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Fantástica Aventura

Prólogo - origens

Trilha Sonora do prólogo:

Battle Symphony - Linkin Park.

***

Cedinho do dia, um pouco antes do dia clarear, um treinamento tinha se iniciado em uma vila...

*** perspectiva de Lucani ***

- Lucani... precisa ficar forte - meu mestre me pede.

- Sim, mestre - falo com dificuldade enquanto mantenho minha posição no exercício físico conhecido como prancha.

- E depois precisa levantar aquelas rochas - o velho fala.

Tenho que ficar forte. Preciso...

***

E no fundo do mar, criaturas que acordaram cedo conversam...

*** perspectiva de Hachigyu ***

- Serena, Serena, Serena... não tira essa sereia da cabeça? - meu colega de mesma espécie me questiona em tom de zombaria.

- Impossível, sabe... conheço-a há séculos... ela mantém sua beleza... - sussurro um pouco enquanto tenho a imagem da minha amada em minha cabeça.

- Tanto tempo e nada aconteceu, por que manter a esperança, Hachigyu? - outro colega me pergunta, porém em tom de desdenho.

- Vocês vão rir de mim, mas a resposta é... porque a amo - confesso a mais pura realidade.

E, como esperado, eles riem que quase se afogam...

***

Na Vila dos Furries...

*** perspectiva de Lucani ***

- Hora da pausa - o mestre Pus pede e dá uma tossida, caindo no chão de cansado.

- Mestre! Venha... - pego-o nos braços e o levo para sua cama.

Espero muito que ele não vá agora... eu ficarei sozinho... em toda a vida fiquei assim, nessa vila isolada... todos os outros da nossa espécie se foram... eu faço força, porém as lágrimas insistem em cair por conta da minha triste vida... se ao menos houvesse uma fêmea a quem eu pudesse dar e receber amor...

***

Do fundo do mar as criaturas subiram para respirarem nas rochas...

*** perspectiva de Hachigyu ***

- Vocês não entendem... nadarei um pouco - aviso que não ficarei ali com eles.

- Hachigyu, espere... nossa rainha Serena o chama - Sabat coloca sua cabeça fora d’água e me dá o aviso.

Os outros de minha espécie ficam distraídos conversando e sorrindo no nosso domínio pacífico enquanto eu vou rever a rainha... a minha amada sereia.

***

Fantástica, Fantástica... um mundo cheio de encanto... onde a maioria das criaturas busca o bem e o amor, porém... em algum lugar dessa região...

*** perspectiva de um vilão ***

- Está mais do que na hora de colocar meu plano em ação... não posso esperar mais, ou as coisas podem se complicar - falo comigo mesmo.

Vou para o lugar onde darei início ao futuro glorioso, ou melhor, meu futuro glorioso.

***

O que irá acontecer? Como é Fantástica? E seus habitantes?

Um novo dia está prestes a nascer nesse lugar.

Eu, o ser que criou esse mundo, já esperava pelo caos. E também esperava que heróis surgissem em busca de paz. E esse tempo chegou, embora os heróis ainda não estejam prontos.

Há um forte risco de o mau triunfar, porém a natureza sempre se voltará para o bem.

O que irá prevalecer?

Primeira Temporada.

Trilha Sonora:

Somewhere I Belong - Linkin Park

...Fantástica...

Esse mundo é muito desconhecido, embora humanos comuns já encontrassem tal lugar são poucos os que retornaram e não por ser violento, mas por ser distante... Esse mundo é conhecido apenas como Fantástica.

Fantástica fica cerca de sete mil quilômetros distante do grande deserto na Oceania. É uma jornada longa até a barreira de gelo e, após uma escalada no mínimo improvável, mais muitos quilômetros através do gelo e neve até finalmente alcançar o outro lado, onde já começa Fantástica, com mais uma barreira de gelo.

Após a descida nessa parede de gelo e neve, o que há são águas por alguns quilômetros e só então há terra firme. Inclusive assim é divido Fantástica: O Reino da Água e o Reino da Terra.

Em consequência dos humanos terem alcançado tal lugar, surgiram muitos folclores, lendas e mitos sobre as criaturas que lá vivem... na verdade tudo isso é real, contudo nada disso fica no planeta Terra conhecido. Por alguma razão tais criaturas, que são frutos de reproduções proibidas e inviáveis, só conseguem existir aqui.

Quando os humanos alcançaram Fantástica alguns deles conseguiram levar algumas dessas espécies para a Terra e isso acontece desde o período das primeiras civilizações. O Minotauro, por exemplo, era uma criatura regular em Fantástica e bastou que um deles fosse levado para um lugar conhecido como Hellas que, seja em que época for, todos sabem que se trata de uma mistura entre humano e touro.

Demais criaturas são muito conhecidas por alguns, outras menos conhecidas e algumas são totalmente desconhecidas.

Além de Fantástica há outros mundos com outros criadores. Os conhecidos como Pé Grande, como exemplo, não são uma espécie endêmica da Terra e também não são de Fantástica, mas são de outro mundo que eu não conheço ainda. E, sim, eles são reais e por alguma razão alcançaram a parte norte do continente americano, contudo hoje estão virtualmente extintos na Terra (no mundo deles provavelmente não). Basicamente o que está à direita do Atlântico veio de Fantástica e o que está do outro lado veio de outro mundo.

Fantástica possui sua maior parte ainda inexplorada... o mar praticamente não tem limites, mas distanciando-se muito da parte de terra firme só o que encontrará é gelo e neve em temperaturas impróprias para qualquer ser vivente. A parte de terra firme mais conhecida e verdadeiramente habitada fica entre o Delta do Rio do Norte e o Rio do Sul e, na outra margem, a Grande Montanha. Tudo que há além desses pontos de referência é desconhecido e praticamente inabitável.

O que diferencia Fantástica do planeta do Senhor é a natureza. Aqui ela é mais viva que nunca e é capaz de gerar verdadeiros poderes para aqueles que, de alguma forma, dominam ou se associam a tal poder natural.

Em outras palavras, quem domina algum aspecto da natureza ganha dela a capacidade de criar coisas. Por exemplo, quem tem o domínio do vento pode fazer com que o vento que está na natureza tenha determinadas ações de acordo com a sua vontade, como cortar ou atingir. A água, outro exemplo, pode mudar sua forma e agir por vontade do dominante.

Além dos poderes, a natureza também libera uma armadura especial para aqueles que a dominam. Por isso, quem consegue tal domínio sobre um elemento da natureza é chamado de Guerreiro da Natureza. Tornar-se um Guerreiro da Natureza não é fácil e nem rápido, porém é o objetivo de muitos.

Há muitas naturezas em formas (vento, fogo, água, et cetera) e cada criatura tem uma facilidade maior com uma delas, de modo que não é possível dominar mais que uma forma de natureza. Quando um usuário de determinada natureza morre, aquela natureza fica livre para ser dominada por outra criatura. Por isso o caos é tão previsível.

Não bastasse o domínio sobre uma forma de natureza há, em Fantástica, vinte e cinco armas lendárias. Essas armas são muito mais poderosas que qualquer pessoa poderia criar e isso foi feito pelos antigos para que cada povo, com sua respectiva arma, tivesse algum poder para se proteger e apenas uma arma para não buscar nada além do que teve. A intenção foi boa, entretanto a maldade de certas criaturas, incluindo alguns humanos, fez com que disputas pelas armas lendárias acontecessem e hoje são poucos os que têm ao menos uma delas.

Por conta do poder muitos não se importam em eliminar outras criaturas, até mesmo de sua própria espécie. É assim até nesse mundo.

O Reino da Água é relativamente mais pacífico...

A fantástica vida na água.

O Reino da Água possui um monarca e é uma rainha. Serena é uma sereia, da cintura para baixo há uma cauda de peixe, especificamente do peixe-espada, portanto a cor é prateada e o restante é uma humana. Tem a pele branca bronzeada, levemente rosada, cabelos loiros em tom claro e encaracolados, penteado partido no meio e o comprimento vai até a parte final das costas. Seus olhos são cinzas, entre o verde e o azul. Ela usa conchas (de cor cinza) para cobrir seus mamilos em seus seios de médio tamanho. Da ponta da cauda até a cabeça sua altura é de 1,66 metros, tamanho padrão das sereias.

As sereias nascem sempre de uma mulher. Aconteceu que, quando alguns humanos vieram para Fantástica, as mulheres resolveram tomar banho no mar totalmente despidas e aí ficaram grávidas de peixes. Os peixes machos soltam seus espermatozoides na água, em busca de peixes fêmeas, porém o que aconteceu certa vez foi que esses espermatozoides adentraram nas mulheres e, em nove meses, para surpresa de todos, elas pariram sereias. Sereias podem viver fora da água com tranquilidade, porém sua cauda fica ressecada. Seus pulmões tem muita capacidade, contudo precisam respirar oxigênio de fora d’água a cada hora, pelo menos. Há bolsões de oxigênio dentro do mar que também são utilizados por elas.

As sereias são sempre do gênero feminino. Não existe “sereia macho”, por isso, em geral, elas são solitárias e tristes, entretanto não é o caso de Serena. Ao saber sobre as armas lendárias ela logo tratou de adquirir uma, sendo a primeira usuária de tais armas. A arma em questão é a... voz. Sim, uma voz pode ser uma arma e é bem eficiente, na verdade. Foi com essa arma que Serena unificou todas as criaturas marinhas para lhe servir e por isso que o Reino da Água é tão pacífico.

Ainda sobre as sereias, elas vivem até os cem anos, em média e por isso hoje em dia não há nenhuma outra sereia viva que não seja Serena, isso porque, ao ser dona de uma arma lendária, ela não envelhece. É como se o tempo estivesse parado no momento em que conseguiu tal poder e isso aconteceu em seus vinte anos. Em outras palavras, faz séculos que Serena tem vinte anos.

Em seu comando a rainha tem diversas criaturas. Além dos próprios animais irracionais, como peixes, golfinhos, entre outros, há criaturas racionais como os polvolóides. Os polvolóides nascem de forma relativamente parecida com as sereias, é uma mulher que é fecundada, mas os polvos não ejaculam na água... a reprodução é mais direta, um dos seus oito tentáculos faz o papel de... pênis, que invade a vagina e libera esperma. Apesar de acontecer dessa forma, os polvos são românticos e não cometem estupro, eles conquistam mulheres acariciando-as com os outros tentáculos e assim, consensualmente, eles fazem sexo. Em nove meses nasce um polvolóide. Os polvolóides são sempre machos e vivem, em média, noventa e cinco anos. Tristemente, por conta do esforço que o polvo faz na reprodução, eles são sempre órfãos.

Polvolóides são humanóides vermelhos e possuem três pares de braços. Todo o seu corpo é coberto por ventosas brancas e de tamanhos variados, que podem agarrar ou soltar coisas de acordo com a vontade do polvolóide. Eles são criaturas marinhas e por isso tem mães ausentes, já que são só humanas, entretanto podem viver fora d’agua por até um dia, pois apesar de ter pulmões, sua pele viscosa precisa de água e, sem a água, ela simplesmente endurece e a criatura morre. Assim como as sereias, eles não respiram quando estão dentro da água.

Em meio aos pulmões os polvolóides possuem mais dois corações (três ao total) e podem viver mesmo que um dos corações pare ou que seja destruído. Seu rosto é humano, mas sua língua possui um canal que solta a popular tinta negra que os polvos soltam e os olhos são como os de polvo, o que lhes permite enxergar bem em baixo d’água.

Os crânios dos polvolóides são alongados na parte superior em relação a nuca. O cérebro é totalmente humano, apenas há uma proteção maior do osso em si. Da ponta dos pés, que inclusive possuem o formato de tentáculos, bem como os outros membros, até a cabeça eles podem medir entre 1,75 e 2,00 metros.

O polvolóide mais conhecido dentre os que ainda estão vivos em Fantástica chama-se Hachigyu. Além dele há três espécies e são todos bem mais velhos. Na verdade Hachigyu conseguiu também sua arma lendária: Acessórios Ninjas. Conseguiu com seus vinte e dois anos e, portanto, terá essa idade até que perca as armas ou morra.

Hachigyu e Serena são as únicas criaturas marinhas que possuem armas lendárias, porém não há nenhuma disputa entre eles... o polvolóide é completamente apaixonado pela sereia, que evita-o, ainda querendo ser solteira.

Ah se as coisas fossem simples assim em terra firme...

Da água para a terra.

O Reino da Terra é uma grande porção de terra cheia de biodiversidade e, assim como aconteceu na água, aconteceu também em terra firme, ou seja, humanos conseguiram se reproduzir com animais.

Tanto essas novas criaturas como os humanos que ainda sobrevivem em Fantástica disputam guerras e mais guerras pelos mais diversos motivos, mas basicamente tudo se resume em territórios. Ao longo dos anos o Reino da Terra nunca teve um imperador único, como o Reino da Água tem (a rainha Serena), e também por causa disso é onde há maior desenvolvimento e caos. Por um lado há várias cidades, vilas, mas nada com tecnologia avançada e por outro lado há guerras e disputas sangrent@s.

No Reino da Terra destacam-se: Capital do Norte, que é uma cidade só de humanos; Cidade dos Aliados, que é uma cidade de furries, que são criaturas que nascem entre humanos e alguns mamíferos, como raposas, lobos, entre outros; Cidade da Praia, de humanos, mas com livre circulação de criaturas; Bosque Encantado, que não há um domínio específico e as criaturas movem-se com liberdade; Caverna Central, que pertence aos orcs, que são criaturas antigas e de difícil explicação; Floresta dos Elfos, que é cheia de elfos, criaturas tão difíceis de descrever em origem quanto os orcs; Vila dos Furries, um território exclusivo de furries mais bravos; Vale de Quatro Patas, onde há criaturas que nascem da mistura de humanos e equinos em geral; Floresta Selvagem, que é outro território misto; Campo Aberto, que é praticamente um deserto e a Caverna do Ciclope, onde há tal criatura que leva o nome do lugar.

De todos esses territórios fica difícil ignorar a Vila dos Furries. Lá é onde vive um certo furry chamado Lucani, que é fruto do cruzamento entre um homem e uma loba. Essa vila era dominada pelos furries do cruzamento entre humanos e lobos, que podem se reproduzir com gêneros opostos, ou seja, tanto um homem macho com uma loba bem como um lobo com uma mulher. Hoje em dia há apenas dois dessa espécie, e um deles estava para falecer, quando clamou pelo destemido Lucani uma última vez para contar os segredos de seu clã.

Furries assim são totalmente diferentes de lobisomem, que fique claro. Lobisomens são descritos como humanos que podem se transformar em lobo em determinadas situações e definitivamente não é o caso de Lucani.

Lucani não passa por nenhuma transformação anormal, ele é humano em sua maior parte, mas há outras partes que são como de lobo. Sua pele é toda de um único tom, um cinza intermediário e seus pelos, incluindo cabelos, são negros. Pés e mãos são como de lobo no que diz respeito às garras. A cabeça também é de lobo e todo o restante do corpo é de homem, contudo há um rabo de lobo que nasceu ao fim do cóccix.

Ele tem a altura superior a média dos de sua espécie em alguns centímetros, pois mede 1,87 metros e pesa 93 quilos. Lucani tem cabelos lisos, de tamanho médio, mas geralmente não faz nenhum penteado e deixa que os fios caiam desordenadamente sobre a testa, entre as orelhas de lobo. Seus olhos são castanhos, nem tão escuros e nem tão claros e são bem raros para essa espécie.

O velho furry que conversa com Lucani, chamado Pus, dá seu último recado.

*** perspectiva de Lucani ***

- Lucani... - com a voz falhando e fazendo um último esforço.

- Sim, meu mestre - o destemido furry trata-o com respeito.

- Agora só sobrou... - e faz uma pausa para tossir de forma seca - é preciso que faça tudo o que for preciso para manter nossa espécie... é meu último desejo - Pus fala com um sorriso no rosto apesar de tudo.

- Sim, meu mestre. Nem que eu tenha que me casar com todas as criaturas desse mundo eu gerarei muitos de nós - Lucani fala com bravura.

- É meu fim... antes preciso te contar - e tosse de novo para então concluir - pegue a arma e vá atrás de um poder da natureza... se tiver força para se defender terá também força para se reproduzir - e fecha os olhos.

- Sim... irei - entre lágrimas ele se despede de seu mestre.

***

Esse furry sabe muito bem aonde ir. Há um lugar que ele sabe que existe uma arma lendária escondida e que, no passado, foi usada por um furry, que morreu em combate e a perdeu em tal lugar. Quanto ao poder da natureza, Lucani ainda precisa se informar melhor... tudo se resume em sair da vila e viver sua própria aventura, em nome do seu clã.

E assim faz Lucani... agora a Vila dos Furries é um local deserto de sua espécie e, em meio as ruínas, só há outras espécies que buscam viver clandestinamente por lá. Essa vila fica em um lugar elevado, que é próximo das nascentes do Rio do Sul...

Há outras movimentações ocorrendo no Reino da Terra...

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