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IMPURO.

AGRADECIMENTOS INICIAIS E PRÓLOGO

...Agradecimentos do autor...

De: V. Wagner

Para: Todos

Esta página é de minhas considerações aos indivíduo que me ajudaram com a obra, e que me ajudam até hoje. Também, é uma forma de agradecer a todos os leitores, que irão desfrutar desta fantasia.

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...Julyana Karla Ferreira de Melo...

...(Ilustradora)...

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...Davi Santiago...

...(Ilustrador)...

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...Vitória Roberta Cavalcanti...

...(Crítico)...

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...Cauã Diego...

...(Crítico)...

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...Victória Maria Almada...

...(Ilustradora)...

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Obrigado a todos, que estão na caminhada de concluir esta obra. E agradeço, desde já, aos que irão se juntar a essa jornada.

...Sejam bem-vindos, ao FIM....

...PRÓLOGO...

...O vento canta aos ouvidos dos desabrigados, às vezes sussurrando a sua passagem, com um abraço que consola e esfria. O vento, que carrega com si o vazio, que vem armado com o frio, congelando todos que ousaram lhe enfrentar. Estamos todos presos ao frio, mesmo antes de nascer e pouco antes de morrer, ninguém escapa do desconforto de senti-lo. São os momentos de calor, que conforta a dor do gelo, pois, o que é quente consola aqueles que temem o vazio. O homem na guerra sente o calor, que lhe aquece de vontade para lutar, já o medroso não serve, pois, seu corpo treme do frio que habita no lugar. A morte é fria e impiedosa, mas a vida é ardente e vigorosa, escolha quem irá de te comandar....

^^^Carta encontrada na guerra, em um corpo de uma criança, com sua espada em mãos.^^^

Capítulo 1 - Parte 1

Estamos no reino de Ghishnoil, um dos lares dos Saefie, seres evoluídos, considerados perfeitos. Nesse lugar há um rei forte, firme e poderoso, seu nome é Helmor, senhor dos Saefie do Sul, a terra de abundância e prosperidade. Helmor tinha várias criadas, todas elas haviam se deitado ao menos 5 vezes com ele. Era um amante, um apaixonado. 

Sáboh, dia de ouvir o povo. Sáboh, era o dia em que o povo do reino se juntavam para pedir que o rei resolvesse os problemas pendentes de cada um. Uma fila longa era formada, todos se reuniam no palácio e eram atendidos, um por um, até o pôr do sol. 

Uma aldeã simples, de pele branca como a areia de uma praia, com encantadores olhos azuis, e seus cabelos com cachos ruivos, tão puros quanto o sangue. Parecia delicada, com uma feição ingênua, entrava ao salão do trono e logo se ajoelha perante ao rei.

 -  Meu rei! É uma honra estar em tua presença. - Dizia ela. Pela sua aparência, parecia ter entre 16 a 19 anos(na idade humana).

A simples e modesta jovem fazia o rei se encantar com a sua beleza. O nobre então, apreciava cada detalhe daquela bela moça que se pusera à frente de si. Seu corpo era como uma escultura viva, sua pele era fascinante ao olhar, seus olhos tão azuis quanto o mar, que o inundava como uma onda gigante.

 - Levante-se, minha filha. - Pedia, já apaixonado pela moça. - Diga-me, o que eu, seu rei, posso fazer para lhe ajudar?

O coração do senhor de Ghishnoil palpitava como tambores, era como se levasse um susto, como se experimentasse algo novo, algo nunca visto. Era paixão à primeira vista, um sentimento que a muito tempo não tocava o rei, ao longo de toda sua longevidade.

 - Vossa alteza. Me chamo Barhenit, meu nome é em Traemiúr, dado pelos meus pais. - Traemiúr era a língua usada por todas as raças daquele mundo. - Eu vim humilhar-me perante a ti, e pedir encarecidamente que me deixe ser sua serva! Sou de origem humilde, de uma aldeia próxima à região, nunca tive ótimas condições, e cheguei a um ponto que me vi sem alternativas. Vim até aqui na espera de que o rei tenha piedade de sua súdita e me permita lhe servir pessoalmente para que eu possa sair da miserável vida que tenho.

Barhenit puxava seu cordão de cipó que estava em volta de seu pescoço, mostrava um pingente com o símbolo do Sol, feito de ossos de algum animal selvagem. O rei mal reparava o cordão da moça, seus olhos ficavam presos a um lugar mais importante para sua mente. 

O rei, a partir dali já apaixonado pela bela moça, mal ouvia seus pedidos, estava tão imóvel que o confundiriam com uma estátua. Draenúr, seu conselheiro, diferente do rei, estava a ouvir tudo que a moça dizia, e se sente na obrigação de contestar então a ideia da plebéia desesperada.

- Pois não, meu rei. Esta jovem clama por piedade e pela clemência de vossa alteza, sendo que nem ao menos sabemos de sua índole. Deixe-me refrescar a sua memória das escrituras sagradas dos nossos ancestrais Saefie.

Draenúr pega um grande livro, chamado "Leis de Ghek" , famosas e sagradas escrituras dos Saefie, repassado de geração, e reproduzido por inúmeras pessoas.

- Na página 560, capítulo 22, 7° parágrafo diz: Ai daqueles puros, que se rendem ao pecado pior. O sol não perdoará, a vida não florescerá, e a imortalidade vai abdicar. O maior pecado, é se deitar com outro ser, que não é e nunca será filho do Sol, pois, de lá só vem aqueles que querem brilhar.

Draenúr fecha o livro, e aponta seu dedo para a moça.

- Nem sequer sabemos quem é essa mulher, não sabemos de que raça ela vem, não conhecemos sua linhagem, alteza. - Falava num tom de imperatividade, quase ordenando ao rei que não se deitasse com Barhenit .- Não podemos arriscar perdê-lo. Então digo, é uma ideia tola aceitar a proposta dessa oferecida.

Helmor se enfurece com a dura verdade dita por Draenúr. Apesar de incontestável o livro sagrado de sua raça, já era tarde. Desde a primeira vista, Helmor já estava ciente que decisão tomaria, e jamais iria aceitar que um dia perdeu aquela bela mulher que se pusera perante a si.

- Sou eu então um tolo para ti, Draenúr? - Falava o rei, firmemente. - Não seria eu a maior representação do Sol perante aos Saefie? Escolhido pelo próprio e nascido para iluminar as mentes perdidas deste mundo.

Draenúr se assusta, abaixa seu rosto e responde logo em seguida ao rei.

- Sim, meu rei. O senhor é a sabedoria pura, e o escolhido do Sol para nos governar.

Helmor, convencido, se levanta e caminha até a garota, que ouvia tudo e permanecia calada.

- Seria ela, a mais bela e pura Saefie existente? A beleza encarnada em um doce e frágil rosto. - Falava Helmor cheirando os cabelos de Barhenit.- Seu cheiro, seu corpo, seu olhar, revelam todas as características mais verdadeiras de uma Saefie.

O rei então, decidido de sua escolha, se senta novamente ao trono, esboça um grande sorriso, e estende a mão para frente.

- A partir de hoje, Barhenit, não serás uma criada, e sim uma de minhas esposas.- Draenúr ouvia tudo, mas nada podia fazer. - Servas! Peguem Barhenit, leve-a para meus aposentos, e trate-a como uma rainha!

Então, surpreendentemente, a jovem humilde conseguiu penetrar o coração carente do rei com toda a sua beleza, e fez com que ele se apaixonasse. Porém, o amor é a ruína para os homens, que aquece como uma chama, mas que queima ao tocar.

Fim da parte 1.

Capítulo 1 - Parte 2

Um ano se passou, Barhenit estava grávida e o rei, seu marido, adoeceu. A doença do rei, entretanto, não era causada por enfermidades, Helmor foi amaldiçoado pela morte. Saefie são seres que duram séculos vivos, mas há algo que atrapalha sua longevidade, que é ter relações sexuais com seres de outras raças, fazendo com que abandonem sua natureza ancestral. 

Seu filho único, Sael, cujo nome significa "guerreiro do sol" em Traemiúr, ocupava o lugar de seu pai no trono. Barhenit, por ter enganado Helmor com sua beleza, e feito o rei abdicar de sua natureza, se tornou uma criminosa. Porém, o rei ainda a amava muito, e se recusava a matá-la com seu descendente no útero. Sael prezava pela honra de seu pai, então manteve em segredo do seu povo que o Rei havia acabado com a sua longevidade, apenas informou que o líder estava doente. 

Por ordem de Helmor, o príncipe teve que manter Barhenit presa no topo do castelo, em um quarto isolado, vigiada 24 horas, tanto dentro, quanto fora, não havia sequer um minuto de privacidade. A gestação de Barhenit estava avançada, já se encontrava com 9 meses de gravidez, era questão de tempo até  nascer a "pequena aberração" como chamavam. 

Sael entra no quarto de seu pai, senta ao seu lado, aperta sua mão e sorri olhando para Helmor.

- O senhor continua forte e firme, como sempre! - Dizia Sael, esboçando um sorriso melancólico ao rosto.

- Ó meu filho, é bom tê-lo aqui. Apesar de todas as dificuldades, continuo e sempre serei o mesmo.

Helmor continuava vivo graças à avançada medicina dos Saefie, que era boa o suficiente para ele sobreviver, mas não para sempre.

-Filho, tudo que fiz foi por amor, e saiba, que de nada eu me arrependo.- Já imaginando que Sael viria perguntar se o pai queria castigar Barhenit.

Sael e Helmor sempre foram muito próximos, a relação perfeita entre pai e filho. É difícil imaginar um filho enterrar o próprio pai, tão quanto, o pai enterrar o filho. 

-Como... como ela está? Barhenit, como ela está, meu filho?- Falava em pausas para conseguir respirar.

- Pai, aquela mulher lhe amaldiçoou com tudo isso que você está vivendo agora, porque continuas a se preocupar tanto com ela?

Helmor vira seu rosto para a janela, suspira, e fala lentamente.

- Me diga, filho, a culpa maior é da folha venenosa criada pela natureza, ou do homem que se arrisca a experimentá-la?- Helmor dizia aquelas sábias palavras que ecoavam na sua mente desde que a velhice chegara.

Apesar de estar naquela situação, Helmor não achava justo culpar a moça que um dia lhe implorou para estar ao seu lado. O rei sabia o que devia fazer, mas optou por não. 

Sael estava frustrado, pois, seu pai se negava a preservar sua honra e continuamente defendia a jovem, preservando a vida da mesma. Então, Sael olha junto para a janela que seu pai olhava, encarando as folhas roxas da árvore do grande jardim, e logo caindo em lágrimas. 

- Meu pai, tento lhe compreender, mas não sou capaz de tal coisa.

A mão de Helmor lentamente enfraquecia, Sael então percebia que estava a perder seu pai.

Cinquenta anos atrás:

Helmor completaria 350 anos, Sael, ainda novo, possuía apenas 14. É comum que os Saefie envelheçam normalmente até os 20 anos de idade, mas após isso, sua velhice é retardada consideravelmente. Saefie são capazes de viver até os 1000 anos nos melhores períodos.

Helmor e Sael treinavam em uma área fora do castelo, cercados por guardas. Era um momento de pai e filho. Helmor dedicou a treinar seu filho desde os seus primeiros passos, sempre o preparando para um dia ocupar seu trono. Em meio aquele treino que já durava cerca de horas, o jovem Sael, cansado, contudo, curioso, questionou o pai.

- Pai, o que somos para Ghek?- Indagou o pequeno príncipe. Ghek era uma forma religiosa de se referir ao Sol, provinda do Ghek Mullar, a língua dos Saefie.

Helmor parava  de treinar, abaixa a espada, e puxa seu filho para perto, lhe convidando a sentar ao chão, do seu lado.

- Para Ghek, filho? Nada.

Sael o encarava, confuso e revoltado com a resposta.

- Como assim pai? - Dizia Sael. - Se não somos nada, é justo que o tratemos da mesma maneira!

Helmor ri, Sael continuava sem entender as respostas de seu pai, mas ainda a esperar que algo seja esclarecido.

- Filho, imagine quantas pessoas o Sol fez, quantas raças, quantas línguas, animais, matérias… - Helmor dizia aquelas palavras olhando para o seu redor. - Tanto aquilo que tu come, quanto o que te faz querer comer. Também aquilo que um animal selvagem sente ao nos ver, quanto o que pensamos ao vê-lo. Nossos desejos, nossos sentimentos, dentre tantas coisas que o Sol fez, para ti e para mim. O Sol fez tudo por nós, devemos agradecê-lo todos os dias por isso.

- Mas por quê não somos nada para ele? - Insistia Sael.

- Eu e você, perante a tudo isso, não somos nem meia fração de tudo que ele pode criar.

 

Cinquenta anos depois:

Sael lembrou-se de palavra por palavra, dita pelo seu pai naquele dia, prometendo para si mesmo, que iria vingar a sua morte a qualquer custo.

A vingança, o remédio para as mentes fracas.

Fim da parte 2.

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