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DOCE SEDUÇÃO

Capítulo 1

-  Faz um Pedido!

...Fecho meus olhos por um momento e em silêncio faço meu pedido....

...**Desejo um cara que tenha um corpo lindo de dar inveja, um sorriso perfeito que molhe as calcinhas das ninfomaníacas doidas desta cidade, e se ele pudesse ter 1.85m, cabelos pretos ondulados e olhos verdes que te fazem se derreter, que seja um deus do sexo,  seria muito bom também!! **...

Com os olhos bem fechados, visualizo uma pessoa que a muito tempo não vejo, abro meus olhos lentamente, inspiro e assopro a pequena vela rosa acima do cupcake de cenoura com chocolate, fazendo com que a vela apague e caia na cobertura. 

Retiro a vela e começo a passar o dedo na cobertura levando a boca com um sorriso.

-  E então?? Qual foi seu pedido de aniversário este ano?! -

Livia inclinou-se para frente na mesa, colocando seus cachos castanhos atrás da orelha, me olhava com os olhos brilhando parecendo uma criança. 

-  Se eu contar, não vai se realizar, não é?!

Solto uma gargalhada ao ver ela fazer um bico e mostrar a língua na minha direção. 

^^^Até parece que se eu contasse o pedido, ele não se realizaria.. Venho fazendo este pedido desde os meus 15 anos! Desde quando vi aquele corpo nu pela primeira vez entre os arbustos perto da cachoeira na fazenda!!. ^^^

Dou uma mordida no cupcake, assim eu não iria acabar abrindo a boca  e deixando escapar meu  doce e pervertido pedido, afinal, pedido de aniversário era algo forte, a gente nunca sabe se um dia pode se realizar de verdade! 

-  Qual foi Nathaly! Não vai dizer mesmo?? Para sua melhor amiga?!!

Dou risada fingindo não ter escutado Lívia falando. 

-  Não consigo acreditar que você não vai me contar de novo! A gente se conhece a quanto tempo?! 

Ela me olhava com uma expressão  desapontada, tentando me fazer dar pra trás, o que não foi muito eficaz.

Olho para ela fingindo estar pensando e calculando os anos na cabeça.

-  Humm... Uns 5 ou 6 anos?? Contando desde os primeiros dias do segundo ano do ensino médio Kkkk.

Não tinha como esquecer, aquele ano foi quando meu pai morreu, fazendo eu e minha mãe nos afundar em dívidas, ela já não conseguia pagar as contas, a chácara que não havia sido quitada ainda, sendo assim, precisei sair da escola particular e chic e me mudar para uma pública, o que não foi tão ruim, já que na particular ninguém gostava de mim.  Na pública  no ano seguinte eu conheci a Lívia, ela era nova na cidade e não tinha conhecimento da minha fama de desastrada, que sempre estava envolvida de alguma forma em situações constrangedoras, mas quando ela ficou sabendo, já éramos muito amigas e ela não ligou pra tudo aquilo, graças a Deus..

-  Então, acho que como sua amiga de longa data, é meu dever te ajudar neste ano. 

-  Como assim? Kkkk

-  22 anos amiga. 22 é um número interessante não? DOIS...  Kkkk

-  Só pensa em besteira né??!! Tô por fora do significado Kkk

-  Eu não amiga,  Jamais! kkk mas levando em consideração que faz muito tempo que vc não vai dar umazinha por aí. Você deveria considerar este ano como 'seu ano de encontrar um par! um ANO DO SEXO!'.

Capítulo 2

  Um ano inteiro dedicado a fazer sexo? Tá doida Lívia?!

Pergunto enquanto termino meu cupcake, não que eu não quisesse sexo.. eu mal me lembrava da última vez em que fiz um sexo decente! E eu jamais iria encontrar alguém na cidade. Até porque, da última vez que fui a um encontro com um cara da cidade, ele saiu com uma crise de alergia e rendeu mais rumores ainda sobre mim!

Mas, puta que pariu, como eu ia adivinhar que o cara teria alergia à um simples gel comestível?!! Maldito Jhony Pirce, não era de se admirar que minha vida sexual estava uma droga.. O Karma é Foda!!

-   Bom, você deveria dedicar o ano à busca pelo sexo! Se eu me lembro bem, você nunca saí com ninguém. Tá sempre aqui na loja, desde quando Abriu!!

-  Deve ser por que na cidade, ninguém nunca me chamou para sair!! - Respiro fundo - Mas enfim, por que estamos falando tanto sobre minha vida sexual ou a falta dela hoje?! Não íamos comemorar?

Lívia revira os olhos por um instante. Pego as forminhas de cupcake vazias e as jogo no lixo. 

-  Bom. A Patrícia esteve em meu salão ontem.. 

Lívia era dona de um salão de beleza e convenhamos que ela era a  melhor! Patrícia era literalmente a 'Patricinha' da cidade.. desde a época do fundamental quando eu ainda estudava na escola particular, ela sempre dava um jeito de fazer fofocas sobre mim.. Ela e sua turminha mesmo depois de adultas nunca se separaram, elas não iriam diretamente falar comigo, então foram coletar fofocas com minha melhor amiga desde que eu voltei ao que parece. 

-  Hum… 

Eu não precisava perguntar sobre o que ela foi falar enquanto retocava as raízes dos cabelos, tinha certeza que a conversa poderia ter sido sobre minha vida ou a falta dela.. Não me importava com fofocas, mas Lívia odiava isso e sempre dava um jeito de fazer com que eu não esteja tão mal quanto parece..

-   Não deixe ela te atingir com fofocas, amiga!

Lanço um sorriso de lado pra Lívia e começo a arrumar as mesas da pequena Confeitaria.

-  Sinceramente estou farta das fofocas delas.  

Lívia continuava a resmungar enquanto me ajudava limpando as poucas mesas e cadeiras. 

-   Bom. Talvez ela goste de mim desde o fundamental. E tenha um fetiche em fazer fofocas para que eu não a esqueça? Kkkk

-  Nossa Naty, que puta fanfic ein? Amor proibido e incubado Kkkkk, pensando bem, nunca se sabe amiga!! kkkkkkkk

Damos risadas  e Lívia então se lembra que trouxe um presente e sai correndo para buscar no carro. 

Olho ao redor da loja de doces gourmet, as pequenas incubadoras de vidro cheias de doces de diversas variedades, a geladeira rotativa toda feita em vidro sob medida para  lindos bolos decorados..

Que puta desperdício de desejo ein!! 

Bato com a mão na cabeça levemente lembrando do desejo e me repudiando em pensamento... 

Sexo ardente .. Cara perfeito.. eu devia era ter pedido clientes!

3 anos cursando confeitaria profissional, tinha aberto a loja a 5 meses, mas não dava para arcar com as contas e ainda tinha o crédito estudantil para pagar, e  graças às 'dondocas das fofocas' não tinha muita credibilidade e não conseguia encomendas grandes. Dera sorte de conseguir comprar o que restará da chácara, após o avô deixar alguns trocados de herança, que fez com que a mãe cedesse a venda a Nataly.

 Jennifer Loubert, assim que fiz 18 anos ela quis vender nossa casa, mas graças ao empréstimo estudantil, usei a pequena herança do meu avô para comprar a casa dela, ao menos eu tinha ainda um pouco de credibilidade como filha dela e carregava o nome Loubert.

Não aceitaria vender o meu lar, o lugar onde cresci e tive as melhores lembranças da minha infância e adolescência e claro.. onde conheci o charmoso Anthony Mancini! 

Capítulo 3

Saiu dos meus devaneios quando vejo Lívia Voltando.

-   Amiga, chegou algumas cartas pra você! O carteiro acabou de passar enquanto eu estava pegando seu presente no carro. 

Lívia entra com uma grande caixa com um enorme laço rosa em cima e algumas cartas na outra mão.

-  Toma, quer abrir as cartas primeiro? 

Pego as cartas da mão dela e vejo os remetentes, alguns cartões de aniversário de lojas parceiras. Havia também uma carta de envelope branco endereçado a mim.

-  Qual a bomba que Jennifer mandou dessa vez.

Resmungo baixo abrindo a carta. 

Jennifer mal lembrava do meu aniversário, já era surpreendente que soubesse o endereço da minha loja para que mandasse chegar correspondências. Ela estava viajando pelo mundo afora em uma motorhome e esqueceu completamente da cidade e da filha que aqui morava. 

-   MAS QUE PORRA É ESSA! 

As paredes pareciam girar, leio a carta novamente tentando assimilar as palavras ali escritas. 

-  Eu vou matar ela! 

-  Que?? Matar quem?? Que houve Naty??! 

-  Minha mãe!! Jennifer usou a casa como garantia para um empréstimo! 

Eu falava quase gritando desesperada, enquanto Lívia me olhava sem entender.

-  Mas a casa não é sua?? 

-  Sim! Eu comprei dela, mas por conta do empréstimo estudantil, eu não pude transferi-la pro meu nome, porque precisei fazer um novo empréstimo, e o banco não iria aceitar naquela época, por causa da hipoteca da chácara. 

-  Ela não te avisou nada? não mandou uma mensagem, um email sei lá. dizendo que ia fazer esse empréstimo e colocar a casa como garantia? 

-  Você acha que ela ia se importar em me avisar? Ela nem se quer lembra do meu aniversário Lívia! 

Minha cabeça começava a doer, Lívia tentava me acalmar sem muito sucesso.

-  Grande presente de aniversário Naty!! Eu mereço isso, sou muito trouxa!!

Pisco os olhos para afastar as lágrimas que insistiam em se formar. Pego o celular para ligar pra Jennifer, mas logo desisto, ela nunca me atendeu mesmo, ela não se importava comigo ou com a casa, ela só se importava com a vida dela, e agora eu tinha uma conta de 40 mil reais em minhas mãos, e poderia perder meu lar onde minha família estivera por 4 gerações!  

-   Amiga, o que você vai fazer agora?? 

-   O que eu não vou fazer é chorar!! Vou dar um jeito de arrumar esses benditos 40 mil! 

Já não bastasse as outras dívidas. Agora tinha mais uma enorme! Como iria pagar isto tudo de uma única vez?!

-   Você é louca? Vai mesmo assumir a dívida da sua mãe?!

-  O que mais eu faria?! Minha casa está como garantia Lívia! 

 **Que diabos!! Como vou fazer isso?! Pense Nataly! pense!!**

Olho para a mesa onde se encontrava os outros envelopes, havia um rosa com letras douradas. 

-  É isso!! Vou arrumar clientes! 

Lívia olhava sem entender, Naty pega o envelope dourado e o celular, 15 minutos depois e algumas caras e bocas, ela desliga e esboça um sorriso para Lívia. 

-  Vou para a festa do chá da Patrícia! 

-  Tá louca? O que vai fazer lá? Pedir um empréstimo? 

-  Não idiota, vou fazer marketing, é uma festa beneficente, levarei alguns doces, farei marketing para conseguir alguns clientes! Essas mulheres dominam todos os eventos grandes da cidade! - Meus olhos brilhavam de excitação com essa ideia.. - Ah.. você obviamente, vai comigo.. 

-   Você vai mesmo pro ninho de cobras e ainda vai me levar junto?! - Lívia me olhava incrédula.

-   Claro, você é meu apoio moral!! 

Nataly não sabia ao certo o que estava fazendo, mas iria arriscar a forçar uma entrada ao grupo seletivo de mulheres da socialite da cidade, ela ainda tinha o nome do pai, que antes de morrer era integrante de um grupo seleto e importante da cidade, por isto. era convidada (por obrigação apenas) a todos os eventos grandes que envolviam o clube, e claro  iria aproveitar a oportunidade que tinha,  ela realmente precisava encontrar alguém que olhasse para seus doces e visse potencial, alguém que provaria e se deliciaria com suas habilidades como confeiteira e claro, a chamasse para cobrir os eventos da cidade, talvez quem sabe a convidar a ser a confeiteira responsável pelos doces e bolos do baile de primavera da cidade, era um evento lindo e chic da região, um dos maiores! Que ela sempre foi apenas como voluntário e ficava servindo as mesas.. Não teria motivos para ir como convidada, era um evento de casal..E ela nunca teve um acompanhante.

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