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O Príncipe Negro

Introdução

Emmanuel Chimezie um jovem de 17 anos, nascido na Nigéria… Sua mãe Zuri se apaixonou por Willian Scott, um jovem soldado americano que estava em serviço, no país durante a guerra civil em 1970. Willian ficou por meses na vila dando apoio e nessa época que os dois acabaram se aproximando.

Emmanuel com 17 anos

***Imagem ilustrativa- lembrando que o personagem tem olhos acinzentados***

Após alguns meses Willian acabou falecendo em combate, por sorte de Zuri ele havia enviado uma mensagem para seu pai onde conta sobre ela e sobre o filho que teriam.

Então David, a pedido do filho, entrou com um pedido no consulado e também no exército para Zuri pudesse vive em Nova York como era o desejo de Willian.

No começo era muito difícil para ela devido aos costumes, mas após o nascimento de Emmanuel, com o teste de DNA, David conseguiu o registro do neto e também sua dupla cidadania.

A vida de Emmanuel no começo apesar de ser uma criança não foi fácil, o preconceito sempre foi algo muito preocupante para seus avós que faziam o possível para dar a ele tudo que podiam, mas nesse caso evitar certos comentários e até o distanciamento era quase impossível.

Até que ele chegou a sua adolescência sendo transferido para uma escola muito requisitada, onde passou a ser muito hostilizado por causa de sua cor.

Passa praticamente o tempo todo isolado, não tinha muitos amigos mas sua força de vontade e determinação era o que ele usava para poder superar cada dia.

Sempre vítima das piadas racistas, Emmanuel jurava para si mesmo que um dia se tornaria uma pessoa importante e respeitada, assim como seu ídolo " Martin Luther King".

Seu Avô era dono de uma pequena empresa de informática e foi com ele que Emmanuel descobriu sua paixão, quando não estava na escola estava ajudando seu avô.

Emmanuel: Eu te juro vô que um dia lhe darei muito orgulho, vou fazer da sua empresa uma multinacional.

David: Eu tenho muito orgulho de você, meu neto. Tenho certeza que terá um grande futuro.

Os meses se passaram, Emmanuel com seus 17 anos, quando uma bela jovem atravessa sua frente com um pequeno papel nas mãos.

— Por favor, onde fica a sala 16? Aliás me desculpa, meu nome é Amélia e o seu?

Emmanuel: Emmanuel, prazer Amélia. A sala 16 e bem ali.

Aponta ele para a sala, Amélia sorri em forma de agradecimento e caminha para a sala.

Amélia Brooks com 16 anos

Única filha mulher de Jonathan que tinha ainda mais dois filhos, Leo e Leon. Amélia tinha uma família preconceituosa e machista, tanto que quando sua mãe Rose ficou seriamente doente, seu pai determinou que ficasse num quarto afastados de todos, pois não renunciaria a sua necessidades sexuais já que a esposa não poderia satisfazê-lo. O que na época revoltou Amélia que sempre foi contra essa forma de pensar do pai e dos irmãos.

Seus irmãos, todos já adultos, viviam se metendo em confusão, mas apesar dela já ter 16 anos, seu irmãos a controlava de forma severa.

Ela raramente ia em festas, pois seu pai não permitia que saísse sozinha sem a companhia dos irmãos ou dele.

Amélia tinha um sonho em estudar administração, mas o pai não apoiava, por achar que ela teria apenas que estudar o básico e cuidar da casa, mas nada a faria mudar de ideia.

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***Nota***

***A passageira\, Rosa Parks\, que se recusou a ceder o lugar para um branco\, foi presa por desacato às leis segregacionistas. O episódio colocou a questão racial em debate nacional e gerou um movimento\, que durou um ano\, para pressionar o Estado a abolir este tipo de segregação. A reivindicação foi acatada pela Suprema Corte Americana\, que determinou o fim da discriminação nos transportes públicos.  ***

***fonte:***https://www\.palmares\.gov\.br/?p=9934

A Aproximação

Após alguns dias de já ter iniciado as aulas no novo colégio, Amélia observa o rapaz franzino sempre sozinho nos fundos do refeitório, mas de alguma forma ela gostava do jeito dele apesar de saber que sua família nunca permitiria uma amizade entre eles.

Certo dia Amélia, entra no refeitório e ao vê-lo mais uma vez sozinho resolve se aproximar, fazendo Emmanuel se surpreender, pois desde que começou seus estudo ali ninguém nunca quis amizade a não ser seus amigos Lucca e

Jhon, que nesse dia ao vê-lo com uma garota resolveram não interferir.

Amélia: Olá, Emmanuel! Será que posso me sentar aqui?

Emmanuel: Bom, se não se importar em ser vista com um negro, pode sim.

Amélia: E porque isso seria um problema?

Emmanuel: Para mim não é nenhum, como está sendo se adaptar a nova escola?

Amélia: Estou conseguindo acompanhar a turma, mas ainda tenho dificuldades em algumas matérias, estou procurando alguém que possa me ajudar com isso, talvez você possa ser essa pessoa.

Emmanuel: Se precisar podemos nos encontrar na biblioteca e te ajudo, apesar de estar um ano a sua frente rsrsrs

Amélia: Por isso mesmo, poderá me ajudar mais que os outros, não acha?

Amélia dá um sorriso para ele, que retribui na mesma hora, meio sem jeito. Ao mesmo tempo que os dois conversavam, alguns alunos ficavam olhando para eles e assim que termina Amélia escuta algumas frases racistas que ela não gosta, ignorando e indo para sala, olhando para trás enquanto Emmanuel a acompanha com os olhos discretamente.

Ao se levantar da mesa, seus amigos se aproximam com piadinhas, o que o deixam totalmente sem graça.

Lucca: E aí meu brother, que gatinha hein?

Emmanuel: Deixa de ser idiota, Lucca.

Jhon: O que ela queria hein?

Emmanuel: Ajuda com as matérias que perdeu, nada de mais. Agora para de bobagem e vamos para a aula.

Mas ele não poderia negar que o jeito de Amélia realmente o deixaria surpreso, visto que seria a primeira garota da escola a vir conversar com ele de forma tão descontraída, não se importando com sua cor, apesar dele sempre estar usando roupas de marcas como todos por ali.

E foi dessa forma que após o final das aulas que Amélia e Emmanuel se encontravam na biblioteca, onde ele passou a ajudá-la com suas dúvidas nas matérias que ela havia perdido.

Amélia: Posso te perguntar uma coisa?

Emmanuel: Claro.

Amélia: Porque sempre está sozinho, ou com esses dois amigos? Afinal de contas está bastante tempo nessa escola não?

Emmanuel: Amélia, olha para mim eu sou negro, se não percebeu essa escola aliás esse país é cheio de pessoas racistas que não querem se misturar. Por isso prefiro ficar na minha, afinal de contas logo estarei indo embora estudar fora daqui.

Amélia: Embora para onde?

Emmanuel: Eu me inscrevi numa faculdade na França, então só preciso me manter firme até o final do semestre.

Amélia: Sobre ser negro, isso não tem nada a ver, tem os mesmo direito que qualquer um aqui.

Emmanuel: Infelizmente nem todos pensam assim. Já percebeu como todos ficam nos olhando? Isso não te incomoda?

Amélia: Nem um pouco, não ligo para que os outros pensam.

Emmanuel: Que bom saber que você foi criada de uma forma diferente.

Nesse momento Amélia se lembra que não é bem assim, mas prefere não comentar com ele já que isso poderia acabar afastando Emmanuel dela.

Amélia: Bom preciso te agradecer, pois está me ajudando muito, estava perdida com essa matéria.

Emmanuel: Sem problema e você quando for ao próximo semestre pretende fazer alguma faculdade?

Amélia: Ainda não tenho certeza, mas queria muito fazer administração. E você vai fazer o quê?

Emmanuel: Quero fazer TI, eu já tenho um programa que estou criando para aplicativo, preciso tempo para testá-lo.

Amélia: Sério? Isso é muito legal, acho que não tenho essa inteligência não kkkk

E assim os dois passariam muito dias se encontrando na biblioteca, o que os fariam se tornar cada vez mais amigos.

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nota

Por causa da sua luta pela igualdade racial e sua liderança não violenta, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1964, sendo o mais novo a ser agraciado com a honraria.

fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/martin-luther-king.htm

O Primeiro beijo

Os dias foram se passando e cada vez mais Amélia e Emmanuel se aproximavam, além de se encontrar quase todos os dias na biblioteca eles também passaram a ficar os intervalos de aula juntos.

***Narrador por Amélia***

Emmanuel é um rapaz muito lindo, sempre que o vejo sinto que meu coração vai sair pela boca, não consigo entender o que é esse sentimento, mas é muito bom, mas acho que ele não me vê da mesma forma, eu sempre fico pensando numa forma de ficarmos até mais tempo na biblioteca e torço para que meu pai e meus irmãos nunca descubram nossa amizade, pois nem sei como reagiriam se um dia nos vissem juntos, mas o que sinto por ele é tão bom, que não me importo de todos os dias levar uma bronca por chegar tarde.

Todos os dias quando chego ele sempre está sentado embaixo de uma árvore e com livro na mão, acho que nunca conheci ninguém tão determinado como ele, fico realmente impressionada com esse jeito de ser.

Às vezes ele fica me explicando as coisas, mas eu me perco observando os movimentos de sua boca e acabo não prestando atenção, mas para ele não perceber eu pesquiso no livro depois, na verdade eu nem preciso dessa ajuda, mas acho que esse é um motivo para ficar perto dele.

Certo dia, Lucca convidou os pessoal da sala para irem numa festa na casa dele, eu menti para meu pai dizendo que era um trabalho em grupo, como ele nunca se importa comigo ele deixou, mas eu precisava retornar até as 22hs.

Então nesse dia eu separei um vestido e escondi na minha mochila, queria ficar bonita e quem sabe assim  ele iria reparar em mim.

Então quando terminou a aula eu fui ao banheiro, troquei de roupa, passei uma maquiagem e quando sair os meninos amigos de Emmanuel estavam lá me esperando, ele ficou me observando e pela primeira vez percebi nele um olhar que eu desejava.

A casa de Lucca era muito bonita, aliás nunca havia entrado numa casa com o aquela, tinha até piscina.

Lucca: Emmanuel leva Amélia para pegar um suco ali na cozinha.

Emmanuel: Você quer um suco ou refrigerante? Eu posso buscar para você.

— Eu vou contigo, buscar.

Quando retornamos, os meninos acabaram nos incentivando de ir para a pista dançar, mas ele não parecia a vontade comigo e isso realmente me irritou.

— Por que você se incomoda tanto comigo?

Emmanuel: Não me incomodo com você, Amélia só não quero que fique se sentindo obrigada e estar comigo, só porque te ajudo com as matérias.

— Pois fique sabendo que nunca precisei de sua ajuda para elas, só fiz isso que queria ficar perto de você, mas já que pensa assim, não precisa mais perder seu tempo com isso.

***De volta a narradora***

Amélia realmente estava muito chateada e quando se afastou dele, Emmanuel a puxou pelo braço, olhou para os lados se certificando que ninguém os veriam e se aproximou de dela.

Emmanuel: Pois sempre soube que não precisava de minha ajuda. Mas gostei de você desde a primeira vez que te vi.

Então ele retirou os fios de cabelos de Amélia que estavam caídos em seu rosto, ela ficou ofegante observando os gestos dele, dava para se notar seus seios subirem e descerem rapidamente como se fosse perder o ar.

Ele a encostou na parede, tocou seu rosto com a mãos e sua boca foi de encontro a dela, que fechou os olhos permitindo que ele o fizesse.

Amélia deslizou suas mãos por seu quadril, subindo até as costas, Emmanuel a puxou pela nunca e suas línguas se encontraram pela primeira vez, num beijo ainda tímido sem muita ousadia, pois aquele seria a primeira vez que ambos estariam beijando alguém.

Após o beijo ainda sem muita intensidade, ele a olhou e seu peito se acalmou quando percebeu nos rosto de Amélia um sorriso de satisfação.

Amélia: Essa é a primeira vez que beijo alguém rsrsrs

Emmanuel: Eu também, e gostei muito que tenha sido você Amélia.

Os dois se abraçaram após o beijo, mas ela sabia que aquele seria um passo perigoso, devido a sua família e não tinha coragem de contar a Emmanuel, pois certamente ele se afastaria dela.

Emmanuel: Amélia, eu gosto muto de você, queria saber se aceita namorar comigo?

Amélia: Eu aceito, isso é o que mais quero, mas o problema é que meu pai e meus irmão não me permitem namorar por causa da idade.

Emmanuel: Nessa caso podemos manter em segredo, até que a gente possa falar com eles.

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