Parecia um dia normal como qualquer outro, um pouco mais cansativo e desgastante devido ao plantão que Eluar havia acabado de terminar antes de vir para casa. Ao chegar, sem forças, se jogou no sofá. Enquanto encontrava forças para tomar um banho e fazer o jantar, que com toda certeza seria algo requentado ou uma salada, aproveitou para olhar sua correspondência, o recepcionista do prédio tinha acabado de entregar para ela. Em meio ao bolo de carta, entre os boletos e propaganda, um envelope se destacava, o coração de Eluar logo gritou para que ela não abrisse, mas a curiosidade, mesmo sabendo do que se tratava, queria ver em primeira mão. Ela estava certa em seu primeiro pensamento, ao abrir aquele envelope de deparou com um dos seus maiores medos, se tratava do convite de casamento do amor da sua vida. As lágrimas que brotaram a cada palavra que ela lia, marcando o papel e manchando as letras douradas do convite.
— Você vai mesmo casar com ela, né? A nossa história acaba nesse momento? Na verdade, ela acabou tem muito tempo para você. Eu que me iludi e segui lutando por nossos sentimentos, sonhos e história, mas para você, nada disso nunca existiu. Os últimos meses foram dolorosos. Mesmo assim, mantive nossa promessa até onde consegui. Fizemos uma equipe perfeita na urgência. Te vi desabrochando e se apaixonando pela medicina. Tenho que admitir, que nunca pensei que isso aconteceria. Te vi ser cobiçado por toda equipe de enfermagem, também sendo um troféu nas mãos de quem nunca vai te merecer, onde hoje você se aconchega pedindo carinho. Mantive todas as nossas promessas até onde eu pude. Foi tudo tão solitário, senti a sua falta todos os dias. Além do azedo da saudade, tinha que lidar diariamente com o amargo do ciúmes. Todo esse tempo queria assumir tudo para você, tirar todo esse sentimento que tomava conta do meu peito. Como poderia? Você não se lembra de nós. Estava sorrindo e com planos com outra mulher, eu não fazia parte mais do seu futuro. Eu não posso mais fazer isso. Não posso te assistir com outra mulher. Me desculpe... — Eluar se confessava para o convite, todos os sentimentos que estavam entalados na sua garganta, cada palavra dita, era uma lágrima que caia em meio a sua voz em embargada. Prestes a rasgar aquele convite, percebeu que no cantinho do papel havia algo escrito a mão, diferente do padrão do convite. E aquela letra, ela conhecia bastante bem.
" Miss perfeitinha, eu preciso confessar antes que seja tarde. Estou casando, mas o grande amor da minha vida é você. "
— Seu idiota! É tarde! Você vai casar. — Eluar disse aos berros. Sentindo a dor invadindo seu coração, cada batida parecia dilacerar mais e mais. — Não deveria ter sido assim...
Eluar não mentiu, o destino mudou a rota e os planos de Rafael e Eluar, mas vamos voltar um pouco no passado, para entender em que ponto o destino colocou o dedo entre aqueles dois apaixonados, fazendo com que tomassem caminhos diferentes do que planejavam.
— Levanta, amor! Vamos perder o horário! — Eluar gritou puxando lençol que Rafael se cobria.
— Vamos ficar aqui! A cama está tão quentinha. E eu terei que viajar para casa dos meus pais. Me deixa aproveitar você mais um pouco. — Rafael sugeriu puxando Eluar para cama e cobrindo eles dois com um lençol.
Embora ambos fossem estudantes de medicina, eles eram totalmente diferente, Eluar Martins com seus 20 anos, alta, com longos cabelos vermelhos, era dedicada aos estudos e bastante popular dentro da universidade. Filha de uma família de classe média, ao passar no vestibular, teve que se mudar e viver sozinha na república oferecida pela universidade.
Já o Rafael Carvalho, marcava seus 23 anos, filho dos donos do maior hospital do Brasil. Seu sorriso costumava iludir bastante corações, fugia frequentemente das aulas e não estava tão preocupado com sua formação acadêmica . Por insistência dos pais, ainda continuava a graduação, para herdar o hospital. Diferente de Eluar, Rafael morava em um apartamento enorme que seus pais deram de presente por sua aprovação.
— Você só vai ficar um tempo fora. Antes do semestre começar terá que voltar. Vamos ter estágio. Seus pais não te deixariam perder o semestre. Então, deixa de drama e levanta. Não quero chegar atrasada. — Eluar respondeu fugindo da cama. Não queria por nada perder aula.
— Porque você é tão certinha? — Rafael perguntou levantando da cama.
— Porque você é a mais pura desordem. Alguém tem que ser a bússola nesse caos que é você. Agora corra ou vou te levar de pijama do Bob Esponja para aula, sinto que suas fãs vão amar. — Eluar brincou. Sabia que seu namorado era bastante cobiçado na universidade.
— Tenho que passar essa. Minha namorada é bastante ciumenta. Não posso gastar o réu primário dela com algo assim. Talvez possamos roubar no futuro um carro dos bombeiros e fugir com ele ligado. Me parece uma forma divertida de ser preso. O que acha? — Rafael disse enquanto procurava uma roupa para sair.
— Deixa de conversa! Se você me atrasar, terá que pagar disciplina de férias comigo. — Eluar ameaçou.
— Quê? Não! Vou me arrumar em dez minutos. Sem essa de aula nas férias. Você só pode está louca. — Rafael respondeu correndo com a roupa para o banheiro.
Não demorou muito, já estavam prontos, indo em direção da sala de aula. Por mais surpreendente que fosse, eles chegaram totalmente no horário, o professor até brincou quando viu que Rafael havia entrado na sala no horário. Isso só acontecia apenas quando estava com Eluar. A aula passou voando. Logo chegou ao fim. Como Rafael havia dito, ele teria que viajar de volta para casa. Eluar decidiu que iria deixar seu namorado em um aeroporto particular próximo a universidade. Queria se despedir, mesmo que não quisesse admitir, já sentia falta dele.
— Meu amor! Se cuide até eu voltar. E quando isso acontecer, eu tenho uma surpresa para você. — Rafael disse abraçando Eluar que estava com os olhos cheios de lágrimas.
— Eu sei, vai me pedir em casamento, você é péssimo para esconder as coisas. De qualquer forma, estarei esperando sua volta ansiosamente. Tenha uma boa viagem. E fale comigo toda hora. — Eluar riu. Tinha achado as alianças dentro de uma xícara na cozinha.
— Mesmo que eu esqueça, você vai me lembrar. Eu também tenho certeza que nunca esqueceria de você. Já estou com saudade. — Rafael confessou beijando a cabeça dela.
— Eu te amo! Se cuide. Volte logo para mim. — Eluar estava chorando abraçada com ele.
— Eu te amo! Não vejo a hora de voltar para você. — Rafael deu um beijo forte nela, se despedindo e subiu o avião acenando.
Depois de assistir seu amado partindo em uma avião. Eluar voltou para universidade. Ainda haviam várias aulas durante o dia. Assim ela fez, colocou todo seu foco nos estudos naquele dia. Esperava uma mensagem de Rafael, avisando que já estaria em casa, entretanto o dia se passou e a mensagem não chegou. Deixando ela bastante preocupada.
Terminando as aulas, foi direto para o restaurante universitário com algumas colegas. Estavam conversando animadas sobre uma noite das meninas, já que Rafael não estava para absorver todo tempo da amiga. Ao chegar no restaurante, todos estavam olhando na direção de Eluar, ela achou estranho, mas pensou que seria por não está com Rafael como normalmente. Ao sentar na mesa, após pegar seu jantar, percebeu que a televisão passava uma notícia urgente. Ela não podia ouvir, só conseguia entender através das imagens, legenda e a manchete da notícia. Lendo a manchete com mais atenção, algo tomou ela de surpresa, ao se dar conta do que se tratava tudo aquilo. Eluar sentiu as forças das suas pernas desaparecendo. Todo restaurante ficou escuro. A última coisa que ouviu foram alguns gritos, cada vez mais baixo, antes de apagar completamente.
Eluar acordou na sua cama, totalmente desnorteada, olhando para o teto, percebendo onde estava se sentiu aliviada. Só poderia ser um sonho tudo aquilo. Ela gargalhou por ter acordado tão nervosa por um o pesadelo.
— Finalmente você acordou, já estávamos pensando em te levar para o hospital, como você se sente? — Um de suas amigas, Lisandra, perguntou sentada em uma cadeira de rodinhas que Eluar usava para estudar.
— Não estou entendendo. — Eluar estava confusa com a presença de sua amiga.
— Você desmaiou enquanto estávamos jantando, lá no RU, quando viu a notícia sobre o Rafael na mesma hora você apagou. Sente algo? — Lisandra explicou. Estava preocupada que Eluar tivesse batido a cabeça quando caiu e ela não tivesse percebido.
— É mentira, né? Não, melhor é um pesadelo. Eu vou acordar em alguns minutos. Vai ficar tudo bem. Meu celular estará cheio de mensagens do Rafael. — Eluar disse chorando de soluçar, embora falasse que era um sonho, dentro dela, cada partezinha sabia que era verdade.
— Hey! Calma. Não chora. O avião não foi encontrado, ele pode está bem. Não fique assim. Ainda temos muito o que ter esperança. E sabe aquele ditado? Vaso ruim não quebra? Bom, Rafael é ruim o suficiente para aparecer aqui se der bobeira, como se nada tivesse acontecido. Então vamos manter a esperança de pé. — Lisandra sugeriu a amiga. Podia entender o desespero da amiga, era um acidente de avião, as chances de sobrevivência são bem menores, mas não queria perder as esperanças, era muito cedo para isso.
Eluar se abraçou com a amiga, chorou até adormecer. Em alguns momentos parou para checar as notícias, na esperança que o avião que seu namorado estava, fosse encontra e o mais importante, que ele tivesse bem, mas foi em vão, não haviam encontrado ele ainda. Cada vez que perco ohava o celular, seu choro aumentava. Só o sono diminuiu a dor que ela sentia.
A semana de passou arrastando, Eluar, reuniu todas as forças que tinha para continuar indo a aula. Rafael não havia sido encontrado ainda. Ela não conseguia se concentrar em nada, por mais que quisesse. Só pensava no namoro, onde poderia está, se estava bem. Pensava no que podia fazer para ajudar, mas era inútil, ela não podia ajudar em absolutamente nada.
— Vamos comer algo na lanchonete? Um café com bolinho? — Lisandra chamou Eluar.
— Estou sem fome. — Eluar não estava conseguindo comer nada nessa última semana.
— Vamos! Você precisa comer. — Lisandra gritou puxando Eluar que só acompanhou, não tinha sequer forças para reagir.
Sentada na mesa enquanto Lisandra escolhia o lanche no balcão. Eluar olhava as notícias com a esperança de ter informações sobre Rafael. Depois de ler diversos jornais, já estava para bloquear o celular, recebeu uma notificação de notícia nova em um dos aplicativos que tinha baixado para acompanhar as informações. Para sua enorme surpresa e felicidade, Rafael foi encontrado com vida.
" Herdeiro do famoso hospital Alexander Fleming, que estava desaparecido após um acidente de avião, foi encontrado com vida em um hospital do interior. Sem nota oficial sobre seu estado de saúde ainda. Nossas fontes dizem que está estável e devido ao acidente está com amnésia temporária"
— O que aconteceu? Chorando novamente? — Lisandra perguntou se aproximando da mesa com os lanches.
— Ele foi encontrado, Lis! Encontraram ele. — Eluar gritava sorrindo entre as lágrimas.
— Quê? Encontraram ele? Onde? Como ele está? — Lisandra perguntou sentando na mesa chocada. Embora tivesse tido esperanças no início, com o passar da semana, elas foram morrendo pouco a pouco.
— Encontraram ele em um hospital do interior, não disse qual, na verdade, a notícia não tem muita informação. Menos ainda do seu estado de saúde, não houve nota oficial, devem está avaliando e comunicando a família. Mesmo assim, a notícia informa que uma das fontes deles informou que ele estava estável, mas com um amnésia temporária. — Eluar respondeu, tentando ignorar totalmente a amnésia, na verdade, para ela não importava. Ele estava vivo, bem.
— Amnésia? E agora? O que você vai fazer? — Lisandra perguntou. Sabia que sua amiga não tinha o número dos pais de Rafael, na verdade, nem ao menos conhecia eles dois.
— O mais importante, ele está vivo, bem. E a amnésia é temporária. Devem trazer ele para universidade assim que melhorar, vou apenas esperar. Com o coração na mão, óbvio, mas não tenho muita escolha. Não sei do telefone que posso ligar e o celular dele só deu desligado desde que saiu daqui. Só posso esperar... — Eluar respondeu de cabeça baixa. O que queria de verdade era está com seu namorado, ajudando e cuidando, para que ele pudesse passar essa barra sem dificuldades.
Meses se passaram, tudo que Eluar soube em relação ao Rafael havia sido através de portais de notícias. Ele estava se recuperando em casa, ainda sem memória, mas aparentemente, estava bem. Eluar que esperava seu namorado voltar a faculdade, decidiu focar nos estudos para não pensar somente no Rafael.
— Eluar! Pode ir até a minha sala depois da aula? Precisamos conversar sobre seu estágio. — Um dos professores disse antes de começar a aula, Eluar concordou acenando com a cabeça e sentando na cadeira para assistir a aula.
A aula passou arrastada, mesmo sendo a disciplina favorita dela. Todas as aulas parecia rastejar nos últimos meses. Ao sinal do fim da aula, o professor se despediu e saiu da sala de aula. Eluar organizava sua coisas para seguir ele e descobrir o que aconteceu em relação ao seu estágio.
— Licença! — Eluar disse batendo na porta.
— Pode entrar! — O professor orientou.
— Obrigada. Aconteceu algo em relação ao estágio? — Eluar foi direto ao ponto. Estaca ansiosa por esse estágio.
— Na verdade, sim, mas é algo bom. Queria te parabenizar, você conseguiu a vaga. Você foi aprovada sem necessidade de entrevista, a primeira do país a passar dessa forma. Você viaja em quatro dias, se organize. Aqui está as instruções que nos pediram para passar para você. É uma espécie de regulamento, sobre postura no ambiente, a forma padrão de diversas situações. Desejo que você brilhe muito, minha querida. Você é uma das melhores alunas que eu já tive. Estou torcendo por você. — O professor entregou uma pastinha com todas as informações sorrindo.
Com a notícia, Eluar ficou eufórica, agradeceu o professor e correu para compartilhar a notícia com as amigas. O plano de conseguir a vaga de estágio no hospital da família de Rafael tinha dado certo. Agora ela só precisava conseguir encontrar com ele.
— Amiga! Está tudo bem? Deu problema no seu estágio? — Lisandra perguntou assim que viu Eluar entrando na lanchonete, correndo até ela.
— Eu consegui! — Eluar gritou mostrando a pasta com o nome do hospital. Fazendo todas as duas amigas que estavam sentadas na mesa correrem para abraçar ela.
— Lua! Parabéns! Você merece demais. Tenho certeza que vai arrasar e ainda, de quebra, além de melhorar seu currículo, vai conseguir encontrar o Rafael, tenho certeza. — Lisandra disse animada.
— Tenho que viajar em quatro dias. Preciso organizar tudo. Até um lugar para ficar. E agora? — Eluar se deu conta que diferente da universidade, lá ela teria que conseguir um lugar para ficar pago e o pior, em quatro dias.
— Pode ficar comigo por enquanto, apenas é longe do hospital que você vai trabalhar o meu apartamento, acabei alugando um bem perto do meu, mas sendo na mesma cidade, vai facilitar para você. Pelo menos, até conseguir um lugar mais perto. — Lisandra ofereceu. Ela não era tão boa quanto Eluar, por isso, nem ao menos tentou para o hospital da família de Rafael, mirou em um bom que havia se destacado pela excelência no estágio.
— Obrigada, Lis! Isso vai me salvar muito. Um problema a menos para resolver. — Eluar agora precisaria adiantar a documentação da escola, comprar algumas roupas já que lá era uma cidade fria e arrumar as malas. O mais difícil seriam os documentos da universidade.
— Que tal sair para comemorar hoje a noite? Todas nós conseguimos bons estágios. Será um semestre bem agitado e praticamente separadas. Devemos voltar apenas para graduação. Então, acho que merece uma comemoração de despedida — Lisandra sugeriu. Apenas ela e Eluar ficariam juntas, todas as outras estariam em hospitais diferentes.
— Eu topo! Tem que ser depois das 19, sinto que hora passarei o dia rodando atrás dessas documentações da universidade. — Eluar fez careta pensando em como seria complicado conseguir.
— Então está combinado, às 20 a gente passa para te pegar na residência universitária. Combinado? — Lisandra estava animada para comemorar mais tarde. Depois de tantos dias vendo sua amiga definhando pela ausência de Rafael, era uma sensação boa assistir Eluar voltando a sorrir.
— Combinado! Vou adiantar a documentação ou não terá ninguém para resolver isso na coordenação em algumas horas. — Eluar disse de afastando e acenando para as amigas.
Como ela havia previsto, organizar a documentação não era nada fácil. Teve que ir na coordenação, secretaria, encontrar diversos professores para assinar como responsáveis por seu estágio. Havia rodado quase a universidade inteira quando finalmente tinha comportado a lista de documentos, quando se deu contra já estava de noite. Partiu para casa para ser arrumar.
Não tinha energia para se produzir demais, havia passado o dia andando de um lado para outro. Quase não tinha suficiente para sair naquela noite, mas juntou tudo, não tinha ideia quando teria outra oportunidade de se divertir, o estágio no hospital era bastante pesado, teria que sobreviver alguns meses sem vida social e sem dormir algumas noites.
Logo suas amigas chegaram, foram direto para um bar com música ao vivo. Pediram caipirinha dupla e começaram os trabalhos. Quando deu tantas da noite, Eluar já estava bêbada, se sentindo enjoada, correu para o banheiro para vomitar, as amigas atrás ajudavam ela. Depois de colocar tudo para fora, as amigas decidiram que era melhor voltar para casa. Lis decidiu dormir com Eluar, sua amiga não parecia bem para ser deixada sozinha no quarto sem companhia.
Depois de uma linda ressaca que Eluar acordou no outro dia, ela só conseguiu fazer algo depois das 14h, quando saiu de casa para comprar algumas roupas com Lisandra. Por sorte, ela havia guardado algum dinheiro que seus pais mandavam mensalmente, costumava comer sempre no restaurante universitário, ajudando nessa economia. Depois da tarde de compras, voltaram para casa. Eluar já começou dali a organizar suas malas. Teria apenas um dia até viajar. Não podia deixar nada para cima da hora.
Os dias voaram como nunca, Eluar já estava no aeroporto se despedindo das amigas e partindo junto com Lisandra. A viagem foi rápida, logo estavam em um táxi a caminho do apartamento. Eluar tinha que se apresentar a tarde no hospital. Assim que chegou no apartamento, tomou um banho, vestiu a roupa que já havia decidido com antecedência e estava pronta para sair.
— Vai lá e mostra quem manda, amiga. — Lisandra disse animada, mas também preocupada, o que a aconteceria quando ela desse de cara com Rafael?
— Darei o meu melhor! — Eluar estava ansiosa por isso.
O hospital surpreendeu ela, mais parecia um hotel luxuoso que um hospital. Chegando na recepção, foi enviada para a administração, lá ela iria conversar com o médico responsável por ela no hospital. Quando estava entrando na sala, esbarrou em uma mulher grávida.
— Me desculpe! Deixa eu te ajudar — Eluar já estava abaixada apanhado os exames que haviam caído das mãos da mulher.
— Olha por onde anda, ralé. E apanha logo isso. — A mulher gritou e Eluar soltou os papéis na mesma hora e se levantou.
— Apanhe você. — Eluar disse entrando na sala.
— Vai se arrepender do que fez. Não faz ideia de quem sou. — A mulher gritou possessa
— É fácil saber. É um ser humano imundo, sem educação e respeito. Que acha que dinheiro e influência são tudo na vida. Então me poupe. Tenho mais o que fazer do que aguentar abuso de gentinha como você. — Eluar disse sem ao menos olhar para trás. Fazendo a mulher gritar de ódio.
O médico responsável por ela, era nada mais e nada menos que a mãe de Rafael, deixando Eluar totalmente chocada. Como só haviam colocado o sobrenome, ela não sabia que era ele. Sentou na cadeira mais nervosa do que nunca.
— É um prazer te conhecer. Eu me chamo Katarina Carvalho, serei sua professora, orientadora e supervisora no hospital. Espero que possamos nos dar bem. — Katarina disse estendendo a mão.
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