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O Vazio Que Ficou Em Mim.

Capítulo 1.

Dias atuais.

A vila Santo Antônio realmente parecia um lugar dos sonhos, nunca pensei que eu e minhas irmãs conseguiríamos viver em um lugar como aquele.

Já era grato por ter conseguido encontrá-las e que hoje todos estavam muito bem, mais nem em um milhão de anos eu teria imaginado que estaríamos juntos no fim das contas, apesar de tudo que passamos e todo sofrimento para chegarmos até ali.

Nossa família permaneceu unida.

Graças aos esforços de toda comunidade havia boa comida, bons negócios, segurança, uma vida tranquila e sossegada .

Aquele lugar era um pedaço de paraíso com toda certeza.

As crianças brincavam despreocupadas pelo campo enquanto olhos muito bem treinados e vigilantes cuidavam da segurança do lugar.

A taxa de invasão diminuía consideravelmente mês após mês .Era um trabalho ardo mais valia a pena.

Todos se ajudavam e a vida era boa, muito boa para quase todos nós.

Infelizmente não para mim, cinco anos já haviam se passado desda morte da Ana e o tempo definitivamente não cura todas as feridas como todo mundo diz.

As feridas superficiais pode até ser ,mais algumas eu tenho certeza que não.

Pelo menos eu me sentia deslocado naquele lugar, Todos estavam felizes e eu nem tanto assim. Alguns dias queria sair para a ronda e nunca mais voltar, outros dias eu via como minhas irmãs se sentiam realizadas e empolgadas com o rumo de suas vidas. Aquilo bastava para manter a minha mente sã. Pelo menos até o próximo dia ou semana em que eu voltava a me questionar o porque de estar naquele lugar.

Minha vida caiu numa rotina que eu não conseguia mais aguentar, todas as manhãs fazendo chuva ou sol eu levantava ia para o trabalho e a tarde voltava pra casa.

Valia a pena viver daquele jeito por hora porque eu não pretendia estragar a felicidade de ninguém ,mesmo que eu não a tivesse.

Porque eu nunca gostei de me sentir sozinho... "Até aquela noite".

Com a respiração acelerada e suando até a alma acordei no meio da noite , já havia perdido as contas de quantas vezes tinha sonhado com ela.

O estranho era que não me recordava se era um sonho ou uma antiga lembrança, naquele momento não conseguia respirar direito.

Senti um aperto forte no peito, a minha boca ficou seca e do nada senti um cheiro estranho no ar, não tinha certeza de nada porque parecia muito real.

Tentei me acalmar e respirar bem divagar, o cheiro dela invadia o meu quarto.

_ Lavanda e rosas. - sussurrei baixinho.

Fechei os olhos e uma onda de cabelos ruivos balançando com o vento soprando forte passaram bem de ante dos meus olhos e o som da risada da Sam me fez sorrir .

Enquanto ela corria e me puxava para o campo, a imagem se tornava um misto de alegria e tristeza.

E porque doía tanto? Ouvir ela chamar meu

nome antes de voltar a realidade me fazia não querer voltar .

_ Cristian! - Meu nome ecoava enquanto ela desaparecia naquela imagem que a minha mente reproduzia.

Voltar a realidade daquele quarto frio e solitário não ajudou muito porque seria tão bom estar com ela mais uma vez , mesmo na minha cabeça.

_ Maldito pesadelo! - Grito sozinho no escuro.

Capítulo 2.

Muitos anos separavam aquele rosto da minha realidade, fiz questão de enterrar bem fundo tudo que eu um dia senti por ela, mais de uma maneira peculiar aquelas lembranças voltaram a me assombrar.

10 anos atrás éramos jovens inconsequentes, querendo aproveitar o pouco de liberdade que ainda da tinhamos, definitivamente não queria nada que me prendesse, e é claro que ela sempre estava por perto para deixar esse plano mais difícil de ser concluído.

Samanta Colins tinha um dom natural de me tirar a concentração. Não era a garota mais bonita daquelas redondezas mais exercia sobre mim algum tipo de domínio.

Não conseguia de jeito nenhum tirar os olhos dela, mesmo quando estava ficando com outra garota. Por alguma razão desconhecida aquela pirralha mexia comigo desde sempre.

Naquela época específica a juventude vibrante e a sua rebeldia aflorada não me deixou continuar longe dela por tempo suficiente.

Fizemos algumas loucuras , nos divertimos muito achando que seríamos invencíveis juntos e que o mundo todo seria nosso um dia.

Meu amor da juventude era o causador da maior tristeza do meu coração.

E o maldito ..." E se." Me perseguia por todos esses anos.

E se ... Eu não tivesse fugido?

E se ... Eu tivesse voltado para ela ?

E se ... O irmão dela não tivesse matado meu pai ?

Tantas coisas aconteceram e me recusava a falar com as minhas irmãs sobre isso, elas estavam tão felizes e já tinham seus próprios problemas agora.

Eram mães, esposas e mulheres importantes na comunidade para perder tempo com meus

achismos e também não estava a fim de fazer terapia familiar.

Se chegasse a esse ponto é claro que eu teria que falar da Sam e do porque eu estava sonhando com uma pessoa do passado ao invés da minha namorada falecida.

Qual seria a diferença entre sonhar com uma mulher morta a 5 anos ou a 10?

Para continuar seguindo em frente nunca mais falamos do passado. Enterramos nossos mortos e os ressentimentos juntos, mais a Sam por alguma razão decidiu vir me atormentar durante a noite, voltou pra mexer com meus sentimentos e

definitivamente estava querendo me enlouquecer de vez.

Como alguém que morreu a tantos anos podia atrapalhar a minha vida desse jeito?

Eu ouvi minha consciência me recriminando.

_ É a culpa meu caro!

Abri a gaveta do armário que ficava ao lado da minha cama.

Peguei o bem mais precioso que eu carregava .

Abri o livro gasto e folheie algumas páginas marcadas com várias anotações do meu pai.

Foi a única coisa que retirei da casa quando parti,

parei em um ponto que estava bem gasto e grifado quase decima abaixo.

1 joao 1 : 9.

" Não fazer nada só acumulará este sentimento em nós, até cauterizar a nossa sensibilidade. Mas sabemos que se confessarmos , Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos nos purificar de toda injustiça."

No cantinho da folha seguia um pequeno texto escrito de caneta. A letra dele era tão perfeita , papai era realmente muito bom em tudo que fazia.

Atento a cada detalhe acompanhei o texto grifado .

"A culpa, remorso, ou tristeza pelo erro deve nos impulsionar para o arrependimento."

1 - Confesse e reconheça sua condição.

2 - Arrependa-se.

3 - Mude de postura.

Fechei a Bíblia encostei a cabeça na parede e respirei fundo.

Não parece que isso era dificil para o senhor não é pai?

_ Por favor senhor Deus se estiver me escutando, me ajuda!

Voltei a me deitar sentindo que aos poucos eu relaxava e que finalmente o cansaço iria ganhar aquela batalha.

_ Só hoje Sam , me deixe dormir!

Falo sozinho enquanto o sono finalmente chegava.

capítulo 3.

10 anos atrás.

Samanta Colins.

Um misto de empolgação e euforia me dominava naquele momento, no começo o meu estômago doía de tanta ansiedade. Não um sentimento ruim mais daqueles bons,os minutos passaram e eu estava cada vez mais agitada.

Na noite passada nós resolvemos fugir de tudo, tanto dos meus problemas quanto dos dele. Nossas famílias eram um pesadelo e só teria uma solução, largar tudo para viver uma nova vida.

Ir em busca dos nossos sonhos e finalmente começar de novo,em um lugar distante onde poderíamos nos tornar o que realmente a gente queria ser.

Carinhosamente ele me segurou mais forte enquanto estávamos deitados no chão observando as estrelas no céu.

_ Você me ama Sam ? - Ele me perguntou.

Por um minuto senti um frio na barriga e me afastei para olhar nos olhos dele. Naquele momento não sabia se era porque eu não tinha comido nada até aquela hora ou se realmente era pela surpresa.

Cristian não era o tipo de cara que falava de amor nem nada do tipo.

Eu era louca por ele desde os nossos 15 anos, sempre demonstrei meus sentimentos e tentava de todas as maneiras chamar a atenção dele. Escrevi cartas , fiz diversas declarações de amor e até roubei um beijo uma vez. A única certeza que eu

tinha era que faria qualquer coisa por ele.

_Você sabe que sim! - Respondi um pouco preocupada.

_Então diz que confia em mim.

_ Eu confio e vou com você pra qualquer lugar desse mundo.

_Tudo bem, a gente se encontra aqui amanhã, vou separar algumas coisas pra viagem e volto quando escurecer. Consegue sair sem ninguém perceber?

_Sim! O Mac tá muito louco com tudo, mais eu dou um jeito.

_Toma cuidado !

Então ele me deu um beijo suave e doce, daqueles que definitivamente me fazia repensar a regra de me guardar até o dia do casamento.

Todo mundo sabia que o Cristian era um rebelde sem causa, o cara que tinha a família perfeita, o rostinho bonito com fama de badboy que toda garota queria conquistar.

Por alguma razão desconhecida depois das milhares de investidas finalmente eu consegui que ele me notasse e por algum milagre não fui rejeitada. Desde então ficamos juntos e

ele começou a andar com a galera do meu irmão que eram completos babacas.

E quanto mais as coisas mudavam pior eles se tornavam, a ponto de fazer racionamento de comida e querer controlar tudo que a gente fazia. Tornando a convivência insuportável.

Com todas essas lembranças me distraindo da minha real situação não sinto quando a leve brisa da madrugada começou a molhar minhas roupas. As horas avançaram e não me mexi, sentada ali com a minha mochila no colo vi o dia amanhecer.

_ Calma Samanta ele vai aparecer. - Repeti para mim mesma várias vezes olhando pro meio do nada.

_ Será que aconteceu alguma coisa?

A ideia de ir até lá e ser enxotada pelo Sr Oscar estava fora de questão . Cristian odiava quando eu insistia em ir com ele para casa, sempre dizia a mesma coisa.

_ Um dia Sam! Hoje não.

Frio e seco não me deixava de maneira nenhuma passar do portão da entrada. E aquele era o limite que eu não poderia ultrapassar.

_Onde você está?

O dia já estava claro quando levantei e voltei para casa. Não era uma caminhada longa e meu rosto estava inchado, meus olhos vermelhos e as minhas roupas em péssimo estado, nossa casa era relativamente pequena e ser interrogada na chegada não estava nos meus planos.

Segurei a alça da mochila com mais força do que era necessário, respirei fundo e abri a porta entrando sem olhar para os lados.

_ Ei Samanta? - Mec grita da poltrona.

_Vou para o meu quarto.

_Onde você estava? Está tudo bem? - Ele retrucou.

Continuei andando sem responder.

_ Ei tô falando com você, não ouviu?

Bato a porta com o resto de força que

ainda tinha.

No dia seguinte e pelos dias que passaram era quase como uma sina. Eu esperava anoitecer e os zumbis saírem, pegava a mochila que estava sempre arrumada no canto ao lado da cama e saia.

Na primeira noite senti aquele friozinho na barriga que era normal para a nossa situação mais começou a ficar mais intenso a cada minuto que passava, me deixando frustrada e decepcionada enquanto voltava sozinha para casa.

Na segunda noite ansiosa e nervosa esperei um pouco mais do que na anterior, fiz isso por dias até o não ter forças nem vontade de me levantar .

Naquele momento já não havia mais nada dentro de mim, nem sonhos, nem esperanças, eu estava completamente perdida e o sentimento de rejeição se tornou um buraco grande demais a

ponto de me engolir inteira.

Mec por alguma razão desconhecida passou a trazer uma refeição decente todos os dias. O que era uma coisa estranha, levando em conta que nos últimos meses ele controlava tudo que entrava na nossa casa e os seus amigos não faziam a menor

questão de dividir o que traziam então era super rigoroso e monitorava tudo que eu comia me deixando apenas com o

mínimo para sobreviver.

_ Come alguma coisa dessa vez, você está ficando magra demais.

Mec deixou uma tigela pequena encima da mesa de cabeceira.

_ Não tô com fome.

_ Você tem que comer alguma coisa, vai acabar morrendo.

Ele diz ríspido como sempre.

_ Aí seria ótimo pra você, menos uma coisa para te aborrecer.

_ Não tem graça nenhuma Samanta. Eu só tenho você.

_ Sério? E o bando de zumbis que vc lidera?

_ A gente precisa deles, você sabe que não posso fazer tudo sozinho.

_ Você não pode roubar sozinho isso sim, tem medo de acabar levando um tiro na cara.

_ É mais não esquece que todos nós sobrevivemos por causa do que eu faço.

Ele saiu do quarto com a tão conhecida raiva de sempre.

Antes ele era só um mecânico idiota e sem muita coisa para se preocupar sempre nos viramos sozinhos, fomos abandonados pela nossa mãe e criados por uma tia que morreu quando Mec completou 18 anos. O que fez com que eu não tivesse outra escolha a não ser viver com ele até eu conseguir seguir com a minha vida.

Depois de algum tempo tudo piorou muito então Mec largou a oficina e se juntou a um bando de marginais que saqueavam as casas abandonadas ou qualquer lugar que desse algum lucro.

Ele já era um cara difícil de lidar antes, com o passar do tempo se tornou muito mais arrogante e prepotente, um narcisista cretino que eu definitivamente detestava e viver pelas suas

regras era sufocante e insuportável.

O Cristian tentou se enturmar com eles mais só saiam para curtir e beber, nunca soube de onde eles tiravam todas aquelas coisas apesar de desconfiar e é claro que eu sempre mantive ele bem

afastado de tudo que poderia fazer com que ele se

prejudicasse.

Finalmente eu iria dar adeus a tudo aquilo, pelo menos era o que eu pensava até o Cris desaparecer. E mais uma vez eu estava presa naquele pesadelo.

_ Não, não, não! Eu tenho que sumir daqui. Não posso passar o resto da minha vida nesse buraco.

Reuni as forças que me restaram e mais uma vez sumi pela escuridão da noite, andei por uma hora até chegar a casa do Cristian, apesar de não enxergar nada fui andando com cuidado em direção ao portão, olhei para o capim alto que

havia tomado conta do lugar e procurei uma maneira de entrar.

Mais a frente achei uma parte recém amassada e deduzi que alguém tinha acabado de passar por ali ou talvez fosse só um local normal de passagem.

_ Perfeito!

Me animei com esse pequeno triunfo, estava perto de encontrar meu amado e descobrir porque ele não tinha ido me encontrar.

A casa era realmente grande e estava muito mais acabada do que eu me lembrava e a noite também fazia tudo ficar mais sombrio e assustador. Por alguma razão ou ajuda celestial naquele momento as nuvens sumiram do céu e a lua cheia

começou a iluminar um pouco o caminho. Sem lanterna ou outra fonte de luz era quase impossível enxergar um palmo a frente e hoje a lua seria uma boa aliada.

Caminhei até os fundos da casa onde uma luz fraca dava sinal de movimento dentro da residência, ouvi um barulho estranho que chamou a minha atenção.

Olhei pelo canto da janela e vi um homem revirando os armários.

_ Caramba! O que eu faço? o que eu faço?

Entro em pânico, não sabia se gritava para alertar sobre o invasor ou esperava porque poderia ser alguém da casa. E se fosse o Sr Oscar? Aí meu plano de falar com o Cris iria por água a baixo e ainda por cima eu nunca mais poderia por os pés

naquela casa de novo.

Esperei por alguns minutos e finalmente ouvi outra pessoa chegando, continuei ali quietinha observando os dois pela janela, o Sr Oscar parecia tranquilo conversando com o outro homem, a pouca claridade e o capuz preto que ele usava me

impedia de identificar a pessoa que estava com ele.

Continuaram conversando enquanto o Sr Oscar se virou para pegar alguma coisa, quando do nada o cara se virou e pude ver o rosto dele.

_ Mec?

Sussurro baixinho.

_ Mais o que esse idiota está fazendo aqui?

Confusa e tentando entender o porque ele estaria ali, não me dei conta do que estava acontecendo dentro da casa. Sem nenhum motivo aparente o Mec esfaqueia o senhor várias vezes, bem na frente dos meus olhos, Sr Oscar não reagiu ou fez alguma coisa que o fizesse ter aquela reação.

O horror tomou conta de mim, fiquei sem ação e totalmente chocada, não sabia se ficava ali ou corria, se chorava ou gritava por ajuda, se procurava pela porta e chamava o Cristian.

Caí no chão sentindo que o ar faltava em meus pulmões, milhares de coisas passavam pela minha cabeça e senti meu coração se despedaçar, os gritos vindo da casa ecoaram na

noite me deixando ainda mais nervosa.

Olhei para as minhas mãos que tremiam sem parar e o barulho de alguém correndo pela mata me fez voltar a realidade, um vulto passou bem na minha frente correndo para longe da casa.

_ Aquele maldito!

Naquela noite ele tinha acabado de matar duas pessoas. O Sr Oscar e a mim.

_ Não posso voltar.

Saí daquele lugar o mais rápido que eu pude caminhando sem rumo pela floresta, o restinho de esperança que teimosamente havia guardado no fundo da minha alma tinha acabado de ser

morta pela única pessoa que não poderia me machucar, ou pelo menos não deveria.

_ Por que? Por que?

Essa era a pergunta que eu me fazia o tempo todo.

De todas as casas que ele poderia invadir porquê aquela? Por que atacar o pai do Cris?

Ele definitivamente arquitetou aquilo tudo, Mec era um homem frio e calculista eu mesma já tinha visto ele planejar algumas invasões e ele era minucioso sempre tomava muito cuidado e chegava a ser paranóico para seguir com os planos .

O que deixava os amigos dele completamente malucos.

Não fazia sentido invadir assim sozinho e atacar um homem .

_ Meu Deus e as meninas, as irmãs dele?

Volto a chorar por saber como é perder alguém que amamos e crescer sem ter um pai para proteger ou para dar amor.

_ Coitada das meninas!

Eu não poderia ir até a casa prestar minhas condolências ou dar meu apoio a nenhum deles, não poderia olhar nos olhos do Cristian depois daquilo.

O Mec tinha conseguido no fim destruir por completo a chance de um futuro feliz para nós dois, me tornei a irmã do assassino do pai dele. Nunca mais poderia vê-lo.

E tudo parecia fazer sentido agora, ele estava fingindo se preocupar comigo, toda aquela cena e cuidado era só para ter algum motivo pra atacar aquela familia.

_ Aquele doente!

Como ele pode matar um homem a sangue frio, sem remorso ou culpa. Eu sabia que ele era um cretino mais daí um assassino? Não.

Se eu soubesse já teria fugido para longe a muito tempo. Mec nunca tinha se mostrado agressivo a esse ponto. Não a ponto de tirar outra vida.

Continuo a chorar e me sinto sufocada, não queria estar naquela situação e caminhei desnorteada até parar no nosso lugar favorito. Todas as minhas melhores lembranças eram daquele lugar, olhando para ele agora e toda sua beleza.

Não me permiti imaginar nós dois ali novamente.

Cheguei bem perto da beirada do precipício e pude contemplar a longa queda dágua abaixo com uma cachoeira enorme ao lado. Por um minuto fez com que meus pensamentos fossem abafados pelo som das águas.

_ Eu amo isso aqui! Seria um bom lugar para partir!

Penso melancólica sem saber como eu poderia sair dali e tentar resolver a minha vida.

Fico perdida em meus pensamentos olhando para as águas até sentir mãos quentes me tocando, me viro e vejo Cristian bem

na minha frente.

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