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Raquel, A COO De Alan Delvaux

O Que Quer Dizer?

Nota do autor:  POR FAVOR LEIAM!!!

" Oi, gente! Comecei essa obra a um pouco mais de um ano, pelas circunstâncias da vida e pela falta de êxito que tive no começo dessa novela, acabei desistindo no capítulo 13. 

Maaas estou de volta agora e peço que vocês apoiem meu conteúdo, curtam e comentem o máximo que puderem, sempre gostei de escrever e quero que dessa vez dê certo.

Pequeno aviso: estou a fazer uma reedição na forma de escrita da história, já que faz um bom tempo que abandonei e tenho agora uma perspectiva diferente sobre essa obra, sinto a necessidade de modificar um pouco o roteiro. 

A novela será em primeira pessoa, ainda não sei se terá ponto de vista dos outros personagens, por agora, apenas o da Raquel. Aceito opiniões de vocês.

Muito obrigada! "

Com amor, S.M 

O Que Quer Dizer?

Estaciono o meu carro na vaga do estacionamento da empresa, olho no relógio, 15 minutos para reunião. Graças a Deus não houve tanto trânsito esta manhã.

Checo minha aparência no espelho e saio do carro, o dia nublado, provavelmente irá chover. Dias nublados costumam me deixar triste.

Raquel Campos, 28 anos.

Paro de pensar em bobagens e dirijo-me à entrada da Milk&Meat, estamos no final de março e terminamos o mês com lucro de 27% maior que nos últimos meses. Estou muito orgulhosa de que isso tenha sido fruto de anos de estudo e trabalho prestados a esta empresa.

Raquel: Bom dia Rivaldo.

Passo pela recepção e me dirijo ao elevador, marco o último andar, quando o elevador está prestes a subir, vejo Isaque entrando à força e ficando perto de mim, mesmo que tenhamos bastante espaço aqui dentro.

Isaque Lima, 32 anos.

Se

Isaque: Bom dia, Raquel, Quanto tempo! Veio mais cedo hoje. Vai para qual andar?

Isaque aperta também o último andar, o que é esperado já que ele é COO daqui, estando abaixo apenas do seu pai, Alfonso Lima, que é o CEO.

Raquel: Estamos indo para o mesmo andar, Isaque. Tenho uma reunião com o seu pai. Na verdade, sempre venho nesse horário é você quem chega mais tarde.

Há tempos que Isaque tenta ficar comigo, por isso nos tratamos tão casualmente, a pedido dele, é claro.

Isaque: Qual é?! Não precisa ser tão direta sobre os meus atrasos... Soube do lucro de 27%, somos uma ótima equipe, não acha?

Raquel: É claro que somos, principalmente, a equipe do financeiro que têm trabalho arduamente das oito até as seis horas da tarde.

Estamos a conversar de maneira descontraída, o que me permite ser discretamente ácida em meus comentários, a verdade é que Isaque não liga para o que quer que eu diga, muito apontam que consegui minha promoção porque dormi com Isaque, o que é mentira, tudo que consegui foi por esforço e mérito próprio.

Isaque: Você é uma graça, Raquel. Me admira que seja tão aplicada em seu trabalho e consiga tanto sozinha, seu salário é um dos melhores e sua ascensão na empresa é evidente.

Raquel: Agradeço os elogios, Isaque.

Isaque: Mas você sabe que não pode salvar o dia sempre sozinha, né? Precisa de um homem ao seu lado.

Raquel: Eu tenho um homem ao meu lado, meu pai, que fez de tudo para que eu pudesse chegar onde cheguei. Mesmo que não o tenha fisicamente neste mundo, sei que devo muito a ele.

Não sei qual a intenção de Isaque nesta conversa e não gosto desse direcionamento para mim, mas ele continua.

Isaque: Sim, meu bem. O seu pai deve ter sido ótimo, você está aqui agora, não está? Porém, sabe que precisa de alguém que o mantenha aqui.

Raquel: Minha competência me mantém aqui.

De repente, Isaque se aproxima e coloca seus braços ao meu redor.

Isaque: Sim, mas se quiser se manter de verdade, precisa se associar alguém de mais poder que você, acha que porque é a gerente de finanças está no topo?

Raquel: Diga logo o que quer dizer, Isaque.

Isaque: Se quiser continuar na empresa, tem que ficar comigo, sabe que me sinto atraído por você há bastante tempo.

Antes que possa responder, o elevador se abre e vejo Catarina nos observando. Merda!

Que M@rda!

Catarina Brito, 28 anos.

Isaque finalmente solta seus braços e sai do elevador.

Isaque: Bom dia, senhorita.

Catarina: Bom dia, senhor Isaque.

Catarina então olha para mim.

Raquel: Você já sabe o que aconteceu, né?

Catarina: Ele é mesmo obcecado por você, queria que fosse assim por mim.

Catarina ri, é difícil acreditar que ele faça seu tipo.

Raquel: Atá, te explico tudo no almoço. Já sabe onde né, gatinha?

Catarina: Tá certo amiga, te vejo lá.

Vou em direção à Sala do Senhor Afonso, seja lá o que for a conversar, será breve, espero que para me parabenizar pelos lucros que obtivemos nesse mês. Trabalho muito duro para encher a carteira dele, talvez que conceda uma gratificação a mais, tomara.

Raquel: Bom dia, Fabíola. O Sr. Afonso deixou recado para você sobre nossa reunião, pergunte se posso entrar por favor.

A secretária Fabíola me olha de cima a baixo e dá um sorriso cínico, é óbvio que ela não gosta de mim e deixa bem claro ao tentar sempre me sabotar de alguma forma.

Fabíola Galvão, 29 anos.

Fabíola: Sim, eu sei que têm horário com o Afonsinho. Ele está te esperando, querida, boa sorte, vai precisar.

Penso que Fabíola sabe de coisas que não sei, provavelmente é mais uma de suas conspirações. Mas desvio meus pensamentos entro na sala, que é aberta por ela.

Fabiola: Afonsinho, a querida chegou.

Sr. Afonso: Tudo certo, pode ir que converso com ela.

Fabíola: Ah, mas queria ficar.

Credo, eu hein, eles nem disfarçam mais que são amantes.

Raquel: O motivo da reunião é algo que envolve também a senhorita Galvão, senhor Afonso Lima?

Sr. Afonso: Bem... Entre senhorita. Fabíola, você pode ir.

Fabíola: Tá certo, mas queria ver a reação dela.

Imediatamente, Fabíola sai e me deixa expressivamente confusa.

Sr. Afonso: Sente-se, senhorita Campos.

Raquel: Então, o que o senhor deseja?

Sr. Afonso: Bem, você sabe que tem desempenhado um papel muito grande na nossa empresa nesses quatro anos. Antes de qualquer coisa, quero que saiba que tenho grande apreço por você, não se vê pessoas tão comprometidas ao trabalho.

Raquel: Sim, muito obrigada por tais elogios, é uma honra trabalhar aqui na Milk&Meat, senhor Lima. Sou muito grata por poder ter feito estágio e permanecer crescendo juntamente à empresa.

Sr. Afonso: Sim, minha querida, soube que o trabalho que desempenhou junto a outros setores nos trouxe um lucro que não se via desde 2009, está de parabéns.

Raquel: Muito obrigada, senhor, mas é apenas isso que deseja me contar?

Sr. Afonso: Bem... Me sinto desconfortável de falar sobre isso, a verdade é que apesar de seu desempenho ser enorme, a senhorita Fabíola tem se destacado bastante.

Neste momento sinto que começo a entender o porquê das falas de Fabíola, não é possível ser o que estou pensando.

Sr. Afonso: Então decidi dar o seu cargo a ela, e sobre a vaga dela, já adianto que não posso te conseder pois darei para sua prima, ela acabou de se formar e precisa de um emprego.

O que for que Fabíola tenha feito para ele tomar essa decisão, foi grande.

Raquel: Vamos ser claros? Está me despedindo para colocar a Fabiola (!) no meu lugar? Com todo respeito, senhor, mas estás bem? Fabíola não sabe resolver uma divisão, com todo respeito.

Sr. Afonso: Eu sei como tomo minhas decisões, senhorita, mas não se preocupe, te recomendarei para um grande empresário que está se estabelecendo aqui no Brasil, o seu nome é Alan Delvaux. Sobre a incapacidade da Fabíola, daremos um jeito, mas isso não é problema da senhorita.

Raquel: Boa sorte, senhor.

Sr. Afonso: Seu salário estará na sua conta esta tarde. Até mais, senhorita.

Pouco me importa tudo isso, perdi o meu emprego, que bacana, é isso que funcionárias competentes e que não se prostituem para o chefe ganham. Aposto que Fabíola armou para ele, apostaria que agora veio com uma gravidez, dizem que anda muito indisposta e vomitando.

Saio da sala e vejo um lindo homem alto e loiro a caminho da mesma, ele trás uma elegância enorme consigo, diria que não é daqui do Brasil, pelo menos, não parece

O homem vem e para na minha frente, nem percebo que fiquei parada em frente a porta durante esses sete segundos. Quem será ele?

?????: Com licença, por favor.

3- Amizade Leal

Olho mais uma vez no guarda-roupa para me certificar que não estou esquecendo nada, não quero voltar aqui mais uma vez. O apartamento é do Rodrigo, ainda tenho o meu, mas não quero morar lá, nunca gostei muito da localização e muito menos da estrutura dele, é muito sufocante, quase não há janelas e não quero que o Rodrigo saiba onde moro.

Penso em arranjar outro, por que não? Tenho algumas economias, amanhã vou pesquisar alguns.

Escuto alguém bater na porta.

Eu: Quem é?

Camila: Abra a porta, Raquel, viemos te buscar.

Abro a porta, agradeço a Deus por não ver o Rodrigo agora, sei que ele está na casa, mas pelo menos ele não vai fazer um escanda-lo, assim espero.

David, 28 anos, meu melhor amigo:

David: Ah, minha linda! Deixa-me te abraçar, sinto muito por isso.

David e Camila me abraçam ali mesmo, não consigo conter as lágrimas.

Eu: Me levem para fora daqui, no caminho eu explico direito.

Quando chego na sala, pego minha bolsa que levei para o trabalho, tanto Camila quanto David estão olhando para atrás, sei quem estão vendo.

Rodrigo: Por favor, Raquel, não me deixe, eu estou arrependido.

Eu: Foi bom passar esse tempo com você, seria um despeito se não se arrependesse, Rodrigo. Eu te perdoei, mas não me procure, apenas me deixe seguir. Adeus foi bom te conhecer.

Rodrigo põe a mão na boca enquanto suas lágrimas caem, e me abraça, não esperava por isso, e pela cara de meus amigos, que estavam de olhos arregalados, suponho que não esperavam por essa atitude também.

Eu: Pode me soltar agora? Eu preciso ir.

Rodrigo: Ah Raquel! Eu te amo tanto, vai ser tão difícil não ter você comigo.

Ele me solta e continua chorando, ele nunca foi de chorar, essa é a primeira e última vez que o vejo assim. Penso em dizer que também sentirei falta dele, mas isso o trará esperança.

Eu: Vamos meninas?

David e Camila: Vamos.

Estamos voltando no meu carro, já que eles vieram de táxi, David quem está dirigindo. Ele quem inicia a conversa.

David: Então, Raquel, como você descobriu.

Eu: Cheguei e vi ele na cama com a Fabíola, ela veio com conversa para o meu lado e dei um tapa nela e coloquei para fora. Ele me disse que tinha um caso com ela a três meses, ele me traiu pela primeira vez no nosso aniversário, e hoje também era.

David: Caraca, sei que deve ter sido horrível presenciar isso, mas se eu posso te dizer algo, minha amiga, é para não deixar que as palavras dele te convençam. Quando ele chegar para você de novo dizendo que te ama, que está arrependido, que te quer de novo, não caia nessa, mesmo que seja verdade tudo isso, em algum momento ele vai fazer de novo, vai te magoar de novo, sem falar na confiança que você já vai ter perdido. O que eu quero dizer é, siga em frente Raquel, não tem dê novas chances para ele, eu já passei por isso, já dei uma nova chance e me arrependi. O Hugo agora é uma cicatriz para mim, mas você sabe que eu sofri bastante também, três vezes até aprender. Um dia vai doer menos, e vai chegar o dia que nem vai doer mais, você vai ver.

Camila: Ele está certo, você tem que seguir em frente, e pode ficar comigo e com o Lucas o tempo que precisar. A propósito, ele está fora hoje, podemos tirar a noite para comer brigadeiro e chorar, nós três, que tal?

Eu: Obrigada por todo o apoio, não sei o que faria sem vocês.

Camila está no banco de trás junto comigo, passamos todo o percurso abraçadas. Até que chegamos em sua casa.

Nós comemos brigadeiro, assistimos um filme triste, e dormimos nós três no colchão que colocamos na sala. O Rodrigo não soube me amar, mas esses dois me amam tanto que isso tudo se torna menos doloroso.

Com Alan Delvaux:

Acabo de chegar em casa ouço o barulho da campainha, meu guarda costa diz que é o Isaque, nós somos meio que amigos, a verdade é que eu não confio em ninguém para tratar como amigo. Eu já confiei em um amigo e ele desviou onze milhões da minha empresa, isso só tem três dias.

Isaque: E aí, parça, boa noite, quer sair para jantar comigo?

Alan: Não, obrigada, princesa, mas minha cozinheira já fez meu jantar. Por que você não fica e janta comigo, gatinha?

Isaque: Qual é, para de me tratar assim, sei que você é suspeito mesmo, mas não precisa deixar tão claro sua sexualidade.

Dou um soco de leve em suas costelas, bem, a gente se trata com casualidade, a verdade é que o Isaque consegue ser bem divertido.

Estamos já na mesa, Isaque como sempre muito curioso me pergunta:

Isaque: Você já conseguiu alguém para ocupar o cargo daquele cara.

Alan: Ainda não, estou procurando ainda, mas já tenho uma reunião confirmada.

Isaque: É mesmo? Com quem?

Alan: Você vai saber, no momento certo.

Isaque: Tá bom... Assim, tenho que te dizer. Na sexta feira minha irmã, a Isadora vai fazer vinte e três anos, ela vai dar uma festa, todo mundo deve usar máscara, acho que ela quer pegar o crush e não sabe como, então teve essa ideia, é bem legal, talvez eu até consiga pegar a Raquel, sem ele me reconhecer. Quero que você vá.

Quando Isaque souber que eu estou tentando contratá-la, vai ficar put0 comigo. Mas fazer o quê? Negócios são negócios, ele mais do que ninguém sabe disso.

Alan: Então quer dizer que essa tal de Raquel vai para essa festa? E você acha que ela não vai te reconhecer? Vai vendo...

Isaque: A Isadora gosta muito da Raquel, vai chamar ela com certeza, e para você parar de se achar, ela nunca comigo apenas porque tem namorado.

Esse Isaque não cansa de se iludir, vou a essa festa, quem sabe ainda não conheça a Raquel.

Alan: Me diga onde é, quero pagar para ver isso.

Isaque: Ah é?! Aposta quanto?

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