Um Vilão Também Ama
CAPÍTULO 01
No meio da floresta, uma figura mediana cambaleava pela noite. Nos seus braços um bebê recém-nascido. O seu corpo estava coberto por sangue, o seu rosto pálido e suado mostrava que ele havia passado por um momento de extrema agonia. A sua respiração estava pesada.
Conon
Me desculpe bebê.
— fala entre soluços.
Canon havia acabado de sair de uma parto prematuro, ele sabia que tanto a sua vida, quanto a do bebê logo chegaria ao fim. Mas ele ainda queria se agarrar a um último fio de esperança para salvá-lo.
O choro do bebê ecoava na floresta escura, se misturando aos cantos das corujas e aos sons que o vento fazia, ao se chocar contra as folhas das árvores.
Conon
Está com fome?— se escora com dificuldade numa árvore.
Com os olhos cheios de lágrimas e com as mãos trémulas, Conon retira um dos seus seios para fora e o aproxima dos pequenos lábios do seu bebê, faminto.
Conon
Shiii! Eu estou aqui, eu estou aqui.
Com o pouco de força que lhe restava, Conon nina o bebê até que os seus soluços desaparecesse completamente.
Conon
Me desculpe, se eu soubesse que você estava a crescer dentro de mim. Nunca teria-me submetido aquilo. Perdoe-me filho. Perdão!
A sua garganta seca fez com que a sua voz saísse rouca. Fazia dias que Conon não bebia água ou se alimentava direito.
O seu corpo que antes estava fraco pela desnutrição, agora estava prestes a entrar em colapso, devido ao parto prematuro.
Conon
Você parece-se com ele...
As suas lágrimas desciam, moldando as suas pequenas bochechas, que antes deveriam ser duas almôndegas rosadas.
Conon
Se eu pudesse volta...
Com um pequeno sorriso, Conon toca as bochechas do bebê nos seus braços, logo percebendo a frieza no seu corpo.
Conon
Bebê... você foi primeiro?
Um nó formou-se na sua garganta.
Conon
Tudo bem, papai não está bravo.
Conon deixou um sorriso amargo escapa.
As lágrimas saiam descontroladamente.
Conon
Papai logo vai está com você.
Conon, com muita dificuldade se levanta.
Conon
Vamos procurar um lugar para servir da nossa casa? Eu não posso deixar o meu filho no frio, não é?— sorrir olhando para a bolinha fria nos seus braços.
Em passos lentos, ele caminha na floresta até chegar numa caverna úmida e fria.
Conon
Está muito frio aqui dentro.
Uma pontada de decepção surgiu nos seus olhos, mas logo foi substituída por uma súbita tristeza e arrependimento.
Conon
Eu não posso nem mesmo tirá-lo do frio. Eu sou mesmo patético.
Sem ter forças para procurar por um lugar melhor. Conon se dar por vencido e se escora na grande parede ao seu lado.
Conon
Essa será a nossa casa bebê.
O seu sorriso era vazio e sombrio, não havia sequer uma pitada de emoção nele.
Conon
Se houver uma próxima vida...
Fala olhando para entrada da caverna.
Conon
Deus, Buda o Diabo, seja quem for. Por favor, me dê a chance de ter o meu bebê em meus braços novamente. Por favor... por favor.— suplica em lágrimas.
CAPÍTULO 02
Conon* Eu não posso acreditar no que estou ouvindo. Por que isso meu Deus? Por que ele sempre tira tudo de mim.
Kaeth
Você ouviu bem. Não se faça de surdo Conon.— o olha com frieza.
Conon
Você só pode está brincando.
— rir em descrença.
Kaeth
Interprete como quiser, só saiba que essa é nossa última vez, juntos. Eu vou-me casar com o seu irmão, você querendo ou não.— se vira, caminhando até o banheiro.
Conon
Eu me entreguei a você...
* Por que tudo é tirado de mim?
* Por que eu não posso ser amado?
* O que há de errado comigo?
Conon se levanta com um pouco de dor em seu quadril e começa a se vestir rapidamente e logo depois, pega as chaves e caminha até a porta, saindo.
O moreno socava o volante irritado.
Conon
Ele me tirou outra pessoa.
Os seus olhos estavam cheios de tristeza.
Conon* Minha vida nunca foi um conto de fadas. Minha mãe, primeira esposa do meu pai. Morreu assim que nasci, meu pai, responsável por mim. Nunca me abraçou, falou comigo ou olhou para mim. Ele sempre fingiu que eu não existia.
* Por não suportar me ver, meu pai me enviou para o interior, onde eu fui criado pelos empregados até os meus 10 anos.
* Quando retornei a cidade, meu pai havia trazido o amante e os dois filhos que teve com ele para morar na casa em que a minha mãe havia vivido no passado, presente que ganhou de casamento da sua falecida sogra, no dia da sua morte.
* Eu não odiava os meus irmãos. Mas no aniversário do vovô, meu irmão caçula desobedeceu ao papai e subiu numa escada e caiu, quando vi, tentei ajudá-lo.
* Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, o nosso pai veio correndo para ajudá-lo. Ao perceber a minha presença, ele só me deu um tapa e disse que estava decepcionado comigo.
* Naquela hora, achei que o meu irmão iria esclarecer o que realmente havia acontecido. Mas no final, ele só se encolheu nos braços do papai, e escondeu o seu rosto, assustado.
* Foi a partir desse dia, que o meu inferno começou. Tudo de ruim que acontecia com ele, a culpa recaia sobre mim. A única coisa que podia manter o meu sorriso e sanidade, era o meu lindo noivo.
Conon
Mas agora, até isso ele tirou de mim. Aquela cadela maldita.
* Sim, ele é igual ao Ômega que deu à luz a ele. Aquele Ômega também roubou o meu papai, e fez a minha mamãe sofrer.
Conon
Os dois deveriam morrer.
— rir em desespero.
* Tudo o que é meu é tirado por ele.
* Eu não posso perdê-lo também.
* Kaeth é a minha única luz.
Conon
Mamãe, foi assim que você se sentiu quando tiraram o papai de você?— olha pela janela do carro.
* O que eu deveria fazer?
* Como eu posso impedir esse maldito casamento? Por que ele me abandonou?
CAPÍTULO 03
Com o peito pesado, o medo e o desespero de ser abandonado novamente estava o sufocado, deixando-o louco.
Conon gira a chave, e logo começa dirigir em direção a saída do estacionamento.
SECRETARIA[Lina]
Jovem Kim, o Sr. está ocupado.
— tenta impedir a sua entrada.
Conon
Ocupado?
— a encara sério.
SECRETARIA[Lina]
Sim, sinto muito Jovem Mestre.
— da, um meio sorriso.
Conon
Quem está lá dentro?
SECRETARIA[Lina]
Isso...
— hesita.
Conon
Ôh! Claro, eu já sei quem é.
— sorrir, visivelmente irritado.
SECRETARIA[Lina]
Sinto muito!
— curva.
Conon
Eu vou esperar na sala de espera.
— se vira saindo de lá.
SECRETARIA[Lina]
💭Tadinho do Jovem Mestre, por que todos o trata tão mal? Ele é tão adorável e gentil.— o observa sai, sentindo um pouco de pena.
Conon* Ele sempre tem tudo. Amor, carinho. Tudo! Por que eu nasci, então?
* Se eu pedir ao papai. Ele me ouviria?
* Sim, ele não pode ser tão cruel, não é?
Conon
Eu também sou filho dele.
* Sim, a babá sempre diz que ele me ama. E que ele apenas não sabe demonstrar os seus sentimentos. Por, mas que eu duvide muito disso, tento agarrar-me ao máximo à essas palavras para não me sentir só.
* Papai é uma existência, que está longe do meu alcance. Algo que acredito que nunca poderei ter, estando em vida.
SECRETARIA[Lina]
Jovem Mestre!
— adentra a sala.
SECRETARIA[Lina]
O mestre já está disponível.
— fala gentilmente.
Conon
Obrigado, Lina.
— força um sorriso.
SECRETARIA[Lina]
É um prazer!
— sorrir timidamente.
Conon se levanta um pouco receoso e caminha silenciosamente até a porta.
Conon
Obrigado de novo.
— diz saindo de lá.
SECRETARIA[Lina]
💭Boa sorte!
— acena.
Conon* Caminho pelos corredores e paro em frente a uma grande porta de madeira.
Ki-moon
O que faz aqui?
— o encara.
Conon
O senhor sabe o que vim fazer aqui. Não finja inocência.
Ki-moon
Sobre a mudança de noivos?
— arquear uma sobrancelha.
Conon
Deveria mesmo está me perguntando isso?— cruza os braços e o encara descrente.
Ki-moon
O Sr. Parker decidiu cancelar o noivado. Só estou garantindo que a nossa parceria continue intacta, com esse casamento.— fala sem demonstrar nenhum, remorsos.
Conon
Qual é diferença entre mim e ele?
Ki-moon
O seu irmão tem caráter, diferente de você. Ou esqueceu quando tentou matá-lo?— o olha friamente.
Conon
Você já perguntou a ele se eu realmente tentei matá-lo? Perguntou?— o olha com ódio.
Ki-moon
Eu não preciso perguntar, algo que eu vi com os meus próprios olhos.
Conon
Claro! O que eu deveria esperar do homem que nem mesmo esperou o corpo da esposa esfriar, para trazer o amante e os filhos para dentro da casa dela?— deboche.
Ki-moon
Meça as suas palavras, Conon.
— se levanta e bate na mesa.
Conon
VOCÊ ALGUMA VEZ MEDIU PARA ME ACUSAR DE ASSASSINATO?
Ki-moon
NÃO OUSE LEVANTAR A VOZ PARA MIM, EU AINDA SOU O SEU PAI.—fala usando a voz de Alfa.
Conon
Argh!— tampa os ouvidos.
Os feromônios agressivos de Ki-moon, começaram a se espalhar por toda a sala. O que deixou Conon ainda mais irritado pela a sua falta de irracionalidade. Liberando toda a frustração em seu peito, Conon sente uma onda de adrenalina percorrer por todo o seu corpo, fazendo o mesmo ignorar a dor em seus ouvidos e olhar para o homem de pé à sua frente.
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