel do México. Aqui hoje, vamos ter homens e mulheres poderosos, pessoas que pagarão muito bem. Então, minhas queridas, aproveitem que o cachê hoje é todo de vocês. Usem e abusem da criatividade de vocês. Se arrumem, e fiquem sem sexys. — ela olha para mim dos pés á cabeça. — ah! outra coisa... vamos fazer aquele mesmo esquema, onde as meninas que irão dançar, não farão programa. Hoje, as escolhidas são Flora, Moana, Morgana — eu começo a pedir mentalmente para que ela me escolha — e... Yasmin! Podem começar a ensaiar, meninas. O Show será por conta de vocês! Voltem ao trabalho.
Solto o ar que estava preso em meus pulmões. Finalmente conseguirei ter um dia de paz nesse muquifo. É uma mansão espaçosa, bem luxuosa, mas acontece coisas tão... que, acaba se tornando pobre, um verdadeiro muquifo, sem beleza alguma. Vou para a barra, onde me preparo para começar a ensaiar, até que Morgana me olha.
— Está tudo bem, amiga? Você parece meio aérea hoje.
— Estou bem sim, Mô. É que eu estou pensando aqui em como será bom ficar á noite inteira sem ter que suportar nenhum velho asqueroso, ou um homem que quer bancar o Christian Grey, sem ao menos saber o que está fazendo! — respondo enquanto me alongo e ela dá risada.
— Isso de fato será maravilhoso!
Morgana está aqui há cinco anos. Entrou nessa vida por necessidade, após ser expulsa de casa pelos pais, grávida de um homem casado que a enganou ocultando a sua família.
Ela é uma mulher muito bonita, nem como negar. Além de linda, é bem educada e a única amiga que tenho nesse lugar, já que as outras me odeiam e me vêem como ameaça por sempre ser a favorita, como se isso fosse algo bom.
Eu me chamo Marissol Petrovich, tenho 26 anos e sou dona da A Bratva.
Assumi o comando há seis anos, quando o meu pai decidiu se aposentar e passar o comando para mim.
Eu tenho mais duas irmãs. As gêmeas Luana e Lauana. A Lauana é a minha melhor amiga. Somos amigas desde de sempre. Porém, a minha relação com a Luana nunca foi das melhores, porque desde criança ela sempre foi muito mimada, e sempre quis que tudo fosse do jeito dela á todo momento.
As nossas brigas se tornaram constantes, e o que os nossos pais acharam que era briguinha de criança, e apenas uma fase, quase resultou em morte, quando descobri que a minha ex esposa pediu o divórcio para se casar com a minha irmã, tendo o total apoio da minha mãe.
A Ísis e eu fomos casadas por cinco anos e meio. Eu a conheci quando tinha apenas dezenove anos, e me apaixonei perdidamente por ela. Eu adorava o seu jeito maluco de ser.
Sempre impulsiva e sincerona, foi me cativando cada vez mais, até que começamos a namorar. Ficamos noivas e nos casamos.
Tínhamos um relacionamento perfeito, ou pelo menos era isso que eu achava. Sempre quando tocavamos no assunto sobre termos filhos, ela se esquivava completamente do assunto, e não queria nem saber. Isso era um ponto que passou a me incomodar, já que eu sempre quis ser mãe.
Quando assumi a A Bratva, o que era lindo, perfeito, e tudo para ser um casamento maravilhoso, passou a ir por água abaixo, devido aos seus ciúmes exagerado a cada reunião do conselho ou evento ligado a máfia.
Sempre muito desconfiada de tudo, sempre acreditando que colecionava amantes por onde eu passava, até que, numa viagem, a minha mãe me ligou, avisando que ela queria o divórcio.
Eu não entendi nada, e até tentei reatar, conversar pelo menos, mas ela não quis. Disse que havia chegado ao fim e pronto.
Mesmo sendo apaixonada por ela, respeitei a sua decisão até que, num dia, vi uma foto dela com a minha irmã e um texto de declaração, e várias pessoas felicitando o casal, e outras criticando a postura das duas, que nem se deram o trabalho de responder. Apenas privaram os comentários.
A minha mãe apoiou, se virou contra mim. Não sou próxima do meu pai, e tá tudo bem. Aprendi a me virar. Me jogaram aos lobos, e voltei liderando a matilha.
Assim que assumi A Bratva, fizeram até um aposta para ver quanto tempo aguentaria no comando, e o tempo máximo que me deram, foi 4 meses.
Parece piada, né?! Mas, aqui estou eu. Hoje, sou temida por muitos, e a minha fama percorre pelo mundo, e que ousou tramar contra mim, ou me desafiar, não está mais vivo para poder contar a história.
O meu jatinho pousou há dois dias aqui no México, e eu estou aproveitando para conhecer um pouco da cidade.
Hoje, será o dia em que iremos comemorar um negócio com um Cartel daqui, que será ótimo para mim. Eu irei ajudá-los com os seus desafetos, e ganharei cada vez mais respeito e espaço.
Sem contar que os mexicanos são ótimos quando o assunto é traficar, e isso é ótimo para mim, claro.
— Que horas mesmo nós vamos?! — O Eliabe entra na sala, olhando para o relógio.
— Daqui a pouco, por que? Quanta pressa, meu amigo!
— Quero ir logo, minha amiga. Quero aproveitar a noite! Aproveite e faça o mesmo. Está precisando relaxar esse teu mau humor. Quem sabe não encontre por aqui uma chica caliente, que lhe dá um bom chá e você relaxe? Só ouvi elogios dessas moças que trabalham naquela casa. Principalmente da tal Yasmin, a ruiva. Dizem que ela é gostosa pra caralho. É de deixar qualquer um babando por ela. — ele esfrega as mãos.
— Em primeiro lugar, se voltar a falar do meu humor, eu juro que decoro a sua testa com uma bala! Em segundo lugar, a Yasmin é um dos nossos alvos, e sabe bem quais são as metas para essa moça. Ela será bem útil para mim. De todas naquela casa, a Yasmin é a pessoa que se encaixa perfeitamente nos meus planos, e é isso que farei. Então, guarde o seu pau dentro das calças, e pense com a cabeça de cima, porque, estaremos numa casa de prostituição, num território onde temos inimigos que podem muito bem lhe arrancar informações sem que perceba numa chave de pernas.
— Pode deixar, chefia. Eu nunca vacilo! — arqueio a sobrancelha e olho para ele. — tudo bem. Vacilei somente aquela vez, okay? Aprendi a lição, e não farei de novo.
— Eu acho muito bom mesmo, ou ninguém irá lhe salvar dessa, cara de pau!
Ele dá risada e nega com a cabeça. Dado o horário, eu me arrumo, colocando um vestido colado no corpo, um salto médio, e prendo os meus cabelos num coque. Faço uma make básica, colocando as minhas jóias, a minha pistola no meu decote, e outra no suporte em minha coxa, junto com o meu canivete, e estou pronta para irmos.
Gosto de ir sempre num jeito mais feminino, já que nesse mundo, as pessoas são machistas e julgam as mulheres, achando que somos frágeis.
Assim que chegamos ao local indicado, desço do carro acompanhada dos meus melhores soldados e, do Eliabe, meu braço direito.
Logo que entramos, uma moça morena vem me receber. Ela é muito gata, não tem como negar. A sua roupa extravagante deixa o seu corpo extremamente bonito, mas, ela não faz o meu tipo.
Não curto mulheres nesse estilo. Aprecio mais outras coisas numa mulher, do que um belo par de peitos, coxas e bumbum.
Sou cumprimentada por todos, e me sento na melhor mesa. Logo, mulheres apenas de lingerie começam a vim na nossa direção, mas eu me mantenho fechada, sem dar muita atenção.
Apenas bebo e converso mais com o Eliabe. Quanto aos outros que se juntaram á nós, somente respondo, quando me é perguntando algo, sem prolongar o assunto.
Não demora muito, e as moças que irão dançar entram. Elas estão usando um conjunto dourado, que cai bem no corpo delas por sinal.
Todas são verdadeiramente lindas, mas os meus olhos se fixam na ruiva de olhos verdes e cabelos longos, que está dançando no meio. Ela aparenta ter no máximo 1,60.
Ela tem um belo par de seios, a cintura fina, que dá destaque os seus quadris largos e o seu bumbum redondinho.
Não sou de prestar tanta atenção assim no corpo de uma mulher, mas essa mulher lançou algum feitiço em mim, que não consigo parar de olhar para ela e babar loucamente.
Eu nunca havia ficado assim por mulher nenhuma, até bater os olhos nessa moça, que estava na minha mira para realizar os meus planos. Isso será uma tentação deliciosa de se ter... sem dúvidas!
Assim que o show termina, todos aplaudem e ficam babando por Yasmin...
— Eu quero a ruiva! — um homem de meia idade diz, tomando um gole da sua bebida.
— Desculpa, senhor... mas, pelas regras da casa, as moças que dançam, não fazem programa na mesma noite.
— Por escolha de quem, Raika?!
— Delas.
— Raika, elas são putas! Elas dão a buceta por dinheiro. É somente aumentar a oferta. Simples assim. — O outro homem diz, e arranca risada de todos.
Marissol não disse nada, apenas observava a postura de cada um, fazendo uma análise completa.
Não demora muito, para que ela logo enxergue quais são as pessoas idéias para alavancar os negócios, e quem ela poderá se livrar o mais rápido possível.
Não demora muito, e logo uma pequena confusão se forma, porque os homens a todo custo, querem transar com a moça.
—Nós damos vinte e cinco mil reais. Damos cinco muito cada pela moça! — o homem dá um sorriso de lado e Raika sorri.
— Tudo bem. Ela é toda de vocês. Podem usar e abusar. — Ela se vira para a moça que estava próximo a nós. — Chame a Yasmin aqui, agora!
Assim que sai, Yasmin volta e logo moto a decepção em seu olhar. Ela tem um jeitinho doce de menina-mulher, além de curvas que não preciso nem citar. O seu jeitinho pira a minha consciência, sem dúvidas...
— Yasmin, os cinco pagaram por você por essa noite. Então, você será deles — ela olha os homens. — Os cinco de uma vez? Ou de cada vez?
— Iremos todos de uma vez! — o homem responde, fazendo com que os outros dêem risada, e logo, todos param para olhar o espetáculo.
— Não, eu não vou! Raika, sabe bem que, quando a menina dança, ela não faz programa. Hoje não é a minha noite! — a Ruiva diz firme, olhando para a mulher, que a fuzila com o olhar.
— Sim, Yasmin. Essa noite você será dos cinco que pagaram por você. O seu trabalho nesse lugar unicamente é esse: FOD€R! Então, suba agora para aquele caralh0, e vá trepar com eles até eles quiserem.
Assim que a mulher diz, um dos homens da um tapa no bumbum da moça, e os cinco tentam arrasta-lá.
— Vamos, baby! Será gostoso, eu prometo... — o homem diz, tentando pegar nos seios dela.
Ao ver aquela cena, Marissol serra os punhos.
Ela se revolta em ver que MULHERES, estão dando risada do sofrimento da Yasmin, que nitidamente não está a fim daqui, que para todos ali naquele salão, acabou virando um show a parte.
Ela pega o seu Whisky e o vira de uma vez, na esperança de que, com ele, descesse toda a sua fúria e a vontade de acabar tacando fogo naquele lugar com todos dentro.
— Ela é minha! — uma voz alta ecoa pelos salão, fazendo com que as risadas parem e olhem para a pessoa que acabou de falar.
— O que disse? — um dos homens olham para Marissol.
— Eu disse — ela se levanta e vai até Yasmin, que está sendo ainda segurada pelos homens — que ela é minha!
Marissol encara o homem, que logo engole em seco.
Todos ali conhecem a fama de Marissol. Sabem que ela não brinca em serviço, e que pode ser sim, cruel e sanguinária, sem poupar ninguém da morte.
Os homens prontamente soltam Yasmin, mas, apenas um dele continua segurando a moça.
— EU NÃO VOU SOLTAR ! — o homem berra.— EU JÁ PAGUEI POR ESSA PUTA, E ELA QUEM EU VOU COMER. NÃO QUERO SABER DE...
Antes que o homem termine de falar, ela saca a pistola que está no seu decote, e atira na cabeça do homem, que cai no chão, causando espanto em todos. Principalmente em Yasmin, que estremece da cabeça aos pés.
— Mais alguém tem alguma coisa a dizer? — ela levanta a arma e ninguém responde nada.
— Ótimo! — ela se aproxima de Yasmin, segurando suavemente o seu queixo, fazendo com que olhe para ela. — Você vem comigo
Yasmin, que já estava com os olhos marajeados, apenas concorda com a cabeça e segue a mulher até um dos quartos da boate.
Assim que entram, Marissol tranca a porta, e pela fenda do vestido, começa a retirar a arma que tinha em sua coxa, fazendo Yasmin olhar fixamente para a sua perna, mas dessa vez, era de desejo.
Yasmin já havia notado como Marissol era linda e extremamente sexy.
Marissol repete o mesmo movimento, e retira um pequeno canivete, e se senta na cama.
— Vem aqui. — Ela diz com uma voz dominadora, fazendo Yasmin automático obedecer. Não por medo, mas sim, por desejo.
Yasmin caminha até ela, parando na sua frente, que sem perder tempo, olha para a intimidade de Yasmin, e morde os lábios.
Os seus olhos passeiam de baixo para cima, até encontrar os olhos de Yasmin...
— Yasmin — ela passa a ponta dos dedos por cima pequeno short dela. — Quer foder comigo?
— Q...quero! — a voz de Yasmin vacila.
Ela então se abaixa, danado um beijo por cima dos panos, se movendo rápido, e fazendo Yasmin deitar na cama.
Marissol fica entre as duas pernas, alisando a sua coxa, e dando um tapa no seu bumbum.
Ela vai até o pescoço de Yasmin, criando uma trilha de beijos até o pescoço dela, e sussurra:
— Há quanto tempo não tem um delicioso orgasmo?! — ela olha para Yasmin, que não consegue responder, já que está ofegante com a mão de Marissol, que já está na sua intimidade — hoje, você é minha. Farei gozar como nunca.
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