''Este romance é dedicado a uma amiga do coração que faleceu com pouco mais de quarenta anos com câncer, amiga de infância, pessoa de coração puro e humildade sem igual. Cristina G. como gostaria que tivesse conseguido a felicidade que merecia. Mudarei seu destino em minha história pois é o que desejaria que tivesse vivido.'' Autora.
Pietra e Cristina são duas jovens amigas, sonhadoras e românticas como todas as adolescentes de sua época. Elas tem treze anos, amigas de toda vida, pra todos os momentos. Pietra uma garota morena, cabelos negros e magra, muito magra, Cristina uma jovem branquinha, loira, cabelos longos e robusta, opostas mais unidas em tudo.
Cristina a delicadeza em pessoa, voz suave, calma, envergonhada, qual quer coisa a faz corar.
Pietra, direta, impaciente, nervosa.
Faziam tudo juntas, iam ao culto, ao catecismo, as festas. O que uma aprendia ensinava a outra, crochê, tricô, costura..... Apenas nos estudos tiveram que se separar, os pais de Cristina não tinham condições de que ela continuasse a estudar, moravam muito longe da cidade e era preciso pagar um carro pra levar.
O pai de Pietra levava a ela e aos irmãos toda noite para estudar.
Cristina: - Queria tanto estudar com você! Mais meu pai está até dizendo que teremos que ir pra São Paulo para ele arrumar um emprego.
Pietra: -São Paulo?? Mais é muito longe Cris!! Está tão difícil assim?
Cristina: - Sim, só ele pra trabalhar na roça não está dando conta de tudo. E minha mãe está grávida de novo, será meu quinto irmão.
As duas ficaram apreensivas, não cogitam a idéia de ficarem longe uma da outra. Mais a situação está muito difícil, os pais de Cristina não conseguem dar conta de tudo, o trabalho na lavoura é cansativo e não tem produzido o necessário para família dela.
O pai de Cristina faz feira na cidade, vai numa rural antiga, há dias que não vende nada. E isso o tem deixado muito apreensivo.
Já Pietra tem mais sorte, seu pai tem trabalho fixo, tem mais sete irmãos, os dois mais velhos já trabalham fora. A mãe dela sempre pega alguma empreitada na lavoura para comprar material e roupas pras filhas estudarem. A mãe dela não abre mão do estudo.
Pietra: -Está semana terá o encontro de jovens na cidade, nós vamos né??
Cristina: - Vamos sim. Em encontro de igreja meu pai deixa eu ir.
Pietra: -Vai ser bom. Aí a gente esquece essa história de seu pai de ir embora.
Cristina: - Quando meu pai coloca algo na cabeça é difícil dele mudar de idéia. E meu tio que mora em São Paulo ficou de arrumar um serviço pra ele.
Pietra: -Eu me lembro quando meus avós foram pra São Paulo, ficamos muitos anos sem ver eles de novo.
Cristina: - Eu não quero ficar sem te ver. Se formos daremos um jeito.
Pietra: - Eu prometo te escrever sempre, não vou te esquecer amiga.
As duas se abraçam, já sentem a dor da despedida. A única maneira de se corresponder é através de cartas e é muito difícil elas chegarem até onde moram. Em 1983 não há telefone onde moram, o correio é na cidade que fica a mais de dez quilômetros.
No sábado às amigas vão para o encontro de jovens na cidade, e que será o dia todo. É uma emoção para a Cristina que não tem nenhuma outra forma de conhecer e se inteirar com outras pessoas.
Cristina: -Quanta gente!! Quantos jovens bonitos e alegres!!
Pietra: - É mas todos uns metidos, veja como nos olham! Pensam que somos bichos do mato! Pra você ver como me sinto na escola. É assim que me olham.
Cristina: - É impressão sua. São alegres, divertidos.
Cristina ficou impressionada com um rapaz, loiro, simpático de um sorriso puro e cativante. Pietra por um garoto que fez uma apresentação de uma peça de teatro aos presentes, seu nome Sérgio.
O primeiro amor das jovens amigas, o primeiro bater rápido dos corações, o surgir de um misto de sentimentos e emoções tão comuns a idade delas.
Onde um olhar, uma palavra, um simples encontro é motivo pra felicidade ou tristeza profundas.
Pra elas, não havia mais lugar pra ninguém nos seus corações, era amor o que sentiam, só podia ser, nunca haviam experimentado sentimento tão profundo por garotos.
As duas contavam as horas para o fim de semana onde iam a missa no domingo de manhã e viam mesmo de longe os donos de seus corações apaixonados.
O assunto da partida da família da melhor amiga tomou lugar aos sonhos adolescentes
Cristina: -Você viu, Júnior me olhou, meu coração quase sai pela boca!!
Pietra: - E Sérgio que ficou do meu lado na hora da comunhão. Tremi toda.
O pai de Cris abriu uma pequena mercearia em um barracão improvisado ao lado de sua casa pra tentar melhorar as finanças. Tentou por dois anos. Mais o povo do local também não tem condições de pagar as contas e ele acabou contraindo dividas ainda maiores
Pietra e Cristina iam a festas de padroeiros de bairros vizinhos com o pai de Cris, mais eram proibidas de entrar nos bailinhos. E Cristina sempre obediente ficava do lado de fora vigiando e Pietra entrava, dançava uma ou outra música e saia para ficar com a amiga.
Caso algum jovem mais saidinho chegasse em uma das duas elas mentiam terem noivos.
De meia em meia hora precisavam voltar para o lado dos pais de Cris. Os pais de Pietra não saiam com os filhos, a mãe só ficava em casa e o pai saía para pescar ou tocar violão em rádios não ligavam das filhas saírem.
Num desses bailinhos Pietra dançou com o rapaz por quem Cris estava apaixonada, mais ele pediu ajuda a Pietra para sair com outra prima dela.
Pietra não sabia como contar a amiga o que aconteceu, não queria ver ela triste, pois o sofrimento dela também é o seu.
Quando iam completar quinze anos não teve mais jeito, o tio de Cris arrumou um serviço para o pai dela e ele foi para São Paulo. De início sozinho até conseguir um lugar para família morar. Cris, sua mãe e seus quatro irmãos ficaram o esperando chamar.
Lucas o irmão de Cris, apenas um ano mais novo que ela tem uma paixão escondida por Pietra, mais agora que vão embora está desiludido também.
Cristina está desesperada, não quer ir, mais não tem como ficar, a sorte que seu pai vai demorar pra poder levar a todos.
Um seu primo Lúcio a pediu em namoro e ela pensa em aceitar, está desiludida com tudo. Por insistência de sua família aceita, mais é evidente para Pietra que sua amiga não está feliz.
Pietra: - Cris, se você não gosta dele, não é obrigada a namorar só porque seus pais querem.
Cristina: - Eu sei Pietra, vou aceitar porque sei que vou embora e então não terá como continuar. Assim deixo meu pai despreocupado pelo menos por um tempo.
Pietra: - Você que sabe amiga, mais sei que não é apaixonada por ele.
Cristina: - E adianta estar apaixonada?? Nos não temos escolha. Eu não tenho!! Pelo menos você não é obrigada a namorar seu primo....
Pietra: - Não quero namorar ninguém. Nisso eu não posso reclamar, meus pais não ligam e eu só penso no Sérgio. Não quero mais ninguém....
Cinco meses se passaram Cris chega chorando a cada de Pietra. Seu pai arrumou um caminhão e veio buscar a mudança e a família para São Paulo.
Cristina: - Agora não tem mais jeito, amanhã vamos embora. Me promete que vai me escrever??
Pietra: - Prometo amiga, chegando lá me escreve passando o endereço certinho que te escrevo!!
As duas se abraçam e lágrimas correm pelo rosto das jovens amigas.
Cris diz que seu único consolo é terminar o namoro que só a estava deixando triste, Lúcio é uma boa pessoa mais não é o amor de sua vida.
Cris chama Pietra pra ajudar a empacotar suas coisas. A tristeza toma conta das amigas e da família. Mais é preciso, não há condições de permanecer onde moram. O pai de Cristina arrumou uma casa pra ficarem e está trabalhando para uma instituição da igreja, a viagem será longa, não tem muito o que levar, não tem móveis, apenas alguns bancos, cadeiras, uma mesa e as roupas de cada um em caixas e sacos. Cristina como a mais velha precisa cuidar de seus irmãos menores enquanto a mãe verifica se não estão esquecendo de nada.
Cristina: - O que farei lá amiga? Não conheço ninguém, nem onde fica nada? Como vou viver sem nossa amizade?
Lágrimas correm dos olhos das amigas.
Pietra: - Você é uma garota muito especial. Linda e boa, fará amigos rapidinho não se preocupe.
Cristina: - Não quero outros amigos, Pietra pega pra você esse cachecol que fiz, pra se lembrar de mim. Você tem alguma foto sua pra me dar? Assim quando eu sentir saudades eu olho as fotos.
Pietra: - Tenho sim, aquela onde estamos no batizado, Silvana, você e eu. Vou te dar e depois faço cópia pra mim.
Cristina: - Eu não tenho nenhuma. É tão difícil tirar foto e mandar revelar, ainda bem que você tem uma câmera. Guardarei com todo cuidado.
Pietra vai até sua casa buscar a foto, procura alguma coisa pra dar a amiga de despedida, mais não encontra nada. Vida difícil, onde não se tem nem o que dar a uma amiga. Pietra escreve uma dedicatória atrás da foto e leva a amiga.
As amigas são separadas pelas diversidades da vida, pela necessidade de procurar melhorar a situação financeira da família. Por um pai se esforçando pra não deixar os filhos passarem fome.
Pietra fica a olhar o caminhão que vai estrada a fora, a amiga de toda vida, a confidente a companheira que está indo pra longe. A incerteza de se encontrarem novamente pairando sobre elas. Os avós de Pietra levaram anos pra os visitar. E se acontecer o mesmo com elas? Se a amizade for esquecida?
Cristina logo esquece as lágrimas tamanho é o vislumbre pela beleza da capital de São Paulo. O movimento, o trânsito, os aranha céus, o vai e vem das pessoas, tudo é novo, e lindo pra uma garota que mal conhecia a pequena cidade onde o pai fazia feira.
Mais a beleza e o encantamento não duram muito quando saem da cidade em direção a periferia.
Casas mal feitas, se é que podem ser chamadas de casas, ruas de terra com rede de esgoto a céu aberto. Cristina não entende como as pessoas podem viver assim, barracos pendurados nos morros parecendo que vão cair a cada segundo. E o mal cheiro então, impregnando tudo. Mais não vai reclamar, sabe da dor que seus pais estão sentindo em ter que deixar o lugar onde nasceram.
O caminhão continua, vai mais além, o lugar já não tem o mesmo odor horrível, as casas continuam não parecendo lares agora mais distante uma das outras, quando o caminhão para em frente a casa de seu tio é um alívio, o corpo já está cansado da viagem e o coração apertado pelo que os espera.
Seus primos os recebem com alegria, os irmãos mais novos estão eufóricos com tudo, pra eles tudo é festa, apenas ela e Lucas estão apreensivos pelo que deixaram prá trás.
Os primos da mesma idade que eles são bem receptivos, fazem de tudo pra se sentirem em casa, Valdir e Valmir estão felizes por terem pessoas da mesma idade pra conversar, sair, se divertir. O que facilita pra Cristina a adaptação a nova vida.
Pietra fica, triste, sozinha, senta em uma pedra onde estavam acostumadas a ficarem conversando por horas, jogando truco com os mais novos, comendo limão com sal, ameixa e néspera , Pietra está
agora só. Em seu pensamento está a amiga e o que pode estar fazendo a essa hora. O pior é a noite nos encontros na igreja, as garotas da mesma idade já estão namorando firme, pra casar, ou estão em casa ou do lado dos pais.
O consolo é estudar, tentar fazer amizades na escola. Tem uma garota nova, Leila, também da roça com quem Pietra simpatizou. Mais ninguém jamais ocupará o lugar da amiga de infância.
Assim que conseguem organizar tudo Cristina procura um lugar tranquilo, pega um caderno e uma caneta e se senta pra escrever pra amiga:
'' Querida amiga, já estou morrendo de saudades. como você está sem mim?? Por favor não me troque pelas suas primas que conhecemos bem.
Pietra até que aqui não é tão ruim, estamos morando juntos com o tio até meu pai conseguir um lugar pra nós. É apertado, mais estamos bem. Vou ver se consigo arrumar um trabalho pra ajudar, nem que seja pra cuidar de meus primos.
Vou te mandar o endereço certinho daqui, meu primo passou pra mim. Por favor me escreve logo, sei que vai demorar pra receber minha carta, mais não esquece você mora em meu coração.
Um beijo amiga. Me escreve. Cris ''
Uns quinze dias depois Pietra recebe a carta, responde imediatamente, mais vai levar alguns dias pra conseguir alguém pra levar ao correio pra ela.
No início as cartas eram frequentes, mais o tempo as vezes é ingrato, nos faz deixar para trás sentimentos, atos, amizades a um segundo plano e tudo vai se distanciando, perdendo a força, e o que parecia insubstituível e eterno já não é mais.
Assim são os amores, as amizades, a vida.
Nilvan é um rapaz batalhador, veio do nordeste pra São Paulo pelos mesmos motivos que os pais de Cristina, a família passava muita dificuldade lá, então ele e seu pai vieram atrás de melhores condições de trabalho, deixaram para trás, Neusa sua mãe e suas
irmãs Nilda e Neide, ainda pequenas. Nilvan mal completou dezessete anos e já trabalha como ajudante de pedreiro, estão na cidade já há quase dois anos, ajudam nas construções de novas casas daqueles que vem de longe como eles. Nilvan tem a pele queimada do Sol, as mãos grossas do trabalho pesado, cabelos encaracolados e uns olhos verdes, herança de sua mãe, não é alto mais também não é baixinho, com um e setenta é forte, bem forte devido ao trabalho árduo.
Foi uma reunião no salão da igreja que conheceu Cristina que estava triste em um canto e resolve fazer uma nova amizade, ele sabe como é chegar em um lugar estranho, longe de casa e de tudo que estava acostumado, se sentindo só e excluído.
Nilvan: - Oi, meu nome é Nilvan, você e sua família são novos aqui, não são?
Cristina: - Sim, chegamos a alguns dias e ainda não me adaptei.
Nilvan: - Eu sei como é. Meu pai e eu chegamos a quase dois anos e eu ainda não me adaptei.
Cristina: - Sinto falta de tudo, da casa, dos vizinhos, das plantas, dos meus parentes e da minha amiga...
Nilvan: - Se quiser posso ser seu amigo, não vou substituir seus amigos mais lhe garanto que serei um novo amigo com quem pode contar.
Cristina sorri, e assim nasce uma nova amizade, Cristina conta sobre tudo que deixou pra trás e Nilvan também. Cris começa a contar sobre a amiga Pietra, como eram unidas e do que faziam, Nilvan não sabe porque mais senti uma curiosidade imensa em conhecer a tão falada Pietra.
A reunião acaba e eles se despedem, ficando de se encontrarem em uma próxima reunião para conversarem mais tempo.
Nilvan e seu pai são chamados para trabalhar na construção de algumas casas no bairro onde Cris está, em uma conversa com Cristina ela lhe diz estar procurando algo pra fazer, um trabalho pra ganhar um pouco de dinheiro e ajudar em casa. Nilvan também quer trabalhar em outra coisa, alguma coisa menos pesado e cansativo. Promete a amiga ajudar a procurar serviço pra ela.
Um amigo de Nilvan tece móveis e recebeu um pedido grande para entregar logo, o chama para ajudar no final de semana e ele se lembra da amiga então chama Cristina pra trabalhar com eles.
Nilvan ficou encantado com a confecção dos móveis artesanais com fibras sintéticas, Cristina também, e como recebiam por produção trabalharam sem parar o fim de semana todo. Nilvan resolve mudar, quer trabalhar com esses móveis, então ele espera o responsável pelas peças vir buscar pra que possa conversar com ele e propôr um negócio.
Para sorte de Nilvan eles estão a procura de um local amplo e pessoas interessadas em pegar grandes quantidades dos móveis pra fazer, querem urgência tanto na arrumação do local como de pessoas.
Nilvan se compromete em conseguir o que querem em dois dias. O prazo máximo que o encarregado lhe deu. Ele vai atrás de Cristina pra ajudar, ela aprendeu fácil como tecer e pode o ajudar a arrumar pessoas para trabalhar. Como é por produção quanto mais fizerem mais ganharão.
Nilvan se lembra do salão da igreja, vai com Cris conversar com o responsável e conseguem o local, agora falta os trabalhadores.
Cris pega seu caderno e os dois saem a procura de quem quer trabalhar, como a vida não está fácil pra ninguém rapidamente eles conseguem uma dezena de pessoas interessadas.
Pelos cálculos de Nilvan eles precisam de no mínimo quinze pessoas para conseguirem tecer as peças em uma semana. Calculou também o valor que receberiam por cada peça e a quantidade que poderia ser feita ao dia.
Cristina ia anotando tudo, num certo momento uma foto cai do caderno de Cris, Nilvan a pega e fica a observando por um bom tempo.
Nilvan: - Cristina, essa é a sua amiga que tanto fala? Qual o nome dela mesmo?
Cristina: - É sim. Pietra, minha amiga, que saudades dela!
Nilvan sente alguma coisa diferente ao olhar a foto, algo que nunca havia sentido, o coração bater mais forte. O sorriso da amiga de Cris era lindo, seu rosto moreno, seus lábios carnudos despertaram nele o interesse pelo sexo oposto, algo que nunca havia passado de uns assovios ou elogios pela beleza de uma ou outra moça. Não entendeu bem o que estava acontecendo com ele, era apenas uma foto, um rosto, não sabia como seria a realidade, mais sabia que a queria conhecer.
Tentou focar no que estavam planejando, agora tinha um motivo pra ganhar mais dinheiro, melhorar, progredir. Conhecer a amiga de Cris.
Cristina ficou muito feliz com a oportunidade de trabalhar, ficou responsável por ensinar a tecer e verificar se não havia erros. Nilvan, apesar de não ter estudado é excelente com os números e ficou responsável pela parte da produção, lucros, números de peças.....
Cristina lhe contou que Pietra estava estudando pra ser professora e que já tinha conseguido uma vaga na escolinha rural de seu bairro mesmo ainda estando cursando o sétimo ano, tão grande a procura por professores pra trabalhar na roça.
Isso fez com que ele resolvesse estudar, entrou no supletivo, era cansativo mais queria ter o que conversar quando encontrasse com ela, não queria fazer papel de ignorante.
Pietra por sua vez não imaginava que havia despertado tal sentimento em alguém apenas por uma foto. Ela nutre uma paixão platônica por Sérgio, acha que não vai se apaixonar por mais ninguém tamanho é o sentimento que tem por ele, mesmo não sendo correspondida, já dura quase cinco anos.
Pietra tentou se interessar por outro, mais foi em vão. Somente por Sérgio seu coração bate descompassado, é somente nele que pensa o dia todo, por ele ela chora, sofre, se decepciona. Jura que se conseguir retirar o sentimento que tem por ele do coração jamais irá sentir isso por outra pessoa.
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