– Rainha Isadora, a senhora tem certeza disso?
– Sim Malaquias. Não deixarei que minha querida filha... – A rainha se cala ao escutar a porta da sala do trono ser aberta.
– Meu amor, aconteceu alguma coisa? – Ela dá um sorriso ao ver seu marido, mas logo o desfez por lembrar da escolha que acabara de fazer .
– Sim, meu amado Gabriel, eu já me decidi, irei enviar nossa filha para o mundo de Izar, lá ela estará segura e diferentemente do nosso mundo lá ela poderá ter uma vida normal e sem problemas... Mesmo que me doa admitir isso, nosso reino não está mais seguro como antes... Enquanto não derrotarmos Elliot, o rei das trevas, nossa filha também não estará segura, me dói ter que deixá-la assim, tão pequena, mas não podemos ...
Ela não consegue terminar de falar, pois lágrimas descem desenfreadas pelo seu rosto delicado, a firmeza presente minutos atrás foi se esvaindo ao ver o rosto do marido também coberto por lágrimas.
– Me parte o coração ficar longe da minha pequena Luna, mas não podemos deixá-la correndo perigo...
O rei, também tomado de profunda tristeza, vai até sua esposa e a abraça forte, tomando cuidado para não apertar a pequena bolinha de olhos prateados que ela carregava. Com apenas um gesto de mão ele dispensou Malaquias que se foi apressadamente para dar um pouco de privacidade a eles.
–Você tem certeza meu amor? Sei que eu sugeri isso mas...
Ele fala tentando consolar a esposa, mas ela o interrompe.
– Sim... Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem... Farei o possível e o impossível para que nossa amada filha fique segura. Responde aos prantos, ainda nos braços do marido, com pesar de se separar da pequena que acabara de nascer.
De repente alguém abre bruscamente a porta da sala do trono.
– Desculpe, vossas majestades, mas é urgente...
– O que aconteceu, Malaquias? Pergunta rainha Isadora
– O reino do sol está sendo atacado...
– O quê? Como isso é possível?
Pergunta o rei Gabriel incrédulo.
– Não sei, senhor, mas pelas informações que recebi agora a pouco o rei das trevas está tentando matar o príncipe do Sol, também soube que ele está mandando um tropa pra cá meu rei, possivelmente para matar a nossa princesa, senhor...
– O que vamos fazer agora? Pensei que tivéssemos mais tempo com ela...
Os olhos da rainha voltam a se encher de lágrimas, enquanto o azul acinzentado, dos olhos do marido, parecem sem vida e tristes...
– Chame a bruxa Margery aqui imediatamente! – Ele diz as apertando ainda mais e assumindo uma expressão séria.
– Sim senhor.
Enquanto Malaquias corria para chamar a bruxa do castelo, Isadora aproveitava seus últimos momentos com sua pequena filha. Já o rei organizava os preparativos para a guerra que estava por vir. Logo depois ele voltou para onde estavam sua filha e sua amada esposa.
– O que vossas majestades desejam dessa pobre bruxa que vos fala? – falou ela se aproximando deles.
– Quero que você nos ajude a mandar nossa filha para o mundo dos humanos, ou seja, para o mundo de Izar... Precisamos que ela saia daqui imediatamente e fique segura por lá até que essa guerra se resolva...
– Como quiser, majestade. Mas vejo que esta criança será importante na derrota contra o rei das trevas...
Ao falar isso ela fez com que um grande cesto aparecesse, onde, com muita relutância, a rainha Isadora coloca sua filha com uma pequena manta com o seu nome que a mesma havia bordado antes da filha nascer logo abaixo com magia fez com que aparece um pedido de desculpas esperando que em algum futuro próximo sua querida filha os perdoasse. Já o rei Gabriel colocou na pequena um colar em forma de lua com um pequeno símbolo da família real atrás, os dois deram um leve beijo na testa da filha como despedida e Margery levou a pequena para Izar, deixando a mesma no jardim de uma casa onde ela sabia que a família iria cuidar muito bem da pequena princesinha.
Assim que Maegery voltou para o reino da Lua a guerra já estava acontecendo e eles estavam lutando bravamente, mas um grande feitiço foi lançado sobre todo o lugar fazendo com que todos caíssem num sono profundo. O rei da escuridão parecia muito satisfeito com sua pequena "vitória", mas ele não contava com o fato de que a princesa não estava mais no reino... Assim que descobriu, ele ficou furioso e mandou vários de seus capangas atrás da pequena, mas nunca conseguiram encontrá-la, já que a bruxa Margery havia colocado um feitiço na mesma, bloqueando seus poderes e a afastado do mal. Só havia um porém, quando a princesa completasse idade o suficiente para salvar o reino da Lua seus poderes despertariam e Elliot poderia encontrá-la.
Tiago e Leonor, já tinham carreiras próprias quando se conheceram, então se estabilizaram muito rápido após seu casamento, sem falar que os dois também vinham de famílias grandes e de prestígio que estavam dispostos a ajudá-los no que fosse necessário, então não tiveram dificuldade enquanto a isso.
Depois de 3 anos de casados, os dois começaram a tentar ter um filho deixando de lado os meios anticoncepcionais, mas nada dessa criança vir o'que deixou os dois decepcionados então resolveram fazer vários exames pra saber oque estava acontecendo, mas não tinha nada de errado com nem um deles, o médico disse para eles não desistirem que os mesmos iam acabar conseguindo algum dia.
Os dois voltavam para casa cabisbaixos e exaustos tanto fisicamente como psicologicamente por conta de seus trabalhos.
Leonor foi ɑ primeira ɑ sair do carro e andar tranquilamente pelo caminho que ɑ levaria ɑte ɑ porta de entrada da sua casa. Mas para assim se depara com uma grande cesta cristalina com pequenos detalhes em prata pura em formato de lua que nem sequer pareciam reais na frente da mesma.
A mulher se aproximou da cesta com cautela admirando tamanha beleza, com cuidado ela tira a fina manta branca que cobria a mesma arregalando os olhos logo em seguida ao se deparar com tamanha preciosidade de beleza inigualável do pequeno pacotinho embrulhado num manto azul turquesa que havia lá dentro a mesma a tira com cuidado da cesta para admirar lá mais de perto pra constar se aquele pequeno ser de beleza extraordinária era real e não só alucinação da sua cabeça.
A pequena criança estava viva para o alívio da mulher. Seus cabelos eram Negros azulados e os mesmos iam até os ombros da pequena como um pequena cascata seu rostinho pequeno e delicado era perfeito com seu pequeno narizinho de botão, lábios rosinha o formato de cima do mesmo parecia um coração, bochechas gordinhas e vermelhinha que ganham um leve contraste por causa da sua pele clara.
Se a mulher achou que já estava pra morrer de amores só pela beleza da pequena ela teve certeza assim que a miúda abriu seus olhos, parecia que todo ar havia sumido de seus pulmões. A criança parecia carregar o universo todo naquele lindo olhos negros e brilhantes, sem dúvidas nem uma Leonor estava apaixonado por aquela criança.
Leo estava tão absorvida naquele pequeno pacotinho divino que nem percebeu Tiago se aproximar.
– Amor de quem é essa pequena criança?
– Não sei vida! Quando cheguei ela estava dentro daquela cesta. — Ela aponta sem tirar os olhos da pequena, o homem se aproxima da esposa pra olhar com mais atenção o pequeno pacotinho que ela segurava com todo cuidado do mundo.
– Ela é linda! – A firma ele tenta tocar levemente com os dedos a bochechinha vermelhinha mais por puro reflexo a pequena segura seu dedo e dá um pequeno sorriso banguela deixando o homem e a mulher ainda mais encantados com aquele pequeno ser.
– Quem teria uma coragem tão abrupta como essa de abandonar essa pequena preciosidade em vida?
– Não sei meu amor, mas com certeza é alguém sem nem um pingo de noção! – Fala ela um pouco indignada dirigindo seu olhar pro cesto seu marido acaba fazendo o mesmo.
Ele se afasta delas e vai até o dito cujo e encontra alguns pertences da pequena, mas o'que lhe chamou atenção foi uma pequena carta com um pedido de desculpa e uma linda manta lilás com o nome da criança bordado, eles se entreolham e conversam mentalmente, ele pega a cesta e os dois entram pra dentro de casa.
– Ela realmente foi abandonada. – Fala Tiago colocando a carta e a cesta em cima da mesa.
– Vamos cuidar dela certo vida? Eu…
– Sim, vamos cuidar dela como se fosse nossa filha! – Fala ele convicto sem pensar duas vezes. – Amanhã mesmo vou preparar alguns documentos e adotá-la.
Leonor sorriu radiante pro marido que a correspondeu na mesma intensidade indo cuidadosamente abraçar seus dois tesouros.
No aniversário de 17 anos da sua pequena jóia, Leonor resolveu lê conta a verdade sobre seu nascimento e de como foi adotada por eles e diferente do que pensou sua princesa foi muito compreensiva e aceitou muito bem e disse que mesmo que não fossem ligados por sangue eles ainda eram sua família preciosa e era muito grata a Deus por ter lido essa linda família que é muito querida pra si.
Leonor não poderia estar mais orgulhosa de sua filha e de si mesma e de seu marido por ter a criado tão bem. Ela observa a filha com carinho, a mesma está segura a carta com uma das mãos e a outra está segura o pequeno manto com seu nome bordado.
Carta
04/01/XXXX
Minha querida Lua, quero que saiba que eu e seu pai nunca iríamos querer abandoná-la se não fosse pelas condições que nos aflige nunca faria isso.
Minha criança, você não faz ideia do quanto essa ideia nos machuca mais faríamos qualquer coisa para proteger oque temos de mais precioso, espero profundamente que algum dia nos perdoe e nos entenda.
Tenho fé que algum dia nós encontraremos e poderei lê contar todo o motivo que nos levou a fazer isso. Que a família que te acolher possa te dar todo amor e carinho que não podermos da essa e a data do seu nascimento 02/01/XXXX o dia mais feliz de nossas vidas minha princesa.
Com todo amor e carinho desse grande universo que nos cerca quero que saiba que meu amor e do seu pai por você são eternos minha querida Lua.
Ela suspirou e uma lágrima solitária caiu de seus olhos.
– Porquê será que eles me abandonaram mamãe?
– Não sei, minha jóia, mas algo me diz que eles realmente não tiveram escolha a não ser fazê-lo.
– Você acha? – A mulher confirma com a cabeça se levantando indo até seu quarto e voltando com uma pequena caixinha.
– Além do manto, minha jóia, você estava com esse colar no seu pescoço.
Fala ela entregando a linda caixinha pra filha que olha pro colar encantada sua atenção e tomada pelo pingente lindo formato parecido com a peça de yin e yang mais o que está com elas agora é preto com prateado com com desenhos acima em formato de Lua e algumas pequenas estrelas e tudo indicava que ele tem uma segunda metade.
– Mãe, o que significa esse símbolo?
– Desculpa, minha menina, eu e seu pai não consegue decifrá-lo. – Fala ela olhando com atenção o símbolo que tem atrás do pingente da filha. – Sei que já disse isso antes, mas eu e seu pai te amamos muito, mesmo que não tenhamos laços de sangue você e sua irmã são nossos bens mais preciosos deste mundo.
– Eu sei mamãe, eu também amo muito vocês! E agradeço muito a Deus por ter me dado essa família maravilhosa. – Elas se abraçam, Tiago que acaba de chegar sorri com aquela cena, pequena Mai que está nos seus braços também sorrir.
– Aconteceu ɑlgumɑ coisɑ meus amores? – Ele assim que ver o colar nɑs mãos dɑ Luna, seu sorriso vai sumindo, ele olha prɑ esposa preocupado e ela sorri pra ele como se dissesse que está tudo bem, o mesmo desce Mɑi do colo que já estava agitada pra descer e correr até a irmã, ele aproveita pra guarda ɑs compras.
– Mana!, Mana! – Mɑi correu pɑrɑ os braços dɑ suɑ irmã contando tudo que aconteceu no mercado e que o papai delas tinha comprado vários lanches pra elas lancharem depois do almoço.
Aproveitando que as mais novas saíram da cozinha ele se aproximou da esposa pra conversar.
– Amor você contou pɑrɑ elɑ também sobre os seus olhos?
– Não, não tive coragem o suficiente pɑrɑ fala sobre isso.
– Entendo. – Ele a ɑbrɑçɑ, minutos depois eles vão pɑrɑ onde estão ɑs meninas.
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