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Casamento Na Máfia. De Volta No Escritório Do CEO

1

Nova York 21:00 horas

— Pai, não se preocupe vou fechar esse negócio. Vamos dominar o mundo senhor Hernández. — Falo com o meu pai que está preocupado no telefone.

— Yolandaaaaaaaaaaaaaaa — Meu pai grita do outro lado da linha quase me deixando surdo.

— O que a mamãe aprontou? ...

Ele desliga a ligação e eu jogo o celular na cama, fico preocupado com a minha mãe, mas sei que na verdade deveria me preocupar com o meu pai.

Sou Fernando Hernández e tenho 29 anos. Comecei a trabalhar com o meu pai quando era um moleque de 15 anos e com 25, ele me entregou toda a responsabilidade da máfia e da nossa empresa de armas, que atualmente está em segundo lugar no mundo entre as melhores e mais lucrativas, mas nunca me contento com pouco, por isso vim do México para Nova York, quero fechar uma parceria com as empresas Cooper, a maior em tecnologia.

Nos preparamos a vida toda para não deixar rastros sobre a nossa máfia, caso isso venha à tona, nunca fecharíamos essa parceria e seria uma catástrofe para os meus planos.

Vou dormir e quando acordo no dia seguinte, me preparo para a reunião com o Senhor Cooper.

Chego à empresa deles e na recepção sou muito bem tratado e encaminhado para a sala de reuniões. O que me frusta quando entro é ver mais de 20 empresários, em uma reunião em que imaginei que seria somente eu e o senhor Cooper.

Sou extremamente pontual, mas estamos aguardando a aproximadamente 20 minutos e nada dele chegar.

— Alguém aqui tem informações de quando irá começar? Está atrasado.

Quando paro de falar um homem entra na sala com alguns papéis, ele quase faz reverência para a pessoa que está atrás dele entrar.

Uma mulher com um sorriso e beleza estonteante entra na sala, ela exibe uma elegância e postura que jamais vi igual, sua delicadeza é de tirar o fôlego. Olho ao redor e os homens parecem babar por ela, arrumo minha postura, pois não será uma simples acionista que me deixará com cara de bobo, mas até os movimentos dos longos cabelos dela emanam um perfume pelo ambiente.

— Bom dia a todos, eu sou Emily Cooper, CEO das empresas Cooper e sócia majoritária. Sei que hoje estão aqui em busca de parcerias e não temos tempo a perder, então vamos dar início as apresentações de cada um.

Ela se senta na cadeira da ponta e o homem que entrou com ela fala algo ao seu ouvido, ela levanta os olhos imediatamente em minha direção e por alguns segundos seguramos nosso olhar, ela sorri levemente por educação e eu mantenho meu olhar nela. A Emily desvia os olhos de mim naturalmente em direção aos outros.

Ela vai pedindo a cada um para se apresentar e conforme vão passando ou sendo aprovados, eles vão saindo da sala, só faltam duas pessoas para se apresentarem e eu aguardo tranquilamente por minha vez, as vezes posso notar ela me olhar de maneira sempre educada, ela parece me analisar.

— Muito bem, Senhor Fernando. Peço desculpas por ter lhe deixado por último, pode começar se apresentar por gentileza.

Ela aponta para que o rapaz ao lado dela anote tudo o que eu falar e me dá total atenção. Falo sobre nosso ramo e nossos números extremamente atraentes. Ela escuta aparentemente envolvida enquanto falo, mas a resposta final que ela me dá me deixa enfurecido.

— Tenho certeza que se unirmos forças será bom para ambas as partes, os nossos lucros serão incontáveis como já lhe mostrei anteriormente.

Ela sorri levemente e faz sinal para que o rapaz pare de anotar.

— Desculpe-me Senhor, mas não temos interesse. — Diz Emily se levantando de sua cadeira— Tenha um bom dia.

— Como não tem interesse? Nem ao menos irá me dizer o motivo?

Me levanto e paro em frente a ela, que levanta a cabeça levemente para me olhar, nossos olhares são de puro desafio.

— Admiro sua postura de trabalho e seus lucros, mas não tenho interesse de envolver o nosso nome com uma empresa de armas, quem me garante que vocês são tão sérios como dizem?

Ela passa por mim sem dizer mais nada e é quando sou tomado por minha raiva.

— Pode chamar por gentileza o seu pai? Tenho certeza que tratar de armas com um homem será mais produtivo, já que temos uma mente com visão de proteção. Acredito que ele tenha competência para não perder um negócio desses.

Ela se vira para me olhar com um sorriso em seu rosto e eu já odeio esse sorriso dela, mesmo sendo incrivelmente lindo.

— Senhor, olhe para trás.

Eu olho e tem um quadro enorme com uma bela foto dela na parede, ela acabou de esfregar na minha cara que ela manda aqui, essa bonequinha de luxo arrogante.

— Talvez não tenha escutado quando disse, então irei repetir, meu nome é Emily Cooper, CEO das empresas Cooper e eu disse que não irei envolver o nosso nome com uma empresa que pode nos prejudicar lá na frente, quem manda aqui sou.

Ela não diz mais nada e sai da sala sem olhar para traz.

— Merda

Saio da empresa dela e vou para o hotel, preciso descobrir uma maneira de convencer aquela bonequinha de luxo, depois de tomar um banho, caminho pelo quarto de um lado para o outro pensando no que irei fazer.

Ligo para Matheus, o meu braço direito na máfia e peço a ele para que investigue os lugares que essa Emily costuma frequentar, preciso de outro encontro com ela, isso não pode ficar assim.

Dou a ordem ao meu irmão para que continue escondendo qualquer rastro da nossa máfia, pois vou conseguir esse negócio e tudo precisa estar em ordem, a bonequinha de luxo não iria ficar feliz ao saber que fechou negócios com um mafioso.

Sorrio imaginando como seria uma mulher como aquela na máfia, não duraria um dia sequer.

Passo um tempo no hotel, mas logo Matheus me liga trazendo novidades e avisa que tem notícias da bonequinha, que ela está com uma garota em um restaurante, me arrumo muito bem para ir ao encontro dela, nem que eu tenha que seduzi-la, mas irei conseguir fechar esse negócio.

Imaginem Fernando Hernández

2

Emily Cooper Narrando

Sou filha de Brian Cooper e Isabella Cooper, meus pais são o casal mais romântico que eu já conheci e aos meus 28 anos já desisti de encontrar o príncipe encantado. Sou filha única e sempre vi meus pais trabalhando muito, atualmente estou a frente dos nossos negócios e meus pais estão aproveitando suas vidas.

Imaginem Emily Cooper, 28 anos.

Chego no restaurante com a minha melhor amiga Clara Navarro, somos unidas desde nossa infância, a Clarinha é a irmã que eu nunca tive.

Imaginem Clara Navarro, 28 anos.

Clara é filha de Ryan e Jade, dois médicos renomados, mas ela não quis seguir a profissão, somente seu irmão seguiu e hoje é médico no hospital de seus pais. A Clarinha trabalha comigo, ela comprou algumas ações na Cooper e vive de investimentos, ela é uma conselheira no mundo dos negócios.

— Clara, hoje foi tão estranho na empresa. — Tomo um pouco de suco e olho para Clara que me analisa e espera que eu conte. — Tive vontade de bater em um homem hoje.

Clara começa a rir, com o seu humor de sempre, ela da risada de simplesmente tudo, é igualzinha ao tio Ryan, o pai dela.

— Desculpa, mas você com vontade de bater em alguém? O que aconteceu?

— Lembra que te falei que teria uma reunião com alguns empresários? — Ela balança a cabeça concordando. — Pois bem, eu neguei a parceria com um dono de uma empresa de armas e ele ficou todo estressadinho.

Clara começa a sorrir novamente

— Eu imagino a sua reação Emily, tipo “Eu sou a dona da Porra toda, me respeita”

— Muito engraçadinha você Clara, mas tive que mostrar quem manda ali sim.

— Mas você recusou por qual motivo? Me diga o nome da empresa dele.

Falo para ela o nome e Clara faz algumas pesquisas na internet.

— Uau, a empresa dele é renomada e reconhecida mundialmente e uau de novo, ele é lindo. Acho que entendo você querer bater nele, ia tocar esses músculos.

Ela ri muito e eu faço uma careta.

— Nem reparei na caixa torácica enorme dele e no belo sorriso.

Nós começamos a rir.

— Pode parar, ele pode até ser bonito, mas é um sem noção arrogante.

Nossos pratos chegam a mesa e sinto uma mão tocar meu ombro suavemente, que me causa até um arrepio.

— Com licença senhoritas, não quero atrapalhar o almoço de vocês, mas já que tive a oportunidade de lhe reencontrar aqui, gostaria de lhe pedir desculpas por hoje.

O empresário Fernando diz aquilo e quando olho para ele nossos rostos estão muito próximos, respiro fundo para conseguir falar, meu coração dispara com essa aproximação e sinto um frio na barriga, ele também me olha como se estivesse tentando resistir, pois seus olhos não saem dos meus lábios, logo me recomponho.

— Senhor Fernando? É esse seu nome?

Ele franze as sobrancelhas como se não tivesse gostado do fato de eu ter dúvidas sobre o nome dele, ele se levanta e volta a sorrir ajeitando seu terno, olho para Clara e ela está com a boca aberta olhando para ele, eu reviro meus olhos.

— Sim, meu nome é Fernando, fico feliz que tenha se lembrado.

Apresento a Clara a ele e ela cai na besteira de perguntar.

— Quer se sentar conosco?

Disfarço minha insatisfação com um sorriso forçado para ele.

— Não quero incomodá-las, imagino que estejam em um papo de garotas.

— Besteira senta aí, o máximo que podemos falar é de alguns empresários gatos que a Emily viu hoje, mas nada demais. — Clara fala séria e ele olha para ela assustado, o que me faz rir.

— Ela está brincando né? — Fernando solta um sorrisinho de alívio quando me vê sorrindo.

— Sim, ela está brincando, pode se sentar.

Ele se senta ao meu lado e enquanto ajeita sua cadeira, nossos ombros se tocam rapidamente, o que me faz morder o lábio inferior suavemente e quando olho para ele, seus olhos se voltam para meus lábios e repentinamente se desviam mudando o foco.

Começamos a conversar até ele entrar em uma conversa sobre seus negócios com Clara, ela fica muito interessada e faz inúmeras perguntas a ele.

— Só uma pergunta Emily, aqueles seguranças do lado de fora são seus?

Fernando me pergunta franzindo as sobrancelhas.

— Sim, são meus. Por que a pergunta?

Agora, eu quem o olho com curiosidade.

— Sabe qual a marca das armas que eles carregam? — Seu sorriso contém um ar de vitória, espero que não seja as armas do grupo dele. — Aquelas armas foram fabricadas por nós, Emily.

Droga, ele disse isso.

— Ajudamos a manter a sua segurança e de sua família bonequinha.

Não acredito que ele me chamou de bonequinha, posso bater nele?

— Hoje eu lhe ofendi e cometi um grande erro, pois no seu lugar eu faria o mesmo que você fez, mas eu gostaria de lhe convidar a visitar de perto nossos negócios, quem sabe até passar uma temporada pelo México, assim tiraria você mesma suas dúvidas.

Ele é muito audacioso e sabe conversar sem medo, eu deveria achar isso ruim? Sim, porém não consigo, uma vez que normalmente os homens costumam ter medo de falar comigo.

— Você também está convidada senhorita Clara, quem sabe não conseguimos vender algumas ações a você, já que é uma investidora.

— É uma proposta interessante. — Responde Clara e pela expressão dela, a mesma iria topar.

Eu nunca tive problemas em trabalhar em outros lugares, já que temos companhias espalhadas pelo mundo, então vivo viajando.

— Uma proposta bem ousada senhor, o que te leva a pensar que eu aceitaria isso?— Falo de maneira desafiadora.

— O fato de saber que é uma mulher que sempre está um passo a frente nos negócios e que visa empreender sempre.

Droga, ele tinha que saber conversar tão bem?

— Eu vou pensar sobre isso.

Ele concorda satisfeito, mesmo eu não tendo dado uma certeza. Terminamos nosso almoço e ele resolve ser cavalheiro e pagar a conta, o que não precisava, pois o restaurante é da minha família, mas não digo nada.

Ele se despede da Clara com um aperto de mão, mas quando chega a minha vez, sua mão toca levemente a minha cintura e ele me dá um leve beijo no rosto e fala em meu ouvido.

— Nos vemos no México senhorita.

Ele vai embora sem esperar a minha resposta.

— Que audacioso. — Falo olhando ele ir embora.

— E você gostou disso.

Sorrimos uma para a outra quando Clara fala isso e eu respondo pensativa.

— Quem sabe eu tenha gostado.

3

— Você viu isso, Clara? Quanta audácia.

Fico de boca aberta olhando para a minha amiga.

— Você arrepiou? — Ela pisca para mim.

— Clara. — Repreendo ela com meu olhar e Clara cai na gargalhada.

— Amiga, esse parece ter pegada.

— Meu Deus, já chega de falar nesse homem.

Mudo de assunto e pouco tempo depois quando finalizamos vamos embora. Vou para a minha casa com a Clara e quando chegamos procuro por meus pais, mas eles parecem ter saído.

Vamos para o escritório tratar de alguns assuntos de negócios e Clara insiste em falar sobre o tal Fernando e a empresa dele.

— Eu acho que pode ser um bom investimento. — Diz Clara.

A porta do escritório se abre e o meu pai entra com a minha mãe, os dois de mãos dadas, acho a coisa mais fofa a relação deles, meu pai trata a minha mãe como uma verdadeira rainha.

Imaginem Brian Cooper e Isabella Cooper

Eles nos abraçam e se sentam.

— E então, qual o assunto tão importante?

Meu pai pergunta como se soubesse de algo e eu olho para Clara que me pede desculpas com aquele sorrisinho dela, de quem aprontou.

— Tudo bem, eu vou contar.

Conto para eles sobre a proposta que recebemos e posso notar nos olhos do meu pai que ele se interessou, minha mãe como sempre muito centrada aguarda eu terminar de falar. Óbvio que Clara acrescenta suas informações, ela não quer perder de maneira alguma a oportunidade de comprar ações na empresa de Fernando.

— Bom, eu acho que você pode passar um tempo lá e perceber por você mesma se vale a pena ou não. Mas obviamente, eu aceitaria e tenho certeza que teríamos ganhos inestimáveis.

Meu pai fala sem muita preocupação, pelo que conheço dele, sei que não se importaria em ter o nosso nome envolvido em algo ruim, até porque tudo para ele se resolve com dinheiro e facilmente compraria qualquer notícia ruim que viesse ter.

Minha mãe conhece muito bem esse olhar dele, ela olha para ele com um olhar intimidador, que olha para ela e ajeita seu terno retirando seu levo sorriso do rosto.

— Podemos segurar as pontas por aqui e você vai com a Clara como sua conselheira, tira suas próprias conclusões e a sua resposta será a resposta final. Tudo bem, assim meu amor?

Minha mãe fala com toda sua doçura e eu concordo, Clara olha para mim e pisca com uma risadinha safada quando meu pai olha para o lado.

— Só uma pergunta, esse tal Fernando é bonito?

Minha mãe pergunta e meu pai nos olha sério.

— Feio tia, muito feio, acho até que a Emily não queria ir por isso.

Posso ver meu pai soltando o ar que segurava e sorrindo satisfeito.

— Pois bem, faça as malas filha, você vai.

Meu pai se levanta e sai da sala, minha mãe fica mais um pouco.

— Ele é bonito né?

— É lindo tia e a Emily ficou toda caidinha por ele.

Elas duas começam a conversar enquanto reviro meus olhos insatisfeita com a conversa das duas e volto a trabalhar. As vezes dou leves sorrisos, pois não aguento a empolgação das duas.

— Toma cuidado minha filha, esses empresários normalmente só querem a mulher uma vez e depois que conseguem o que querem, descartam.

— Acha mesmo que não sei disso, mãe, mas agora vamos parar com essa conversa que eu preciso voltar ao trabalho.

Elas fazem silêncio por um tempo, até Clara resolver soltar uma pérola.

— Tia, depois de quantos dias que conheceu o tio Brian vocês se pegaram? Afinal vocês trabalhavam juntos.

Minha mãe começa a tossir.

— Vai mãe, conta.

Agora sou eu que começo a rir.

— Ok garotas, eu preciso ir, tenho que tratar de uns assuntos com o seu pai.

— Fugindo da pergunta dona Isabella?

Minha mãe nos joga beijinhos e sai da sala, nós damos risada da reação dela.

Clara vai embora da minha casa tarde da noite e marcamos a tal viagem para a próxima semana.

Peço sigilo a todos os envolvidos, quero chegar ao México de surpresa, espero encontrar algo que me tire de lá o quanto antes.

Preciso encontrar alguma maneira de não fazer esse negócio, preciso que os investigadores vão mais além, mas o meu pai estaria na cola deles.

Me levanto e  vou para o meu quarto tomar um banho, ando de um lado para o outro pensando em quem poderia me ajudar, até que me lembro do Brad, nós já saímos algumas vezes, mas não deu em nada, a parte  boa disso é que o Brad é um investigador, apesar de ser um chato, acredito que ele posso me ajudar.

Pego meu celular e marco um encontro com ele amanhã logo cedo no Central Park, um encontro inesperado não iria dar tão na cara e meu pai não iria desconfiar de nada caso fosse informado.

Vou dormir e me levanto cedo no dia seguinte para esse encontro com o Brad.

Começo a correr no Central Park e os seguranças estão atrás de mim, peço a eles que me deem um pouco mais de espaço, pois preciso relaxar.

Logo a frente Brad aparece e temos um encontro surpresa.

— A quanto tempo, Emily. No que eu posso te ajudar?

— Vamos conversar enquanto caminhamos.

Sigo caminhado com Brad e peço a ele as informações dos serviços que preciso, ele grava a nossa conversa para não ter que parar para anotar.

Quando estamos finalizando as informações, vejo Fernando correndo no parque, ele está com fones de ouvido.

— Agora podemos falar de nós?

Brad fala e segura minha mão, eu olho para ele.

— Não ouvi o que disse.

— Falei sobre nós dois Emily.

— Sem nós dois Brad. — Tiro minha mão da dele. — Agora presta atenção que o homem que acabei de te falar está vindo em nossa direção.

Fernando para na nossa frente.

— Olha só, acho que...

Completo a frase dele.

— O destino?

Ele pisca para mim.

— Foi bom rever você Fernando, mas tenho que ir.

Me despeço dele e de Brad e volto para a minha corrida, com meus fones de ouvido, meus pensamentos fluem. Você não perde por esperar senhor Fernando, eu vou descobrir todos os seus segredos.

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