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Traição

Capítulo 01

Como sempre, Alice Gray estava trabalhando nas contas da casa, que geralmente fechavam no vermelho. Aos 21 anos, ela poderia estar na universidade, assim como a maioria das suas amigas de infância, mas infelizmente a vida não seguiu o rumo normal para ela.

Ainda criança, Alice perdeu sua mãe em um acidente de carro. Graças a Deus, seu pai tinha sobrevivido e ela não foi enviada para um orfanato. Contudo, tempos depois, Stephen descobriu uma doença degenerativa. Com passar dos anos, ele ficou impossibilitado de trabalhar e contava com a ajuda de sua única filha para manter a casa e pagar as contas.

Apesar de tudo isso, Alice levava a vida de maneira positiva e não deixava se abater. Quando terminou o ensino médio, ela fez um curso rápido de secretária para conseguir um trabalho que pagasse melhor, mas na pequena cidade de Virgínia, no estado de Nevada, praticamente não existiam empresas que mantinham sua sede administrativa naquele lugar. Por conta disso, Alice trabalhava em uma pequena loja de flores.

- Papai, eu tenho que correr para loja, pois já está no horário do meu turno. - Alice falou fechando seu caderno de contas.

- Tudo bem, minha querida. Eu vou tentar fazer a limpeza da casa para ajudar você. - Stephen se sentia um peso na vida da filha e fazia qualquer coisa para ajudá-la.

- De jeito nenhum! - Exclamou Alice. - Quando eu chegar do trabalho, eu vou fazer isso. Não se preocupe com nada. Muitas meninas fazem academia. A limpeza da casa é meu exercício diário. - A forma como Alice encarava a vida ajudava a amenizar o sofrimento do seu pai. Onde já se viu comparar limpeza da casa com academia?

- Só você mesmo para pensar assim, Alice. - Respondeu seu pai num tom triste. - De toda forma, eu vou ajudar no que eu puder. Bom trabalho.

- Sua comida está no forno. Quando quiser comer, só precisa esquentar. - Alice falou pegando sua bolsa e seguindo em direção a porta.

A loja de flores ficava no centro da cidade. O lugar era bastante charmoso, muito similar aquelas pequenas cidades de Faroeste no interior dos Estados Unidos. As construções em madeira, com teto em duas águas, davam um ar pitoresco ao local e por esse motivo, a cidade recebia muitos turistas todos os anos.

- Bom dia senhora Sheridan. - Cumprimentou Alice assim que entrou na loja.

- Bom dia Alice. - A gentil senhora respondeu. - Como está seu pai? - Ela perguntou interessada. Senhora Sheridan gostava muito de Alice e se preocupava bastante com todas as responsabilidades que estavam nas costas da jovem.

- Hoje, ele acordou bem, mas continua melancólico como sempre. - Lamentou Alice sorrindo. - É muito difícil para um homem ativo e trabalhador, como era meu pai, ter quer ficar em casa sem fazer nada. Ele tenta ajudar como pode, mas prefiro que ele não faça nenhum esforço.

- Você é uma menina de outro. Muitas já teriam ido embora dessa cidade pequena e abandonado o próprio pai.

- Eu jamais faria isso. Meu pai conta somente com minha ajuda e somos uma família. - Alice não gostava daquele tipo de comentário. - Nós precisamos conferir o estoque de rosas. - Alice comentou mudando de assunto. - Ontem, eu vendi alguns ramalhetes para decoração do restaurante e não podemos deixar isso faltar, pois é o produto que mais sai.

- Parece que as pessoas dessa cidade pensam que só existem as rosas como flores. - Respondeu à senhora Sheridan. - Eu prefiro as peônias.

- Concordo, o perfume que ela exala é bem mais intenso que o da rosa. - Alice sorriu. - Infelizmente, ela custa bem mais caro e acho que por isso as pessoas preferem rosas.

- Realmente. Como sempre você tem razão, Alice.

Minutos depois, um cliente entrou e a conversa entre Alice e a senhora Sheridan ficou para mais tarde. Nick Devernay era filho de um dos empresários mais ricos da cidade, além de frequentador assíduo da loja de flores. Alice ainda não tinha percebido, mas ele estava interessado nela e vivia comprando flores por causa disso.

- Bom dia senhora Sheridan. - Cumprimentou educadamente o rapaz. - Bom dia Alice.

- Bom dia Nick. - Alice respondeu completamente alheia aos olhares dele. - Nós estamos com poucas rosas. - Ela falou enquanto arrumava o balcão. - Nós tivemos um pedido grande ontem.

- Sem problema, eu posso levar algumas tulipas. Mamãe também adora tulipas. - A desculpa de Nick para ir todos os dias a loja de flores era sua mãe, que amava a casa sempre florida.

E qual mulher que não gostava? Alice ficava superfeliz, quando no final do expediente, a senhora Sheridan dava para ela as flores que estavam ficando murchas e não era mais possível a comercialização. A casa florida ficava mais alegre e o animo do seu pai melhorava um pouco.

Minutos depois, Alice pegou as tulipas fez um lindo arranjo para Nick.

- Pronto. - Ela falou satisfeita com seu trabalho. - Espero que sua mãe fique satisfeita.

- Ela adora. Sempre comenta que seus arranjos são magníficos. - Nick encarou Alice e mais vez insistiu naquele assunto. - Você quer sair comigo hoje à noite?

- Desculpe, Nick. Você sabe que não posso. Preciso cuidar do meu pai.

- Durante o dia, ele fica sozinho. - Lembrou Nick.

- Mas nós temos os vizinhos que sempre ajudam. Pedir ajuda deles a noite também seria muita folga da minha parte. - Alice explicou mais uma vez.

- E seu eu contratar uma pessoa para ficar com seu pai? - Indagou Nick persistente.

- Sem chance, eu não quero me aproveitar de você e não vou deixar meu pai com uma espécie de babá. Seria constrangedor para ele. - Ela sorriu sem graça. - Eu preciso ir lá dentro fazer uma contagem do nosso estoque. Você quer mais algumas coisa da loja?

- Não... não... Obrigado, Alice. - Nick se despediu um pouco irritado. Todas as mulheres da cidade viviam atrás dele e somente Alice que o rejeitava com frequência. O que ela pretendia? Viver solteira até a morte do pai? Ele realmente não entendia o que se passava na cabeça dela.

Como todos que tinham olhos poderiam comprovar, Alice era uma moça extremamente bela. Cabelos castanho, pele sedosa e levemente bronzeada. Suas feições eram preciosamente cinzeladas e ela exibia uma docilidade em seus olhos, marrons claros, capaz de seduzir qualquer um. Seu corpo era delicado, sem curvas exageradas ou aspecto vulgar.

Devido a toda sua realidade de vida, a última coisa que passava na cabeça de Alice era se arrumar ou paquerar com os clientes. Sua preocupação era ter dinheiro para comprar os remédios que eram necessários para seu pai. Aquilo sempre viria em primeiro lugar para ela.

ALICE GRAY

Capítulo 02

- Você esteve novamente na floricultura hoje? - Indagou Judith Dervernay, mãe de Nick, perguntou assim que ele lhe entregou o belíssimo arranjo de tulipas.

- Sim.

- Ver Alice?

- Você já sabe que a resposta é sim, mamãe. Porque insiste em fazer essa pergunta sempre. - Ele respondeu irritado.

- Esse arranjo lindo só poderia ter sido feito por ela mesmo. - Judith respirou fundo para absorver a fragrância das flores. - Nick, você sabia que Alice me ligou três vezes, somente no último mês, para contar que a loja dispõe de um serviço de entrega de flores? - Judith não queria magoar o filho, mas precisava alertá-lo para que ele não perdesse mais tempo.

- E daí?

- Bem, eu acho que sua presença frequente na loja pode não ser bem-vinda. - Sugeriu Judith um pouco desconfortável. - Eu sei que você está interessado em Alice, ela é linda, mas eu não acho que ela esteja interessada em você... - O que era uma pena, pois Judith gostava muito dela.

- Água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura. A senhora já ouviu esse ditado? - Nick perguntou brincalhão.

- Porém, na pedra, eu lhe juro que só vai nascer o furo, se a água não acabar. - Sua mãe complementou o ditado.

- Meu interesse por Alice não vai acabar.

- Fico feliz... - Zombou ela. - Eu não sabia que você tinha a virtude da paciência. - Judith conhecia muito bem seu filho e sabia que ele não era nada paciente. - Pois ela só vive para cuidar do Stephen e eu admiro muito aquela jovem por isso.

- As vezes, eu acho Alice muito orgulhosa. Ela não aceita nenhum tipo de ajuda. - Se queixou Nick ao lembrar do fora que levou, mais cedo, por oferecer contratar alguém para fica com pai dela, enquanto ela saia para jantar com ele.

- Bem, eu acho que você está mais interessado nela justamente por conta dessa dificuldade. Alice não é como esses rabos de saia dessa cidade que vivem atrás de você. - Criticou Judith. - E tem mais! Eu acho que ela tem bastante juízo ao rejeitar seus convites. Que moça direita vai querer um rapaz com fama de mulherengo como a sua?

- Ahn mamãe... Tenha santa paciência. Você quer que eu vire um monge para impressionar Alice? To fora. - Bufou Nick sem paciência. - Bem, eu estou de saída. Eu só vim aqui lhe trazer as flores. Tenho que ir para o escritório, pois já estou atrasado.

- Vá, vá, vá... - Judith falou como se estivesse expulsando seu próprio filho. - Você que inventou de trazer essas flores. Como eu já lhe disse, Alice já me ofereceu o serviço de entrega em casa! - Judith gritou para que Nick pudesse ouvir, pois ele já estava quase na porta de saída social.

Balançando a cabeça de forma negativa, ela ficou pensando na situação dele e de Alice. Seu filho era um rapaz interessante, de 26 anos, formado em engenharia. Qualquer jovem na situação de Alice já teria colado nele para dividir os problemas que ela tinha com seu pai. Contudo, a moça tinha uma postura tão digna que evitava compromisso com quem quer que fosse. Vivia somente para cuidar do seu pai. No fundo, Judith tinha muita pena da situação da jovem, pois Nick e ela poderiam ajudar a dividir o fardo que era cuidar de Stephen.

NICK DEVERNAY

No final do dia, Alice terminava de organizar as novas flores na loja, quando recebeu uma ligação do hospital. A secretária pediu que ela passasse no consultório do médico responsável pelo seu pai, assim que ela pudesse. Aflita, Alice correu para finalizar as pendências no serviço e falou com a senhora Sheridan para sair mais cedo.

- Vá menina, eu fecho a loja hoje. Não se preocupe. Depois me diga o que o médico queria. Fico preocupada por você.

- Sim sim, senhora Sheridan. Obrigada. - Alice agradeceu praticamente correndo porta a fora da loja para ir para o hospital.

Na rua, ela fez sinal para um táxi que estava passando. Alice não podia ser dar o luxo de andar de taxi, pois todo dinheiro fazia falta, mas estava com tanta pressa para chegar ao hospital que não quis esperar o ônibus passar.

Assim que entrou no hospital, Alice correu para recepção do consultório do Dr. Jordan Hatten. Ela já tinha decorado aquele caminho de tanto ir ali.

- Boa noite. - Ela cumprimentou a secretária quase sem ar. - Eu sou Alice Gray, filha do sr. Stephen, você me ligou mais cedo.

- Claro. O Dr. Jordan está com uma paciente agora, mas assim que ele sair, você poderá entrar. - A secretária sorriu de forma educada. - Você quer uma água ou café? - Ele ofereceu ao perceber a respiração ofegante de Alice.

- Eu aceito uma água, por favor. - Alice respondeu agradecida.

Parecia que o tempo não passava na recepção daquele consultório. Alice ficava cada vez mais angustiada. Nunca haviam ligado para ela pedindo que ela se reunisse com médico. Geralmente, seu pai tinha consultas mensais e o Dr. Jordan tratava de tudo que ele necessitava.

- Você pode entrar, Alice. - A secretária falou assim que o outro paciente saiu.

Dr. Jordan estava sentado em sua mesa e assim que Alice entrou, ele pediu que ela também se sentasse.

- Boa noite, Alice. Como você está? - O médico falou gentilmente apertando a mão de Alice por cima da mesa.

- Estou bem doutor, na medida do possível. - Ela sorriu sem graça. Não tinha como responder de forma trivial aquela pergunta. Alice vivia preocupada com o pai e as contas de casa.

- Eu pedi para que você viesse aqui hoje, pois tenho novidades bastante promissoras sobre o tratamento do seu pai. - Dr. Jordan falou otimista e viu imediatamente um brilho surgir no olhar daquela linda jovem.

- Do que se trata? - Alice falou ansiosa.

- É um medicamento novo, mas tem eficácia comprovada. - O médico explicou alguns detalhes técnicos para Alice, que ouviu tudo com muita atenção.

- Dr. Jordan, então a doença do meu pai não vai mais evoluir e ainda tem a chance de retroagir se ele começar o tratamento com esse novo medicamento? - Alice falou esperançosa.

- Exatamente isso. A única questão é o custo desse medicamento que é altíssimo. O governo não o fornece por ser um medicamento recente.

Aquela notícia do custo desanimou Alice um pouco, mas ela faria de tudo para conseguir o tratamento que seu pai necessitava.

- Doutor, durante quanto tempo, meu pai vai precisar fazer o tratamento com esse remédio? - Alice queria saber o valor total que ela teria que conseguir para seu pai ter acesso aquele medicamento. De forma silenciosa, ela fez uma oração, pedindo a Deus que o médico não respondesse “para sempre”.

- Doze meses. Ele vai precisar tomar 1 comprimento, todos os dias, durante 12 meses. - Dr. Jordan respondeu sério, pois sabia que era uma pequena fortuna.

- Ótimo. - Alice respondeu de forma positiva. - Eu vou conseguir o dinheiro para que meu pai possa ter acesso a esse remédio.

O custo do remédio era de 20 mil dólares mensais. Nem que Alice fosse dona da floricultura onde trabalhava, ela conseguiria esse valor tão alto, mas ela daria um jeito.

Capítulo 03

Depois do encontro com Dr. Jordan, Alice foi direto para casa. Ela queria contar a seu pai a novidade e precisava da autorização dele para o plano que ela já tinha elaborado, durante o caminho para casa.

- Boa noite, papai. - Alice falou alegre.

- Boa noite, querida. Como foi seu dia? - Indagou Stephen com aquela expressão melancólica que cortava o coração de Alice.

- Maravilho! - Ela exclamou animada.

Como Alice era uma eterna otimista, Stephen sabia que não devia ter acontecido nada de especial naquele dia.

- Quem bom. - Ele deu um sorriso. - E posso saber o motivo disso? - Stephen indagou mesmo pensando que não deveria ser nada demais. Talvez um carregamento de flores novas ou muitas vendas para senhora Sheridan...

- Eu estive agora a pouco no consultório do Dr. Jordan e tem um novo medicamento que além de impedir o desenvolvimento da sua doença, ele também pode ajudar ao senhor melhorar! - Alice falou de uma vez só para não deixar o pai no suspense.

- Isso é verdade? - Stephen murmurou sem acreditar naquela notícia. - Eu posso voltar a ter uma vida normal?

- Sim papai! Não é uma notícia maravilhosa?

- E como podemos conseguir esse remédio? - Os olhos de Stephen brilhavam como há anos Alice não via. A animação dele era contagiante.

- Nós temos que comprar. O governo não fornece de graça. - Ela explicou tranquila ao pai, como se aquilo não fosse um grave problema.

- É agora que você me conta que não temos como pagar por isso, não é? - Stephen sentiu como se um balde de água gelada caísse sobre sua cabeça.

- Calma, papai. Eu também fique desanimada quando souber do valor do tratamento. Contudo, eu tive uma ideia que vai permitir que o senhor tenha acesso ao medicamente. - Ela falou entusiasmada.

- Qual? - Stephen indagou já desacreditado.

- Nós vamos vender essa casa!

- O que?! - Exclamou ele como se Alice tivesse falado a maior loucura da vida. - Vender essa casa? O único bem que posso deixar para você? De jeito nenhum.

- Papai, nós podemos nos mudar para uma casa alugada, menor. - Alice explicou positiva. - Será até melhor para mim, pois é menor para limpeza. À medida que o senhor for melhorando, você pode voltar a trabalhar e nós compraremos outra casa ou até essa novamente.

- Não é tão simples assim, Alice. - Ele falou balançando a cabeça de forma negativa. - As vezes, eu acho que contei histórias infantis demais para você e você vive num mundo de faz de conta. - O tom negativo que seu pai usou para falar deixou Alice triste. Ela fazia de tudo para não ser influenciada pelo pessimismo dele. A vida se tornaria impossível dessa forma.

- Não é isso, papai. Eu apenas tento ver as coisas do lado meio cheio de copo. Se eu encarar tudo da mesma forma que o senhor encara, eu vou acabar pulando de uma ponte. - Alice não queria chorar. - Ver o senhor doente, me parte o coração todos os dias, mas eu não posso deixar que esse sentimento tome conta da minha vida. O senhor deveria fazer o mesmo.

Aquelas palavras de Alice tocaram o coração de Stephen. Ouvir sua filha dizer aquilo lhe deixa extremamente triste, ele não queria que Alice sofresse por causa dele.

- Então, eu que deveria pular de uma ponte para seu sofrimento acabar.

- Não! - Ela protestou. - Tá vendo como o senhor é?! Sempre se apega ao negativo. Não deixei esse sentimento ruim dominar o senhor. Eu não posso perder meu pai também. - Alice já não tinha mais condições de prender as lágrimas e começou a chorar. - Por favor, papai. Vamos vender essa casa e começas seu tratamento. É nossa única saída. - Alice se aproximou do pai e abraçou ele.

- Vá tomar seu banho, minha querida. Eu preciso pensar sobre isso essa noite. Tudo bem? - Ele indagou dando tapinhas nas costas da filha para consolar ela. - Você pode dar esse tempinho para seu pai?

- Somente se você prometer que fará o tratamento de alguma forma. Vendendo essa casa ou não, nós vamos comprar esses remédios para você.

- Tudo bem. Quem tem mais interesse em conseguir isso para acabar com seu sofrimento sou eu. Não quero ser um fardo para você até a minha morte. - Lamentou Stephen.

- Nunca mais diga isso. - Alice se afastou do pai, encarando-o com raiva. - Nunca mais diga isso. Você é meu pai amado e nunca será um peso na minha vida. Eu sou capaz de tudo para salvar o senhor.

Minutos mais tarde, Alice seguiu chorava ao mesmo tempo que a água cai na sua cabeça. Ela não entendia como o pai podia ser tão cabeça dura. A opção de vender aquela a casa era tão simples. Ela não tinha nenhum apago aquela construção de tijolos e cimento. Em qualquer local que ela estivesse com seu pai, ela teria um lar. Principalmente, se ele estivesse curado. Ai a felicidade seria completa.

Pensativo, Stephen ficou sozinho, sentado na sala refletindo sobre alguma saída. Alice não ia desistir da ideia de vender a casa a menos que ele tivesse outra ideia. Ele sabia que, para sua filha, desistir do tratamento não era uma opção. Engolindo o pouco de orgulho que ainda restava, Stephen pegou o celular e ligou para um primo seu, extremamente rico, mas que ele detestava, Cole Hayward.

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