ANA LUCIA SOARES BELMONT
vou contar a minha história antes da chegada do Miguel na casa dos meus pais de surpresa, então vamos lá...
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Oi sou Ana Lúcia Soares Belmont, hoje vai ser meu primeiro dia de aula, tenho 7 anos e estou indo pro primeiro ano do fundamental.
Meu pai brigou com a minha mãe, porque queria que eu estudasse em casa, mais minha mãe disse que eu preciso ver gente, se não eu vou ficar doida só dentro de casa, mais a gente sai bastante, o pai viaja muito com agente para vários lugares não fico só dentro de casa.
já conhecemos vários países, onde meu pai tem empresa, e sempre passeamos depois que ele terminava as reuniões.
Na verdade eu preferia estudar em casa mesmo, meu pai disse que os meninos são maus, só o Luan que é bonzinho porque é meu irmão, mais ele me disse que não posso ter amigos meninos, porque eles querem me maltratar e me bater, e eu não posso apanhar de menino nenhum, porque sou uma Belmont.
Quero crescer e ser igual a minha mãe e a tia Bruna, pra poder bater em todo mundo que mexer comigo, mais como ainda sou pequena, preciso seguir as ordens do meu pai, pois eu sei que ele sempre tem razão.
A minha mãe prepara meu lanche e pega minha mochila, mais antes de eu sair meu pai me chama.
BRIAN
- Ana, vem aqui minha princesa deixa o papai conversar com você.
Eu vou correndo e abraço ele.
BRIAN
- lembra que o papai disse dos meninos né? Se algum falar oi pra você ou tocar em você em qualquer lugar, você chuta o pipiu dele tá.
ANA
- mais pai, não vai doer?
BRIAN
- dói só um pouquinho filha, mais ele vai te deixar em paz e não vai mais mexer com você tá bom pequena.
Eu abraço ele forte e vou atrás da minha mãe.
LIARA
- o que seu pai falou pra você Ana?
ANA
- pra chutar o pipiu dos meninos que me falar oi e tocar em mim.
LIARA
- Ana, não pode fazer isso tá, seu pai só tá enchendo seu saco, não pode chutar o coleguinha tá filha.
Meu pai e minha mãe sempre me deixam confusa, um fala uma coisa e outro fala outra, mais meu pai sempre tem razão, então só balanço a cabeça pra minha mãe, e vamos pra escola.
Primeiro dia de aula, em uma escola enorme, mais sou conhecida por todos aqui, pois meu pai veio aqui e deixou bem claro o que aconteceria se alguém me machucasse.
Entro na sala de aula e só uma menina vem ficar do meu lado.
MENINA
- oi me chamo Bella, como você se chama?
ANA
- Ana.
BELLA
- eu quero ser sua amiga, você quer ser minha amiga também?
Fico feliz por consegui uma amiga, balanço a cabeça para ela que sim, e ela senta do meu lado.
O primeiro dia de aula é só apresentação da turma, e chega a hora do recreio e a Bella fica do meu lado o tempo todo.
Dividimos os lanches, e na hora que estamos comendo, vem uns meninos incomodar a gente.
MENINO
- passa o lanche ou vou puxar seu cabelo.
ANA
- se puxar meu cabelo eu vou falar pro meu pai.
MENINO
- tô nem ai, eu quero o lanche anda logo.
Ele tenta pegar meu lanche a força, mais eu seguro e eles puxam o cabelo da Bella, e ela começa a chorar.
Eu largo o lanche e eles vão correndo embora.
ANA
- desculpa, eu devia ter largado antes né
BELLA
- eles são muito malvados Ana.
Acabou que ficamos com fome, mais eles vão ver só.
O sinal toca e voltamos pra sala.
BELLA
- você quer ir na minha casa?
ANA
- tenho que pedir pra minha mãe e meu pai, se eles deixar eu vou tá bom?
Ela balança a cabeça e o professor entra, mais só passa desenhos, disse que amanhã passará lição.
A aula termina e na hora da saída eu e a Bella nós despedimos com um abraço, ela vai pro carro da mãe dela e eu pra minha mãe.
LIARA
- como foi o primeiro dia de aula amorzinho?
ANA
- foi legal até um menino roubar meu lanche.
LIARA
- tá com fome?
ANA
- estou mamãe, com muita fome.
Ela liga o carro e vamos pra casa, e lá a comida já está na mesa, pois chego 12:00 bem no horário do almoço.
Depois de comer eu subo pro meu quarto, preciso bolar um plano pra pegar aqueles meninos ladrão de comida.
E já sei o que vou fazer, vou até o banheiro e pego o remédio que a minha mãe me dá quando eu não consigo fazer cocô molinho, coloco dentro da minha mochila, ele vai ver só.
O dia passa e vou dormir.
No outro dia minha mãe me acorda, eu faço minha higiene e pego minha mochila, abro e vejo que o remédio ainda está ali, bom que a mamãe não mexeu.
Vou até a cozinha e minha mãe me entrega a lancheira, e me dá dinheiro pra não ficar com fome, diz que vai na diretora falar com ela, se ela não cuidar dos meninos ela vai.
Hoje meu pai não está aqui, então vou direto pro carro da mamãe.
Chegamos na escola, e já me sento junto com a Bella, o professor começa a passar lições de juntar letras.
Mais eu já sei lê, e a Bella não, então eu termino a lição e ajudo ela com a dela.
Na hora do intervalo, vou no banheiro, abro a lancheira e derramo o remédio no sanduíche e dentro do suco.
Eles vão ver só.
Volto pra perto da Bella, e como é certo, ele já vem roubar o lanche de novo.
Dessa vez não brigo pelo lanche deixo ele levar, e depois que eles vão embora pego na mão da Bella e vamos até a cantina comprar alguma coisa pra comer.
Voltamos pra sala, não demora muito começa os barulhos de pum na sala, e todo mundo da risada. Até o fedor subir.
Ele pede pro professor deixar ele ir no banheiro, e o professor disse "5 minutos." Ele vai quase que correndo, todo mundo tá com a blusa tampando o nariz, o professor já abriu até às janelas e a porta, pra sair o cheiro.
Ele volta pra sala, mais da porta ele volta pro banheiro correndo, o professor vai até ele, e manda ele ir pra secretaria quando sair do banheiro.
O professor arruma os materiais dele e entrega pra ele.
Espero que tenha aprendido e não roubar mais o meu lanche.
Na hora da saída quem veio me buscar meu pai, eu saio correndo e pulo no colo dele.
BRIAN
- algum menino se aproximou de você?
ANA
- teve uns que roubou meu lanche.
BRIAN
- me mostra quem é, e eu vou dar uma lição neles.
ANA
- um é da minha sala e já foi embora, não sei os outros.
Ele me leva até o carro e me senta no banco da frente, minha mãe não me deixa no banco da frente, por isso gosto mais de andar com meu pai.
No outro dia na escola os meninos não vieram e eu e a Bella comemos em paz. E assim foi a semana toda.
Chega o final de semana e a Bella me chama pra ir na casa dela, meu pai pergunta se ela tem irmão, ela diz que sim, aí meu pai não deixa, fala que ela pode vim aqui quando ela quiser, mais eu não posso ir lá.
E assim ficamos até eu completar 10 anos.
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Estou na 4° série, eu e a Bella continuamos muito amigas, e sempre sentamos juntas.
Só que a parte de só correr e brincar, vai cada vez ficando mais para trás, ela diz que gosta de um menino da nossa sala, disse que ele é bonito e vai ser o namorado dela.
Mais ele diz que não, que não gosta dela, e ela fica triste, e eu tenho que acalmar ela pra não chorar.
Vamos pro intervalo. E estamos sentadas comendo o lanche quando dois garotos sentam do nosso lado, eles não são da nossa sala, são mais velhos, do 6° ano.
MENINO
- me dá um pedaço?
ANA
- não, cadê o seu lanche?
MENINO
- eu tô com fome, e não trouxe lanche, minha mãe é empregada, só estudo aqui porque o patrão dela me colocou aqui.
BELLA
- toma um pedaço.
Eu me levanto e o menino se levanta também não pegando o lanche que a Bella dividiu.
MENINO
- eu quero o seu.
ANA
- o meu não vou te dar.
MENINO
- se não me der vou pegar e sair correndo.
Ele coloca a mão no meu braço e eu chuto o pipiu dele como meu pai mandou, ele se ajoelha no chão chorando de dor.
As tias da escola vem até a gente ver por que ele tá chorando, ele fala que eu chutei ele e vamos pra diretoria.
Lá eles ligam pra minha mãe e pra mãe do menino.
Minha mãe vem igual um furacão, já que a diretora ligou dizendo que eu tinha agredido um coleguinha.
Ele não é meu coleguinha, ele queria roubar meu lanche, tento dizer pra ela, mais é em tudo em vão.
ANA
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LIARA
- porque você bateu no seu amigo Ana.
ANA
- ele não é meu amigo mãe, ele disse que ia roubar meu lanche e tocou em mim, fiz o que o papai mandou eu fazer quando alguém me tocasse.
MENINO
- eu não ia roubar o lanche dela, eu só queria um pedaço e ela não quis me dar nem um pedacinho.
ANA
- eu não sou obrigada a te dar meu lanche, e a Bella te deu e você não quis, só queria o meu.
DIRETORA
- Mais aqui Ana, a gente divide as coisas com os colegas, e não bate neles.
lá vem ela defender o pobrezinho.
LIARA
- vou conversar com ela diretora, pode deixar, isso é culpa do pai dela.
Minha mãe assina a minha advertência e vamos pra casa. ela não fala nada o caminho todo.
Chegamos ela já vai brigando com meu pai, botando a culpa que é minha nele.
LIARA
- ela bateu no amiguinho por sua causa Brian, você disse pra ela bater se alguém encostar nela, olha o que você fez.
BRIAN
- e ela fez certo Liara, vem cá filha, deixa o papai te dá os parabéns.
LIARA
- o menino só pediu um pedaço do lanche dela Brian.
ANA
- e quando eu disse que não, ele pegou no meu braço e disse que se eu não desse ele ia pegar e sair correndo.
BRIAN
- viu, ele tocou no braço dela, isso é abuso, muito bem filha continue assim até os 30 anos.
LIARA
- tem que ensinar ela a não bate por qualquer coisa Brian, ela chutou o amigo.
BRIAN
- filha minha não vai ter amigo homem não, pode esquecer, ela já é amiga da Bella né filha.
Meu pai é meu herói, me defende mesmo da fera da minha mãe rsrs.
Eu só balanço a cabeça e olho pra minha mãe, ela bufa, e revira os olhos saindo da sala.
BRIAN
- tá de parabéns filha, nunca deixe menino nenhum tocar em você, vamos tomar sorvete como forma de parabéns?
Eu me levanto na hora, ele chama o Luan e pega nas nossas mãos e vamos pra sorveteria da rua.
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Se na minha infância foi regrada, imagina na adolescência, agora meu pai pega mais ainda no meu pé, eu já não vejo os meninos como uma ameaça como meu pai sempre dizia para mim.
E isso acaba irritando ele porque nunca mais bati em um menino que chegou perto de mim.
Agora estou com 13 anos, e gosto de um menino que tem 15, ele se chama Juan, ele é o mais lindo da escola, e acho que estou apaixonada mesmo.
Eu e a Bella continuamos muito amigas, nada nos separa. Ela gosta do amigo do Juan, o Guilherme, mais diferente de mim, Bella é corajosa, tá namorando com ele escondida da mãe dela.
Ela diz que o Juan também gosta de mim, eu fico feliz por isso, mais não tenho coragem de ficar com ele, tenho medo do meu pai descobrir e matar ele.
Já estou sobre essa ameaça, meu pai deixou bem claro que ou mataria, ou deixaria o menino que roçar em mim sem mãos.
Já a minha mãe diz que eu posso contar tudo pra ela, que ficará entre nós duas, eu já falei pra ela que gosto do Juan, que ele é lindo, ela veio aqui me buscar e eu mostrei ele pra ela, e ela disse que realmente ele é muito lindo.
Bate o sinal do intervalo, e saímos da sala, e lá vem o Juan e o Guilherme, ele já pega na mão da Bella e sai andando.
JUAN
- podemos conversar?
Aí que fofo, ele é muito, mais muito lindo mesmo!!!
ANA
- sim, pode falar.
JUAN
- aqui não, vem comigo.
Ele pega na minha mão e sai me levando para um canto onde não tem muitos alunos.
JUAN
- você é muito linda.
ANA
- você também é rsrs.
Eu coro de vergonha, ele alisa meu rosto e beija a minha boca.
Beijando minha boca, nem acredito!!!
primeiro beijo, ainda mais do menino que eu gosto.
Saímos do beijo e ele olha pra mim.
JUAN
- você beija muito bem.
ANA
- meu primeiro beijo rsrs.
Ficamos ali até o sinal bater, voltamos pra sala e minha barriga até ronca, porque não comi nada, conto pra Bella e ela sorri, diz que sabia que isso ia acontecer.
A aula acaba, e meu pai vem me buscar, tento fingir que não conheço o Juan, não quero que meu pai machuca ele.
Entro no carro e ele pergunta como foi, tento parecer o mais normal possível, e conto sobre as matérias que estudei.
Chegamos em casa e eu já vou direto pra cozinha comer.
Vejo minha mãe vindo e digo que quero falar com ela. Sobre aquele assunto só nosso, ela sorrir e me chama pro quarto dela.
Eu contou que o Juan me deu um beijo na boca e me chamou de linda, só que eu não sabia era que meu pai estava no banheiro, e ele saiu de lá bravo.
BRIAN
- você deixou um menino te beijar Ana?
ANA
- pai eu...
LIARA
- para com isso Brian.
BRIAN
- está de castigo Ana, vou deixar um segurança na escola tomando conta de você para nenhum meninos se aproveitar mais, virá de casa pra escola sobre vigia, será vigiada até no sono.
ANA
- pai não...
BRIAN
- e amanhã vou na escola conversar com ele, ou ele sai da escola, ou vai pro caixão, ainda vou dar essa opção pra ele antes de acabar com a raça desse miserável.
Ele sai e eu vou atrás dele pra impedir ele de fazer isso.
ANA
- pai não faz isso.
BRIAN
- já que você não me obedeceu, não tenho outra escolha.
LIARA
- que tal deixar ela fazer as escolhas dela?
BRIAN
- ela só tem 13 anos, é um bebê ainda, e ao invez de você falar como mãe, fala com se fosse amiguinhas.
LIARA
- porque sou mãe e amiga dela Brian.
BRIAN
- E assim eu sou o pai carrasco, o pai ruim, mais não vou deixar ninguém se aproveitar da Ana, nem que eu tenha que colocar ela em um convento.
Ele sai igual uma fera, e eu vou pro meu quarto chorando.
No outro dia nem pra escola eu vou, fico em casa presa dentro do quarto, a Bella me liga e eu falo tudo pra ela.
BELLA
- amiga, o Guilherme disse que seu pai foi lá hoje na sala deles, e disse pra sala toda ouvir, que se ele não saísse da escola, ele ia dar uma lição nele, porque em você ninguém encostaria.
ANA
- eu amava meu pai, agora odeio ele.
BELLA
- o Juan foi pra diretoria, e o Guilherme disse que que os pais dele veio e pediu a transferência pra outra escola.
Eu estava chorando, porque ele fez isso, e a vergonha que eu vou passar na escola agora.
Desligamos o telefone, e eu declaro guerra com meu pai, não vou falar com ele nunca mais.
Desço pro almoço e ele tá lá sentado no trono, como um rei.
BRIAN
- problema resolvido, ele não vai mais tocar em você.
Eu não respondo ele, fico de cabeça baixa e me sento na mesa pra comer.
Porque eu sou o tipo de pessoa que quando estou triste, eu como, sinto até inveja de quem faz greve de fome quando está triste.
Como em silêncio, e não olho pra ele.
BRIAN
- pode até ficar com raiva de mim agora Ana, mais lá na frente você vai me agradecer. Vou cuidar de você até o último dia da minha vida.
Minha mãe fica do meu lado segurando minha mão e fazendo carinho.
O difícil foi voltar a escola depois disso, somente a Bella que fica realmente comigo, mais na hora do intervalo fico sozinha, já que ela fica namorando com o Guilherme.
Nenhum menino nunca mais se aproximou de mim, meu pai acabou com a minha vida, com segurança na minha cola, ninguém vai mesmo chegar perto.
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5 meses depois, a Bella está diferente, até na sala de aula, ela fica mais concentrada no celular do que em mim, tô perdendo até a minha amiga.
Na hora do intervalo ela lancha comigo, mais depois sobe pra ir atrás do Guilherme, todos os dias é assim.
Mais hoje na hora do intervalo, ela não comeu, e ficou parecendo que estava enjoada, perguntei se ela comeu alguma coisa estragada, e ela disse que não, ela olhou pro meu sanduíche e correu pro banheiro, eu fui atrás dela, e ela mal chegou na bacia, já foi vomitando.
ANA
- vamos pra diretoria, você tá passando mal, não pode voltar pra sala assim.
BELLA
- tá sendo assim todo dia de manhã, já tem uns dois meses que estou desse jeito, será que eu estou doente e vou morrer?
ANA
- você tem que ir no médico Bella, pode não ser grave.
BELLA
- vamos comigo na diretoria?
Eu levo ela e a direção liga pra mãe dela vim buscar ela, eu vou na sala e guardo o material dela na mochila e levo pra ela na direção.
O sinal toca, e eu tenho que ir pra sala.
No outro dia a Bella não vem pra aula, e eu acho estranho, ela nunca falta. Será que tá muito doente? Fico preocupada com ela e ligo no celular dela, mais só dá caixa postal.
ANA
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semana passa, e ela não vem em nenhum dia, o Guilherme mandou uma menina me perguntar se eu sei alguma coisa dela, mais eu digo que não.
Ligo pra minha mãe, e peço pra ela me buscar, pois eu vou todo dia com o segurança, pergunto se podemos ir na casa da Bella que já tem uma semana que ela não vem, minha mãe diz que tudo bem.
Na hora da saída mando o segurança pastar e vou pro carro da minha mãe, ela me leva até a casa da Bella, a mãe dela manda a gente entrar.
ROSA
- Ana você sabia que a Bella estava namorando?
ANA
- não, ela ficava comigo na escola.
Não posso entregar a minha amiga.
ROSA
- vai lá falar com ela, ela está no quarto.
Eu subo e deixo minha mãe com a Rosa e vou no quarto da Bella, bato na porta e ela manda eu entrar. Quando ela me vê ela vem correndo me abraçar e chorando.
ANA
- o que foi Bella?
BELLA
- eu tô grávida Ana.
Grávida????
ANA
- você e o Guilherme...
BELLA
- sim, ele disse que me amava e perguntou se eu o amava também, eu disse que sim, e ele disse que tinha que provar, que quando a gente se ama, nossos corpos tem que ficar juntos, no começo não entendi muito bem, então eu confirmei, aí ele me deitou no chão e levantou minha saia, tirou a calça dele e colocou o pênis dele na minha vagina.
Ela conta entre choros e soluços, meu Deus coitada da minha amiga.
Eu abraço ela bem forte, abraço de urso pra ela se sentir acolhida.
ANA
- tem quanto tempo isso?
BELLA
- a médica disse que estou de 3 meses de gravidez, mais não foi só uma vez que a gente ficou, aí Ana e agora eu tô presa, minha mãe me deixou de castigo, e disse que só saio quando eu falar quem é o pai do bebê.
ANA
- Mais ele precisa saber Bella, você não pode ficar com bebê sem o pai não é?
BELLA
- e se ele não me quiser mais Ana, se ele me rejeita só porque eu estou grávida.
ANA
- vamos deixar sua mãe resolver, vamos contar pra ela quem é ele tá, e as coisas vão se ajeitar.
Pego na mão dela e descemos as escadas, a mãe dela está com os olhos vermelhos, e minha mãe fica passando a mãos nas costas dela.para acalma-la
Ela olham pra nós, e Bella começa a contar tudo. A mãe dela chora em cada palavra, e eu percebo o quanto fui injusta com meu pai, se ele não tivesse tomado as providências, estaria na mesma situação da Bella agora.
Elas ligam pro Guilherme, e ele vem até a casa delas, e a mãe da Bella, fala logo tudo pra ele, ele se assusta e diz ser de menor de idade, e que não pode se responsabilizar por isso, ela pergunta onde é a casa dele, mais ele recusa dizer onde é.
Essa história acabou virando uma bola de neve, minha mãe seguiu ele e descobriu onde ele mora e ela e mãe da Bella foram conversar com os pais dele.
Eles assumiram a responsabilidade pelo Guilherme, e disseram que pagaria uma pensão pro bebê. E afinal das contas o Guilherme terminou com a Bella, e fugiu da responsabilidade de pai. típico de moleque.
minha mãe deu uma força para as duas, disse que cuidaria de comprar tudo que o bebê precisasse, que podia contar com ela pra tudo.
Depois do dia agitado, chegamos em casa, e meu pai está no sofá, olho pra minha mãe e ela balança a cabeça pra mim ir lá.
Eu vou chorando até ele, ele estranha, já que nos últimos dias nem perto dele eu ficava.
Eu me sento no seu colo chorando e ele alisa minhas costas carinhosamente.
BRIAN
- o que foi Ana?
ANA
- pai meu perdoa. Eu te amo muito.
Ele me abraça, não pergunta nada, só fica ali. Depois de um tempinho, saio do seu colo e vou pro meu quarto, e vejo minha mãe passando, ela vai contar tudo pra ele com certeza.
Depois disso, aprendi a lição, e percebi que realmente meu pai tem razão em tudo, ele só está me protegendo das maldades do mundo, então vou segui seu mandamento, não vou deixar nenhum homem se aproximar de mim nunca mais.
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Com 14 anos, pedi pro meu pai me inscrever numa escola de treinamento, junto com o Luan se fosse possível, mais ele disse que eu iria pra uma que só tem mulheres, a do Luan é cheio de homens, e não me colocaria ali de forma alguma.
Então eles conseguiu uma e me matriculou.
Meu primeiro dia foi bem puxado, já tive que aprender sobre várias armas, a sorte que consigo decorar tudo com facilidade e não esqueço de nada, talvez eu seja igual a minha mãe, chamei a Bella pra participar, mais a mãe dela disse que não tem dinheiro pra pagar, que depois que ela ganhou bebê, o pai deposita a pensão dela quando quer, e tá quase tirando ela da escola particular também por não está conseguindo pagar tudo.
Mais eu conversei com meu pai pra ele me dá uma mesada pra pagar a escola pra Bella, e ele disse que ele ia pagar a escola dela até ela terminar, e também pagaria faculdade que ela escolhesse.
Ela ficou muito feliz, e a mãe dela também agradeceu bastante a gente.
Mais, eu quero colocar ela comigo na luta, quero que ela se torne uma mulher forte, ainda mais agora, sendo mãe, terá que se proteger e proteger a bebê, que é uma menina linda, que em minha homenagem colocou meu no nome, Ana, Ana Victoria, e falou que eu sou a madrinha.
Eu converso novamente com meu pai, e como ele não me nega nada, ele me ajuda em mais uma, e diz que assim é bom, que uma cuida da outra.
No outro dia do treino ela vai comigo, e fazemos tudo junto, aprendemos a atirar, a lutar, a fazer de tudo.
Eu sempre quis me especializar em hacker, então era onde eu foquei mais em aprender, e com o tempo aprendi tudo, decorei tudo, e com 16 anos o meu pai e o Luan me usam quando queriam descobrir alguma coisa de alguém, eu sempre estava ali pra hackear tudo e todos.
Nós tornamos as perigosas, as que botava medo mesmo, principalmente na escola.
Nunca conheci o irmão da Bella, sempre que ele vinha visitar elas meu pai não me deixar ver ele, dizendo que eu só precisava conhecer a Bella e a mãe dela e ninguém mais.
Bella falou que quando ele fez 18 anos foi morar com o pai dele, e seguir a mesma carreira que o pai, eu não sei do que é, ela nunca quis falar, e eu também nunca fiz questão de perguntar.
Mais a Bella sabia que meu pai é o chefe da mafia da Inglaterra, e que se sente até protegida com a gente.
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Terminamos os estudos, e agora com 18 anos, já somos independentes, terminando também as aulas de treino, e já pegamos o certificado.
A formatura da escola vai ser um baile a fantasia, com o tema piratas. Eu e a Bella decidimos ir comprar as roupas.
Mais o meu pai já declarou antes de a gente sair, que se tivesse mostrando pernas, ele ia rasgar e eu não ia a baile nenhum, meu pai sempre atrapalhando tudo rsrs, acho que foi por causa dele que não uso roupas curtas como das outras meninas.
Dizendo que era farol pros meninos, que não ia me deixar usar roupa curta.
Eu segui seu exemplo e usava roupas mais comportada, mais nunca fora de moda.
Como a Bella não tem ninguém pra pegar no pé dela escolheu essa fantasia
E eu escolhi essa mais comportada.
Pago as roupas e voltamos para casa.
Bella foi para casa dela e eu para minha.
Chega o grande dia da formatura, meu pai, minha mãe e o Luan também vão.
Luan está com 15 anos agora, graças a Deus acabei os estudos, não aquentava mais as meninas me chamando de cunhadinha, meninas que nunca me deram atenção nenhuma, me chamando de cunhada. vê se eu aguento.
Mandava o dedo do meio pra todas, esperando vim pra cima, mais ninguém vinha.
Saímos todos no carro do meu pai.
BRIAN
- Luan, não desgruda da sua irmã, não deixa nenhum pirata chegar perto dela.
ANA
- pai...
LIARA
- para Brian, ela já tem 18 anos.
BRIAN
- e daí, ela pode ter 100 anos, vai continuar sendo a minha filha.
LIARA
- mais não precisa mais pegar no pé dela, agora ela tem que namorar noivar e casar, trazer netinho pra nós....
Meu pai freia o carro com tudo, fazendo todos irem pra frente.
BRIAN
- não é assim não Liara, pode parar, ela ainda tá nova pra namorar, vamos para com esse assunto ok.
LIARA
- foi na idade dela que a gente se conheceu Brian. E com 19 nós casamos
BRIAN
- já conversamos sobre isso Liara.
LIARA
- conversamos não, você decidiu.
BRIAN
- isso porque eu sei o que é melhor pra ela, e ela não vai namorar agora e ponto final.
Essa é a Bella agora.
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